Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
SUMÁRIO PÁGINA
1. Capítulo II: Continuação da aula 00: Normas fundamentais do 02
processo civil. Jurisdição.
2. Resumo 79
3. Questões comentadas 88
4. Lista das questões apresentadas 101
5. Gabarito 106
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
Para efetivar esse direito, por óbvio, os sujeitos do processo devem ter
ciência de todos os atos processuais, tendo eles o direito de reação como garantia
de participação na defesa de seus interesses em juízo. O princípio do contraditório,
sendo aplicável a ambas as partes, é também comumente chamado de
“bilateralidade da audiência”, representativa de paridade de armas entres os sujeitos
que a contrapõem em juízo.
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
§1º O comparecimento
espontâneo do réu ou do
executado supre a falta ou
a nulidade da citação,
fluindo a partir desta data
o prazo para apresentação
de contestação ou de
embargos à execução.
§ 2º Rejeitada a alegação
de nulidade, tratando-se
de processo de:
I - conhecimento, o réu
será considerado revel;
Gabarito: Certo
No tocante à reação, ela depende da vontade da parte, que pode optar por
reagir ou se omitir em relação à demanda, lembrando que a regra processual, nesse
caso, limita-se aos direitos disponíveis, que são aqueles que a parte pode abrir mão
de exercê-los. Portanto, nos casos de direito disponíveis, está garantido o
contraditório, mesmo não se verificando concretamente a reação, pois basta que a
parte tenha tido a oportunidade de reagir.
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei
considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou
estiverem em contradição com prova constante dos autos.
Vamos repetir para deixar mais claro: O contraditório terá efeitos distintos
quando o litígio versar sobre direitos disponíveis ou indisponíveis. Ora, isso é de fácil
presunção, porque se há a figura dos direitos indisponíveis no Direito brasileiro, é
presumível que não se permitirá que a parte deixe de ter a titularidade desses
direitos porque não compareceu em juízo.
Pergunta: Mas professor, por que há esta extrema proteção aos direitos
indisponíveis ao ponto de impedir-se os efeitos da revelia?
A figura dos direitos indisponíveis é tão forte que o Direito brasileiro impediu
que o contraditório fosse formado pela simples e efetiva possibilidade de que seu
titular se defendesse em juízo. Quando se tratar desses direitos, o juiz deverá
estender as regras de participação da parte, de maneira que haja uma reação
jurídica, conforme previsão legal para cada caso.
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja
previamente ouvida.
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
4. CONTRADITÓRIO INÚTIL
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente
da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
5. CONTRADITÓRIO ANTECIPADO
jurídica justa, a parte ter que esperar findar o processo para ter a tutela concedida. O
que ocorre nesses casos é a concessão da tutela primeiramente para então informar
o réu, tendo este a possibilidade de reagir.
Este princípio está consagrado no art. 5°, LV, da CF, caracteriza-se por
possuir um aspecto jurídico e outro político.
Exemplificando:
Como poderia o Estado-juiz impor multa a alguém sem que este sujeito tenha
tido a chance de manifestar-se acerca dos fundamentos da imposição? A ele tem que
ser dado o direito de comprovar que os fatos em que o juiz se funda não permitem a
aplicação de multa.
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de
seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do
processo:
§ 1° Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas
mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à
dignidade da justiça.
§ 3° Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no §
2° será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado
da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução
fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.
processo, mas não poderá decidir sobre um fato trazido ao processo de ofício, sem
que as partes manifestem-se acerca dele.
Exemplificando:
Exemplificando:
Outro exemplo, mais grave, seria um Tribunal de Justiça sentenciar com base
em fato não apresentado pelas partes e sem prévia manifestação delas, restando,
nesse caso, somente os recursos extraordinários. Esse exemplo é frequente nos
Tribunais devido à “entrega de memoriais”. Muitas vezes os advogados das partes
acrescentam um argumento novo no processo que não constará nos autos, uma vez
que os memoriais são entregues nos gabinetes dos juízes.
