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“Boeo U Exigéncias éticas do consentimento informado José Rogue Junges Resumo: © artigo apresenta a visio de renomados autores de bioética sobre © que significa ser autdnomo e as implcacces dessa compreensdo pata o consentimanta informada, Retoma as 185 concigies necessiras para acbes auiéromas ~ intencionalade, conhecimento, auséncia de controle ~ e cscute 0 acréina de uma quarta. a auieniidade, como comaravagio das outras 118s, A autenticidade como citério de agBes autOnomas questions o mado coma, em geral, tem sido entendido 0 consentimerto informed. Palawras-chave: Atonomia. Consentimento infommado, Intenconalidade, Conhisimente, Control. Auterticdade, José Roque Junges Profesor pesuisedor em Boda do mestado em Sate eleva da Unirdae da Vale de Ri do Sra (Urisnos) © tere de contentment free eelaraile (TCLE) 6» pesechave pon a avaiago de um rojo de pesca por um comit dec, Fst eso no pcp biotic da automo nia do ej om decidir sche asa vida expees 0 rtpito devido a pasoa como auto autinomo, Contuds, pata que cts walisgio no we redua ao preackimento de um cbc dtd exiincia aris fae neosiio que comié rel ta, em profundidade,o gee const ser automo em cada caso, Anim, rte ago iniia propondo o qustionamenio sobre o que significa sr autdnome, AA molbmnade earctrizn-tc pela contzapsigi entre 9 atundo fio 0 mor. O prime 60 rine da natura, que te chanou de nfo et; 0 segundo 6 0 rina do ex, do epi od pero! pra modemidale, ee timo 60 Snlito da moraldde, A orden fin 6 reid pl heterno- sia; a ordem moral, pela autonomia Durante sculos os Geckos tentarem fundamenta a moral por eittion heterinoace, dos quis © mais frzom foi o da taturea: ‘bom £0 que segue a naturcs’. Hume chamou ese efittio de flcin naturist, Kant moxtrou que todos ox csitésios heterSnomos eram ineustentiveis € que ¢ none anon x6 pode fundamestar-se autonomamente™. Pas ee, 0 Fevite Biota 2007 85 (2 77.82 ” 7B ser uspano 6 pesson pela copacdade de daca ‘ imperaiva categice dali moral. Poe so. € fim em ti mesmo, enqoanto sue a nstureza 5, ierenten mente do ser natureza, consists ex ser sujcito tein o candter de meio. © ser auténomo, Ser autinome significa ter uma ontade autolgiladors. Agente antéaomo & utolinigdo, do agindo por infbucis de Tandatos exteonos. Ars, 2 antonomia exis epstincta de um auténtico suelo, am sf seam, ditnte das infutncias de outs pee tons ¢ de motives alheice. ‘Ese dia tana da aonomia pasos como reino de mould teve infnéncia duradoure venta do pensamento. © ferme stenosis vefere-seoriinalmente a uann pestoa mit60- mwa, nas hoje adguivin abrangéncia maior: no wb desta o sgeificnls msi profindo de pes- 50a autOnoma, mas engloba também ura senti- dL rs sapaicial de agoes e aegis eitSne- tnas,Fertanto, a autononia pode sex considets- da como Faculdade on condigso substantive da vealidede humana ou como ato de decisse auténoma, © sikimo significado referee 30 fro predominente na bidlica, devdo & sua nator operatvdede, Fanoas antdnomas poder vere, de lato, fazer eleigoes no-atononnse. O contrivio também e¢ verificar pessoas no- etdnomas sic. capenee de realizar ag¥eo aubSnomas em certat ocasies © grau- Por isso, ‘importants presi tengo ao toa das ages utonomas A cléesica ole de Beauchamp © Childnoes explicta o significado e 0 aleance esas agSee no mbito da biti’. (respi &astonomia das psoas alasona com 2 maneiva de como se guiam noe juizos Faigdndias etcas do consentienento informads ohne agentes extodeterminantes, Acerca dessa Goestto, $. Mill props o seguinte pinenie aquaria a agio de um agente auldnomo ABD infringe » agto de oulso agente astbnomo, ele “lve ser live de imglementara dose quis. Ser auténome ¢ escolher autonomamente nao ‘a mesina ooisa que ser erpeiiado como agente fauténomo, Ser respeitado significa ter seco- cide seu dine 20 autogovero. E afimar dp o eet ext