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  • A Hora Do Jogo Diagnóstica

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    A Hora Do Jogo Diagnóstica

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    1. A hora de jogo diagnéstica ia Efron, Esther Fainberg, Yolands Kiei igal ¢ Pola Woscaboinik Introducao A hora de jogo diagnéstica constitui um recurso ou instru mento técnico que o psicélogo utiliza dentro do proceso psi- eodiagndstico coma finalidade de conhecera realidade da erian- 4 que foi trazida 4 consulta ‘A atividade lidica é cua forma do exproceo prépria, ae ‘camo linguagem verbal o & no adulto, Trata-se, entio, de ins- trumentalizar suas possibilidades comunicacionais para depois conceituar a realidade que nos apresenta Ao oferecer a crianga a possibilidade de brincar em um €ontexto particular, com um enquadramento dado que inclui espago, tempo, explicitagao de papéis e finalidade, eria-se um ‘campo que sera estruturado, basicamente, em fungio das vat eis internas de sva personalidade. Nesta situasdo, expressa somente um segmento de seu re- Pertirio de condutas, reatualizando no aqui e agora um con- junto de fantasias e de relagdes de objeto que irdo se sobrepor 440 campo de estimulo. Por isso recorre-se, complementarmen- sou métodos de investigagdo. Achames conveniente esclarecer uma diferenga basiea entre ahora de jogo diagnéstica ea hora de jogo teraptutica, pois & muito comum a confusao entre as duas. 0 processo psicodiagnéstica e as téenicas projetivas A primeira engloba um processo que tem eomego, dese volvimento ¢ fim em si mesma, opera como uma unidade deve ser interpretada como tal. A segunda & um elo 2 mais em um amplo contimrum no qual novos aspectos e modificagdes estruturais vo surgindo pela intervengio do terapeuta. (A respeito da participacio do psicSlogo na hora de jogo dingndstica, falaremos detidam no t6pico “papel do ent Como se pode peresber, existe mui entrevista diagndstica livre do adulto. ‘Vejamos agora algumas diferengas. Numa a fantasia é mediada pelas verbalizagdes; na ativi- dade liidiea o mediador &, predominantemente, o brinquedo oferecido, que expressa o que a crianga esti vivenciando no momento. Na verbalizagio a fantasia aparece depurada pela maior influéncia do processo secund a al da fantasia expressa através da linguagem, do uso apropriada dos verbos e das leis do pensamento légico-formal toma-se mais clara, No brincar, por sua vez, ha uma comuntcagsio de tipo espacial, na qual sio incluidos mais elementos do proceso pri- mario através de prinefpios como os de condensacao, atempo- ralidade € deslocamento, atuados no proprio brincar. Por outro lado, a hora de jogo diagndstica € precedida dé entrcvistas realizadas com 0s pais (que correspondem ao con- ccito de pré-entrevista dos adultos) Nelas o psicélogo elabora com os pais instruc: serio dadas A crianca por eles. Como pode haver interfer de diferentes fatores para que esta informacio chegue de mo- do adequado ou nio, cremos ser necessario reformular para a rianga, num primeiro contato, tais instrugdes de forma clara © precisa, Cada hora de jogo diagnéstica significa uma experiéncia nova, tanto para o entrevistador como para o entrevistado, Im- plica, a nosso ver, 0 estabelecimento de um vinculo transferen~ A horn de jogo diagnistice 209 cial breve, cujo objetivo € 0 conhecimento e a campreenso da a Sala de jogo e materiais Consideramos que os aspectos formais da hora de jogo diagndstica interferem no contedido da mesma, ji que o enqua~ Gramento € as condigdes do Ambito de trabalho conti uma Gestalt que responde a nosso marco referencial teérico. Por isso, passaremos a detalhar as condigBes gerais nas quais tal processo deve se desenvolver. A sala de jogo ser um quarto no muito pequene, com mobiliario escasso (uma mesa, duas ou trés cadeiras e quadro- negro), a fim de possibilitar liberdade de movimentos a crian- ca. E preferivel que as paredes ¢ o piso sejam lavaveis, o que Permitiré que o enirevistador no se preocupe com a consi aco do lugar de trabalho. E conveniente oferecer & crianga a possibilidade de brin- car com agi Qs elementos devem estar expostos sobre da caixa aberta, Convém que estejam distribuidos sem corres- ponder a nenhum agrupamento de classes, dando ao pequeno paciente a possibilidade de ordenago que corresponda as suas variaveis internas, em fungo de suas fantasias e/ou de seu nivel intelectual. Nao obstante, deve-se evitar um panorama caético através de um amontoamento indiscriminado de brin- quedos. A caixa ou cesto deve estar presente, porque pode fun- cionar como um elemento Iiico a mais © porque ser 0 con- tinente depositirio da produsio que o entrevistado descje dei- Xar ao final da hora. A apresentagdo dos brinquedos sobre a mesa, fora da caixa, evita o incremento da ansiedade persecu: Aria g -n0 primeiro contato diante de um conti- nente-

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