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EnANPAD XXXVI Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 Quem sabe faz. Quem n@o sabe, ensina? O papel de diferentes atores em nossa peca nao teatral. Autoria: Gérson Tontini Resumo, Este artigo tem como intento explorar as origens ¢ discutir os possiveis significados da frase: “Quem sabe faz, quem nao sabe ensina.” De forma dedutiva e indutiva, explora seu significado com diferentes pontos de vista: ago, atores e propésitos. Juntos, vamos fluir quanto sua difusdo, histérico, possiveis construgdes, 0 papel, ¢ 0 perfil da personalidade de diferentes atores (pesquisador, professor, empreendedor, gestor e operador), chegando, no final, ao enredo da fungdo de cada um na pega “ndo teatral” da sociedade humana, Este trabalho nao tem intengao de findar a discussao sobre 0 assunto, mas sim, em iniciar. 1. INTRODUCAO. “Quem sabe faz. Quem nao sabe, ensina.” Todos nés j4 escutamos esta frase, de uma forma ou de outra. Uma répida pesquisa da mesma pelo Google trouxe 35.900 resultados em 02/04/2013. Nesta mesma data, utilizando 0 Google académico, obtinha-se 111 resultados, com as mais diversas raz6es para citagiio. Nao é apenas brasileira. E ditada em varios ou todos os idiomas. Em inglés esta frase & um pouco diferente, mas possivelmente com o mesmo sentido: “Those who can, do. Those who can't, teach”. Uma busca pelo Google sobre frases equivalentes a esta, em Inglés, trouxe um milhdo cento e oitenta mil (1.180.000) resultados, e pelo Google académico apareceram 880 resultados. Este “pensamento” & muito utilizado para brincar com, ou denegrir, a imagem de professores. Embora muito utilizada, nao se discutiu de forma estruturada sobre sua origem, sobre 0 que significa, ou sobre 0 que pode significar. Imagino que, pelo menos uma pergunta todos nds ja fizemos: Quem foi “o idiota” que criou isto? Por outro lado, vieram-me outras perguntas a tona: de onde veio esta frase? Pode haver algum ponto de vista diferente sobre ela? © objetivo deste trabalho ndo & provar ou pesquisar cientificamente sobre o assunto mas sim, baseado em proposigies originais e fundamentadas, trazer a discussio a epistemologia desta frase e como podemos enxergé-la de forma ampla e com diferentes pontos de vista. Pretendo, durante todo 0 texto, trazer ao foco diferentes perguntas, permitindo-nos, eu e vocé, refletir sobre o assunto, Vamos em frente? 2. DE ONDE SURGIU A FRASE Bem, nao é facil ter certeza de onde surgiu. O mais citado como sendo autor desta frase & George Bemard Shaw (1856 ~ 1950). Segundo a Wikipédia, este autor foi dramaturgo, romancista, contista, ensaista ¢ jornalista irlandés. Sendo autor de comédias satiricas que 0 tornaram espirito irreverente e inconformista, foi premiado com o Prémio Nobel de Literatura (1925) ¢ com um Oscar (1938), por suas contribuigdes para a literatura e para o seu trabalho no filme “Pygmalion” (adaptagio de suapega de mesmo nome). Em “Man and Superman” (1903, p.230), ele escreveu: Quando um homem ensina algo que ele ndo conhece a outra pessoa, que nao tem aptidao para isso, e da-Ihe um certificado de proficiéncia, 0 iltimo concluiu a educagao de um cavalheiro. 1 EnANPAD XXXVI Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 O cérebro de um tolo digere filosofia em loucura, ciéncia em supersticdo e arte em pedantismo. Dai o ensino universitério. As melhores criangas crescidas so aquelas que viram seus pais como eles sito. Hipocrisia nao é 0 primeiro dever dos pais. O mais vil deformador é ele, que tenta moldar 0 cardter de uma crianca. Na Universidade, cada grande tratado é adiado até que 0 autor atinja julgamento imparcial e conhecimento perfeito. Se um cavalo pudesse esperar tanto tempo por seus sapatos, e fosse pagar por eles com antecedéncia, os nossos ferreiros seriam todos dons de faculdade. Aquele que pode, faz. Aquele que ndo pode, ensina. (por mim grifada) Um homem que aprendeu & um ocioso que mata o tempo com 0 estudo. Cuidado com conhecimento falso: & mais perigoso que a ignorancia, Atividade é 0 tinico caminho para o conhecimento. Todo tolo acredita no que seus professores the dizem e chama sua ciéncia como credulidade, ou a moralidade como confianca. Como seu pai chamou a revelacao divina Nenhum homem, plenamente capaz de sua prépria lingua (idioma), ensina 0 outro. Nenhum homem pode ser um especialista puro sem ser, no sentido estrito, um idiota, Nao dé a seus fithos instrucgdo