Dessa forma, o princípio do contraditório volta a ter sua valoração como meio
indispensável ao aprimoramento da decisão judicial, e não apenas como um
normativo de observação obrigatória para a validade da decisão processual.
como do órgão jurisdicional, que passa a exercer uma dupla posição: torna-se
paritário no diálogo processual e assimétrico na decisão processual. O Estado-juiz
conduz o processo levando em consideração as partes, por meio de uma visão
partidária, com diálogo e equilíbrio.
Há vários deveres processuais que decorrem desse princípio, entre eles estão
os deveres de esclarecimento, lealdade e proteção. Vejamos duas manifestações
desses deveres em relação às partes.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
A ampla defesa é uma garantia que se estende tanto ao réu quanto ao autor,
dela decorrendo, assim, a característica de amplitude do direito de ação e o
tratamento isonômico – princípio da isonomia.
(TCU 2011) O princípio da ampla defesa pressupõe que as partes devem litigar
em pé de igualdade. O juiz, por seu lado, deve colocar-se de forma
equidistante em relação às partes, garantindo-lhes a produção de prova dos
fatos alegados.
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
O Novo Código de Processo Civil tem vários dispositivos que versam sobre a
aplicação desse princípio. O art. 139, I, aduz que “o juiz dirigirá o processo conforme
as disposições deste Código, competindo-lhe assegurar às partes igualdade de
tratamento”.
Essa é uma discussão sobre a qual falamos anteriormente, e ela tem outro
lado. Recordam-se de quando falamos de situações em que o juiz pode deixar de
atender ao contraditório formal porque entende presentes condições que levam à
formação de convicção favorável ao réu? Esta é uma dessas situações. Percebam
que se estão presentes elementos que favorecem o demandado, que na hipótese
em tela ainda não é réu, entende-se que o contraditório substancial, material,
ocorreu, no momento em que o juiz indeferiu o pedido do autor.
Comentários
Vamos ver como essa regra se aplica a uma das competências do Tribunal
de Contas da União: a apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, conforme inciso III, art. 71 da
CF/88:
(...)
do ato concessório.
Se, ao fazer a verificação que lhe é cabida, o Tribunal de Contas conclui pela
existência de vício que afete o ato, determinará prazo para que o órgão responsável
adote as providências ao necessário cumprimento da lei.
Comentários
Lei 9784/ 99
(...)
Lei 8112/90
Dessa forma, como mesmo aduz o art. 5°, LV, CF, o princípio
do contraditório deve ser garantido tanto no processo
judicial como no administrativo.
Não cabe aqui nos alongarmos sobre a questão, mas em linhas gerais, nos
dois casos, o juiz deve declarar parcialidade no julgamento, quando ele deveria ser
imparcial. Costumamos dizer que o impedimento tem caráter objetivo e absoluto,
enquanto a suspeição é subjetiva e relativa. Isso quer dizer que no caso do
impedimento, por ser absoluto, pode ser questionado, pela parte, a qualquer tempo,
enquanto a suspeição pode ser sanada.
Não nos prendamos a esses institutos, apenas gravem que eles existem e
que há um grau de presunção de envolvimento do magistrado diferente entre eles.
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
Dúvida: Por que não há violação ao princípio do juiz natural nos casos
citados? Porque os três casos (varas especializadas, as regras por prerrogativa de
função, a instituição de Câmaras de Férias em tribunais) acima referem-se a
situações em que as regras são gerais, abstratas e impessoais.
- Art. 5º, CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
Comentários:
Vejamos:
Consagrado no art. 93, IX, da CF, determina que toda decisão judicial deve
ser motivada sob pena de nulidade. Essa exigência de fundamentação precisa ser
analisada tanto sob os aspectos da razão dessa exigência como em relação ao
sentido da motivação das decisões, consequência de sua ausência ou insuficiência.
A razão de ordem pública, por sua vez, busca, por meio da motivação,
verificar se a decisão do magistrado foi ou não imparcial. A fundamentação é o meio
essencial para a realização do controle difuso da atuação dos juízes.
O artigo citado acima impõe aos sujeitos do processo o dever de agir com
boa-fé. Trata-se de boa-fé objetiva, portanto, indo além dos deveres de probidade do
artigo 77 do NCPC.