autoizao a detorminarse onomemente, ore de Lmitasbes © inteds- vencias, © principio da autonomis express woes vopetee peesoreve que asfes nutOnomas€ tolhas nso deve ser consringilas por ow trom, mesma que obetivamente para o bem do snjeito. © principio diz —-mada mais nads aero - que exide o dirito 3 nfo intederéncia 5, correlativamente, 4 obtigagdo de do cons ‘eingir uma ago automa. Néo datermina 0 qe se deve fave apenas espa conics © principio da aatonomia tom sua expressio fo wim charnado consantimento informde. © neta ao mesmo vita proteger © promover & autonomia, © ato de consentic deve ser ge- veainamente vohuntvio «bazearce na evelagSo iequads das informagées, Nese sentido, sgl elementos de infomaagio ¢ de conse mento, De peimeto, faz parte a revlagao das seformagces ers conformidade com @ mil de aptagio de envelido na peegusa « #98 =~ reennio adequads; do segundo, o consent vento vcluntério © 9 compeléncia pars © 620 semen’ ‘A compettncia velere-se as precondigiee pata air wolontaiamente cape informayoee 7 Sarda cuit Exstern cela condiges fase plclicas que pernitem a competénia pare o consent mento informada, Ter corspeténcia para emitir jufzos sutGnomos depende de determinados coniestos. Ninguém &competonteem todos oe contetor, Juicoe de competinia oa income petdocia teferem-se a camper limitados de decisio. Uma pesca poe ser competent para una cota e incompetent para ota, Ok afveis de competénca io determinados ela capacidade mental, rasionailale © inteliginca, Alu é consi competente aqmodo capacitado pata pros informagbes expeics, eolher fins e meio gid sor de, fondado em davies razotieis, Tis condigesdeterminam, segundo Beauchamp ¢ Childtess*. a competéncia: 1) capacidade de raloar eaclas heads ritsios ainsi 2) capcidade de cher a resis rend poe meio de dais; 3) capacade de tomar ecisio, aca maioia dos autre! as agées sto auténomis quando compeem tits condi intensionaldade, conhecimento adeouato awstocia de controle extemo. Deess, imei no adie gous, masa das oles podem softer prahuages. Temse ou nto a inlencionalidale, podendo-e falar apenas de ato etenionsis on. Cena, o couhec- mento ¢ contol admitem gras. Pri, a2 afer pode ser mais ou menos zlinames, dependenda de exala de graus. A autonomia sno ago biplar entre des etremos, mas um continuo entre uma ag plenamenteauldno ta ¢ outs pleamente no.auténoma. Dafa Bisldade de deliniro qu & ago automa Flee alimoar que ndo existe agi plena- seate autSnoma, O que se pode aspiar fo ages subtanciabnantesutinomas, & maida aque cumpram enti que podem ser avi dos manifesiago de anton, Pa acdc coos aon propredade tl cati- va slo oplisindoe ov cision defor dav tats condigdes neces & ago autinoma intencionaidad, conbecimento e controle intemoe eter. Intencionalidade Una aséo gous de intnsionaldade quando ce integra no ceo ue antecpa emo para ltr tex nwulad, Dittamente intoncinado 4&0 projeto motivador gue tmpusiona pars a aso, e nfo tanto a matecaldade do agio exe cxtada ~ mesmo que ambos ejam abjetos ds wontade projet de ago 6 dead, engun- to a asio propamente dita pode set single sweats toleada, mas anon ao jie davon tae, Tinto 0 dessjado quattoo tloado tm, ais, carter nercional: formas do gue rer on de vontade, a quis io exresam, Aerentes gtx, como ocome con o combac mento ¢o contol, Néo exis graus, mar iniveis de intencionalidade, Conhecimento Se o agente ndo entende a agéo, ela nfo € auitinama. © probleme é que tipo de conheci: mento e compreensio 0 exigepora que &agko seja auténoma, N&o existindo autonomia shee, por sio tet possrel win conhasineato toa, qual €0 conbecimento adaquado prea Revista Bigeica 2007 #5 (1): 77.82 79 ao autonomia substancial? O que € uma com: preensio adequada e substancial? Para os autores revistos neste artige’ FE 9 cor snhecimento 6 adequado quando existe « com proenéo da nabrera da ao, dae conse thas proves e dos rcutados