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| CAPITULO 13 FLUIDOS DE CORTE 43.1. INTRODUGAO Em se tratando de sistemas de manufatura, qualquer tentativa de aumentar 2 produtividade e/ou reduzir custos deve ser considerada. Na usinagem, 0 uso de fluidos de corte é uma opcdo, e quando ele € escolhido e aplicado apropriadamente, traz beneficios. A escolha apropriada de um fluido de corte deve recair naquele que possui composigao quimica e propriedades corretas, para ‘atacar as adversidades de um processo de corte especifico. Ele deve ser aplicado usando um método qué permite: que ele chegue o mais proximo: possivel da aresta de corte, dentro da interface cavaco-ferramenta, para que ele possa | exercer suas fungdes | apropriadamente. Nos ultimos tempos, grandes avangos tecnolégicos foram ‘cobtidos, tanto nos materiais, como nas maquinas ferramentas. Isto fez com que & demanda dos fluid de corte crescesse consideravelmente. Alta demanda causa competitividade, qué por sua vez, causa aumento da qualidade dos produtos, Outro fator que também influi no aumento da qualidade dos fluidos de corte dos dias de hoje, @ 8 pressdo exercida por Agencias de Prote¢o Ambiental e Agéncias de Saude, para que 0S produtos sejam comercializados com mais seguranga @ que causem menos mal ao meio ambiente [1]. O sucesso dos fluidos de corte nos dias atuais 6 também devido a avangos conseguidos nos processos de fabricagao dos fluidos, mas muito mais pelo desenvolvimento de novos aditivos. Com isto, os fluidos de cortes atuais apresentam — melhores propriedades refrigerantes, | melhores propriedades perigo, ao~operadome duram, i farmazenagem do que 0s fuidos geragdes passadas. i 43.2. FUNGOES DOS FLUIDOS DE CORTE | AS principais fungoes dos fluidos de corte sdo: i * lubrificagdo a baixas velocidades de corte; © refrigeragao a altas velocidades de corte, ' 'e menos importante: i » ajudar a retirar 0 cavaco da zona de corte; « proteger a maquina ferramenta e a pega de corrosdo atmostérica. ‘A baixas velocidades de corte, @ refrigeragdo ¢ relativamente sem importncia, enquanto que a lubrificagao 6 importante para reduzir 0 atrito e evitar a formagéo de APC. Um fluido de corte a base de dle deve, entéo, Ser usado. A altas velocidades de corte, as condigdes nado sao favoraveis para a penetragao do fluido de corte na interface para que ele exerga 0 papel lubrificante. Nestas condig6es a 180 refrigeragao se toma mais importante, e um fluido de corte a base de agua, deve ser utilizado.| Como lubrificante, @ fluido de corte age para reduzir a area de contato cavaco-ferramenta, @ a Sua eficiéncia vai depender da sua habilidade de penetrar na interface cavaco-ferramenta, no pequeno espago de tempo disponivel, e de | formar um filme, seja por ataque quimico ou por adsors&o fisica, com a resisténcia | ao cisalhamento menor que a resisténcia do material da interface. Ainda nao esta completamente claro, Como, O fluido te corte ganha acesso & interface, nem até onde ele pode chegar. Trent [2,3] diz que o jubrificante nao tem acesso a zona de aderéncia. Childs e Rowe (4] também sustenta esta teoria © comenta| que a atengao deve ser voltada, entao, para a zona de escorregamemto. Postinikov [5] sugeriu que 0 lubrificante penetra contra o fluxo do metal, chegando a ponta da ferramenta, por uma aco capilar, assumindo que o contato na interface nado & completo (condigdes de escorregamento), Williams [6] assume também este ponto de vista Alguns ensaios com ferramentas transparentes de safira (7), demonstraram que o fluide de corte ganha acesso a interface, pelos lados, a0 inves de se movimentar contra o fluxo de saida do cavaco. Qualquer que seja o método de penetracao, 0 fluido de corte, uma vez na interface, deve formar o filme lubrificante, com resistencia a0 cisalhamento menor que a resistencia do metal. Ele pode também restringir 0 caldeamento (solda) do cavaco na) superficie de saida, se aditivos apropriados