moral ¢ religiosa, a menos que vocé tenha certeza que nddo vai levé-la muito a sério, Outros autores seguiram os pensamentos de George Bernard Shaw. Entre eles podemos citar Mencken (1905; 1908). Nao vamos, aqui, discutir sobre o “porque” estes autores eram {Go criticos no assunto. De qualquer forma, eram criticos em tudo, Importante é ver 0 foco: professores de universidades. Sendo as universidades ponto de desenvolvimento de novos conhecimentos, podemos dizer que, em muitos casos, os professores estio, sim, distantes. O que podemos dizer de “filésofos”, por exemplo? Seus estudos langam bases para o relacionamento humano, importantes para nosso desenvolvimento. Sua fungdo é discutir filosofia, que & o estudo de problemas gerais e fundamentais, tais como os relacionados com a realidade, a existéncia, 0 conhecimento, os valores, a razio, a mente e a linguagem. Mas, de onde os autores das afirmagdes aqui em discussio estavam_inspirados? Provavelmente distorceram o dito por Aristoteles (384 -322 A. “Aqueles que sabem, fazem. Aqueles que compreendem, ensinam”. Entdo, ficam aqui algumas perguntas: Qual o significado do que disse Aristételes? Podemos usar algo do sentido dado pelos outros autores? 3.1 ‘ERPRETACOES DAS DIFERENTES FRASES Como podemos ver, Aristételes colocava os professores em outro foco. Para melhor entender, temos que distinguir entre “saber” e “compreender”, e entre “fazer” e “ensinar” Buscando em diciondrio (Michaelis, On-line, acessado em 18/04/2013) podemos defini Fazer. (lat facere) “Criar; dar existéncia ou forma a; produzir”, Consiste em uma agdo. Esta relacionado com construgao, nao sendo abstrato. EnANPAD XXXVI Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 Ensinar. (/at insignare) “Instruir sobre; lecionar.” Podemos dizer que ensinar é uma forma sistemética de transmissio de conhecimentos, utilizada pelos humanos para instruir e educar seus semelhantes. Assim, ensino est relacionado com a transmissio do conhecimento e a formacdo de pessoas. Saber. (Jat sapere) “Estar informado de, estar a par, ter conhecimento de; conhecer; ter conhecimento pritico de alguma coisa ou possuir habilidade nela.” Ou seja, é conhecimento estatico, relacionando-se com 0 momento, com o presente. Compreender. (comprehendére) “Alcangar com a inteligéncia; entender; infer.” ‘Assim, podemos dizer que “compreender” esti além de “saber”. Significa conhecer 0 “porque” das coisas, a relago causa e efeito. Tem significado dinamico, permitindo 0 que chamamos de generalizasio, ou inferéncia. Assim, segundo Aristételes, quem tem a habilidade de ensinar também esta em busca da compreensio, procurando saber 0 “porque” das coisas, possibilitando generalizagao, Esta possibilidade de generalizagdo permite que coisas novas ou estranhas sejam entendidas ¢ transformadas, ajudando o ser humano. Por outro lado, aqueles que esto executando as atividades necessitam de rotinas, para ter alto desempenho ¢ resultado. Os objetivos de cada um so diferentes. © que esta em difusdo popular, hoje em dia, é diferente da frase original de Aristételes Assim, vamos abordar um pouco sobre os diferentes enfoques da frase em Inglés ¢ da frase em uso no Brasil Partindo da frase de Shaw (1903), “Aquele que pode, faz. Aquele que ndo pode, ensina” (He who can, does. He who cannot, teaches), podemos ver que ha outra palavra em foco (pode, ou poder). Procurando no diciondrio encontramos varios significados. Podemos dizer que aqueles mais relacionados com o abordado por Shaw (1903) sao: a) “ser capaz de”; ou b) “ter a faculdade ou a possibilidade de”. Vejamos 0 foco da frase, substituindo a palavra ‘pode” por estes dois significados: a) Aquele que “é capaz de”, faz, Aquele que nao “é capaz de”, ensina, Neste caso, a frase esté relacionada com a questio de habilidade, estando em sintonia com a frase brasileira, Ser capaz significa ser apto; ser competente, b) Aquele que “tem possibilidade,” faz. Aquele que nao “tem possibilidade” ensina. Neste caso, poderiamos dizer que muitos que nao tém a oportunidade (possibilidade) para realizar o que desejam acabam ensinando o que sabem. Claro, deste modo, diferente da versao brasileira, a frase nao estaria relacionada com a questao de “saber” como fazer, mas sim com a questio de oportunidade. O problema desta interpretagao 6 que no leva em considerago a aptidao. Sugere que todos gostariam de fazer outra coisa, sé ensinando por nao terem oportunidade, ‘No Brasil, a