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O documento descreve a ditadura militar no Brasil de 1964 e o papel da juventude na luta contra o regime autoritário. Em 1968, mobilizações estudantis e grandes greves operárias desafiaram a ditadura, mas a repressão se intensificou em seguida. Na década de 1970, o movimento estudantil se reorganizou para apoiar os trabalhadores na luta contra o regime.
O documento descreve a ditadura militar no Brasil de 1964 e o papel da juventude na luta contra o regime autoritário. Em 1968, mobilizações estudantis e grandes greves operárias desafiaram a ditadura, mas a repressão se intensificou em seguida. Na década de 1970, o movimento estudantil se reorganizou para apoiar os trabalhadores na luta contra o regime.
O documento descreve a ditadura militar no Brasil de 1964 e o papel da juventude na luta contra o regime autoritário. Em 1968, mobilizações estudantis e grandes greves operárias desafiaram a ditadura, mas a repressão se intensificou em seguida. Na década de 1970, o movimento estudantil se reorganizou para apoiar os trabalhadores na luta contra o regime.
Em 1964 a burguesia brasileira, assustada com os trabalhadores do campo e da
cidade que faziam greves e ocupavam terras por todo o pas, por meio do exrcito brasileiro e com apoio de camadas da pequena burguesia, realizou um golpe militar que reprimiu violentamente a classe operria e a juventude. Teve incio assim dos perodos mais sombrios da histria do Brasil. A ditadura militar no s torturou, censurou e matou aqueles que lutavam por uma sociedade mais justa como tambm entregou o pas para o imperialismo norte americano. A juventude teve papel importante na luta contra a ditadura. Nesse perodo surgiram as grandes correntes de massa do movimento estudantil. Os Diretrios Centrais dos Estudantes (DCE), Grmios Estudantis e a Unio Nacional dos Estudantes (UNE) renascem. Mas apesar dos incrveis esforos da juventude, foram os trabalhadores o fator determinante para por abaixo a ditadura, realizaram poderosas greves e construram a Central nica dos Trabalhadores (CUT) e o Partido dos Trabalhadores (PT). 1968: das mobilizaes estudantis s greves operrias
O mundo estava em ebulio no ano de 1968, eventos como a Primavera de
Praga na Tchecoslovquia e o Maio de 68 na Frana influenciavam os movimentos no resto do globo terrestre. No Brasil a situao no foi muito diferente. Apesar de no possuir nenhuma ligao direta com nenhum desses acontecimentos, na base dos movimentos havia o inicio de um questionamento do capitalismo. Isso aterrorizava a burguesia. No ms de abril de 68, o assassinato do estudante secundarista Edson Luiz desencadeou uma srie de mobilizaes estudantis e em protesto contra sua morte, a UNE decretou greve geral estudantil. Em junho do mesmo ano ocorreu a passeata dos cem mil, na poca um dos atos mais importantes contra a ditadura militar. Desde o primeiro de maio os trabalhadores se mobilizavam de norte a sul do pas, mas foi no dia 16 de julho que os operrios da metalrgica Cobrasma de Osasco (SP) entraram em cena. A sirene anunciava para as 9h o incio da operao de ocupao da fbrica e imediatamente, aps a ocupao, panfletos foram amplamente distribudos para informar outras fbricas que foram parando uma a uma impulsionando o Comit Interfbricas por cima e apesar da pelegada que dirigia a maioria dos sindicatos. A greve de Osasco serviu para mostrar o descontentamento em relao aos salrios, a represso sindical e que existia uma perspectiva operria de resistncia ao regime militar, mas as direes dbeis e o triste papel do PCB que via nos militares uma resistncia antiimperialista, permitiram a reorganizao da ditadura que desfechou violenta represso ao movimento. Em dezembro de 68 a represso foi legalizada atravs do AI-5. As manifestaes foram violentamente reprimidas, comea a tortura e a perseguio aos dirigentes operrios e estudantis. A UNE posta na ilegalidade e se inicia um refluxo da classe operria. O trmino da dcada de 60 e incio de 70 foram marcados pela liquidao fsica de quadros do movimento estudantil e operrio. A ttica de guerrilhas criou uma justificativa para a represso que o regime militar desencadeou com mais ferocidade. As aes sectrias e vanguardistas, desesperadas da pequena burguesia radicalizada, apartou o movimento do conjunto da classe operria. A maioria das direes, em geral tinha um programa nacionalista e muitos no rompiam com a poltica de colaborao de classes. O movimento estudantil se reorganiza e apoia o movimento operrio
A partir de 1975 com a crise financeira a situao se modificou e o movimento
estudantil comeou a se reorganizar e antecipar o que viria a acontecer a partir de 79. O combate sob a palavra de ordem Abaixo a ditadura se inicia nesse perodo. Vale destacar a importante atuao dos Trotskistas nesse perodo, em particular a tendncia estudantil Liberdade e Luta (Libelu), organizao de jovens impulsionada pela Organizao Socialista Internacionalista (OSI), decide levantar a bandeira de luta Abaixo a Ditadura no bojo do combate pelas liberdades democrticas o que lhe possibilitou seu rpido crescimento no movimento estudantil, animando milhares de estudantes. Era na USP em que a Libelu possua forte atuao, em 76 chegou a disputar o DCE-livre da USP e a partir da reorganizao da Unio Estadual dos Estudantes (UEE) de So Paulo em 77, a primeira UEE livre do pas depois de 68, a Liberdade e Luta participou do processo com chapa prpria. Em 1978 no 4 Encontro Nacional dos Estudantes a Libelu apresentou a proposta da construo de um partido operrio, esse encontro tambm convocou o Congresso de Reconstruo da UNE. No ano de 1979 a chapa Liberdade e Luta ganhou as eleies para o DCE-livre da USP, posteriormente denominado Alexandre Vannucchi Leme, assassinado em 1973 pela represso. A palavra de ordem de Abaixo a Ditadura se generalizou e no movimento operrio cresciam as lutas. A Libelu foi uma organizao importante na histria do movimento estudantil, mas principalmente do trotskismo no Brasil, ela aglutinou milhares de estudantes no pas e permitiu impulsionar a OSI no meio operrio. A UNE foi refundada em 1979 no Congresso que reuniu cerca de 10 mil jovens no Centro de Convenes de Salvador (BA), a histrica Carta de Princpios aprovada nesse Congresso apresentava em um de seus pontos que A UNE deve lutar contra toda forma de opresso e explorao, prestando irrestrita solidariedade luta dos trabalhadores de todo o mundo.