forem ‘adicionados. A eficiéncia da lubrificagao dependerd das propriedades do fluido, tais como: caracteristicas de molhabilidade, viscosidade, oleosidade e resisténcia do filme. Estas propriedades podem ser conseguidas com uma mistura adequada de aditivos : ' refrigerantes, os fiuidos de corte diminuem a temperatura de corte, i 2 aco), 0 m_pela ). ( a dis: 0 do calor (refrigeragao) & geragéo do calor (lubrificagao). Foi demonstrado experimer eficiéncia do fluido de corte em reduzir a temperatura diminui com o aumento da velocidade de corte e da profundidade de corte. | \ A capacidade do fluido de corte em varrer 0s Cavacos da zona de corte, depende da viscosidade e da vazo do fluido de corte, além, é claro, da operagéo de usinagem e do tipo de cavaco sendo formado. Em algumas operagées, tais como furagdo e serramento, esta fungao 6 de suma importancia, pois ele pode evitar a obstrugdo do cavaco na zona de corte e, consequentemente, quebra da ferramenta. 13.3. RAZOES PARA SE USAR FLUIDOS DE CORTE — © objetivo final de se usar fluido de corte é reduzir 0 custo total por partes usinadas ou entéo aumentar a taxa de producao. Isto pode ser conseguido com um ou mais dos seguintes beneficios que OS fluidos de corte podem proporcionar: «aumento da vida da ferramenta peta lubrificagao refrigeragao; * redugo das forgas de corte devide a lubrificagao, portanto redugdo de poténcia; « melhora no acabamento superficial da pega, 1 181 * facil remog&o do cavaco da zona de corte; * menos distorg4o da pela ago refrigerante. | I fluidos de corte, além de refrigerar @ de lubrificar, devem ainda possuir outras propriedades que produzira, a niveis operacionais, melhores resultados. Estas propriedades podem ser enumeradas, como segue: Anti-espumantes, anticorrosivas e antioxidantes; antidesgaste e antisolda (EP), boa umectagao; capacidade de absorg4o de calor; transparéncia, inodor, nao formar névoa, nem provocar irritagSes na pele; compatibilidade com o meio ambiente; baixa variagao da viscosidade quando em trabalho (indice de viscosidade compativel com a sua aplicagdo). A maioria destas propriedades so conferidas’ aos fluidos de corte por meio de aditivos. | 13.4. ADITIVOS Para conferir aos fluidos de corte melhorias em prop alguns produtos quimicos ou orgénicos , chamados de aditivos, principais so: “ sulfurados ou sulfonados. E recomendavel usar 0 nitrito de sédio"com precaucdo pois sdo suspeitos de serem cancerigenos. Deve-se usar baixos teores de nitrito de sodio | | + DETERGENTES - Reduzem a deposi¢ao de lddo, lamas e borras. S40 compostos organometalicos contendo magnésio, bario, calcio entre gutros. » EMULGADORES - Séo responsaveis pela formagao emuls6es de leo na agua |e vice-versa. Reduzem a tens4o superficial @ formam uma pelicula monor ular semi-estavel na interface dleo-agua. tipos principais so os sabées de acidos graxos, as gorduras sulfatadas, s de petrdleo e ‘emulgadores néo idnicos. | | BIOCIDAS - Substancias ou misturas quimicas que inibem o desenvolvimento de microorganismos. ADITIVOS EXTREMA PRESSAO (EP) - Em ope! mais severas onde uma lubricidade adicional é necessaria, pode-se utilizar aditivos extrema pressdo. Eles conferem aos fluides de corte uma lubricidade melhorada para suportarem as elevadas temperaturas e press6es do corte, reduzindo 0 contato metal-metal. Sao compostos que variam na estrutura e composigéo. S80 suficientemente reativos com a superficie usinada, formando compostos Telativamente fracos na interface, geralmente sais (fosfato de ferro, cloreto de ferro, sulfeto de ferro, etc) que se . | ! 