frase mais falada é “Quem sabe faz. Quem nio sabe, ensina.” Bem! Conforme o foco e o que esti se querendo dizer, levando em conta o significado de “saber” e “conhecimento”, e complementando-a, penso que a resposta a esta frase em forma de pergunta pode ser “sim”. Depende de como a lemos eo que queremos dizer. Rudyard Kipling (1865 ~ 1936), escritor britanico, nascido na india, assim afirmou: “Tenho seis perguntas que me ensinaram tudo o que sei: O qué?, Porqué?, Quando?, Como?, Onde?, ¢ Quem?.” Neste contexto, Kipling sugete que estas perguntas sio a base do conhecimento. Porém, poderiamos também focar como sendo base da atuagdo/agao das pessoas EnANPAD XXXVI Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 4, SIGNIFICADO DE “PORQUE”, “O QUE”, “QUANDO”, “COMO”. Para sabermos como podemos usar estas conjungdes na base da atuagdo/agdo, primeiro devemos entender seu significado, Apés este entendimento, podemos nos questionar sobre quem faz 0 que. Vejamos entio: Porque. A causa, 0 motivo, a razio. Sempre se quer saber o porqué das coisas, Usa-se na procura da causa de algo, na justificativa, Refere-se a uma explicagdo das razSes que levaram a alguma coisa (Razio). © que. Coisa particular de muitas opgdes. Usado de forma interrogativa ou relativa em pergunta de natureza especifica. © que de qual tipo? O que devemos fazer? O que é necessirio? O que vocé quer? Refere-se 4 questo de decisio. No caso de afirmativa, relaciona-se com especificagao, explicagdo e descrigao. (Decisio / Esp Quando, Relacionado ao sentido temporal significa: “na ocasido em que”, “no momento em que”, “no tempo em que”. Na forma de pergunta, “quando” significa a compreensio sobre 0 momento em que as coisas devem/podem ser feitas. Quando posso fazer esta atividade? Quando as coisas ocorrem? (Tempo). Como: “De que modo”. Significa a maneira como as coisas devem ser executadas. (Forma). Cada ator, em suas atividades realizadas, frequentemente foca em dois destes aspectos ¢ com foco temporal. Para respondermos nossa pergunta inicial (Quem sabe faz, quem nao sabe ensina?) temos que, além de explorar o significado destas conjungdes, levar em conta sobre de “quem” estamos falando. 5. ATORES ENVOLVIDOS. Como estamos neste artigo falando da area de gestio/administragio (finalmente), vamos abordar, um pouco, sobre a atuagdo dos seguintes atores: pesquisador; empreendedor; professor; gestor; técnico, operador. Pesquisador Pesquisa € um processo, sistemitico, de construgdo do conhecimento que tem como meta gerar novos conhecimentos. Além disso, procura corroborar ou refutar algum conhecimento pré-existente. “E ver 0 que todos jé viram, e pensar no que ninguém mais tem pensado” (Albert Szent-Gyorgyi). Basicamente, & um proceso de aprendizagem tanto do individuo que a realiza quanto da sociedade na qual este se desenvolve. Em cada pesquisa, 0 pesquisador esta chegando a novas conclusdes, aprendendo ¢ descobrindo o “porque”. Mas também, tem o dever de estar trazendo alguma contribuigdo para a humanidade. A pesquisa, como atividade regular, também pode ser definida como 0 conjunto de atividades orientadas ¢ planejados pela busca de conhecimento. Ao profissional da pesquisa (especialmente no campo cientifico), dé-se o nome de pesquisador. Estes procuram, com base em observagio e experimentagio, saber “porque” as coisas acontecem, sintetizando 0 conhecimento de forma a poder este ser generalizado em situagdes diferentes. Procura saber “o que” estd por traz das coisas. Podemos entio dizer que o foco dos pesquisadores esta em responder “o que” acontece, e “porque” acontece. Também, quando trabalhando no desenvolvimento, geralmente avalia 0 passado ¢ o presente para contribuir ao futuro, EnANPAD XXXVI Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 Professor Segundo 0 dicionétio, professor é: (lat professore) 1 Homem que professa ou ensina uma ciéncia, uma arte ou uma lingua; mestre. 