A jurisprudência, por seu turno, é fonte não formal. Ainda que seja constituída
por tribunais e tenha indiscutível repercussão sobre os juízes singulares, não terá o
poder de vinculação, salvo como se mencionou, a súmula vinculante.
Legenda:
CAPÍTULO II
DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as
disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o
Brasil seja parte.
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos
em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob
a vigência da norma revogada.
Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou
administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.
DA JURISDIÇÂO
Como já vimos logo no artigo 1º, o Novo CPC deve ser interpretado, ordenado
e pensado de maneira integrada à Constituição. Evidentemente, este tipo de
previsão não seria sequer necessária em razão da supremacia das normas
constitucionais, mas não deixa de simbolizar uma nova e importante didática e,
acima disso, a tendência contemporânea de atribuir aos princípios o valor diretivo
que lhes é inerente aos operadores do Direito, inclusive àqueles que se equivocam
ao restringir sua leitura aos dispositivos do Código, como se não houvesse outra
fonte de Direito Processual Civil.
LIVRO I
DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS
TÍTULO ÚNICO
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
CAPÍTULO II
DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas
as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos
internacionais de que o Brasil seja parte.
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos
processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações
jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou
administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e
subsidiariamente.
INTRODUÇÃO
O conflito é uma característica inerente do ser humano. Quando não havia
um Estado organizado, a solução dos conflitos dava-se pela atuação dos próprios
interessados - aquele que dispusesse de maior força ou sagacidade vencia a
disputa. A solução dos conflitos consolidava-se, desse modo, por instrumentos
parciais.
certo como garantir a propriedade sobre seus bens e a justeza no conflito com seus
pares... Esse cenário impediria os indivíduos de buscarem prosperidade porque
estariam voltados, a todo momento, para questões de segurança. A jurisdição veio
dar ao Estado a legitimidade para agir em nome do interesse público e ao
jurisdicionado a segurança jurídica para prosperar.
Esse conceito moderno apresentado por Didier deve ser analisado, pois está
de acordo com a realidade das transformações por que passou o Estado.
juiz de fato e de direito e como tal exerce jurisdição sempre que investido nessa
condição, nos termos da lei”. (Grupo: Arbitragem)
A imparcialidade, por seu turno, determina que o magistrado não pode ter
interesse na lide, bem como possui o dever de tratar as partes com igualdade,
garantindo o contraditório em paridade de armas.
Novo CPC
LIVRO II
DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
TÍTULO I
DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o
território nacional, conforme as disposições deste Código.
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando
autorizado pelo ordenamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir
como assistente litisconsorcial.
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II - da autenticidade ou da falsidade de documento.
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a
violação do direito.
1. EQUIVALENTES JURISDICIONAIS
Art. 6º da Lei 9.307/96: Não havendo acordo prévio sobre a forma de instituir
a arbitragem, a parte interessada manifestará à outra parte sua intenção de dar
início à arbitragem, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação,
AUTOCOMPOSIÇÃO
NCPC:
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos
deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do
Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
O mediador, por seu turno, já possui um papel mais amplo. Exerce um papel de
comunicador das partes, um facilitador do diálogo. Auxilia os envolvidos a
compreender as questões do conflito, para que possam chegar a soluções
consensuais. É mais indicada quando já existe uma relação anterior entre as partes,
NCPC:
Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de
conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e
mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e
estimular a Neste sentido é importante ler o artigo 165 do Novo CPC.
autocomposição.
§ 1o A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo
tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça.
§ 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver
vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a
utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes
conciliem.
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo
anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os
interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da
comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios
mútuos.
NCPC:
Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e
mediação serão inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou
de tribunal regional federal, que manterá registro de profissionais habilitados, com
indicação de sua área profissional.
NCPC:
Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação
e mediação serão inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça
ou de tribunal regional federal, que manterá registro de profissionais habilitados, com
indicação de sua área profissional.
§ 1o Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por meio de curso realizado
por entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho
Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça, o conciliador ou o
mediador, com o respectivo certificado, poderá requerer sua inscrição no cadastro
nacional e no cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal.
