Está en la página 1de 2
12 | OMopoDEPRODUCAO FEUDAL conferis bneficios a alguém, nés declaramos as nomea- des me yalidadas e revogamos qualquer coisa que fizestes lo. Feito em Latrio no quinto dia de dezem- bro, no ho de nosso pontificado. Feupe, pud graga de Deus rei de Franga, a Boniféci que age como se fosse o Papa, pouca ou nenhuma sau Queira vossa grande imbecilidade saber que em temporal dades nao somos subordinados a ninguém; que a nomeagao Para igrejas desocupadas © prebendas pertence a nés por direito real, e que seus rendimentos so nossos; que as no- meagdes que fizemos no passado ou que possamos fazer no futuro so validas, e que defenderemos arduamente ‘seus detentores contra quem quer que seja. Todos os que pensarem de outro modo nés os tomaremos por imbecis e doidos. Feito em Paris. Ed, P. Dupuy, Histoire du diffrend d'entre le Pape Boniface VII ct Philippe Bel, Pars, 1655, p. 44. 38. O TRATADO DE PARIS DE 1229 Raimundo, pela graca de Deus, conde de Toulouse, a todos aqueles a quem as presentes linhas irdo ter, saudagdes no senhor. Sabei todos que, tendo a guerra desgastado longa- mente a santa Igreja Romana e nosso muito caro senhor Luis, ilustre rei de Franga, de um lado, ¢ n6s de outro, aspirando com zelo sincero permanecer na unidade da santa Igreja Romana e na fidelidade e no servigo do senhor rei de Franga, temos com todas as nossas forgas dado atenc&o A paz tanto Por nés mesmos como por nossos intermediarios; e, pela me- diagao da graga divina, esta paz entre a santa Igreja Romana © 0 senhor rei de Franga de um lado, e nés de outro, fica assim restabelecida. Prometemos ao senhor romano, cardeal dié- cono de Saint-Ange, legado da sé apostélica, em nome da Igreja Romana, que nés seremos zelosos para com a Igreja e ara, com nosso senhor Lufs rei de Franca e seus herdeiros, € que permaneceremos unidos fielmente a eles até a morte, que ‘© MODO DE PRODUGAO FEUDAL 23 combateremos sempre ¢ com todas as nossas forgas os hereges © 0s que neles créem, cs promotores da discérdia e seus cim- plices, nas terras que temos e que teremos, nés e os nossos, sem poupar.o nosso préximo, nossos vassalos, nossos pais € nossos amigos, que purgaremos o pais das heresias e de toda a nédoa herege, e que ajudaremos o rei a limpar 0 pé tera. Da mesma mancira, nés utilizaremos quatro mi para manter em Toulouse quatro mestres em Teologi mestres em Direito, seis mestres em Artes Liberais e dois re- gontes de Gramatica... O rei, entretanto, considerando nossa humildade, esperando que n6s perseyeremos em nosso zelo pela Igreja e em sua fidelidade, e querendo fazer-nos um favor, dard nossa filha que nés Ihe enviaremos, em casamento um de seus irmaos com a permisso da Igreja, e nos deixara toda a diocese de Toulouse, excetuando-se a terra do mare- chal, que este tera como feudo do rei. Mas apés nossa moi Toulouse e sua diocese pertencerdo ao irmao do rei que tera desposado nossa filha e aos filhos que eles puderem ter. Se 0 irméo do rei morrer sem deixar filhos, 0 que nao é a vontade de Deus, Toulouse e sua diocese revertefdo ao senhor rei e a seus herdeiros sem que nossa filha ou nossos outros filhos, ilhas ¢ herdeiros possam reclamar algum direito... Do mesmo modo, o rei nos deixa as dioceses de Agen e de Rodez. Da diocese de Albi, ele nos deixa o que fica aquém do Tarn, a saber, do lado de Gaillac; ¢ a cidade de Albi ficaré com 0 senhor rei juntamente com o que, na mesma diocese, fica do outro lado desse rio na diregao de Carcassonne... O rei nos deixa a diocese de Cahors, excetuando-se a cidade de Cahors ¢ 0s feudos e outros bens que possua na diocese do rei Felipe, seu av6, por ocasiéo de sua