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ROLAMENTO, TORQUE E MOMENTO ANGULAR 12-1 Rolamento Quando uma bicicleta se move em linha reta, o centro de cada uma das rodas se destoca para a frente executando um, movimento de translagao pura. Entretanto, um ponto qua quer localizado no aro da roda segue uma trajetéria mais, ‘complexa, como mostra a Fig. 12-1, Nesta secdo, analisa remos o rolamento de uma roda considerando-o, primei mente, comoa combinagao de uma translagao pura com uma rotagiio pura ¢, em seguida, apenas como rotagio, O Rolamento Descrito como uma. Combinagio de Rotacio e Translagio Imagine que voce esteja observando a rod de uma bicicleta que passa a uma velocidade constante, rolando suavemente,, sem destizar. Como mostra a Fig. 12-2, 0 centro de massa O daroda move-se nara frente a uma velocidade eonstante Em 1897, um teapezisna europew execion o primeiro salts mors triple. dcante 0 woo do taper ‘1€ 0s mis de seu parceira Durante os 85 anes seguntes iro rapesisas Aentarrs realizar unt salto metal guzbauple, mas 36 em 1982 ete fot executae em pibicas Miguel Vasque. to Cineo Ringtvy Bros.¢ Bornum & Bailey siren sew corpo em quire cirettos complet. em ple a, Anes de ser agora por seu inns Juan, Os dont ‘flearam aténitos com seu fetta. Por gue foi tao afd eonsegutrrewfcd-o € gut fot principio da Fisica gue wornon possivel ‘inatment) execanar aque sate” ‘© ponto P. onde a roda eo chio esto em eontata, também se move para frente com velocidude v,,. cle meso que ele ests sempre sitwado diretamente abaixo do ponto 0. Durante um intervalo de tempo #, vocé vé os pontos O-« P moverem-se para a frente, percorrendo uma distancia s. ‘O cielista vé a oda girar um Jngulo @em torno do seu cen- tro, enquanto o ponto da rod que tovava o chao no inicio de fdescreve um arco de comprimento x. A Eq. 11-15 rela~ ‘ciona 9 comprimento do arco s com 0 angulo de rotagdo @: = 6 Gea onde R & 0 rain da rola, A velocidade linear ti, do centro da oda (que € 0 centro de massa desta roda uniforme)€ dif, € 1 velocidade angular w da roda em tomo do seu centro € dé dt Assim. derivando a Fq. 12-1 em relagao ao tempo. obfemos 2-2), ton = GR. (rolament} 268 MECANICA ig. 12-1 Fotografia de wim disco durante o rolamento, feta cara mit piss exposigies. Pequenas Himpadas foram presas a0 uisco. wma n0 fentto € oulra na bord. Esta tia trage Oma curva dejominada elie (Observe que a Eq, 12-2 vale apenas se a roda girar suave- mente, isto é, sem deslizar sobre o solo.) ‘A Fig. 12-3 mostra que o movimento de rolamento de ‘uma roda uma combinagio de dois movimentos: um pu- ramente translacionale outro puramente totacional. A Fig, 12-34 mostra 9 movimento puramente rotaciomal (como se © cixo de rotagdo que passa pelo centro estivesse estacio- nérioy: todos os pontos da roda giram em torno de centro ‘com velocidade angular w. (Este € 0 tipo de movimento que ‘estudamos no Cap. 11.) Todos 0s pontos situados na borda, externa da roda tém velocidade linear U.q, dada pela Eq. 12-2. & Fig. 12-3b mostra 0 movimento puramente ‘ranslacional (como se a roda no estivesse rolando): cada pponto da roda se move para a direita com velocidade Dp, ‘A-combinagio das Figs. 12-3a. 12-3b dé origem a Fig, 12-3c, que mostra o movimento de rolamento real execu- tado pela roda. Observe que, nesta combinagao de mo ‘mentos, a parte inferior da roda (no ponto P) esté estacio- dria, enquanto a parte superior (no ponto T) se move a uma velocidade igual a 2%,,. mais rapidamente que qualquer ultra parte da roda. Esses resultados sao mostrados na Fig, 3-4, que € uma fotografia de uma roda de bicicleta se movendo. Os raios préximos do topo da roda aparecem borrados, enquanto 0s da patte inferior estao bem mais ni- tides, o que mostra que éla se move mais rapidamente na parte superior que na inferior. ‘0 movimento de qualquer corpo circular rolando sua- vvernente sobre uma superticie pode ser decomposto em urn Ao I ig, 12-2 0 centro de massa O de uma toda que estdrolando percorre uma distancia seam velocidadev,, enquanto que 2 rods gira um dngu- 46. ponto de contro P. entre a roda ea superficie sobre 4 qual ext rolando, ambém percorre uma distinc 5 F + ome > Se ore oe “ w Fig. 12.30 rolamento de uma rod visto como uma combinage de un movimento purainene roiacional eon outro paramente taslacioNs Ca} (Omovimenlo puramente rtacional: todos ox pontos da oda moventse ‘om a mesma velocidage angular w Todos as pomtax que ext sabre a bonds extema da coda moverne com a mesma Yelociage linear Ua As velociddes Titeares ¥ de dois dees pontos, 0 apo (7) € na have (P) du soda, sG0 mostradus na figura. () O movimente puramente translaciona:codos os ponios da roda moven-se para y dieita com a mesma velocidade linear vu, idenica 3.do cena da foda.(e}O m0v= ‘mento de rolamento da toda € a combinagao de (a). movimento puramente translacional e outro puramente otacional, como nas Figs. 12-3a.€ 12-36, © Rolamento Visto como Rotacdo Pura ‘A Fig. 12-5 sugere um outro modo de analisar¢ rokamento de uma roda considerando-o, agora, como sendo uma ro- taglio pura em tomo de um eixo que passa pelo ponto em ue ela toca o solo, durante todo 0 tempo em que se move, ‘ov seja, um eixo que passa pelo ponto P na Fig. 12-3¢ € que € perpendicular ao plano da figura. Os vetores mostra- dos na Fig. 12-5 representam as velocidades instantaneas de varios pontos da roda durante o rolamento. Fig 12-4 Fotografia de uma rod de biileta ao se mover. Oris ‘rimos pate superior dt ods aparece ais borados que os ave Exc poximon ba, poruue se move mas depress, come mo Fig 128 inode etlgao em P Fig. 12-5 Osolamen pode se visto como uma rotsgd0 pura, com ve- Tocidade angular w, em torno de um eito gue passa por P. Os vereres mostra sy velociddeslinearesinstntineas de alguns pontes da roa ‘Vacé pode aber estes vetorescombinanda 9s movimentos fotacional¢ ttanslacional