0 calificaciones0% encontró este documento útil (0 votos)
55 vistas3 páginas
O documento resume três capítulos de um livro sobre as ideias de George Herbert Mead sobre educação. O capítulo 1 discute a natureza social da humanidade e a construção do self através da interação. O capítulo 2 explica a gênese e estrutura do self, incluindo a importância do brincar e jogar na socialização das crianças. O capítulo 3 aplica as ideias de Mead ao campo da enfermagem, enfatizando a influência social no processo saúde/doença.
O documento resume três capítulos de um livro sobre as ideias de George Herbert Mead sobre educação. O capítulo 1 discute a natureza social da humanidade e a construção do self através da interação. O capítulo 2 explica a gênese e estrutura do self, incluindo a importância do brincar e jogar na socialização das crianças. O capítulo 3 aplica as ideias de Mead ao campo da enfermagem, enfatizando a influência social no processo saúde/doença.
O documento resume três capítulos de um livro sobre as ideias de George Herbert Mead sobre educação. O capítulo 1 discute a natureza social da humanidade e a construção do self através da interação. O capítulo 2 explica a gênese e estrutura do self, incluindo a importância do brincar e jogar na socialização das crianças. O capítulo 3 aplica as ideias de Mead ao campo da enfermagem, enfatizando a influência social no processo saúde/doença.
CASAGRANDE. G.H. Mead & a educao. Belo Horizonte, Autntica editora, 2014, p. 21-80.
A obra sob comento, traz uma breve introduo, sobre os escritos e o
pensamento de George Hebert Mead, pela tica de Cledes Antnio Casagrande, relatando os principais conceitos presentes nos escritos de Mead, assinalando a relao e a fecundidade das suas ideias para o campo da educao. Desse modo, essa produo textual em forma de resenha, discorre pelo captulo I: A comunicao e o carter social da vida humana; pelo captulo II: A gnese e a estrutura do self; e por fim, relaciona os pensamentos de Mead no campo da enfermagem, evidenciando a aplicabilidade dessas ideias na prtica em enfermagem. O captulo I, intitulado de A comunicao e o carter social da vida humana, procura demonstrar as ideias do carter social da humanidade, da construo do self e do pensamento crtico, evidenciando a importncia destes caracteres no processo educacional. De acordo com George Hebert Mead, a educao um processo social, interativo e simblico, ao qual somos inseridos logo aps o nascimento, por meio, da interao, da comunicao, da linguagem e dos gestos simples e significantes, pois, o ser humano necessita de uma vida social, para nascer, crescer subsistir e se desenvolver, e este carter social intrnseco a vida, denomina-se sociabilidade. Assim, estes fatores sociais iro influenciar na emergncia do self, porque atravs da linguagem e de gestos significantes, que o sujeito internaliza as atitudes de seu grupo social. O Self, a simultnea construo reconstruo pessoal e social sob o prisma de uma fundamental interdependncia, ou seja, a conscincia de sua prpria identidade, um olhar de si mesmo. Por isso, Mead diz, que sujeito e sociedade constitui-se mutuamente e so de igual magnitude, este processo ele denomina de indissociabilidade. Desse modo, a sociedade influncia na filogenia e na ontogenia e as pessoas possibilitam a existncia da sociedade, esta caracterstica parte da mediao da linguagem na prtica comunicativa quotidiana e diferencia os seres humanos dos animais. Esta evoluo pautada no desenvolvimento da inteligncia humana, na racionalidade e na capacidade de resoluo de problemas, diferenciando o ser humanos dos animais que agem meramente por extinto, portanto, a emergncia da identidade do sujeito e a organizao da sociedade est centrada em uma matriz intersubjetiva simblica, sendo a linguagem capaz de possibilitar o desenvolvimento da mente, ou seja, a resoluo de problemas e o pensamento reflexivo profundo. Para isso, necessita-se de uma anlise de si mesmo, olhando para si e para o outro, no esquecendo que no se pode esperar do outro o que no encontra-se em si mesmo, dessa forma, desenvolve-se a criticidade, a conscincia filosfica. O captulo II, trata sobre A gnese e a estrutura do self, a partir do olhar para si e da internalizao do outro generalizado, este captulo ainda traz a importncia do brincar e jogar no processo de socializao das crianas e a auto reflexibilidade atravs do processo dialtico de diferenciao do eu e do mim. A diferena entre conscincia e conscincia de si mesmo, so elementos primordiais para a construo do self, podendo ser reconhecidos na ao e na interao no decorrer de sua vida, ou seja, a conscincia est relacionada as experincias vivenciadas ao longo de sua vida, enquanto a conscincia de si mesmo (self), desenvolve-se em um contexto social, atravs das interaes e relaes sociais, assim, o olhar para si, designa a autoconscincia e reflexo, pautados em um falar consigo mesmo, tornando-se objeto para si mesmo. Logo, pela ao social que a conscincia atinge a conscincia de si, em um processo que dotado de construes e reconstruo do eu e por conseguinte de formao do self. A princpio a conversao em gestos evolui para uma comunicao significativa da linguagem formando o carter estruturante do self, em um processo de comunicao simblica, nesse contexto a educao assume uma vertente social, interativa e simblica e a escola o espao que proporciona esse desenvolvimento educacional. Para tanto, Mead atribui ao processo de desenvolvimento da autoconscincia na infncia, o brincar e o jogar. O brincar consiste na primeira experincia da sada de si mesmo e da apropriao da imagem do outro por parte da criana e o jogar, configura um avano em relao ao brincar individual, pois amplia o horizonte da participao, da cooperao social e do descentramento de si mesmo. uma organizao de atitudes e de aes supraindividuais, com a internalizao da figura do outro denominado outro generalizado. Segundo Mead, o outro generalizado, a representao simblica da vontade coletiva, ou seja, so os conceitos que esto arraigados no sujeito, estes conceitos esto expressos em objetivos, valores, regras, costumes, sentidos e reaes organizadas implcitas na sociedade, porm isto no significa o afundamento da subjetividade pela intersubjetividade, a este paradigma Mead atribui a dialtica do self, que a reflexibilidade do sujeito. A dialtica do self, a explicao da dimenso do self, que social e tambm subjetiva, por isso, Mead recorre a uma bipartio do self, diferenciando o eu do mim. O eu no dado diretamente na experincia, consiste na dimenso no previsvel do self, na singularidade de cada um. O mim uma internalizao social, a perspectiva do outro generalizado. Portanto, assim como Mead reconhece o carter social da vida humana, na prtica da enfermagem tambm necessrio identificar a influncia social no processo sade/doena, uma vez que, as mltiplas causas de adoecimento sofre interferncia de fatores econmicos, ambientais, polticos e sociais. O cuidado, vai alm da cura, abrange aes de promoo, proteo, preveno e reabilitao da sade, por isso, pela tica de Mead, o olhar para si e o olhar para o outro, deve ser integrado a essas aes, haja vista, o profissional precisar de um olhar mais humanizado para exercer uma melhor profisso. Outro ponto, a se refletir sobre as ideias de Mead, no campo da enfermagem, a respeito da construo do self, da conscincia de si, precisa- se de uma auto anlise diria, um olhar para dentro de si como profissional da sade, para poder perceber se no est havendo a reproduo do outro generalizado, j que o modelo curativista ainda domina a sociedade vigente, e muitos profissionais utilizam essa representao simblica da vontade coletiva, e por conseguinte descaracterizam a profisso, que deve ser integrada ao modelo emergente, da noo de sade interligada a sociedade.