morte... Por tudo isto que nos é do, nés prestamos homenagem e fidelidade ao senhor segundo os costumes dos bardes do reino de Franca. Toda \ outra terra que fica aquém do Rédano, no reino de Franca, © todos os direitos que nés ali temos ou que poderemos ter, nés 0 cedemos incondicional e totalmente ao senhor rei e aos seus a Igreja, para sempre... Do mesmo modo, faremos destruir ‘© MODO DE PRODUGAO FEUDAL inteiramente os muros da cidade de Toulouse e aterrar seus fossos por ordem ¢ a vontade do legado. Do mesmo modo serdo por nés destruidos os muros e aterrados os fossos de trinta cidades e castelos... E estes castelos nfo poderio ser reconstrufdos sem a yontade da Igreja ¢ do'senhor rei, e novas fortalezas nao poderdo ser elevadas em lugar algum. Nos poderemos contudo construir, se o desejarmos, cidades nto fortificadas na terra que nos é deixada... E para que todas essas coisas tenham forca perpétua, nés fizemos confirmar a. presente pagina pela garantia de nosso selo. Feito em Paris, ano da encarnacio do Senhor de 1228, na véspera dos idos de abril. Hist, Gin, de Languedoc: 4. Pri FH, prewves, col. 883-892, ‘apud J. Calmette, op. cit.. Pp. 39. ENTUSIASMO DAS POPULAGOES PELA CONSTRUGAO DA CATEDRAL DE CHARTRES. (1145) Neste mesmo ano, os homens comecaram a levar até Chartres os carros cheios de pedras ¢ madeira, viveres © outras coisas, para a obra da igreja cujas torres estavam entiio sendo construfdas. Quem nao viu estas coisas, jamais ver! algo semelhante! Nao s6 la, mas também através de toda Franca, Normandia e muitos lugares: aqui a humildade i ea remissio dos pecados, 14 a dor e isto as mulheres € os homens — com o} joclhos nos charcos profundos, agoitando-se, os milagres a reproduzitem — entoando cinticos e clamando alegremente Deus. A respeito deste acontecimento singular, existe um lugo, arcebispo de Rudo, a Teodorico, bispo informando-o do ocorrido. Dir-se-4 que se cumprit Spiritus vitae erat in rotis. (© MODO DE PRODUCAO FEUDAL 40. UMA ESCOLA NO SECULO XII Volta-te agora para 0 outro lado ¢ vé. Eu estou voltado e yejo. Que vé voc8? Eu vejo uma reuniio de estudantes; seu ntimero é grande, h4 de todas as ida criangas, adoles- centes, mogos e velhos. Seus estudos sio diferentes; uns exer- citam sua lingua inculta a pronunciar novas palayras e a pro- duzir sons que thes sao insélitos. Outros aprendem, em se- guida, ouvindo, as inflexdes dos termos, sua composig&o e sua derivacio; depois eles os pronunciam entre si e, repetindo-os, ‘gravam-nos em sua meméria. Outros trabalham com um esti- ete em tabuas revestidas com cera. Outros tragam com mao sabia, sobre membranas, diversas figuras de cores diferentes. Outros, inflamados por um zelo mais ardente, parecem ocu- pados com assuntos mais sérios; discutem entre si, e se esfor- gam para com suas razdes ¢ artificios colocarem em xeque uns 408 outros. Vejo alguns que esto mergulhados nos cAlculos. Outros, a tanger uma corda esticada sobre um pedago de madeira, tirando dela melodias variadas. Outros, explicando certas figuras de geometria. Outros, com 0 auxilio de certos instrumentos, o curso € a posiedo dos astros e a revolucao dos céus. Outros tratando da natureza das plantas, da consti- tuigzio dos homens, das propriedades e virtudes de todas as coisas. Hugues de 41. AVIDA UNIVERSITARIA PARISIENSE NA METADE DO SECULO xv (Processo verbal da Nagao de Franca.) Na terga-feira, 24 dle margo (1451) a Faculdade de Artes, minha mie, foi convo- bada a Sao Juliano, o Pobre, pelo senhor reitor para se pro- iciar sobre dois pontos: o primeiro, referente a eleicao de novo reitor; o segundo, as questes comuns, siiplicas ¢

También podría gustarte