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bat UMIVERSIDADE FEDERAL ¢ Rural UFRRJ-UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE EDUCAGAO. DEPARTAMENTO DE TEORIA E PLANEJAMENTO DE ENSINO Professor: Amauri Mendes Pereira Curso 2015-1 Disciplinat EDUCACAO E RELAGOES ETNICO-RACIAIS N& ESCOLA Copyright © 1999 Todos os dircitos desta cdigdo reservados & EDITORA FIOCRUZ ISBN: 85 85676-25-6 Capa: Danowski Design Projeto Grifice ¢ Editoragto Uletrinics Angélica Melo Revisto: ‘Marctonilio Cavalcanti de Paiva ‘Surpervistio Grafica: Walter Duarto Catalogagto-na-Foate Centro de Informagdo Ciertifiea e Tecnoldgica Bibliowea Lincoln de Freitas Filho M227r Maio, Marcos Chor (org.) ‘Raga, ciavia ¢ sociedade/Orgenizado per Marcos Chor Maio, Ricarco Venture Santos, ~ Kio de Janeirv: FIOCRUZ/CCBB, 1996. 252p. ‘Tiabalhos upresentadas durante somindrio: Raga, Ciéneia e Sociedade ‘no Brasil, realizado no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Jancira, 30-31 mao 1995. 1, Ragas. 2. Preeonecito (DD. -20.ed. -305.8 1996 EDITORA FIOCRUZ Rua Leopoldo Bulhoes, 1480 ~"Térte0 ~ Manguinhos 21041-210 — Rio de Janeiro — RJ ‘el: (O21) $99 9789 ramal 2009 Fax: (021) 280 8194 AUTORES Antonie Sérgio Alfredo Guimaraes {Departamento de Sociologia, UREA, Bahia) Carles Hasenbalg (insttato Universitario de Pesqulias do Rio de Janeiro, lured, Rio de fanciro) Gilberto Hochman (Casa de Oswaldo Cruz, ocnuz, Rio de Janeiro) Giralda Seyferth (Departamento de Antopologis, Museu Nacional, UFR, Rio de Jani) Jair de Souza Ramos (Departamento de Sociologia e Metadologia das Cigncias Socials, UFF, Ria de Janeiro) Joel Rufino dos Santos (@undsyio Caltural Palmares, Mnistrio da Cultura, Brasilia © Universidade Fe- ‘eral 40 Rlo de Janeiro, Riode Janciro) John Manuel Monteiro, (Departamento de Antropologia, UNICAMP e Ceato Brasileiro de Analise e Plane- Jummento, Ceakav, Sao Paulo) Livio Sansone (Depertamento de Sociologia, UTBA, Bahia) Lourdes Martiner-Fehazibal (Caiversity of Califernia st Santa Cruz, California, USA.) ‘Marcos Chor Maio. (Casa de Oswallo Cruz, Focus, Rio de Janciro) Maria Arminda do Nascimento Arruda: (Departamento de Sociologia, USP, Sio Paulo) Maria Liicia de Santana Braga (Departamento de Sociologia, UsB, Beasilia) Nila Trindade Lima (Case de Oswaldo Cruz, Flockuz: © Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Unk, Riode fanciro) ‘Omar Ribeiro Thomaz (Centro Brasileiro de Andise ¢ Planejamento, Cetsear, S40 Paula) Ricardo Ventura Santos (Museu Nacional, UFRU ¢ Escola Nacional de Saide Poblica, loca, Rip de Ja- ‘eiro) ‘Yvonne Maggie (instituto de Filosofia e Ciencias Sociis. UPRJ, Rio de Janeiro} SUMARIO | APRESENTACAO “Marcas Chor Maio ¢ Ricanto Vertura Santos. PARTE E: RAGA, CIENCIA E NACAO NA VIRADA DO SECULC | As “Ragas” Indigenas 10 Pensamento Braslbire do Império, John Manuel Monteiro... nee 2. Condenado pela Raga, Absolvide pela Medicina: o Brasil Descoberto pe Movimento Santarista daPrineira Repiblice Nisia Trindade Lima & G Iberto Hochman. 3. Construindo a Nagio: Hicrarquias Raciais eo Papel do Racismo na Polit de Imigragao ¢ Colonizagig Gralla Seyfert... 