§ 2o Efetivado o registro, que poderá ser precedido de concurso público, o tribunal
remeterá ao diretor do foro da comarca, seção ou subseção judiciária onde atuará o
conciliador ou o mediador os dados necessários para que seu nome passe a constar
da respectiva lista, a ser observada na distribuição alternada e aleatória, respeitado o
princípio da igualdade dentro da mesma área de atuação profissional.
§ 3o Do credenciamento das câmaras e do cadastro de conciliadores e
mediadores constarão todos os dados relevantes para a sua atuação, tais como o
número de processos de que participou, o sucesso ou insucesso da atividade, a
matéria sobre a qual versou a controvérsia, bem como outros dados que o tribunal
julgar relevantes.
§ 4o Os dados colhidos na forma do § 3o serão classificados sistematicamente
pelo tribunal, que os publicará, ao menos anualmente, para conhecimento da
população e para fins estatísticos e de avaliação da conciliação, da mediação, das
câmaras privadas de conciliação e de mediação, dos conciliadores e dos mediadores.
§ 5o Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se
advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que
desempenhem suas funções.
NCPC:
Art. 169. Ressalvada a hipótese do art. 167, § 6º, o conciliador e o mediador
receberão pelo seu trabalho remuneração prevista em tabela fixada pelo tribunal,
conforme parâmetros estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça.
§ 1º A mediação e a conciliação podem ser realizadas como trabalho voluntário,
observada a legislação pertinente e a regulamentação do tribunal.
§ 2º Os tribunais determinarão o percentual de audiências não remuneradas que
deverão ser suportadas pelas câmaras privadas de conciliação e mediação, com o fim de
atender aos processos em que deferida gratuidade da justiça, como contrapartida de seu
credenciamento.
NCPC:
Art. 168 do NCPC. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o
mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.
§ 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar
cadastrado no tribunal.
§ 2º Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá
distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva
formação.
§ 3° Sempre que recomendável, haverá a designação de mais de um mediador ou
conciliador.
1.1. CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao objeto, a jurisdição pode ser civil ou penal. São de natureza civil
todas as que não tenham caráter penal. Há doutrinadores que discordam da
limitação a essas duas espécies e incluem as outras esferas jurisdicionais na
classificação: trabalhista, penal militar, eleitoral.
Jurisdição Comum
Jurisdição Especial
LIVRO II
DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
TÍTULO II
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO
INTERNACIONAL
CAPÍTULO I
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em
que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no
Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as
ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens,
recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou
residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição
nacional.
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento
particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da
herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território
nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à
partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade
COMENTÁRIOS:
Gabarito: A
(TST 2008) Por seu inegável alcance social, a justiça trabalhista é exemplo
claro de jurisdição comum.
a) Certo
b) Errado
Gabarito: B
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o
território nacional, conforme as disposições deste Código. (Novo CPC)
meros interessados
O escopo político, por sua vez, prisma pelo bom funcionamento jurisdicional
que eleva a credibilidade do Estado perante os indivíduos e, desse modo, estimula a
participação democrática por meio do processo (estimula a participação
democrática).
1.3.1. INVESTIDURA
Gabarito: A
Gabarito: D
1.3.2. TERRITORIALIDADE
A autoridade dos juízes será exercida nos limites territoriais do seu Estado.
Assim, a jurisdição é exercida em um dado território (art. 60 e 255).
1.3.3. INDELEGABILIDADE
1.3.4. INEVITABILIDADE
1.3.5. INAFASTABILIDADE
De acordo com o inciso XXXV do art. 5o da CF, a lei não pode excluir da
apreciação do Poder Judiciário nenhuma lesão ou ameaça de direito. O acesso à
ordem jurídica adequada não pode ser negado a quem tem justo direito ameaçado
ou prejudicado.
Esse princípio também pode ser analisado sob o aspecto da relação entre a
jurisdição e a solução administrativa de conflitos. Nessa visão, o sujeito não é
obrigado a utilizar os mecanismos administrativos antes de provocar o poder
judiciário em razão de ameaça de lesão ou lesão ao direito. No entanto, há
exceções, como:
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor
público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes
do início da atividade judicante do juiz.