182 i | fundem a altas temperaturas e sao facilmente cisalhaveis. Podem Ser relacionados em ordem crescente de eficiéncia como: matérias graxas @ derivados, fosforo @ zinco, clorados, sulfurizados inatiyos, sulfurizados ativos, sulfurados @ Os sulfuclorados. Os mais empregados s&o aditivos sulfurizados, sulfurados e fosforosos. | | ' 43.5. CLASSIFICAGAO DOS FLUIDOS DE CORTE | Existem diversas formas de se classificar os fluidos de corte, e ndo ha uma pradronizagdo que estabeleca entre as empresas fabricantes uma unica. A classificagdo mais difundida agrupa os fluidos da seguinte forma: | Ar Il, Aquosos: a) - agua; | b) - emulsdes (Oleos soluveis), | c)-solugdes quimicas; | | Il, Oleos. a) - dleos minerais; b) - dleos graxos; c) - dleos compostos; d) - dleos de extrema press4o, e)-dleos de usos milltiplos. | OQ ar comprimido pode ser utilizado com objetivo de resfriar a regio de corte, por meio de um jato, puro, ou misturado a outro fluido, na interface, contra a in do cav: com razoavel desempenho. Ja a agua, por ser rate i € utilizada como fluido ferrosos, de corte. Enfim, as suas ap! jes sdo bastante restritas. | | 19.5.1, EMULSOES | 13.5.1.1, FLUIDOS EMULSIONAVEIS | i Sao compostos bi-fasicos de 6leos minerais adicionados a dgua na proporgao de 1:10 a 1:100, mais agentes emulgadores que garantem a miscibilidade destes com a agua. Esses emulgadores so tensoativos polares que reduzem a tenséo superficial formando uma pelicula monomolecular relativamente estavel na interface dleo-Agua. Assim os emulgadores promovem a formagéo de glébulos de dleo menores, 0 que resulta em emulsdes translucidas. } Aestabilidade destas emulsées se deve ao desenvolvimento de uma camada elétrica na interface dleo-Agua. Forgas repulsivas entre glébulos de mesma carga evitam a coalescéncia destes. Para evitar os efeitos nocivos da agua presente na emulsdo, empregam-se aditivos anticorrosivos tais como nitrito de sédio, que ainda é utilizado na fabricagdo de dleos de corte emulsionaveis. $40 usados ainda biocidas, que inibem o crescimento de bactérias e fungos, porém devem ser compativeis com a pele humana e no serem toxicos. Os elementos EP e antidesgaste usados que 183 aumentam as propriedades de lubrificagdo, sao os mesmos empregados para dleos puros. No entante, o uso de cloro como aditivo para fluidos de corte ver encontrando restrigdes em todo o mundo, devido aos danos que este causa a0 mei ambiente e a saude humana. Por esta raz4o procura-se substituir 0 cloro por aditivo a base de enxofre e calcio. Usa-se ainda gordura e oleo animal e vegetal pare melhorar as propriedades de lubrificagao. i 13.5.1.2. FLUIDOS SEMI-SINTETICOS (MICROEMULSOES) Os fluidos ‘semi-sintéticos sdotambém formadores de emulsdes @ se caracterizam por apresentarem de 5% a 50%, de oleo mineral no fluido concentrado e aditivos e compostos quimicos que verdadeiramente dissolvem-se na agua formarido moléculas individuais. A presenca de uma grande quantidade de emulgadores, em relaco ao sintético, propicia ao fluido uma coloragéo menos Ieitosa e mais transparente. A menor quantidade de dleo mineral e a presenga de biocidas, aumentam a vida do fluido de corte e reduzem os riscos 4 sade. Aditivos EP, anticorrosivos, agentes umectante fluidos anteriores. Adicionam-se também corantes que proporcio viva e aceitdvel pelo operador da maquina. das serem livres de dleo mineral € 13.5.2.1. FLUIDOS SINTETICOS: Esses éleos caracterizam-se por nfo conterem leo mineral em sua compdsig0. Baseiam-se em substancias quimicas que formam uma solugdo com a .\Consistem de sais organicos @ inorganicos, aditivos de lubricidade, biocidas, de corrosao entre outros, adicionados a dguai uma vida maior uma Vez que $40 menos atacaveis por bactérias e © numero de trocas da méquina. Formam solugdes transparentes, rest ‘em boa visibilidade do processo de corte. Possuem agentes umectantes melhoram bastante as propriedades refrigerantes da solugdo. As solugdes si estaveis mesmo em agua dura. | ‘Os Sleos sintéticos mais comuns oferecem refrigeraggo. Os mais complexos séo de uso lubrificantes e refrigerantes. Faz-se uma distingao contém apenas inibidores de corrosdo, e necessarias. Sdo chamados de refrigerantes apresentam boas propriedades refrigerantes. | | i | quit 13.5.3. OLEOS ‘Os dleos vegetais e animais