2 Aquele que é perito ou muito versado em qualquer das belas-artes. E uma das profissdes mais antigas e mais importantes, tendo em vista que as demais, na sua maioria, dependem dela. J4 Platio, em sua obra “A Repiblica”, alertava para a importancia do papel do professor na formago do cidadio. Professor, ou docente, é uma pessoa que ensina ciéncia, arte, técnica ou outro conhecimento. Para o exercicio dessa profissio se requer qualificagées académicas ¢ pedagégicas, objetivando-se transmitir e ensinar a matéria de estudo da melhor forma possivel a0 aluno, Como podemos ver, ao professor cabe a fumgdo de transmissiio do conhecimento ¢ de formagdo de pessoas. Avaliando os Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente (MEC/INEP), podemos identificar quatro grandes grupos de caracteristicas para 0 professor ideal: conhecimento atualizado e dominio do contetido de suas disciplinas; interagdo proativa com alunos ¢ familiares; aplicag3o de boas priticas de didética para aprendizado; disciplina no seguimento de regras e padres. Da maneira colocada por Aristételes 0 professor se incorporava em uma s6 pessoa, que nos dias de hoje pode estar dividida em duas outras (pesquisador e professor). Claro, um bom nimero de professores universitérios também so pesquisadores. Podemos dizer que, nos dias de hoje, professores so mais centrados no ensino quanto mais basico ¢ fundamental é o nivel de educago a que se dedicam, Em programas de mestrado e doutorado, 0 foco direciona-se pesqui Olhando para a maior parte dos professores (em todos os niveis), os mesmos se dedicam a transmissio e formago de pessoas, focando em “o que” ¢ “como” as coisas devem ser feitas. Quanto ao tempo, tendo em vista que foca-se na transmissao do conhecimento, seu foco temporal é o passado ¢ o presente. Empreendedor Segundo 0 diciondrio, empreendedor & aquele que se aventura a realizagdo de coisas dificeis ou fora do comum; ativo, arrojado. O empreendedor assume riscos e seu sucesso esté na “capacidade de conviver com eles € sobreviver a eles” (Degen, 1984, p.11). E aquele que detecta uma oportunidade e cria um negécio sobre ela, assumindo riscos calculados. Gerber (2004) coloca que o empreendedor é quem transforma a situagdo mais trivial em uma oportunidade excepcional. E visionario, é sonhador; o fogo que alimenta o futuro; vive no futuro, nunca no passado € raramente no presente; nos negécios é o inovador, o grande estrategista, o criador de novos métodos para penetrar nos novos mercados. Segundo Reis e Armond (2012, p.15), George Bernard Shaw disse que "Alguns homens veem as coisas como sdo, e perguntam: Por qué? Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: "Por que néo?" Isto significa que 0 empreendedor quer coisas novas, mesmo nao sabendo, antes, como fazé-las. Assim, podemos dizer que o empreendedor procura saber “o que” fazer e “quando” fazer, centrado no futuro, na incerteza, na oportunidade. EnANPAD XXXVI Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 Gestor / Gererente / Chefe Segundo 0 dicionério, gerente & que, ou quem, gere, dirige ou administra bens, negécios ou servigos; & gestor. Podemos dizer que, em termos de profissio, concentra-se na administragdo, ou administradores. Administrar & um processo de dirigir ages, utilizando recursos para atingir os objetivos. As organizacSes tormam-se mais ou menos capazes de utilizar corretamente seus recursos, para atingir objetivos, dependendo como sdo administradas (Maximiano, 2000). Em sintese, € a ponte entre os meios (recursos financeiros, tecnolégicos ¢ humanos) e os fins (objetivos) Gerber (2004) coloca que o administrador (gestor, gerente, chefe) & quem observa os drios mercadol6gicos, planeja, organiza e controla a organizagdo visando aumentar sua produtividade e sua insergiio no mercado. Podemos argumentar que o foco de cada nivel de gestor varia, Quanto mais alta a posigGo na hierarquia organizacional, mais o gestor est direcionando scus esforgos para “o que” ¢ “quando” as coisas devem ser feitas. Porém, diferente do empreendedor, a atuacdo é mais interna e sobre o ja existente. Quanto mais operacional © nivel (chefes, lideres, etc.), mais centrado esti em “quando” e “como” as atividades devem ser feitas, focando nas atividades de rotina, Os gestores esto fortemente centrados nos acontecimentos presentes. Técnico / Operador Um técnico atua em campo especifico, sendo proficiente nas habilidades ¢ téenicas relevantes, com uma compreensio pratica. Técnicos experientes, em dominio de ferramenta specifica, normalmente tém entendimento intermediério sobre a teoria e so especialistas em técnica, J4 os operadores concentramese nas atividades de rotina, Fazem aquilo que deve ser feito, Em ambos os casos, geralmente sio pessoas que prestam servigos para um empregador, com carga hordria definida, mediante saldrio, © servigo normalmente tem de ser subordinado, no tendo autonomia para escolher a maneira como realizardo 0 trabalho, estando sujeitos