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento
do juiz.
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato
conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado
que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha
diretamente no processo.
Dúvida: Por que não há violação ao princípio do juiz natural nos casos
citados? Porque nos três casos acima são situações em que as regras são gerais,
abstratas e impessoais.
- Art. 5º, CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
Comentários:
Vejamos:
competente:
Gabarito: E
1.4.1. UNIDADE
Contudo, nada impede que esse poder, que é uno, seja exercido por diversos
órgãos, que recebem cada qual suas competências. O poder é uno, mas pode ser
limitado pelas competências.
1.4.2. SECUNDARIEDADE
Exemplo: regra geral, o locatário paga o aluguel sem que o locador recorra à
justiça, assim como o pai paga a prestação alimentícia ao seu filho. Percebam que
nesses dois casos, o direito é realizado sem a atuação do judiciário. Contudo, se o
pai ou o locatário deixam de cumprir com os seus deveres, a outra parte poderá
provocar o judiciário para ter o seu direito garantido. E é nesse contexto que se diz
ter a jurisdição a característica de secundariedade.
1.4.3. SUBSTITUTIVIDADE
1.4.4. IMPARCIALIDADE
1.4.5. CRIATIVIDADE
1.4.6. INÉRCIA
1.4.7. DEFINITIVIDADE
1.4.8. LIDE
Atenção!
Bons estudos!
RESUMO DA AULA
Ampla defesa
Esse princípio corresponde à dimensão substancial do contraditório, ou seja, o direito
de participação efetiva na construção do convencimento do julgador por meio do
acesso aos elementos de alegações e de provas disponibilizados pela Lei.
A ampla defesa é uma garantia que se estende tanto ao réu quando ao autor,
decorrendo assim, a característica de amplitude do direito de ação e o tratamento
isonômico – princípio da isonomia.
STF: Súmula Vinculante nº 3
PARTE GERAL
TÍTULO I
PRINCÍPIOS E GARANTIAS, NORMAS
PROCESSUAIS, JURISDIÇÃO E AÇÃO
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DAS GARANTIAS
FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL
Legenda:
Conceitos clássicos
A substitutividade consiste em dizer que o Estado, na figura do juiz, ao solucionar a lide,
estaria substituindo a vontade das partes, proibidas que elas estariam de, em regra, fazer
valer a justiça do mais forte (característica do conceito de jurisdição tradicional).
A definitividade diz respeito ao caráter de imutabilidade da sentença, que faz coisa
julgada material (característica do conceito moderno de jurisdição).
INTERESSADOS
JUIZ
AUTOR RÉU
Princípio do Juiz
imparcialidade do magistrado.
- Juiz Natural possui competência constitucional e foi investido de maneira
regular na jurisdição.
Legenda:
Texto em preto: redação do CPC/73 que foi mantida.
Texto em azul: redação do CPC/73 que foi modificada.
Texto em vermelho: alterações do projeto original em comparação com CPC/73.
Art. 1º A jurisdição civil, Art. 15. A jurisdição
Art. 16 da Lei nº 13.105/2015:
contenciosa e civil é exercida pelos
voluntária, é exercida juízes em todo o A jurisdição civil é exercida pelos
pelos juízes, em todo o território nacional,
território nacional, conforme as juízes e pelos tribunais em todo o
conforme as disposições deste território nacional, conforme as
disposições que este Código.
Código estabelece. disposições deste Código.
QUESTÔES COMENTADAS
01. (TCU – CESPE 2008) Tendo por base os princípios constitucionais que
informam o direito processual civil, julgue o seguinte item.
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Audiatur altera et pars, termo latino que significa: ouça-se também a outra
parte, resume bem a ideia de que para satisfazer o princípio do contraditório e da
ampla defesa não é suficiente comunicar a cada uma das partes sobre a
participação da outra, é preciso que se oportunize a cada uma a condição de
manifestar-se nos autos. Não podemos confundir a expressão citada com o
brocardo: inaudita altera parte, que diz respeito ao oposto, situações excepcionais
em que o juiz toma decisões sem ouvir a outra parte.