4. Dos Males que Vem cam 0 Sangue: as Representagdes Raciais © a Catey ria do Imigrante Indesejdve! nas Concepgdes sobre Imigragdo da Década 20 Jair de Souza Remos, PARTE Il: A REINVENCAO DA RAGA NAS DECADAS DE E40 5. Do Saber Colonial ao Luso-Tropicalismo: “Kaga"™ e “Nagao” nas Print ras Décadas do Salazarismo (Omar Ribeiro Thomaz 6, © Culturalismo dos Atos 30 no Brasil ¢ na América Latina: Deslocamet Retérico ou Mudanga Corceitual? Lourdes Martinez-Eehaztal 7. Da Morfologia is Maléculas, de Raca & Populagao: Trajetérias Conceitu cont Antropelogia Fisica no Século XX Ricardo Ventura Santos... PARTE II O BRASIL COMO “LABORATORIO RACIAL": OS ESTUDOS SOBRE RELAGOES RACIAIS ENTRE OS ANOS 40 F600 8. Cor, Classes e Status nos Estudos de Pierson, Azevede e Harris na Bahiz: 1940-1960 Antonio Sérgio Alfredo Guimaries... as 9. Roger Baste: Paisagist ‘Maria Leia de Santana Braga 150 10, A Questéo Racial no Pensamento de Guerreiro Ramos Mareos Chor Maio. incase asco 179 11, Dilemmas do Brasil Moderno. A Questdo Racial na Obra de Floresian Fer~ andes Maria Armiinda do Nascimento Armada... “ 9s PARTE IV: PERSPECTIVAS CONTEMPORANEAS ACERCA DA, QUESTAO RACIAL 12, As Relaydes Reviais on Caso-Crande & Seals Revisitades & Luz do Prcetso de internaionalizacio ¢ Globalizacdo Livio Sensore .... z bait 207 13. ONego come Lugar Joel Rufino d0s Sant08..eeerenne een i ale 14, “Agueles a Quem fei Negada # Cor do Dia’: As Categorias Cor Raga 1a Cultura Brasileira DS onsen BS) APRESENTACAO ‘As vinculagbes enre raga cnsia e seciedade no Brasil, tal como ma cultura rovo meio, a cvillzaydo das rayas menos avangadas, « preparagiio da “possivel unidade das geragSes futaras” (impossivel sem mestigagem), 9 desenvolvimento das ““aeuldades estéticas", da “imaginative” © do “sentiment” 1 4 principio, uma simples apologia da mesticagem, nao foge aos joridade de negro, indios eda massa mestiga, quando diz, com Montesa verdade,porém, afar que uma elmeiade widads. x6 pasive pelo ‘msstigamente, 15 0 reaizaré em fair mots cx menon remote ls seed mister aut sede poucos ccametice dor dai vos infeiass are 1 oduindese assis naa! dintnsda desi 6 dev 2 cana socal de wee lar oe fadbidave a raga Branca. a8 ends manda a verdade fmar ero iste Imenio uma das eausas de cert mstbiisade moral na popuioedo, pela desarmoria dias indoles eds agpiragées no pv, gue traz ts racinaal. conus (Romero, 1949-29, 29, éafseadcionade) © papel do imigrante, ponamto, est bem definide ~ eancower para x formagao de tam tipo brasileiro, elemento da unicade sarional (que, paradoxaimente, vé compromet'- da pela “desarmonia das indoles” decorrenies da mesticagem). Trata-se de uma constre- so meial ~clarsae a pele do brasileiro do futur, pelo menos — pois @ nacionalidade fem sus cultura sua lingua e sua roligito. Na soneepyse de Romero a aaydo brasileira do futuro dove ser uma civilizapfo latina e banca, o que implica na assimilagéo des imi tgrantes a formagio lusitana do Pals. Assim. 2s polticas de imigragto e colonizago de~ vam estar yoltadas para at gente latins ~ da Espanhs, Portugal, Ilia. Alemiies inredatives &essimilayiio podiam ser tors para colonizar, mas consitulam ameaga éna- sionalidade, Lacerda também discute este papel rece! da imigragto branca, conchsindo que ela ‘coopera para a exting do dos mesticos, negres Indios no Brasil (Lacerda, 1911:29-31), 7p too ce tipo rial caine ees cece, ssa ra concep dash histerca inspirada em modismos raviias da periodo ~ a hisiia brasileira como a histo- | ria da formesdo de um tipo racial que aos rouces, seletivamente, se desembaraga dos #- | pes inferors. As palavres ‘‘xtingio” e “desaparecimento” so to comuns a textes |, como ests quanto “raga “tipo”, pos sas autores sereditavam que 8 ipos mesigoc \ isto ¢ cabocis, gaichos, jagunges, mulios, eafizns, caborts ete. ~€ as raya infeio~ oY destinadas & vida selvagem, conform: Lacerda (1912), cedo ou tarde sucumbiriam. rasta + Nas elssificegtes dscorrntes, os brincos nto sto hierarquizados por sus capaci- dade em relagdo A produggo agricola (conto em Mencazs ¢ Souza, por exemplo}¢ ccité= rio fundamental é 2 