as determinagGes das chefias e aos padres estabelecidos. mo podemos ver, os técnicos e operadores geralmente sabem “como” fazer as coisas, ‘com base em experiéncia, habilidades e treinamentos. Temporalmente esto baseados no passado, em suas experiéncias. PERSONALIDADE DOS ATORES. Até 0 momento nos centramos no foco de atuagdo de nossos atores (Pesquisador, Professor, Empreendedor, Gestor, Operador). Porém, “quem” se destina a “o que”, depende de seu perfil, de sua personalidade. ‘A questio da personalidade pode ser discernida com diferentes focos. A teoria de Jung (1921) tem base nos conceitos de introversio e extroversao, Extroversdo representa o fluxo de energia para 0 mundo exterior, enquanto a introversio é um fluxo interno. Extrovertidos representam os acontecimentos do ponto de vista do meio ambiente, vem as coisas como vindas de fora. A abordagem do introvertido ¢ essencialmente subjetiva, puxando do ambiente © que percebe como necessirio para satisfazer suas inclinagGes interiores. Interagindo com introversdo ¢ extroversio, esto quatro modos psicolégicos de adaptagdo, ou funcionamento: pensamento, sentimento, sensagao e intuigao. EnANPAD XXXVI Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 Para psicélogos mais contempordneos, no entanto, o foco para descrever a personalidade est no contraste entre “tragos pessoais” e “motivos.” Este foco esté enraizado nas teorias contrastantes de Allport (1937, 1961) e Murray (1938). Para Allport (1961), os “tragos pessoais” so basicos: "dificilmente alguém questiona a existéncia de caracteristicas fundamentais da personalidade", porque elas representam a "constancia considerivel no modo de conduta de uma pessoa" (pp.332, 334), Para Murray (1938) a avaliagdo da personalidade deve ter foco nos “motivos”. McClelland (1951) argumentou que os dois focos (tragos pessoais e motivos) sio necessatios para descrever a personalidade, porque os dois termos se referem a dois tipos diferentes de comportamento. Cattell (1957), um dos primeiros a utilizar abordagem fatorial na construgdo de dimensdes de personalidade, levou a identificagdio de 16 fatores primérios, ou tragos de origem, que so dispostas em dimensdes bipolares. O questiondrio de Dezesseis Fatores de Personalidade (16PF) ¢ uma medida abrangente da variago normal das pessoas (Cattell, 1957, 1973). Os tragos dos 16PF (Apéndice 1) so resultado de anos de pesquisa analitica, focada em descobrir os elementos estruturais bisicos da personalidade. Os fatores so: A- Expansividade; B- Raciocinio; C- Estabilidade Emocional; E - Dominancia; F - Vivacidade; G- Seguimento de regras; H — Desenvoltura; I - Sensibilidade; L— Vigilancia; M- Devanneio; N- Discrigo; O- Apreensio; QI — Abertura a Mudangas e a novas experiéncias; Q2 — Autossuficiéncia; Q3 — Perfeccionismo; Q4 — Tensio. Esses 16 fatores formam 5 dimensdes: I Extroversio (A, F, H, N, Q2); II- Ansiedade (C, L, 0, Q4); II Rigidez de Pensamento (A, 1, M, Ql); IV — Independéncia (E, H, L, Q1); V- Autocontrole (F, G, M, Q3). Baseado nestes dezesseis fatores, podemos identificar diferengas na personalidade de nossos atores: pesquisador, professor, empreendedor e gestor. Quanto aos ténicos e colaboradores de nivel operacional, ha grande variagdo, dependendo da profissio, Gargons com certeza tm personalidade diferente de Controladores Aéreos Cattell e Mead (2008), explorando a hist6ria e a confiabilidade dos diferentes fatores e dimensdes da 16PF, apresentam caracteristicas de diversos atores, conforme publicado em varias outras pesquisas (Apéndice ID. Os pesquisadores tendem a ser mais introvertidos, imperturbiveis, mente aberta, voltados ao futuro € com controle, O perfil do pesquisador esté centrado em seus objetivos, buscando realmente refletir sobre 0 “porque” as coisas acontecem. Ja em relagdo aos professores, vemos que tendem a ser socialmente participativos receptivos. As dimensées mostram que, tendo em vista sua atuagdo em grupo, tém como perfil serem extrovertidos. Porém, como constantemente estio em contato com pessoas a serem instruidas, podemos dizer que s4o controlados e cautelosos. Como em sala de aula podem surgir situagdes novas, tém capacidade de responder com intuigao, Quanto aos empreendedores, estes tendem a ser mais introvertidos e com autocontrole. ‘Tém pouca ansiedade; tém foco e propésitos firmes; so voltados ao futuro. Como podemos ver, 0 empreendedor tem a personalidade de ser persistente em