Gabarito: Certo
a) Juiz natural.
d) Acesso à justiça.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: B
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Conceito que diz bem, sem ser exaustivo, o que é o devido processo legal.
Gabarito: Certo
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
Vejamos:
Pois bem, como exposto o princípio do juiz natural não consiste exclusivamente na
proibição de tribunais de exceção. Engloba nesse princípio a imparcialidade, o respeito
às regras de competência e a garantia da proibição de Tribunais de exceção.
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: D
10. (STJ Cespe 2008) Quanto aos princípios constitucionais e gerais do direito
processual civil, julgue o item abaixo.
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Súmula 231
O revel, em processo cível, pode produzir provas, desde que compareça em tempo
oportuno.
Gabarito: Errado
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
COMENTÁRIOS:
Reação: elemento dependente da vontade da parte, que pode optar por reagir
ou se omitir em relação à demanda.
Gabarito: Errado
17. (DPF – Cespe 2004) Considere que A proponha contra B ação para
reparação de dano causado em acidente de veículo ocorrido na cidade do Rio
de Janeiro. Em face dessa consideração, julgue o item a seguir, relativo à
competência.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Errado
a) da ação.
b) da jurisdição.
c) do processo.
d) da lide.
e) do procedimento.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: B
a) II.
b) II e III.
c) I.
d) I e II.
e) I e III.
COMENTÁRIOS:
I: Está correto, pois o juiz deverá ser provocado para que possa prestar a
tutela jurisdicional. Podemos concluir que o magistrado não pode prestar a tutela de
ofício.
II: Item errado, uma vez que o direito de ação é SUBJETIVO e não objetivo.
O direito de ação também é abstrato - tem existência independente da existência do
direito material, objeto da controvérsia – e autônomo - tem natureza diferente do
direito material afirmado pela parte.
Gabarito: E
COMENTÁRIOS:
Gabarito: C
a) Certo
b) Errado
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Certo
QUESTÔES DA AULA
01. (TCU – CESPE 2008) Tendo por base os princípios constitucionais que
informam o direito processual civil, julgue o seguinte item.
Ao longo de toda a fase instrutória de uma complexa ação envolvendo
apropriação indevida de direitos autorais, o juiz deferiu todos os
requerimentos que lhe foram dirigidos para juntada de documentos e outros
elementos probantes aos autos, sempre concedendo vista às partes para sua
manifestação nos termos da lei processual vigente. Nessa situação, ao
oportunizar aos litigantes o pleno exercício do contraditório, o magistrado,
simultaneamente, também deu efetividade concreta ao princípio constitucional
da ampla defesa.
a) Certo
b) Errado
10. (STJ Cespe 2008) Quanto aos princípios constitucionais e gerais do direito
processual civil, julgue o item abaixo.
O ato do presidente de um tribunal que designa um juiz substituto para atuar
em determinado feito, após o juiz titular e seu substituto legal terem afirmado
sua suspeição para atuar na ação, não viola o princípio do juiz natural, já que o
afastamento daqueles originalmente competentes para o julgamento se deu
com base em motivo legal, e não, por ato de exceção.
a) Certo
b) Errado
b) Errado
17. (DPF – Cespe 2004) Considere que A proponha contra B ação para
reparação de dano causado em acidente de veículo ocorrido na cidade do Rio
de Janeiro. Em face dessa consideração, julgue o item a seguir, relativo à
competência.
As partes podem, desde que estejam de comum acordo, estabelecer o foro
competente para a causa, elegendo, por exemplo, o juízo da 1.ª Vara Cível para
processar o feito, sendo previsto no Código de Processo Civil o foro de eleição
quando se tratar de competência territorial.
c) I.
d) I e II.
e) I e III.
GABARITO
03 Errado 13 Certo
04 Errado 14 Certo
05 Certo 15 Errado
06 Errado 16 Errado
07 Certo 17 Errado
08 Errado 18 B
09 D 19 E
10 Certo 20 C