poses desea fuccugio ou nto. Assim, compreemder ona goto significa ser copaz de entender « sus anuceza e prever as suas consegansias, A vompreeraso no procisa sex eesti, gue alguns dados sio irrelevantes para sia com precnato, mas ¢ imspescindive ge seo ade Guada c completa, consideando-e, mse ca, ogio de completide a partir da adequacio Controle externo e interno Parece sera condigio mais fel de aaies, as nfo @ assim, porgxe podem scontecer COR Tosses. Por ewemglo, quae se confunde cox trole externa com intencionaldads, Nessa linhs, considerar como nao intencional uma gio contolada desde fora express asa con faxéo, porque uma pessoa pode eer compelida eocuta uin ao 6, reso ass, aus inten donalmente ao execut-o, Por outsold, © controle tem geaus, 0 que, como visto, mio 6¢ caso da intencionali dk contsole extemo: coergio, manipulasio © pena. Je. Existem tes formas corre coergao quando alguém inflst inten sional © ebstiamente sobre uma posto meoganilo-s com dance indesejados ¢ eit tao graves que ela no resske € para itélos peer air contra psa woke, A smamips- lacio consite na influéncia intencionaleeletiva xigdneias fticas do consentimento informade de wma pessoa por meioe nso coerivos, me dante sobtergios emocionais com ointito de sherax as daisies reais ao tea aeance os, por dneios nto perruaives de madara preepsto das rests. A pornasio 6a nflérciaintrsional tele paca nie uma peson por encode ppovedinenios scion a accitarlivements a8 renga situdes, valores, Sstengbes ow age defendidas por quem persuade Coorg, manipulagto ¢ persuasio aio medoe come alguéin pode ser controlado a peste de fora, Mas 4 autonomia pode também ser amescada por probleme de controle interno. E areas, por example, dos nsuniticossompulsives. [Neles poser se cumprit A primeira vista, a8 ts codigo apterioemente saplctadas 6, apesat dirco, dawvidler de se tratar de agdes autonomas. Tr too, algae autores” aliemam que as ts -condigées so necessitias, mas no suficientes — imple uma quarts condigfo: a autentictade Autenticidade {Um ato pode ser intencional, realizado com uloquads compreensio e sem controle exteme wr conta, nao ser verdadiramontseuténomo pel ila de autenticiade, Um ao atistico quando cuerente com o sister de valores © ati- vider geraie dante da vida que uma peta aaumse mflexiva ¢ conscientemente, Para esses autores a autenticidade & 2 condigio mais importante psa x autonomy pois serv para comprowar se a6 cutest: soadigoes cumapremsse substoncialente Nesta perspective, a autenticidade seca a com- grovacto da atonomin | A autenicidae poe mortar que «condo da intenionalidade no ¢cumpre. A compu: so interna fz dhvdar da ifenconaliade, reso podesse diz: da compreensio. agfo val conta o iter de valor eatitudes db sito, pode dnidar de gue exit ale- gun compensa. Main cae ainda 6 prova de auteticiade com rept lence condi a utc econ trol extemo. A inlatacia da ananiplaho eda perso parce er fore que nto é Fill acct a existncia de aes sutdnomas. Qulguer aio parse se fruto de rauiplsio ou pesos as nfo & © so. 0 cstro da antentcdade permite avai s anigulagio ou pecsaso lo aubtacii 02 do. E serio consideradaseustanciais quando leva a pesson a atur oni ss ser 0, da valores ¢ atitudes de vida conscientemente assumidos Faleo e Beauchamp’ fer usa conesio do principio da avtontcidade, Em ver de tapontacen para tena decisio positivamente tuténtica mediante a acsitagio mflexiva dos alors na hase das ages, prope o critério da deca nogativamenteautétcs,bawada sistema de valores e atitudes porparte do suuto. Segundo es promise a gio no € auténtice se existe ums negacio des valores ¢ atitues de vide. Ela pode, ou- trons, ser auttntica mesmo que os valores e atitades ndo som asmumidos telleivamente Ineo leva a consider como tii-aulénomos os comportamentos qu vio conta o stems de valores © atitdes vvenciis do suit, ermbora se cumpram as tits