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CAPITULO 68 GONADAS- Poli Mara Spritzer « Fernando Marcos dos Reis: (Os testfoulos sdo responsdveis pela espermatogénese esintese de hhorméniossexuais. Estes processos assegtram a fertilidade eo desen- volvimento e manutengao das caracterstcas sexuais masculinas. A fungio testicular € regulada pelo sistema nervoso central (SNC) através principalmente das algas de etrocontrole com 0 GaRRH (go- nadotropin releasing hormone) hipotalimico ¢ gonedotrofinas hipo- fisdias. Fatores parécrinos, neurais ¢ endécrinos contribuem para ‘sta complexa regulacdo do sistema reprodutor masculino. Este sis- tema estd organizado a partir dos testculos, do penis edas glanduias s0ess6rias que compreendem a préstatae as vesiculas seminais. oO. Organizacao Estrutural e Funcional do Testiculo Os testiculos sao constitufdos de novelos de tubos finis- simos, em cujas paredes os espermatoz6ides so formados a partit de o6lulas germinativas indiferenciadas, Os tdbulos, ‘conhecidos como espermatogénicos ou semin{feros, conver: gem para uma rede de ductos chamada rete restis que, por sua vez, conduz 0s espetmatozéides a um tubo tnico e forte- mente enovelado, o epidfdimo, responsével pela etapa final de maturagio do gameta masculino. Ainda nas paredes dos tiibulos seminiferos encontram-se as células de Sertoli, que se estendem da lémina basal até o lume tubular e server de suporte para as células germinativas, Adicionalmente, cexercem ago regulatéria sobre o eixo hipotélamo-hipotise a partir da secregdo de inibina, Jungdes estreitas formadas pelas células de Sertoli criam uma barreira com permeabili- dade restrita a macromoléculas, similar aquela existente no sistema nervoso. Esta barteira forma um ambiente bioqui- ‘mico ¢ hormonal propicio nas camadas internas ¢ no fluido luminal dos tbvlos seminfferos, de composigao diferente do plasma sangtifneo, 0 que favorece a regulacao local da gametogtnese e protege as células germinativas de agentes nocivas. No tecido que conecta os tibulos seminiferos exis- tem ninhos de células contendo granulos lipidicos, as célu- las intersticiais de Leydig, que secretam testosterona na rede capilar adjacente, ig. 68.1) Fotomicrografia de um tibolo semin‘fero humano em pequeno aumento. Observar 0 lume, oepitélio semunifero, a tinica propria o compartimento intertubular ou intersti cial, que abriga as células de Leydig. B) Detalhe do mesmo ‘uibulo com o epitélio seminifero em grande aumento. C) ‘Desenko esquemitico da foto B com a localizagto de ticleas de células de Sertoli (vermelho), espermatog6nias (verde), spermatécitos primérios (azul e espermétides arredondadas (aranja). As fotos sio cortesia dos Drs. Marcelo de Castro Leal e Fabiano Condé Aratjo, A organizagio dos tibulos seminiferos é espécie-dependente. ‘Na maioria dos mamiferos, as células germinatives agrupam-se de acordo como estégio de maturagio, de tal modo que um corte histolégico de determinado ponto do tibulo seminffero mostra predominantemente um tipo de célula germinativa, enquanto outro corte mais acima ou abaixo exie o predomtinio do tipo celular precedente ou sucessivo na ordem de maturagao. O tes- ticulo humano € excecio a essa regra. No homem, as cétulas ‘germinativas amadurecem dessincronizadas e por isso, em um. ‘mesmo ponto do tibulo seminifero, s2o encontredas células em estigios variados de maturacio (Fig. 68.1). ©)2. Espermatogénese AAs células germinativas, presentes na gOnada masculina desde ‘ nascimento, sio chamadas células germinativas primordia. Durante toda a infincia elas se dividem lentamente por mitose dio origem a espermatog6nias. Na época da puberdade, cada ‘esticulo possui aproximadamente 6 milhdes de espermatog6nis. A pair de entio, essas células comegam a se diferenciar. cada espermatogénia dé origem a 16 espermatécitos primérios, que por sua vez entram em meiose e geram, cada um, quatro esperm- tides (Fig. 68.2A). A ctepa final da espermatogénese denomina- se espermiogénese e consiste na transformacdo de espermétides arredondadas em espermatozbides maduros. Iso se dé pelo repo- sicionamento do micleo da célule, que passa do centro para uma das extremidades, onde surgiré a cabeca do espermatoz6ide, ¢ também pelo aparecimento do flagelo (Fig, 68.2B). ‘A transformacio celular desde o espermatécito até 0 esper- matoz6ide mével leva cerca de 70 dias, sendo seguida pelo ama- durecimento dos espermatoz6ides durante seu tajeto pelo epi- didimo até os ductos ejaculatérios, a0 longo de outros 14 dias. Nessa fase, o espermatoz6ide adquire o méximo de motilidade toma-se capaz de fecundar, ig. 68.2 Divisoes e transformagbes celulares na espermatogénese. A) Principais osulas precursoras, com destaque para a primeirae segunda divisdes meidticas (Die D2) que geram, respectivamente, espermaté- citos secundérios e espermétides. B) Espermiogenese. Ao alcangar os ductos ejaculatsrios, os espermatozsides so cenriquecidos pelas seeregGes das vesiculas seminais, compostas principalmente de frutose ¢ prostaglandinas. Finalmente, quendo ‘osémen chega a uretra prostatica, produtos do fluido prostético sho lancados ao sémen, Portanio,o fluido seminal nesta etapairé cconter ainda zinco, espermina, dcido cftrico e fosfstase dcida. 3. Androgénios Androgénios stio hormOnios capazes de promover e man ter caractersticas secundérias mesculinas. O androgénio mais abundante na circulagdo € a testosterona. Embora encontrada em menores concentragées na circulacSo, a diidrotestosterona (DHT) € produzida a partir da propria testosterona nos tecidos que expressam a enzima Sa-rediutase, como a prostatae 0 flr culo pilo-sebaceo (Fig. 68.3). Sua acdo € mais potente que ada testosterona ¢ seus efeitos sd0 indispenséveis para a diferencia io sexual masculina. Outros androgénios, com aco mais fisca, incluem a and:ostenediona, a desidroepiandrosterona (DHEA) e seu sulfato (DHEA'S). 3.1 sinrese & seorecio [5 ‘Nohomem, as principais fontes de androgénios so a adrenaleo testiculo. Em ambos os locais de sintese, a molécula precursora dos _androgénios é 0 colesterol, que pode ser captado do plasma por mio

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