foram os primeiros lubrificantes. empregados como dleos integrais na usinagem dos metais. A utilizagdo destes, como fluidos de corte, tornou-se invidvel devido ao alto custo e rapida deterioraco, porém sé0 empregados como aditivos nos fluidos minerais objetivando melhorar as suas propriedades lubrificantes. | Oleos integrais s4o, basicamente, dleos minerais puros ou com aditivos, normalmente de alta pressdo. O emprego destes dleos nos ultimos anos como fluido de corte, tem perdido espago para os dleos soluveis em agua, devido ao alto custo em relagao aos demais, aos riscos de fogo, ineficiéncia a altas velocidades de corte, | baixo poder refrigerante e formago de fumos, além de oferecerem riscos a saude do operador. Os aditivos podem ser a base de cloro ou enxofre ou mistura destes | dois dando caracteristicas EP ao fluido, Fésforos, matérias graxas so também utilizadas e atuam como elementos antieapeste Os dleos minerais sao hidrocarbonetos obtides a partir do refinamento do petrdleo cru. Suas propriedades dependem do comprimento da cadeia, estrutura e grau de refinamento. Oleos minerais basicos empregados na fabricagao de fluidos de corte podem ser: i 43.5.3.4. Base parafinica: Derivam do refinamento do petréleo cru parafinice de alto teor de parafinas (ceras), que resultam em excelentes fluidos lubrificantes. Estes éleos so encontrados em maior abundancia e, portanto, apresentam um custo menor, possuem alto indice de viscosidade (IV), maior resisténcia 4 oxidagao, 840 menos prejudiciais a pele e ainda menos agressivos a borracha e ao plastico. 13.5.3.2. Base nafténica: Derivam do refinamento do petroleo cru nafténico. O uso “Como baSIcdS.para fluido de corte, tem diminuido em fungao de problet causados a satide humana. Os fluidos lubrificantes sdo de baixa qualidade e sAo escassos_ | i 13.5.3.3. Oleos minerais de base aromatica: Ndo séo empregados na fabricagao | de fluidos de corte. Sdo excessivamente oxidantes, porém podem melhorar a resisténgia ao desgaste e apresentar boas propriedades EP, quando presentes em grandes quantidades, em éleos parafinicos, | ' 13.6. SELEGAO DO FLUIDO DE GORTE i Ajselecdo de um fluide de corte ideal € dificil, devido 4 grande variedade de produtos disponiveis no mercado com alto grau de competitividade. O custo é alto e a utilizagdo de um fluido de corte tem que compensar economicamente, isto €, 0s beneficios devem superar o custo do produto. Existem varias operagdes em que 0 corte € realizado a seco (ar), onde economicamente nao $e justifica o emprego de fluido de corte. Tomeamento e fresamento de ferro fundido cinzento sao exemplos de operagdes a seco. Em contra partida, existem muitas operagdes, onde o emprego do fluido de corte é vital. Em termos de consumo industrial, 0s dleos emulsiondveis estéo bem a frente dos demais. Porém, os novos produtos, principalmente os sintéticos; estéo cada vez mais conquistando os consumidores. 185 Qs ensaios de laboratorios devem ser usados como critério de selegao correta do fluido de corte e de aditivos, apesar da maioria dos produtores fornecerém tabelas e diagramas que ajudam o consumidor a selecionar o produto. E comum encontrar na literatura tabelas completas, como a apresentada em [9], com indicago do nome do produto, descri¢éo do produto, concentracdo recomendada, material a usinar, para varios fomecedores, com telefone e enderegos das companhias, Estas tabelas so Uteis ¢ devem ser usadas como ponto de partida. Pelo menos trés informagées relevantes devem ser consideradas, antes de se decidir por um determinado fluido de corte: | | (i) Material da Peca | | ferros fundidos cinzentos produzem ¢avacos de ruptura e $0 normalmente usinados a seco. Um élep. emulsionavel , entretanto, ser u para ajudar a remover o cavaco. Na usinagem de ferro, fundido usado fluido de corte, este deve ser dleo puro ou algum especial Ligas N&o-Ferrosas Aluminio e suas Ligas: Podem muitas vezes ser usinados a