seus objetivos, ndo deixando seus “escudos” e propésitos cairem devido incertezas ¢ riscos a que esta sujeito. Diferente do empreendedor, vemos que os gestores sdo voltado: fo e lideranga, sendo persuasivos € flexiveis, mudando de dire¢do conforme as necessidades. Hé, porém, claras diferengas entre niveis dos gestores. Por estarem mais voltados aos trabalhos de rotina e internos a empresa, as chefias intermedidrias so priticas ¢ formais, controladas ¢ autodisciplinadas. A alta administragdo é mais voltada a sua perspicdcia e a mudangas. EnANPAD XXXVI Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 7. ENREDO DA PEGA. Agora, sabemos qual o significado de nossos questionamentos, 0 propésito de cada um de nossos atores e qual seu perfil. Assim, cabe-nos construir a pega final, Vamos, ao nosso enredo. Quem afinal faz o que? Quem sabe faz, quem nio sabe ensina? Primeiramente, coloquemos juntos as agdes, os atores e suas personalidades. A tabela 1 mostra a sintese do todo, Cada ator tem seu papel definido. Tabela 1 - Agdes , foco temporal e perfil dos atores ‘Aches Foco temporal Perfil Busca “0 que”e “porque” Tnirovertido, imperturbavel, Pesquisador as coisas acontecem. Futuro mente aberta, controlado. Tramte"o aee Tres Presetee | Partcpativo, receiv, Professor mo" a coves devem eeeptvo, fessor __ | “como” as coisas deve assado. | contol ecauteloso. Sente “o que” fi ‘Autocontrole, Toco, proposito mpreendedor | ‘suando” fazer. Futuro firme, seguro e persistente. Lider, persuasivo, flexivel Adm: Superior: perspic: 5 Direciona “quando csente _ | Voltado a mudangas. Gestor “como” as coisas devem Presente | ean rias: pratico formal, controlado ¢ autodisciplinado, Técnico? Executam as coisas, 5 ~ funezo » hme Operador ee BS COS as Passado | Varia de fungdo a funglo. Embora tendo caracteristicas especificas, nao h, em nossa pega “ndo teatral”, restrigdes quanto a mudangas em como cada ator quer executar ou executa sua pega pessoal, sua vida, Também nao hd restrigdes quanto a possivel interagéio com outros atores. Pesquisadores também atuam, podem ou deveriam procurar atuar, como professores, para difundir seu conhecimento, Deveriam também focar sua atuagdo, mesmo como pesquisadores, na interagio com gestores. Rynes (2007) coloca as dificuldades e os diferentes aspectos da lacuna de comunicagio, interagdo ¢ transferéncia de conhecimento entre pesquisadores e gestores. Apés discusséo entre organizagées e associagées académicas e profissionais, ele propde maneiras de: a) aumentar a relevancia ¢ usabilidade das pesqu para aumentar © interesse dos gestores; b) melhorar as maneiras como 0 conhecimento desenvolvido em pesquisa é traduzido do cientifico para 0 pritico ¢ transferido aos gestores; ©) os pesquisadores tornarem-se educadores dos gestores; e) os pesquisadores interagirem com gestores para direcionarem esforgos © focos de pesquisa para o atendimento de necessidades. Esta falta de interagio de pesquisadores com praticantes € uma lacuna importante a ser preenchida. O que cada um de nds pode fazer para reduzi-la? sas, Por outro lado, muitos pesquisadores tormam-se empreendedores, baseados no que descobriram. Richter Jr. (1986) jé colocava que o empreendedorismo por cientistas de Universidades tem emergido por sua valorizagio social e pelo enfraquecimento dos obsticulos a difustio de ideias de uma esfera para a outra. Penso que, devido a grande velocidade da cigncia e da tecnologia que hoje presenciamos, muitos pesquisadores tm a oportunidade de saber as necessidades ¢ o que pode dar certo (ou nao) no futuro préximo. Os professores, como citado por Aristételes, também poderiam, ou deveriam, estar em busca da compreensio, procurando saber 0 “porque” das coisas, possibilitando generalizagao. Estudos continuos e atualizagdes constantes dos professores so fundamentuis e criticos com a velocidade da evolugio do conhecimento que hoje atinge a humanidade, Por outro lado, como 8 EnANPAD XXXVI Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 abordado por Bennis e O'Toole (2005), as universidades americanas acabaram focando-se como centros de pesquisa, levando professores de MBA a tomarem-se pesquisadores, deixando de lado 0 foco em “como” fazer as coisas. No Brasil, 08 professores universitérios tendem a direcionar seus esforgos (¢ preferéncias) para os programas de Mestrado ¢ Doutorado, ou seja, também para a pesquisa. Talvez, porque as carreiras ¢ contratagdes so focadas