como na Fig. 12-3, ‘Pergunta, Para um abservatlor estacionéria, qual € 0 valor da velocidade angulardaroda de biicleta,em tomodessenowoeixo? Resposta. A mesma velocidade angular « que 0 ciclista atribui a roda, ao observé-la em rotagio pura em torno de tum eixo que passa pelo seu centro de massa. ‘Vamos usar esta resposta para caleutar a velocidade linear do topo da roda, do ponto de vista de um observador esta- -ciondrio, Sendo R 0 faio da roda, 0 topo est situado a uma distancia 2R do eixo que passa por P na Fig. 12-5, de modo ‘que a sua velocidade linear deve ser (usando a Eq, 12-2) ge * ()(2R) = 2(WR) = Beem ‘© que concorda inteicamente com a Fig. #2-3c. Vocé pode fazer uma verificagao semelhante para as velocidades li- neares dos pontos O ¢ P na Fig. |2-3c. A Energia Cinética ‘Vamos agora calcular a energia cinética da roda, medida pelo observador estaciondrio. Se considerarmos que 0 ro~ Famento & uma rotagdo pura em torno de um eiXo que pas- sa por P na Fig, 12-5, reremos Kyat onde wéa vetocidade angular da roda ¢ f,€ 0 seu momen- {0 de inércia em torno do eixo que passa por P. Usando 0 teorema dos eixos paralelos (lag. 11-25), temos 23) Fo Logg + MER (24) onde M € a massa da roda¢ fog € 0 Seu momento de inérvia ‘em torno de um eixo que passa através do centro de massa, Substituinds a Eq. 12-4 na Eq. 12-3, obtemos K = Mig? + AM RE usando a relagdo v,,= oR (Eq, 12-2), temos entio ROLAMENTO, TORQUE E MOMENTO ANGULAR 269 Podlemos interpretaro primeiro termo (1/2 (/.")) como sendo a energia cinética associada a rotagao da roda em tomo de um eixo que passa pelo seu centro de massa (como na Fig. 12-32), enquanto 0 segundo termo (1/2(Mv".)) pode ser interpretado como sendo a energia cinética asso- ciada 20 movimento de translagao da roda (conforme mos- tra. Fig. 12-35), 0 Papel do Atrito ‘Se a roda girar com velocidade constante, como mostra a Fig. 12-2, ndo haverd tendéncia de ocorrer deslizamento no ponto de contato Pe, deste modo, nenhuma forga de atrito atuard sobre a roda naquele ponto. No entanto, se uma forga for apticada sobre a roda, alterando a veloci- dade Uiq do seu centro de massa ou a velocidade angu- Jar wem torno do centro, entiio haveré a tendéncia de ocor- rer deslizamento da roda em P ¢ uma forca de atrito agi sobre a rada, no ponto de contato, oponda-se aquela ti déncia, Até que a roda comece realmente a deslizar, atuara sobre ela uma forga de atrito estdtico f Se aroda comegar a deslizar, passar a atwar sobre ela uma forga de atrito cinético f. Na Fig. (2-64, uma roda desce um plane inclinado. 0 peso Mg atua no seu centro de massa. Como a forea Mg \ndo possui brago de alavanca em relagdo ao centro da oda, ela ndo pode exercer torque em torno do centro e, deste modo, nao pode fazer com que a roda inicie uma rata- Glo: Entretanto, como Mg tende a fazer a roda deslizar sobre o plano inclinado, uma forga de atrito atua sobre a oda em P, a parte que esté em contato com o plano, opon- ROLAMENTO, TORQUE E MOMENTO ANGULAR 271 Leste corpo uniforme, A forga normale a de atioatuam na pongo de carpe que esté em conto eom a ramp, ao pemto POs bragos Je ala ‘antca do peso eda forga normal. em tozno de um eivo que passa pelo centre do corpo. sip iguaisa zero, Deste modo esas forgas ao podem pravecar a rolagSo docorpo em tomo dahele centr. A rotagan co cor poem sentida horsriag resultado de um torgue negative devidn for (2 de atito; essa forga possui um brago de alavanch igual aR em rela- (0 a0 centro do corpo, “Apliquemos agora a Forma linear da segunda lei de Newton (3 F = ‘Ma) ao longo d tampa, adotan 0 sentido da Subida como xendo 0 positivo. Obtemos assim, SPA f- Masen 0 = Ma 029) Esta equagdo possui dus incdignita fe a. Para obtermos outro equa {be nests mesmas incopntas,aplicarnes em seguida a Forms angular ‘da segunda le de Newion (S 7 ~ fa) em worno dew eixo de raga ‘que passa pelo centr de massa, (Emboratenhamos obtdo arelagao 57 ano Cap. 11 para um eixo fxo aun referencialinercit, ela vule para um eixo de rotagso que passa pelo ceniro de massa de um co"po avelerado, desde que'0 else no mulde de diregda,) Deste mada, ob: Dee ‘onde usamos a relagio a = a/R (Bq. 11-18) Resolvendo a Eq, 12-10 pare obteraforga de arto, ems ERA Lon * Lea 109 azn onde o sina de menos nos reeonda que w forga de tito fata em sen= tide opost 20 da celerasio a. Substinuindo 2 Eq. 12-11 na Eq. 1296 resolvendo-a para abter a mos sen @ OO TELM MResposcal (12412) ‘Tambbém poderiamos fer obtido uma sepunda equago sornando 0s Aoeques e oplicando a segwnda le de Newton na forma angolarem toro dem eixo que passa pelo punto de conaaia P Neste caso, 0 Er consis- Fig. 124 Exemplo 12-4. Um corpo esfrico, uniorme, ue aio R, desee rolando wa plano inclinad Ax forgus que atuar sare ele io o peso Mg, 3 force normal N e uma foryade ato f, que apanta no seniide de subi da rapa. (Poe clareza,N foi deslocada ao longo desta Fina de ao ale que a sua ongem estivesse no centro da corp.) 272, MECANICA tira apenas no torque devido 3 componente Ag sen gue awa no cen 't0.do corpo e ve brago de alavanea igual a Bre - (igen 9 = hate canes ‘onde /; 60 momento de inércia em relago aur eixo que passa por P. Para encontranos >, usaranioso teorema dos eixos paraelo: Tp Logg + MRE un) ‘Substitvindo-se J, dado pela Eq. 12-14 na Eq. 12-13 ¢ esolvende esta ‘hima para obter a, chegarfamos wovamente a Eq, 12-12 be. Qual é a forga de atrtof.? Solu Subsivindo a Eq, 12-12 na Bg 12-11, emos ‘ Lo MTT HRT Tg: (espe) 2S) Examinundo a Fa, 12-15, vemos que a forge de atsvo é menor do que -Mfg.sen 0, que 6a componente do peso que tua paralelumente& ramps. Tato deve corer part que 0 objeto soja acelerado enquanto rola pela ramps, ‘A Tabela 12-1 mostra que, seo corpo que rola for um disco side, Indl 5, Assim a aceleragio e a forga de atrito podem ser obtidas ‘a partir das Eqs. 12-12 ¢ 12-15. Temos. entto: aa agsene © f= iMgsend © Qual éa velucidade do compo quando ele chegs dbase da ama, sa bendo-se que est em comprimento L? ‘Solugio Como a acelerogSo do movimento ¢ constante,podemos usara relagio ag Dox - xp (1246) Fuzendo x ~.