seco. Porém, as ligas de aluminio conformadas, com alto teor de cobre, requerem um’ fluido de corte Com alta capacidade refrigerante. Quando cavacos longos sao formados, a rea de contato é grande e requer lubrificagao adequada. As ligas de aluminioe@ = silicio| também requerem boa lubrificagéo. Se a preciséo dimensional for importante, deve-se usar um bom refrigerante, devido a9 alto valor de coeficiente térmico de expansdo. Uma escolha correta seria uma Iséo com mistura de dleo mineral e gordura e a maioria das emulsées soliiyeis. Aluminio no @xige@ aditivos EP e o enxofre livre ataca o metal instantanear Magnésio e suas Ligas: SG normalmente usinados a seco, A altissimas: velocidades de corte, entretanto, um refrigerante pode ser utilizado. EmulsSes $80. proibidas porque a agua reage com o Cavaco para liberar hidrogénio, que apresénta risco de ignig&o. Geralmente, se usa leo ral.ou misturas de 6leo_ mineral com gorduras, e como no caso do aluminio, 0 ataca o metal. Cobre e suas Ligas: Em usinagem este metal pode ido em tras grandes grupos: ! | 1, Ligas de facil usinagem, que inclui a maioria dos lat6es.e alguns bronzes 20. fosforo fundides. Eles possuem resisténcia a tragao adequada e baixa ductilidade e geralmente adigdes de elementos de corte facil (chumbo, selénio e telurio). Isto significa que eles so usinados mais facilmente que aS ligas de outros grupos. Uma emulsdo de dleo mineral & suficiente para praticamente todas. as situagoes. ' 2. Ligas de usinabilidade moderada, sao os lates sem chumbo, alguns bronzes ao fésforo e bronzes a0 silicio. Eles tem alta ductilidade que causa alto consumo de poténcia @ dificulta a obtengéo de bom acabamento superficial. Geralmente, emulsdo de éleo mineral ou uma mistura leve de 6leo mineral com gordura preenchem as exigéncias. | Ligas de dificil usinagem, tais como as ligas de chumbo, as ligas niquel-prata eos bronzes a0 fosforo. Eles tem baixa resisténcia e grande tendéncia a0 arrancamento e, geralmente, produzem cavacos longos. Neste caso uma forte mistura de éleo mineral com gordura deve ser usado. Todos os metais amarelo serao manchados por qualquer dleo contendo enxofre livre. ° Ligas de Niquel, Titanio e Cobalto: Sao ligas resistentes ao calor e muitas, vezes chamadas de superligas. Séo dificeis de usinar ¢ tem altas tendéncias de encruatem, principalmente as ligas de niquel, A escolha do fluido de corte dependera da operagao de corte & da tenacidade da liga @ a decisdo pode cair em qualquer tipo de fluido de corte. Em condigdes severas, OS aditivos S40 freqiientemente usados. Enxofre livre, ‘ontretanto, pode causar descolora¢do da pega (ji) Material da Ferramenta Aescolha dé um material de ferramenta para uma certa aplicagao indicaré 0 potencial de. a oe Esta taxa de_remogdo de material, por sua vez, at de corte) e aS tensdes na ferramenta que provavelmente serao encontradas. I Como as ferramentas de ago carbono e aco liga devem ser usadas a baixas temperaturas, 6 essencial que se use uma refrigeragao adequada. OS acos-rapidos também requerem uma refrigeragdo eficiente, e na ‘usinagem de materiais tenazes, aditivos anti-solda devem ser usados. As ligas fundidas, metais duros © cermets possuem durezas maiores que as ferramentas de agos ©, portanto, suportam trabalhar a temperaturas mais elevadas. Como a taxa de remogao de material, quando se utiliza estas ferramentas, é alta, 2 aplicagSo, de um refrigerante se torna necessdrio para aumento de vida, Os 6leos emulsionaveis so usados com frequéncia, mas 4 escolha correta deve variar de acordo com a severidade da operag¢éo. O uso "das ceramicas tem aumentado consideravelmente nos Ultimos tempos. Devido a alta fragilidade, deve-se tomar cuidados ao se aplicar um refrigerante, porque os choques ‘térmicos podem causar ‘trincas superficiais. As ceramicas a base de nitreto de silicio 'sfo menos susceptiveis a este tipo de problema, por serem mais tenazes que as ceramicas a base de