maior aproximayao catural ~o que faz gos portuguese, espanhois © italianas (nesta ordem) imigrantesideais de "zivilizayo latin’ “assimilaveis" 45 Ac flardns quads excas ds sions repertadrtamente a Gotineay (1855), Deve sere frado ue o “pal” do rte aio cree frescimeata das es em gral a una mestgagem lve, hem dade, de sine aero, as area ra degencescnsi provocaia pela mesgage sem ini= Dove se observade que 0 uso de term race nto fem gualquer compromisso com os conveitos delivendes sa ciéncia, mais eepecifeamerte na Aniropologia Fisica, emes- tno um aniropélogo como Lacerda fala quase uleateriamente em raya negra, tipo nacto- thal raca latina, ipo laine, ipes mestiges, assim For diante, Os Jo's termes ~ raya © tipo ~ ato utilizados paraclssificare hierarcuizar a populaydo brasileira através de onts- ibs de auperioridads einfriridade quae sempre asociados a suposts tragos do caré- tor geneticameate (mcalnente) doicaminadesYA cor éa pele ¢ 0 elemento preponderante fue define as categorasracais empregadas, tas a hierarqucaydo ¢ subjetivemente a Bee fen sentido cvilatiri, a8 ordem moral [Dal ouso da expresso “mesgamen- to moral” pare denotar + inflaneia aticana “inocula” na indole brasileira (Romero, 1949:294) c seus “efits nogaivos” também enumeralos por Lacerda (1911) quando diz que os “vicios do negro” avilaram o carter dos mestigos. Na verdade, qualquer gue Se 1 imagem consul do ead ipo ou raja, ¢ apesar da crenga sos bons resuliados do processo de branqueamiento pola miscigenasdo, hé wna divigo bipartida onde, de uma Ido esto es brancos (asimiléveis ot no) © do auto todos os divers graus de “info sores" ~ pois mesmo a concepylo de “mestiga superior!” implica distanciamento sele- tivo por conraste com ocivilizado pleno ~ 0 branco. "A maior intensidade da imigracSo européia nes duas dlkimas décadas do século XIX oa inexisténcia éotrfico de afrieanos desde 1880 alimentaram as espoculactes so- treo futuro “tipo brasikiro” E esas especulagdes podem ser encortradas em outro tipo de trabalho, mais dretameateassociado fs pratieas da politica de coloniagto com imi franies. Num texto bastante referido ac Corgresso Internacional das Ragas, realizado erm Londres om 1911 (e do qual Lacerda participou), lozquim da Silva Rocha, chele de se- ‘gua da Dircioria do Servige do Povoumento de Ministsro da Agricultra,Indistria e Co- Ihereio, fez uma Historia da Colontzagdo do Brasil (publcada pela Imprensa Nacional tin 1918) como intuito de condensir "2 apde do gover brasileiro e dos seus ageates Sobre esses dois importantes fatores do desenvolvimento econdmica do Pais” (imigrarao © colorizayto), conforms 0 preficio de Dulphe Pineiro Macho dirgido 20 Miisto J Pandia Calogeras{O que doveria ser ura relatGco sobre = legisla eas pics de coloni- ‘ago com imigranes desde a mdopendencia (mas também remtetendo ao perfede volo- nial) € um texto entemeado por diversos cepltulos dedicados 8 andlise das correntes, inngratér.a reais possvel do ponta de vista da questi racial. ‘Exlstem muitos pentos em comum com 0 trabalho similar de Menezes ¢ Souza p- biicado em 1875 ~ como a consenagao da imigragoasitica, onsiderada prejudicial & ‘ormaglo do “tipo brasiciro” (am dos problemas prtios relacionados ao assentamen~ ‘to de colonos). Mas ten algumas caractristicas bem especificas. Em primeira lugar, jonia come enciplo de colonizagio bers-sucedida se pétias colonialisas dos Estados imperiaistas europeus na Asia, Atica © Austria - usando a palavraeolonizagto como sindnimo de colonialism, justificando este imo em nome da superioridade mental dos ‘ances. Sm segundo lugar, as medidas propestas