condigies, Por tanto, a antenticidsde nio € dads pela con- cordinca reflesva com o sistema de vleres¢ atitudes, mas pela mert no contradigio ou lo dscordincin Essa quatta condigdo é pouso levada em con sidergio oa deteminagfo do carsentimento jnformado. Tata se do eenento cote] que sponta, por exemple, pate a dferenge do exerci da auionomia mua cultura angle axa e no contexto brasileiro, © consenti- renteinformalo depende do thor cltwal gue contexua a intenionldade (compettn dia par desisio) © covhesimonto (com geténsia pars prover infrmagbe) 6, prin cigalmente twa a possiiade da exstncia de conirole subliminar, quando o sistema de valores da estos envelvida no ¢levao em consid Consideracées finais “Teuda prsoute ons fleses © para que 0 TTCLE no oe resrini 8 psa formalidade juriice, 9 modo de cbier 0 consentimento & exignca fundamental pata avegurr a auten tide da autonomia na deciso, Nea por esti, € ica e palagosioamcete contro dbcente quo comit forest ue modelo rela ciona, baja visa que © memo impediis 0 pesquicalor de penser 1 astonomia dor telosconreics de oun pene ede er tam terme adaptado e adequado a eles, comité deve apenas fornecer os elementos que devem costar num ten de cansentimenta, deizando a relagio & ceponsabilidade do pépo pexgualor como use das exigtnias tins do rompeita a sues autSnomos. Revista Basics 2007 15 (1): 77-82 81 Resumen, Exigencias éticas del consentimiento enterado El articulo presenta [a sign de nombrados autores de biotica sobre lo que significa ser autoname + cuales son la impicaciones de esa comprersiéa para el consentimiento enterado, Retoma as tes Condiciones necesarias para acciones auténomas: intencionalidad, conocimiento, ausencia de anvoly dscute la anadiura de une cuaria, le autentcdad, como comprobacion de las otras tes. La autenticidad, como crterio de acciones auténomas, cuestiona et ado camo, en general, ha sido entendido el eonsentimiente enterado. Palabras-clave: Autonomia, Consentimiento enterado. Intencionalidad. Cenocimiente. Control Autenticidad Abstract Ethical requirements to the informed consent ‘The article presents the view of most known authors of Bioethics about what it means being autonomous and which are the implications of this comprehension to the informed consent, Resumes the three necessary conditions tc autonomous actions: intentionality, $nowiedge, absence of control and discuss the adding of a forth, authenticity, 2 proof of the three others The authenticity, 2 criterion of autonomous actions, questions the way how, in general, the informed consent has been understood. Key words: Autonomy. Informed! consent. intentionality, Knowledge. Control Auchenty Referéncias Fichte JG, Le syste de léthique selon les principes dela doctrine deta science, Pais: PUF: 1986. Hume D. Ua investigagée sobre os princoios da moral. Campinas: Fditora Unicammg: 1985. Kant |. Beantworung. der frage: was it Auftlirung? In: Kants Werke: akaderie rextaysgabe. Berin: Welter Grater & Co; 1968. vB. Kant|. Grundlegung 2ur methachysik der sitten, Im __. Kants Werke: okadernie textausgabe. Beri: Walter de Gruyter & Co; 1968. v 4 5, Beauchamp TL, Childress JF Principles of biomedical ethics. 5" ed. New York: Oxford University Press; 2001 6, Mill ST. On Terry In: Great Books of the Western World. 2* ed. Chicago: Eneycopecta Bitannica, University of Chicago; 1978. v 43° 267-323. 7. Faden BR, Beauchamp TL. A history nd theory of informed consent, New York Orford University Press; 1986. 2. Divotkn G. The theary and practce of autonomy. New York, Cambridge University Press; 1988, 9. Clotet J, Goldim JR, Francscani CF. Consentimento informado e a sua pratica na assisténcia e pasquise no Basi, Porta Alegre Edipues; 2000 Contato, José Rogue Junges ~ roquejunges@hotmallcam 82 Eviodne\ge seas do consentimento infoimado

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