%)= ~l, vy 02 usando valor dew abtido na Eq. 12- 12, ererios a Ba, 12-8 — 0 mesmo resultado a qve chegamos usando ‘oméiode de energia. Isso no ¢surpresa porque, alta tudo 0 que di ‘emos a respeito da energia mecanica € camsistemte com as leis de Newton. 12-2 Oloid 0 ioi6 & um iaboratério de Fisica que pode ser guardado no bolso. Quando ele rola pelo fio percorrendo uma dis- Cncia 4, perde uma quantidade meh de sua energia poten- cial, mas adquire energia cinética translacional (3 mp rotacional (J 00"). Quando comega a subir novamente, petde energia cinética e ganha energia potencial. Num ioid modemo, o fio no é amarrado ao eixo, mas apenas passa em volta dele, formando uma argola. Quan- do ele desenrola todo 0 fio, ocorre um ligeiro impacto que remove toda a energia cinética translacional remanescen- te, Entéo, comeca a girar, tendo apenas energia cinética rotacional. Ele permanece girando (“dormindo”) até que voeé 0 “acorde”, dando um puxio no fio para que este se enrole no exo, fazendo-o tomar a subir. A sua energia ci- nética rotacional, quando o fio esta todo esticado (quando ele esté “dormindo”), pode ser aumentada consideravel- Me @ cy Fig. 12.9 (2) Un joid, visto em come wansversal. 0 fo, de espessurs desprezivel, esti enrolado em torno de um eixo de rio Ry (Ay Diagra- rma de Forgas do sod, en) movimento descerfente. Apes o cin oi representado, mente se 0 jogarmos para baixo com alguma velocidade inicial Ui. e, conseqtientemente, «em vez de simplesmente abandond-to para que inicie seu movimento descendentea partir do repouso. ‘Vamos analisar o movimento do ioié diretamente, usan- do a segunda lei de Newton. A Fig. [2-9u mostra um ioi6 {dealizado, no qual a espessura do fio é desprezivel." A Fig. 12-96 mostra um diagrama de forgas, no qual apenas 0 seu eixo € mostrado. Aplicando-se a segunda lei de Newton, nna sua forma linear, © F = ma, obtemos re= ‘onde M é a sta massa e Téa tensio no fio. Aplicando-se a segunda lei de Newton na sua forma angular (Zr = Ja) em torno de um eixo que passa pelo Centro de massa, obtemos azn = Mg= Ma Dre Thy la (1218) ‘onde Ry & 0 raio do eixo do ioié e 1 é 0 seu momento de inércia em tomo do seu eixo central. A aceleragio a do ioib ‘aponta para baixo (sendo, portanto, negativa). Do pontode vista da Fig. 12-9, a sua acelerago angular a tem sentido anti-horério (portanto, 6 positiva) porque, ainda segundoa figura, 0 torque dado pela Eq. 12-18 tem este sentido. A * Nuon ea aespesserad fo ao pode se esprezale geselo ders fetivo do ero dou, qe vt em uno da guanidine de que en Is relagdo entre a ¢ a dada pela expresso a = — aR, Re- solvendo esta equayso para obter a (= — a/R) e substity- indo este valor na Eq. 12-18, encontramos Depois de eliminarmos 7, usando esta expresso e a Eq. 12-17, obtemos 0 vator de a 1 -- 8 2-19) Portanto, um ioid ideal desenrola o scu fio com aceleracao constante. Para que a aceleracio seja pequena, ele deve ser eve, com momento de inércia grande € ter um exo Cujo raio seja pequeno. EXEMPLO 12-8 Um ioi6 & composto de dos discos de lato cuja es- ‘essura 6 ¢ igual 8.5 mm e cujoraio R mede 3.5 em. Os dois discos esto ligados por um eine de rain Ry = 3.2 ru. 4, Qual €0 valor de momento de ines em toxno do eixo central? Des fpreze o momento de inérind cixo, A demsiade pde atin € &¢ 8.400 kgm" ‘Solugdo.O momento de inétcia {de umn disco em tormo do seu eixo ce teal € igual a 1/2(4R, Neste problema, podemus considerar ns dois siscos junios como se fossem wm sO, Primeiramente,deteminamos sa massa fazendo M = Ve = CaP O(0) = (2)(37)(0.085 m)*(0.0085 en) (8.400 igen") = 0.550 kg. 0 momento de inrcia 8, poranto, 1 = 4BIR @ ($)(0.550 g) (0.035 mm) = 3.4 10-* kgm, (Resposta; '. Um fio de comprimento P= 1.1 me de expessura despeztvel ests ‘enrolado em tome da eino. Qual € a aeeleragao linear do sod quando tele rola descend 0 fio, a partir do repouso? Sotagio A Eq 12-19 nos a -,— “TSMR 98 m/s Tax lo igeat (0.550 kg) (0.0032 m)? esposa ae = = 016 mye ‘A ocelerugio-aponta para balxo ¢ 0 seu valor € 9 mesino, quer © foi tea rolande para baixo ou para cis. ‘Observe que u quantidade HMR, que aparece na Eq. 12-19 & sini- Plesmente o parimetre de momento de inércia que aparece na Tabela 17-1 Para ext foi6.temos = 60, um vilor muita mar do que o de ROLAMENTO, TORQUE E MOMENTO ANGULAR 273 ‘qualquer um dos vbjetos listadosnatabela. A sua avelerayBo € pequeca corresponde3 de um aro yue dese> roland urn plano mclinado aL", «. Qual &u tema no se fo? ‘Solugdo Podemos calcolar a tensfo substituindo 9 valorde a otido na Eq, 12-19 na Eq. (2-17, resolvendo esta dima pura obter T- Encon- tcaremos. eno, que M re Me _ Ue MR? (12.20) {que mostra, como era de se esperar, que 2 tems2o no fhoé menor do que ‘8 peso do ioid. Numericamente, temos To SBOE ORE mI AH TOF =53N. AResposto; Este valor 60 mesmo, quot ele estejasubindo, que esteja descend pelo fo, 12-3 Torque Revisitado No Cap. 11, definimos 0 torque F para um corpo rigido que pode girar em tomo de um eixo fixo, sendo que cada parti- cula do corpo € forgada a mover-se em um cftculo, de cen- trono eixo. Vamos agora generalizar a definigo de torque de modo que ela se aplique a uma particula (em vez de ‘apenas um corpo rigido), que se move em relagdo a um ‘Ponto fixo (em vez de um eixo fixo), tomado geralmente ‘como sendoa origem. A trajetsria de particula nao precisa ser um citculo em tomo daquele ponto e nem mesmo estar ‘contida num plano. ‘A Fig. 12-10 mostra uma particula localizada no ponto, Pug plano xy. Sua posigdo em relagao d origem O dada por um vetor posiedo r. Uma tinica forga F, contida no plano 20), alua sobre a particula, sendo que o vetor F e uma