Al,Os. Se um fluido de corte vai reduzir temperatura, sem Causar frincas, ele sera sempre recomendado para aumentar a vida da ferramenta. Em certas aplicag6es, principalmente na usinagem das superligas. © desgaste de entalhe vai predominar, € neste caso, 0 fluido de corte deve ser usado com alguma reserva, pois a atmosfera 187 ‘0 suficiente para suportar " para o uso do fluido de corte. _ i) Processo de Usinagem A severidade dos processos de usinagem varian desde os mais pesad cortes de brochamento até os mais leves de retifica. A selegdo do fluido de corte} portanto, vai variar desde os mais ativos tipos de dleo de corte até os emulsionaveis de baixa concentragdo. E comum encontrar literaturas que orientam escalha, de acordo com a operagao de corte [9, 10]. ! Além destes trés fatores importantes, ‘© custo do fluido de corte pode também influenciar na decisdo. Os dleos soluveis tem um bom prego no mercado, e-muitas vezes este 6 um fator chave para a decisdo. he i Figura 13.1. As trés diregdes possiveis de aplicaglo'do fluido de corte. c Taylor [11] encontrou bons resultados quando © fluido é aplicade na diregao "A" (sobre-cabega). Smart © Trent [12] entretanto encontraram a posigao "C” como sendo a mais eficiente, quando usinando niquel e ferro fundido. Lauterbach [13] também encontrou esta direcao, como sendo a mais eficiente na usinagem de aco. Niebusch e Strieder {14], entretanto, sugere que melhores resultados 840 obtidos quando 0 fluido € aplicado das diregoes “A” e °C” simultaneamente. Machado [15], no tomeamento de uma liga de titanio (Ti6V4A)), encontrou bons resultados quando utilizou|a diregao “B" de aplicagdo do fluido, quando comparado corm a diregdo sobre-cabega. Em sua investigagao 0 fluido foi aplicado a, alta pressao (~145 atm) e funcionava como quebra-Gavacos. Entretanto, este mesmo método e diregéo de aplicagdo do fluido em uma liga de nique! (Inconel 901) no apresentou OS mesmos resultados, isto é, a posicao sobre-cabega apresentou vida das ferramentas ssuperiores. i | 43.8. METODOS DE [APLICAGAO DOS FLUIDOS DE CORTE Existem basicamente 3 métodos de aplicar4o do fluido: a) Jorro de fluido a baixa pressdo (torneira A pregsdo normal). b) Pulverizacao. i i ¢) Sistema a alta pressdo. i | © primeiro sistema @ 0 mais utilizado pela sua simplicidade. O segundo método oferece vantagens sobre 0 primeiro, devido ao mator poder de penetragao & Velocidade. © terceiro método & mais engenhoso, porém, bons resultados foram obtidos com o seu emprego {15}. itimos tempos, na tentativa de reduzir custos, tem-se observado uma reduzir sor ae fluido de corte @!portantovaitécnica de balxos volumes de fluidos tem sido mais investigada [16, 17]. Nesta tecnica o fluido € aplic em volumes muito baixos chegando a 10 mith. Normalmente, eles $40 aplicados juntamente com um fluxo de ar (metodo da pulverizagao), e direcionados contra a saida do cavaco, ‘ou entre a superficie de folga da ferramenta € a pega. | Machado e Wallbank [16] utiizaram agua @ uma emulsdo de 6l60 mineral utilizando um venturi para misturar ess€S componentes no fluxo de ar e aplicou 0 jato da mistura contra a saida do cavaco no torneamento de ago AISI 1045 (ABNT 1045). Verificou-se uma redugado nas componentes de forgas, principalmente em baixas velocidades de corte e alto avango. 4 | | Em outra publicagao, Machado et alli (17). utilizaram 0 mesmo método de pulverizagao via venturi e testaram @ capacidade ubrificante de dois produtos para fuidos sintéticos. Um sem enxofre @ outro com 40% de enxofre. Este método mostrou-se capaz de distinguir e classificar as caracteristicas lubrificantes via medigéo das componentes da forga de usinagem, principalmente a forga de avango, a espessura do cavaco & 0 ‘acabamento superficial da pega usinada. As principais vantagens do método € a economia do Consumo do fluido para obter a informagao & a praticidade de execugao i 189

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