para obier boa colonizaslo remetem & 16 Oconcio de Win Rodigus contemportio de Lacerda e Rome, mar ein com relatos poss ‘hldnds ds enyocanent. Os menos rperiore so dofios pela “prodrindncia ds rap civil Snsoacr ogee lerditire ox per un combina men flrs & so indvguosewlibe Ges eropenaiven (sigs, 1938216). | | ‘questio éa nacionslizagto dos imigrantes ~ some “dar sentido clvieo & natralizaeto”, goranir una "tutela moral através do ensioplico”. ampliar a posibilidaes do oa fate provendo as colénins com via de comutieagfo mais adequadss etc. Em tercsireln- gat ctu um grande numero de autores euoyets © norte-anericanos gue trtaran tanto ao tema da colonizagao como da raya, eadou a divisto deraras proposta por Le Bon — primitivas(austaliaros),inferioes (Regros, capazes apenas de rudimentos de giviiza- Toccata ce prea ay aie Guim) at este crero de desigualdac, defends « elvnizagdo com intgeentes curopous fazndo preciages sobre as principals emias que se estabeleceram no Pats: portuguese (forma ‘com fndios e negros as ts razas que deram origem & nacionalidede, “ativos”, “iteli- lgentes", “resistentes ao sol" ete); italianos Com sua propens30 ao pastoeio ares in- uatriai); espanhois (“sébrios”, “laboriowes”, “perseverants", “humildes” ote alemaes (pelo seu “valor produtivo"). Faz sind, menge aos ingleses (que nzo em ram), fanceses (que “se conforram com os costumes dos povos onde se estabel- em’), belgas, austro-hingeros (¢ sua “dedéag%o a lavoura”).E dificil imaginar como sto operacionalizaos por Silva Rosha os erBérios que qualticem ou desqualifcam imi- “grants lamenta 0 fato dea Franca no ser pals de emigraglo (por ter suas propras co- fias) porque os francests trem consigo “os principios de desenvolvimento © de ‘progresso”,embora nap tenham a persoveranga e paciéncia ds alemes e a energia dos Inglesse, © logo depois desqualifica ot balga, caja imigragio podeviafracassar no Heil por serem um povo voltae pera a indéstria manufaureira. Ito 6, consiruiu uma hierar {lia de imigramtes possives eam base tumasupostaaptidao “eccndmica' espcifica de ‘ada nacionalidade. Nesta perspectiva interessam principalmente os asimiliveis latinos —portagietes, italianos, Fanceses eespanhis (0s “produtivos” alemies so inconve- hientes por sua iredutbilidade étnies) 9 os que tem melhor desempenho na alvidade agricola e atesanal (Silva Rocha, 1918:56-73, vol. 1) Tse tipo de exerccio clssificatrio de nies européias em fungdo das sus ati- des colonizatloras nfo eonstitai novidade 10 que chama a atenglo neste texto (e nos ou tras que diseatem “colonizagio” ainda no Tmspéria) & a auscia de roferéncias mi demoradas acs trabelhaderes nacionais, uma categoria jf cm uso no perlodo, e a68 ne~ {0s € mestigos enquanto pesiveis colonas ao regime de pequena propriedade. Ou sg, Sti patiipagio em prajtos de colonizaco sequer€ considerado ~ mostrando que o ¢s- quem da classficago de ragas de Le Don foi levado a sri: supe que ss rapas chars dis “superiores” so as tncas eapazes de cvilizagdo.E, em nome da unifieagto do tipo hacioral, Silva Rocha, taado Salvador de Mendonga, CBrsul do Brasil nos Esiades Unio, descarta es inferores e 36 admiteaintroduyto de asiticos (as “rayas médias” ‘de Le Bon) desde que io sejam concedidas oles “consicdes de pe isto é, no devem “fixar-se em rosso solo” (Silva Rocha, 1918-88, vol.) Enfim js “coldiaa de povoamenm” precsavam de civlzados, nas exes, po sus yea, devia ser naconaliza- neo comentri nig de 180 1889 «de 1860 a 186, Sine Rocka introduz uma discussto sobre a deinacionalzasto dos centres agricolas e 2 unidade do tipo nacional. O sigeificado desta lealizay@o