ex- tensdo do vetor r fazem um angulo # entre si ‘O torque exercide sobre a particula por cssa forga, em relagdo a origem ©, ¢ uma grandeza vetorial definida como a peu Wewrn isa emt ALS RE Ceca desango)s |) 0220) De acordo com as regras do produto vetorial (veja a Fig. 3- 19), +€ perpendicular 40 plano que contém rc F. Portan- to, 0 velor rda Fig. 12-10 é paralelo ao eixo 2, no sentido: de z crescente. Ao aplicarmos a regra da mio direita para tencontranmos o sentido de 7. € conveniente deslizarmos & wetor F, sem mudarmos sun ditegao, até que a sua origem coincida com o ponto 0. como mostra a Fig, 12-10. A oi gem do torque Ttambém est em 0. A magnitude do vetor 7 é dada por (veja a Eq. 3-20) resend (12-22) 274 MECANICA o Fig. 12-10 DeFinindoo torque. Lima fora, pertencent a plano xy, aus sobre uma paula focalzuta no pono P Ets forcaexerce um tongue -r(= £ F) sabre panicul, em elagdo a origem 0.0 vetor torque apona na diego dee cesceme, Sua magnitude dada por rF, eta) por 7 Fem). AEg, 12-22 pode ser reescrita como ra, 12-23) onde F. é a componente de F perpendicular ¢ r (Fig. 12- 10a). A Eq, 12-22 pode ainda ser reeserita como rank (1224) onde r, (0 brago de alavanca de F) € a disténcia perpendi- cular entre O ¢ a linha de ago de F (Fig. 12-106). Observe que, seo Angulo entre a forga F e 0 vetor posi- gor for 0 ou 180°, entdo, a Eq. 12-22 nos diz que o torque é zero. Obtemos 0 mesmo resultado usando a Eq, 12-23 (em que 4 componente perpendicular F, = 0)¢ com a Bq. 12- 24 (em que 0 brago de alavanca r, = 0). ‘As Eqs. 12-22 4 12-24 concordam com a nossa defini- ‘¢do de torque dada anteriormente, em que consideramos apenas o caso particular de uma forga que atua sobre um corpo rigido forgado a girar em torno de um eixo fixo. (Veja as Eqs. 11-28 a 11-30.) Lembre-se de que identificamos 0 torque sobre um corpo rigido como sendo a agdo de rota~ ‘¢a0 de uma forga aphicada: ele tende a gitar 0 corpo: isto é, © vetor posigo de uma parte qualquer do corpo gira em tomo de um eixo fixo. Analogamente, 0 torque que atua sobre a particula mostrada na Fig. 12-10 tende a fazer gi- rar 0 vetor posigao da particula, r, em tomo da origem. EXEMPLO 12.6 Na ig. 12-112, és forgas, cde uma tendo médslo {gual a2.0N, aan sobreumo parca, qu est sobre o plan x num ome Pdado pelo veorpsigto onder = 20me d= 30-A foray Eparalele a0 eixo x, a forca F,20 Ze aF, a0): Qual €o torque devidoa cada uma das Forgas, em relagdo 3 origem? SolugBo As Fig, 12-1 1b 12-11 sto vistas superiores do pleno xz. onde ( vetores FF, foram redesenhados, tendo suas origens no ponto 0, ‘para mostrar melhor os Sngulos que esses vetore fazem com 0 veto © fingulo ente re F, & de MF. Aplicando a Eg. 12-22 para cad urna das fonga, encontramos as magnitudes Gos toraues n= oF sen d= (8.0 m) (2,0 Nise 150") = 30N-m, se PF ysen $y = (8.0 m)(2.0 N} (200 120") =52Nem, 15 Why sendy = (30 m)(20N)(5en90") = 60N-m. Resposuy Para encontrarmos as diregbesdesss torques, aplicamos a rgra da no dita, posconando s eds da ao dita de modo a giaer {ne aleanga , taves do menor Snguloformado pelos dois vetores O torgue 7 pespenicuar aca Fy Fig. 12-114) es dred fae um ingulo 6 = 30° com adres de 2 derescete. Na Fig 12-1ld.repe- senarnas F, por mele de wm ercuo crzado, ©, sugeriad a.caeda de tia flea. (Se, possuiste sentido oposto, seria epresentad por um Ponto no interior de um citeulo, ©, sgerinde a pont de ume fecha) ‘Todos exes torques sSo moarados na Fig 12-1 12-4 Momento Angular ‘Como todas as grandezas lineares, o momento linear tem ig. 12-12 mostra uma par- no plano.xy. O momento angular £ dessa particuta, retati- ‘vamente & origem O, é uma grandeza vetorial definida como onde r € @ vetor posigao da particula em relagdo & origem ‘0. Conforme aguela se move em relago a O, no sentido ig. 12-11 Exemplo 12-6. (2) Uma panculasituada no ponto P sofre a acho de us forgas, eada uma paralela& um dos eixes coordenados. O Angulo 6 (usaco na determinacio do tome) é mostrado em () para F, ec) para Fy (2) worgue 7,6 perpendicular are a F, (0 simbolo @) indica que F € perpendicular a0 plano da figura e aponta para dentro). (6)0s torques (relativamente 3 origem O) que auam sobre a paticula. 4e seu momento p (= mv), 0 vetor posigaor gira em torno de @. Para que uma particula tenha momento angular, no <énecessério que gire em tomo de 0. A comparagao das Eas, 12-21 € 12-25 mostra que a relagdo entre o momento an- gulareo linear éa mesma que existe entre 0 torque e a forga. ‘A.unidade do momento angular no SI é 0 quilograma-me- tro-quadrado por segundo (kg-m'/s), equivalente 20 Joute-segunido (Js) ‘Q vetor momento angular é na Fig, 12-12 6 paralelo ao exo z ¢ aponta no sentido crescente de z. Assim, ¢ € posi- tivo em concordancia com a rotagao em sentido anti-hor’- rio executada pelo vetor posigao da paricula, r, em torno do eixo z. (Um vetor & negativo, consistente com uma ro- tacdo de r em torno de z em sentido horério. apontaria no sentido decrescente de z.) ‘O médulo de € é dado por = rmy sea 6. 42-26) onde $6 0 angulo entre re p. A Eq, 12-26 pode ser rees- rita como 42-27) b= rp =m, ROLAMENTO, TORQUE E MOMENTO ANGULAR 275 o Fig. 12-12 Definindo o momeato angular Uma panicuta de massa, {oculizada no ponto P. possui momento linear p (= me), periencente 20 plano x5. particula tem momento angular €(= r x p).celativamente ‘origem 0. O vetor momento angular aponta no sentido dex erescete (a) A mageitude de €¢ dada per € = rp, = rmvb) A magnitide de Cétambém dada por €= rp = rim. onde p. é a componente de p perpendicular a r (como no Fig. 12-12a),€ py, = mv, A Eq. 12-26 pode também ser reescrita como (12-28) 2p rym onde r, é distancia perpendicular entre Qe um profonga- ‘vento de p (como na Fig. 12-126). Se uma particula esti- ver se afastando da origem em linha reta (@ = 0) ou se aproximando da origem em linha reta (= 180°). a Eq, 12- ‘26 nos diz que a particula ndo possui momento angular em ‘tomo daquela origem, Do mesmo modo que 0 torque, o momento angular s6 tem sentido se for especificada uma origem. Além disso, se a particula da Fig. 12-12 nao estivesse situada no plane -n0u Se. momento linear p da particula também nao esti- ‘vesse naquele plano, 0 momento angular € ndo seria para- Iclo.ao cinoz. A ditego do vetor momento angularé sem- pre perpendicular ao plano formado pelos vetores 5 € p. 276 MECANICA 42-5 Segunda Lei de Newton na Forma Angular A segunda lei de Newton escrita na forma Fe # (oma panicala) 02-29) expressa a intima relagao que existe entre forga e momen- to linear para uma particula. J4 examinamos bastante 0 paralclismo existeme entre grandezas lineares e angulares 2 isso nos dia certeza de que existe também uma relagdo- intima entre o torque € 0 momento angular, Guiando-nos pela Eq. 12-29, podemos até mesmo supor que esta rela- glo deve ser sgey re ie: eS nae AA Bg, 12-306, de to, uma forma angular da segunda lei de Newton, para uma particula: ‘A.somma vetorial de todos os torques que atuam sobre uma particuls € igual A sua taxa de variagao do momento angular, em relago a0 tempo. A.Eg, 12-30 nd possui significado, a menos que 0s torques ‘Fe 0 momento angular ¢ sejam definidos relativamente & mesma origem. Demonstragio da Eq. 12-30 Comecemos com a Eq. 12-25, a definigao de momento angular: f= mex) Derivando* cada membro com relaydo ao tempo ¢,obternos awe ay de fo n(rx ts xy) Mas dvidtéa aceleragio a da particula e dtidt é a sua ve- locidade v. Assim, podemos reescrever # Eq, 12-31 como a a 2.31) mr xa tv xy) Como v x v = 0 (0 produto vetorial de qualquer vetor com ele mesmo € zero, porque o fingulo entre os dois vetores & necessatiamente zero), emos “omens Se mtr a) 0 me 1 Ao dervar un produto velar deve te ida de inter a. dm da das rams (0 tonsa caso, ¥) que Forman produto (Veja Eq 32) ‘Usemos agora a segunda lei de Newton (SF = ma) para substituirmos ma pelo seu equivatente, a soma vetorial das forgas que atuam sobre a particula, obtendo a go (sz 5 Finalmente, a Eq. 12-21 mostra que r X Fé 0 torque asso- ciado & forga F, de modo que a Eq. 12-32 se torna (XE). (12-32) ae zr at Esta éa Eq. 12-30. a relagdo que desejévamos demonstrat EXEMPLO 12-7 Um pingtim de massa m cai do posto A loealizadoa ‘uma distincia horizontal d da origem O. partindo do tepouss, come mostra a Fig, 12-13, 4 Quul 60 momento angular do pinglim er torno de O? Slugée © momento angular & dado pela Eq, 12-25 (6 = p); ua magnitude & (pela Eq, 12-26): = rpseud. ‘Onde r sem p = nv importando qual a dlistincia percorida pelo pine slim na queda. p= mv ~ mae), Assim, € tera magnitude C= mats. (Resposta} 233) ‘A tegra da mio direita mostra que o vetoe momento angvlar€ poe «a para Jena do plano da Fig. 12-13, no semido decresceme de =. Re presentamos € através de um citeulo eruzado, ®. na orgem. Osvetor ¢ ‘euda com o tempo apenas erm magnitude, permanecendd o seu constant. ig, 12-13 Exemplo 12-7. Um pinguim de massa m cal verticamente 4e pomto A. O tone 7 0 momento angular ¢ do pingvim em queda, reltivamene&arigem 0, sponta para dentro de plane da figura em 0. . Qual £0 torque exercide pelo peso mg do pingvim em tomo da ot- gemar ‘Solugéo O torque 6 dado pela Bq, 12.21 (r= # XB); sua magnitude & (pels Eg. 12-22) PF sen Maisuma vers rsen d= de F= mg. Poranton. T= mpd =uma constame, —_¢Resposta) (12-34) ‘Obverve qu 0 torque ésimplesmene o pnd daforca mg. pelo bao de alavancad. A regrada mo dita mostra que 0 velor torque spon ‘para dento co par da Fig, 12-13, no sentido decrescene des send assith peralelo a €. (Note que mbém podemos obier w Eq. 12-34 derivando a Eq. 12-33 em relaydoa re substinindoo resultado no Ea. 12-30) ‘Vers que re € dependern fostemente da escolha da origem (atts ‘és do valor ded. Seo piaglim caida rigem, emosd = Des poranto, do hi torque nem momento angular 12-6 Momento Angular de um Sistema de Particulas Voltemos agora nossa atengio para © movimento de um sistema de particulas em relagao a uma origem dada, Ob- serve que “um sistema de particulas” inclui um corpo rigi- o.como caso particular. O momento angular total L de um sistema de particulas & a soma (vetorial) dos momentos angular individuas€ de cada ua das Partieuls: ) iserimina cada ura das paticlas. ‘Com o tempo, os momentos angulares das particulas indi- vviduais podem muda, seja por causa de interagGes como sis- ‘tema (entre as particulasindividuais), seja por causa de influ- {ncias externas que atuem sobre o sistema. Podemos encon- ‘rar a Variagdo temporal do momento angular total L do siste- onde i(= 1.2.3... Pela Eq. 12-30, vemos que d€ (dé simplesmente Sr, a soma {vetorial) dos torques que atuam sobre a iésima particuta Alguns torques so internos, associados com Forgas que as pparticulas do sistema exercem umas sobre as outras; outros, io externos, associados com forgas extemas qué atuam so- bre o sistema. As forcas intemas se cancelam aos pares, * de- vido ao principio da aco e reago de Newton. Portanto, 40 somarmes os torques, temos que considerar apenas aqueles associados as forgas externas. A es 12-36 se toma, entio * ever mp ale dass que ambas to forgs, em ca pr ago rea in tern eva mesa ina de yo ROLAMENTO, TORQUE E MOMENTO ANGULAR 277 A Eg, 12-37 é a segunda lei de Newton para um sistema de particulas, expressa em termos de grandezas angulares, ¢ andloga aS Fa = dP/dt (Eg. 9-23). A Eq. 12-37 estabele- ‘ce que a soma (vetorial) dos torques externas que atuam sobre um sistema de particulas ¢ igual & taxa de variagiio temporal do momento angular do sistema. A Eq. 12-37 s6 tem significado se os vetores torque e momento angular estiverem referidosa mesma origem. Num referencial iner- cial, a Eq. 12-37 pode ser aplicada a qualquer ponto. Num referencial acelerado (como, por exemplo, uma roda que ¢gira num plano inclinado), a Eq, 12-37 sd se aplica ao cen tro de massa do sistema, 12-7 Momento Angular de um Corpo Rigide que Gira em Torno de um Eixo Fixo: Consideraremos a seguir 0 momento angular para 0 caso particular em que o sistema de particulas constitui um cor- (po rigido em rotacio. A Fig. 12-14a mostra esta situagao: 6 corpo esta limitado a girar em torno de um eixo fixo, que identificamos como sendo o eixo z, ¢ que atravessa 0 cor po. A velocidade angular do corpo é Podemos determinar 0 momento angular do corpo que gira somando as componentes z dos momentos angulares ‘dos elementos de massa do corpo. Na Fig. 12-14a, um ele- mento de massa Ami, se move, em tomno do eixo z, numa trajetéria circular. A posigao do elemento de massa em relagao & origem 0 € dada pelo vetor posigae r,. 