do problema no texto tem relagdo com 35 critica fit ao regime monézquico porque penmiti 2 formarao de colonias einicamen te homogéness. O excmplo de desnacionalizacto &, mais uma vez, 0 das “colnias ale Ine" @ a solaglo apresenteds oo aproxima das proposigdes de Silvio Romero ~ ten, 33 pois, relacto com concepgtiesclaras de “equilibrio racial” em todas as resides do Pais. Diz Silva Rocha (1918:313, vol. I: a permata de populacdo intrestadual, sb as formas moral, intelectual e propia Inante sia, srla um elemento dt prosperdade e prandeza de nossa nacionalidade ‘pois @importag3s, pelo sul, do slemento nortita levar-he-ia parte destesfatores, Come velementa sulst seria portadr de ougrer Int para evitar que elamanto 28- Urangeio congreda eps massa no territira nacional nZo venha om determinados [Pontns, fazer 0 melo, trazer ws uses ¢ oF casaumes da sua raga e muito menos and sobropyar nossa... “Mas, apesar de visualizar uma divisto bipastida do Pais, com s parte oo norte “ma- hifestando 0 verdadeiros sentimentos de uma nacionalidade” ea parte sul onde a nacio- halidade esti ameagada pela “promiscuidade dos elementos cue a imigrag europeia Ihe trouxe”, no hi indicepio mais precisa de apraveitamento do elemento nacional nes pro- |jetos de colonizagdo, Dedica-se, antes, a especlar sobre a compasicio étnica do Pais, ‘uibuindo o araso na formaytio de um “tipo definitive” de brasileiro 8 politica de eole- nizagiio anterior &republica. ‘A “primitiva fusdo de sangue”” no teritério brasileiro ~ a das trésragas “formada- ras" — dvi ser tempereds com o elemento civilizacor da imiarasio, o que, para Silva Rocha, ngo ocorreu. b propte: “tates, agora, do aperfeigoamento da espécie; trata-se {de nacionalizar a populasdo existente no Brasil; trates, finalmente, de ober sua repre- sentegiio por um tipo definitive” (Silva Rocha, 1918.5, vl. Il). Na perspectiva apresen- fda, a unidade nacional estava ancorala a esta idéla de um “tipo racial” representativo do brasileiro, que o Brasil Imperial inviabilizou ao permitir que oy elementos civilizados ficassom isolados no Sul Na perspectiva sugerida, o “elemento civilizado™ devia ser in~ troduzido “'no meio dos que nfo o fossem”, rias nunca permitindo uma preponderancia sobre os uses e cnstumes nacionas (af eompreendida a lingua nacional). Assim, por um Indo, 0s governos moaérqvieos s80 acusadas de ‘‘descaso” pelo futuro da nacionalidade ©, por outro, aribul parte do “atras0” a culonizagdo portuguesa ~ que ko teria seguido ‘0s principios do capitalismo.'” A grandeza do Brasil, portant, foi retardada porque ti- ‘cou longo tempo “sem elementos de progresso e desenvolvimento”, faltando, no inicio, ‘0 “elertento civilizador”. ‘Pereete-se, assim, que 0 elemento privilogiado para cclonizar o Pals ¢ o imigrante ‘europe, mas no o portugues, que considera avesso 2 lavoura ¢ ao capitalismo. De qual ‘quer forma, a preferéncia pelos europeus est ovidente na legislaglo republicana sobre ‘colonizagio analisada ne dtime parte do trabalho e nos préprios juizes de valor expres 508 pelo autor, que veo “povoamento de solo nacional” ancorade & “propegenéa necex- ‘séria a este povounento”” fora do tecitdrio brasileira (Silva Rocha, 1918:225, 231, vol. 10, “Fora” significa explicitamente “Europa” — j4 que outras correntes imigratorias s20 descartadas. Todas as referencias a colénias especificas e & colonizagio em geral reme- tem A imigrasdo ~ co problems contral discutido a partir de citages freqlentes de auto- 17 Onvornto um drcamsnis orm, rarer £ Ada Sith (Rguie das Nags) pra Hier que a

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