0 raio da trajetéria circular € r,,. que € a distancia perpendicular en- tre o elemento e 0 €ixo 2. ‘A magnitude do momento angular ¢, deste elemento de ‘massa, relativamente ao ponto O, € dada pela Eq. 12-26: {r(p) (500907) = (7)(Am, 2). @ Fig. 12:14 (a) Un corpo rigido gra em toro do eine z, com velovidade angola oa Um elemento de massa do corpo, Am, move-se-em tornado ceixoz mum citeulo de rai r, Ese elements possi momento line p, {sts posigo-em relagio.sorigem J¢ dada pelo vetor A furs mos + tra an no instante em que Festi paralelo a0 eito.x (b) Momento an- ular €, do elemento de massa que parece en (a). m felogio&origem (0. A componente = 6. de (também ests representa, 278 MECANICA ra Cr a oem em eat Ta an Sten : Rw ete wees src bes Moon gas cat sms roa Nona me 12 cnr sen! stant ve ere Lisconarag__ Pein tsa Veja mbna abel 12-3. ‘Pa sstemas de paula, incusive compo gids SPars uc corpo rg, em tne de um eno fee, seo L a.component paraei guele exo, "Pea om sistema lad. onde pv, so, respectivamente, o momento linear ea vyelocidade linear do elemento de massa, € 0 angulo en- te r, ¢ p,é igual a 90°, O vetor momento angular do elemento de massa da Fig, 12-14a, ¢,,6 mostrado na Fig. 12-148. Estamos interessados na componente de 6 que € parale- nao eixo de rotagdo que, neste caso, 60 cixo z. Esta com- ponente zé fa = €,sen 8 = (r, 880 8) (Am, ¥) = ray Am, vy ‘A-componente z do momento angular (otal de corpo rigido € obtida somando-se as contribuigdes de todos os elemen- tos de massa que constituem 0 corpo. Assim, como ‘er, podemos escrever Lo 3 be S Amor F Amor dr, -o($ mr) 02-38) Podemos remover « do somatdrio, neste caso, porque ele 4 uma constante: tem o mesmo valor para todos os pontos do corpo rigido em rotagao. A.quantidade 5 Am,[-)que aparece na Eq, 12-38 € omo- mento de inéreia I do corpo em torno do eixo fixo (veja a Eq, 11-22), Assim, a Eq, 12-38 reduz-se a Eliminamos 0 subscrito z, porém vocé deve lembrar-se de que o momento angular detinido pela Eq. 12-39 € apenas a componente do momento angular paralela ao eixo de rota~ lo. Da mesma forma, F nessa equagdo € 0 momento de inércia do corpo em tome daquele mesmo eixo. ‘A Tabela 12-2, que complementa @ Tabela 1-3, amplia amossa lista de relagdes lineares e angulares corresponden- tes. EXEMPLO 12-8 A Fig. 12-15 mostra a Tera girando cm tomo do seu iso, enquanto descreve sua 6bita a0 tedoe do Sol + Qué momento angular assciado taro da Teen oe Solugio Da Ea. 12:39 da Tabela 11-22), temas weed TF onde Mfc R si0 a massa. 0 rajo da Terrae Ti 24h = 8.64 ¥ 105) Sotempo necessatio para que a Tera execute uma roto completa Eo periodo de rotagéo}. Assim, Lage = Fes = EMRE: oF Leos = 15.88 10 bg) (6.37 X10! a) SLX 10 gems. esposta © vetor Lae € paraelo a0 eixo de rotagto da Terra, apontande (como ‘vosta a regra da mio direita) do po Sul para o po Nort, 1b. Qual £0 momente angular assoriodo 20 movimento orbital da Tema era torno do Sol? Solugde Considerando a Terra como uma partcula¢ aplicando & Eq 12:39, temo ag = to ate 28, Fig. 12.15 Exemplo 12-8. Visa em perpectiva de Tera giando em tomo do seu ceosenquano segue sus dria em orm do Sol upeta ‘itcular, Os vetores momento angular abo foram deseados em ence ta; verdade, Lge cerca de 4% HO vezes maior q¥e Le. Lane 10) s) 60 periodo de revolurdo da Terra em torno do Sol. Assim, 2 tt = Sie 10s = 2.7 x 10 kg-m/s ‘Resporia) 0 vet0r Fan € perpendicular ao plano da drbita da Terra, Devido &ineti- rnagio do eixo desta, os vetores momento angular orbital erotacional fazem entre sum Angulo de 23.5". Ambos 0 vetoes pertanccem cons: ‘antes em magnitude e sentido, enquanto a Terrase move em sua 6bita duran 3 ane.* Lay = (8:98 X 10% bg) (1.50 10" 12-8 Conservagiio do Momento Angular Até aqui, discutimos duas poderosas leis de conservagiio: adaenergiaeado momento linear. Agora, estamos diante de uina terceira lei deste tipo, a conservacao do momento angular. Comecemos com a Eq. 12-37 (Et,q = dLédt), que a segunda lei de Newton escrita na forma angular. Se nenhum torque externo resultante atuar sobre o sistema, esta Esta equacdo representa a lel da conservagdo do momen- to angular: — Se nenhum torque externo atuar sobre um sistema, 0 (vetor) momento angular L deste sistema permanecerd ‘constante, nao importando quais sejam as alteragGes que ocorram dentro do sistema, ‘A Eq, 12-40 & oma equagdo vetorial e, como tal, € equiva- lente a tés equacdes escalares que correspondem & conser- vacio do momento angular em crés diregdes mutuamente perpendiculares. ‘Semethante as outras duas leis que jé discutimos, a Eq. 12-40 permanece vélida mesmo fora dos limites da mec nica newtoniana. Ela vale para particulas cujas velocida des sto préximas & da luz (0 dominio da teoria da relativi dade), € permanece valida no universo das particulas su- bbatémicas (governado pela Mecdnica Quintica). Jamais foi ‘encontrada uma excegio para essa lei, 12-9 Conservagao do Momento Angular: Alguns Exemplos 1. O pido humano, A Fig. 12-16 mostra um estudante sentado num banco que pode girar livremente em tomo de ‘Esta armatva € apenas apronimads. pois, devo bina dos outros pax ‘ets fore paviaconal sae Terao € cena, loo, seamen ang Tarevbtal nia consort. Alm dia como a Tart nie perfctamente oe {hen ay orgs grovitaconsis— devi so Sol eh Lin exetcem um ergoe que faz com que o exo de road da Tera desereva uot one mo espa, Ml Oe ‘ments chamato preesste dos equinécls. (do R} ROLAMENTO, TORQUE E MOMENTO ANGULAR 279 um eixo vertical, O estudante, que foi posto em rotagio.com uma velocidade angular inicial w, reduzida, segura dois halteres com os bragos abertos, Seu vetor momento angu- lar L aponta para a parte superior da figura, a0 longo do eixo vertical. instrutor pede, entdo, que 0 estudanie encolha os bra- 08, puxando-os para junto do corpo; isto fz com que o seu momento de inércia seja reduzido do valorinicial para tum valor inferior J, porque a massa est agora concentra- ‘da numa regido mais préxima do eixo de rotacio. Sua ve~ lecidade de rotagao aumenta, consideravelmente, de oa @, Para diminuir sua velocidade, o estudante s6 precisa estender os bragos novamente. [Nao hi nenhum torque externo atuando sobre o sistema ‘constituido pelo estudante, o banco ¢ os halteres. Deste modo, 0 momento angular do sistema em torno do eixo de rotagdo deve permanecer constante, no importando.o modo ‘como o estudante movimente os pesos, Das Eqs. 12-39 12-40, temos L= Iw uma constante ou Na Fig. 12-16a, a velocidade angular do estudante, «7, 6 relativamente baixa e © seu momento de inércia, 1, relati- vamente grande, Na Fig. 2-166, a velocidade angular pre- cisa ser maior a fim de compensar a diminuigdo do momen- 10 de inércia. 2. O salto ornamental. A Fig, 12-17 mostra uma atieta ‘executando urn mergullo com salto mortal. Como voce jé everia supor, 0 seu centro de massa segue uma trajet6ria parabélica. Ela deixa a prancha com um momento angular iso de roagto @ o Pig. 12-16 (a) O estadance possui momento de inéiciaretativamente ‘sande, enquanto sux velocidade angular &relaivamente pequens. ®) Dimninlindo seu momento e ingreia, 0 estodante aumenta automatica- _mente sua velocidade angular. O momento angular do sistema, Le, pet= ‘iunece constante 280 MECANICA Fig, 12-17 0 momento angular L da ale €constante dorante o salto, sende repeeseniade pela caucta de Uma seta, @, que é perpendicular 0 plano da Figura. Observe tambsan que o centro de massa (Veja 08 pon: os) segue uma trajeldria parabola. L bem definido, em torno de um eixo que passa pelo seu centro de massa, representado por um vetor que aponta para sap (1m +t). Uday Ceulamosa magnitude de € paras tjetiras 1 €3 através da Ea, 12:28, com?,~ de U= v, Pata atuajtina 2, vsarmos ag 12-28com 1, =0 Paraa najetrad, vsumona Bg 12-27,onder = dev, ~ ico (27 Determinamos, eno, osinal de, verifcando comoum velor que 1 a posigdo da bola de lama em relago a0 exo gira em toro deste. mea qu ela Se wpoxima co sinal de add se ele girarem sentido hori. sed negatvo: septa em semidoani-horee srs posi 10. Os esuados So via. = 0; 6. my, cos 60" taj. = = dy tea 82, mdoys via. ‘Onde 8 velocidade ty = 12-mVs, Substiuindo esses valores de vol ma Eg. 12-47, juntamence com o valor de 2, encontranos os valores det Grad/s = 0.40 rad/s aj 1: — 40 rad/s; via. a). 3: 0.80 rad/s, vin 12-10 Precessdo de um Giroscépio (Opcional) Um giroscépio simples consiste de uma roda que é presa a uma haste ¢ est livre para girar em tomo do eixo da haste, ‘Se oextremo mais distante da haste de um giroscépio que ‘do esteja girando for colocado sobre um suporte, como na Fig. 12-234, 0 girosedpio for solto, ele caird, radando para baixo em torno do suporte. Como a queda envolve uma 284 MECANICA Teajetea cect deveria peltextemidade do eine L ¢ @ Fig, 12-23 a) Um girosedpie que wo estégivando © que tum uma das exteemilades do seu eixo apoiada mun suport cai com ina rol ean tore do eixo x, devide ao torque x (2) Um girescopio que gira rapidamente, com momento angular L,precessa em vorno do eixo:-(e) A tana de Variagio temporal do momento angola, ¢Lid, produ a rolacao de Lem torno de O, rotagio, ela é governada pela segunda lei de Newton na forma angular que, usando a Eq. 12-37, pode ser eserita como r= dL/dt, (12-48) Esta equagio nos diz que.o torque que causa a rotagio para bbaixo {a queda) muda o momento angular L. do giroscpio, {que inicialmente era igual a zero. O torque 7 devido 20 peso Mg do giroscépio, que atua no seu centro de massa (que consideraremos como sendo 0 centro da roda), com Drago de alavanca r relativamente ao suporte situado em 0. A magnitude do torque & 7 Mgr sen 90° = Mgr -49) {pois o Angulo entre Mg c ré igual a 90°), € 0 seu sentido ‘mostrado na Fig. 12-234. Jé um giroseépio que estoje girando rapidamente e seja solto do mesmo modo que o anterior. iré se comportar de modo muito diferente. Inicialmentc, ele roda para baixo, ligeitamente, mas logo comega. girar em tomo de um eixo vertical que passa através do suporte, executando um mo- vimento denominado precessio, Por que o gitoscépio que esti girando fica suspenso no ar, em vez de cair? A chave para a solugdo deste mistétio est no fato de que, quando o iroscépio € solto, o torque devide a Mg precisa mudar um ‘momento angular inicial que nio € mais igual a zero, mas tem um valor finito devido 2 rotagio do giroscépio. Para comprecnder como isso leva précessio, conside- remos primeiramente 0 momento angular L do girosc6pio © devido & sua rotagio. Para simplificar a situagio, vamos ‘supor que a velocidade de rotagio seja tio grande que o Inapento angular dvido presen prada ¢ despredt- vel km comparagio com L. Suponhamos também que a haste esteja na horizontal quando a precessio tem inicio (veja.a Fig. 12-23h). A magnitude de Lé dada pela Eq. 12- 39 como L=le (12-50) ‘onde 1 é 0 momento de inércia do giroseépio em tore do seu eixo e w€ a velocidade angular do giroscdpio. O vetor L aponte ao longo do eixo, como mostra a Fig. 12-23, Como L é paralelo a r, o torque rdeve ser perpendicular a L De acordo com a Bg. 12-48, 0 torque + proveca uma alteragao infinitesimal dL no momento angular do iroscdpio num intervalo de tempo di; isto é, dard 02s) Entretanto, para um giroscépio que gira velozmente, a magnitude de L ¢ estabelecida peta Eq. 12-50. Portanto, como 0 torque ata de forma a alterar L, ele s6 pode modi- ficar a sua directo € ndo a sua magnitude Da Eq. 12-51, vemos que a diregio de dL &a diregio de + perpendicular a L. O tinico modo de alterar L na diego, de-7, sem alterar sua magnitude, é fazendo L. rodarem tor- 1no do eixo <, como mostra a Fig. 12-23c: L mantém a sa magnitude, a extremidade do vetor L descreve uma traje- {6ria circular, ¢ 7€ sempre tangente a esta trajet6ria. Como L deve sempre apontar ao longo do eixo do giroscépio, 0 cixo também deve rodar em torno de z, no sentido de 7. Deste modo, temos a precesso. Como o girascépio deve obedecer & segunda lei de Newton na forma angular, em resposta a qualquer alteragio do seu momento angular ini- cial ele deve precessar, em vez de simplesmente tombar. Podemos encontrar a velocidade de precessio Q.usan- do, primeiramente, as Eqs, 12-49 12-51, para obtermos a ‘magnitude de dL. db =r dt = Mgr dt 2-52) Quando L sore uma alteragao dL no intervalo de tempo di, 0 eixo e L precessam em tomo de 2. deserevendo um Angulo infinitesimal dé. (Na Fig. 12-23c, 0 fngulo dé apa- rece exagerado para maior clareza.) Com o auxsfio das Eqs. 12-50 ¢ 12-52, encontramos que dé dado por aL _ Mgr at aoe L te Dividindo esta expresso por dt e fazendo a velocidade = ddfdt, obtemos Este resultado € valido sob a hipétese de que a velocidade de rotagio a é grande. Observe que a velocidade de precessfioQ decresce quando waumenta. Note também que do ocorreria precessdo, se uma forya peso Mg nvio atuas- se no giroscépio, mas como £é uma fungdo de M, a massa se cancelana Eq. 12-53, assim, $2¢ independente da massa do giroscépio. AEq, 12-53 também se aplica se 0 eixo de um giroscépio ‘que esteja girando fizer um &ngulo qualquer com a hori- zontal. Bla também é valida para um pido que esteja giran- do, pois este €, essencialmente, um giroscépio que gira ‘fazendo um angulo com a horizontal. 12-11 Quantizagao do Momento Angular (Opcional) Dizemos que uma grandeza fisica é quantizada se ela pu- der assumir somente certos valores discretos, de tal forma ‘que todos os valores intermediérios sejam proibidos. Até agora, j4 encontramos dois exemplos que apresentam esta caracteristica: a quantizagao da massa (na Sega0 2-9) ¢ a ‘quantizacao da energia (na Segao 8-9). O momento angu- lar € 0 nosso terceiro exemplo. Embora a quantizagao seja universal, ela se mostra de modo mais marcante apenas nos niveis at6mico e subaté- mico, ¢ € Id que vamos buscar nosso exemplo. Todas as particulas da Fisica, tais como o elétron, 0 préton e o pion. posswem valores intrinsecos bem caracteristicos de momen- toangular, como se elas estivessem gicando como um pido ROLAMENTO, TORQUE E MOMENTO ANGULAR 285 (e,no entanto, ndo giram), Este momento angular intrinse- 60 € dado pela relagio qs ‘onde s (denominade nimero quéntica de spin) & um intei- ro, um semi-inteiro ou zero. A quantidade h que aparece na Eq, 12-54 € a constante de Planck, a constante bésica da fisica quantica © numero quantico de spin do elétron, por exemplo, & igual a 1/2, de modo que o seu momento angular intrinse- 4) (6.68 10° J) (3) = 5.08 210-8 Js, O fato de / ter um valor tao pequeno signi lizagio do momento angular nao perce} ‘mo no menor dos abjetos macroscpicos. Do mesmo modo, as quantizagdes da massa e da energia no podem ser per- cebidas diretamente pelos noss0s sentidos, (Os movimientos orbitais dos elétrons nos tomos — eo dos prétons e néutrons no nticleo atdmico — também so ‘quantizados, As consideragdes sobre 0 momento angular ‘ocupam uma posigao central no nosso conhecimento acer- cea da estrutura da matéria nos niveis atémico ¢ subatomi- co. Sempre que um fisico se defronta com uma nova parti- cula ou estado quintico de um niicleo, dtomo ou molécula, a pergunta mais proviivel que ele iré fazer a si mesmo é: “Qual ¢ 0 seu momento angular?” Nao ha nada de surpre- endente no fato da constante de Planck — que é a pedra fundamental da estrutura subatomica — ser expressa em unidades de momento angular. RESUMO Corpas em Rolamento Para uma roda de rtio R que se move sem deslizar, Nig = OR ‘onde Yin a velocdade do centro da rods ¢ wé a sua velocidade angu- lar em toro do sew eeotre, Pode-se também descrever @ movimento ‘como sea coda executive uma cage intannea em tornode wn ponte P do solu, que esté em contato com ela. sua velocidade angular em tarno deste pont ¢ idétics i sua velocidade em torno do Seu centro, “Tendo isso em mente. podemos mostra que aroda poss, 0 3 mover. energiacinéica KEE! + Mey, (12s ‘onde / 4.0 momento de ingrcia da rts em taro do seu centro Andlise Usando @ Segunda Lei de Newton ‘© Exemplo 124 ilusra a aplicago da segunda lei de Newton, nas for- mas aplicavers translagao (F = fa,)e a cotagde (r= Fa), na anise do movimento acelerado de abjtos uc rola 0 Vetor Torque Fm tits dimensdes, © torque 7 € uma grandeza definida em relagio a ‘um ponto xo igeratmente una origem) pel relay 21) TarXe conde Fé Foegaaplicada 8 parvculs¢ ¢€ um vetor que dé a posi da particule telagdo ¢ um ponte fixe (ou onigem), A magnitude de Fé ada por Te rPsen® Po = rye 1222. (223,122 conde ¢ €0 inguloentre Fer, F, €a componente de F perpendicular er, éadistincia perpendicular eye o ponto fine a linha de ago de F. O sentido de 1 € dad pela regra da mio dives, ‘Momento Angular de wna Partenta ‘O momento angular ¢ de uma particula com momeno tinea p. massa ‘re velockade linear v & uma grsneze vetural defini em reingl0 & um ponto fixe ¢geralmente a otigembe dala pels reas Care ps alex)

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