a este lado, Assim, 0 colunista David Brooks, citado por Bennis e O'Toole (2005, p.6), lamenta que "...universidades operam muito parecidas com um sistema corporativo, criando muitas pessoas com dissertagdes, nao 0 suficiente com conhecimento pratico. Por que no hé mais estudiosos ... que ensinam os alunos a serem generalistas , para ver as grandes conexdes? ". Provavelmente isto se deve a especializagio dos professores universitarios ¢ devido a “corrida” por publicagdes. Desta maneira so cobrados, tanto professores como instituigées. Com o propésito de conseguir a difusio das pesquisas de professores, Markides (2007, p.766) propée que “talvez as escolas de negécios devessem "proibir" professores de desenvolver e ensinar disciplinas optativas, a menos que eles tragam seus préprios resultados de pesquisas em seus ensinamentos eletivos.” Aqui deixo outra pergunta (mais uma!!! ‘Como podemos incrementar a difusio das pesquisas para a sociedade, além da transmissio por meio do ensino? Professores também podem tomar-se gestores. Jiang e Murphy (2007, p. 2) colocam que “apesar das sugestoes de que professores de escolas de negécios nao entendem 0 que realmente representa o desempenho das organizacGes empresariais, evidéncia anedética é a ‘melhor das hipéteses.” Encontrando, com bom desempenho, ex-professores atuando como executivos gestores em 215 das 765 empresas pesquisadas nos Estados Unidos, eles concluem que “...a ideia em moda de que professores da escola de negacios néo sito capazes de "andar a pé" é um mito popular.” (p.2) Gestores, muitas vezes, gostam de ensinar e, paralelamente a suas atividades profissionais ou ao fim de carreira, atuam como professores, transmitindo seu conhecimento e experiéneia pritica aos estudantes. Aqui temos outra pergunta: ndo deveriamos estruturar as contratagdes ¢ as carreiras universitarias para também fomentar o ingresso e/ou participaco dos gestores experientes como professores, em cursos de formagio de gestores? ‘Complementando Markides (2007), poderfamos estruturar disciplinas que tém como requisito ao professor ter experiéncia pratica como gestor Téenicos competentes, ao longo do tempo, acabam assumindo postos de gestio, na natural carreira e crescimento da vida profissional. Operadores, por meio de estudo ou iniciativa e personalidade, podem vir a se tomar técnicos, gestores, professores ou empreendedores. CONSIDERAGOES FINAIS Bem, podemos dizer que a resposta a nossa pergunta inicial (quem sabe faz, quem no sabe ensina?) depende do foco que temos ¢ do que queremos dizer. Procuramos neste artigo ter uma reflexio sobre seu significado, quais agdes e atores podem e onde podem estar envolvidos (pesquisador, professor, empreendedor, gestor, técnico/operador), ¢ quais scus propésitos ou possibilidades. Conclufmos que os atores possuem foco, no geral, em duas das seguintes conjungdes: “porque”, “o que”, “quando” e/ou “como”. O que fazem também esté relacionado com sua personalidade, Vimos também que os atores podem interagir com outros atores e/ou atuar, parcialmente, totalmente ou finalmente, como outro. EnANPAD XXXVI Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 Como resultado as respostas de nossa pergunta inicial, conseguimos elencar varias outras: No que os autores originais das afirmagdes que discutimos estavam inspirados? © que cada um de nds pode fazer para reduzir a lacuna de interagao entre pesquisadores e gestores? Por que nao hé mais estudiosos que ensinam os alunos a serem generalistas, para verem as grandes conexdes? Como podemos incrementar a difusdio das pesquisas para a sociedade? Nao deveriamos estruturar as contratagdes e as carreiras universitdrias para fomentar 0 ingresso e/ou participago de gestores experientes na formagdo de outros gestores? ‘Nio tive intengdo de responder a essas perguntas. Como resultado, apenas gostaria que vocé refletisse sobre uma Ultima pergunta: O que vocé faz ou poderia fazer para ajudar na solugdo destas? Finalmente, fazendo uma fusio de nossos ingredientes “gramaticalmente quimicos”, podemos arriscar em dizer que: * Quem procura saber “o que” acontece ¢ “porque” acontece, ou pode acontecer, pesquisa, quem nao procura... * Quem transmite “o que” deveria © “como” deveria ser feito, ensina, quem nio transmite, © Quem sente e tem coragem sobre “o que” e “quando” pode fazer, empreende, quem no tem.. * Quem conhece “quando” ¢ “como” as coisas devem ser feitas, gerencia, quem nio conhece... Quem tem habilidade em “como” as coisas devem ser feitas, faz, quem nao tem... Faz outra coisa... Ou procura quem pode lhe ensinar. Se voeé encontrar algo equivocado em nossa reflexio, étimo. Juntos mais chances temos de estarmos certos. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Allport, F. H. (1937). Teleonomie description in the study of personality. Character and Personality, 5, 202-214 Allport, G.W. (1961 ). Pattern and growth in personality. New York: Holt, Rinehart, & Winston. Bennis, W. G., & O° Toole, J. (2005). How business schools lost their way. Harvard business review, 83(5), 96-104. Cattell, R.B. (1957). Personality and Motivation Structure and Measurement. New York: World Book. Cattell, R.B. (1973). Personality and Mood by Questionnaire. San Francisco: Jossey-Bass. Cattell, R. B. & Mead, A. D, (2008). The Sixteen Personality Factor Questionnaire (16PF). In, G. J. Boyle, G., Matthews, & D. H., Saklofske, (Ed.). The SAGE handbook of personality theory and assessment. (Vol. 1, Chap. 7, pp. 135 ~ 159). 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Humilde, brando, ative e E-Dominancia cooperativo, avesso a Afirmativo, dominante, cooperati agressivo, Assertivo, cidade ‘Sobrio, sério, Retraido, Despreocupado, alegre, F - Vivacidade Brudente, animado, G_Seguimentoa | Evasivo, inconveniente, Consciencioso. segue regras dissidente. Yalores cultura xa 5 7 oasivel Desenvolto, venturoso, H-Desenvoltura Acanhado, Timido, Sensivel. Incenetvel @ repreene os ade Pritico, Obje valis Sensivel, harmonioso, I Sensibilidade Pritico, Objetivo, Realista Sensivel, ha 5 Confiante, acredita nas Desconfiado, suspeito, Vigilancia pessoas, cauteloso, Pratico, cuidadoso, preciso, Imaginoso, regulado pelas M_—Devancio formal. solicitagoes interiores, N= Discrigao Genuino, sincero, simples. Frivado, discreto, nao divulga Apreensivo, indeciso, perturbado. Placido, seguro de si, sereno, 0 Apreensio complacente. 1 — Abertura a Conseryador, tradicional, Experimentador, renovador, judangas dedicado a fami liberal ciéncia | Dependente do grupo, ‘Autossuficiente, solitario, Q2— Autossuficiéncia afiliativo, sectario. individualista, Controlado, perfeccionista, Q3—Perfeccionismo | Se ™ autodisciplina, tolerante organizado, a desordem, flexivel Soa nado. Tenso, impulsivo, Q4-Tensdo Relaxado, plicido, paciente. impaciente Dimensoes T— Extroversio Introvertido, socialmente Extroyertido, socialmente (AF, H,N, Q) inibido. patticipativo, I Ansiedade Baixa ansiedade, siedade, perturbavel (GOO Paperterbavel Alta ansiedade, perturbavel IM — Rigidez de Receptivo, mente aberta, Inflexivel, firme, baixa YA) YA) YR YN UA [YR UE YA UE UA UA UA YA YAO OOO OR! UR ONT La Pensamento (A, 1, My nuitivo, empatia TV —Independéncia | Acomodado, agregado, Independente, persuasive, (E,H,L, Q1) abnegado. voltado para 6 futuro. wea Desconfiado, impulsivo. Controlado, inibido. 2 EnANPAD XXXVII Encontro da ANPAD Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 ANEXO II ~ PERFIL DE ATORES DISCUTIDOS, Fatores Pesquisador Professo Tmpreendedor | Gestor/Gerente/Chefe AL Mais reservado, |Mais expansive, |Mais reservado, [Mais expansivo, * cpansividade |impessoal, latencioso, impessoal, latencioso, Expansividade [i amte (2) Inarticinante (+) _|distanto (.) fnarticinante (+) [Mais inteligente, Mais inteligente, [Mais inteligente, B-Raciocinio {pensamento ~ pensamento |pensamento abstrato) labstrato (+) abstrato(r) —_|(+) c. Emocionalmente [Emocionalmente [Emocionalment® |ps.ocjonalmente Estabilidade Sapa Sapa Sane lestavel, adaptavel, Emocional | maduro (+) Imaduro (--) maduro (+) jmaduro (+) Mais afirmativo, Mais afirmativo, [Mais afirmativo, E- ldominante, . dominante, dominante, Dominaneia _|agressivo, agressivo, agressivo, lassertivo (+) assertivo (+) _[assertivo (+) Mais sébrio. Mais F - Vivacidade | sério, retraido, ~ ~ despreocupade, prudente (-) Oo * Alta Adm.t mais Mais Mais evasive, dissidente consciencioso, Jeonsciencioso, |() G - Seguimento segue valores |segue valores’ | Chefe a'regras culturais e culturais ¢ consciencioso, convencionais |convencionais | segue valores @ @ culturais e convencionais (+) Desenvolto, __ |Desenvolto, H- vyenturoso, lventuroso, Desenvoltura ~ ~ insensivel a linsensivel a repreensées (+) _hrepreensdes (+) 1. Mais sensve [Mais pratco,~)Chefe: Mais sbi armonioso, "| objetivo, realista | pratico, objetivo, Sensibilidade sentimental (+) |) Fealista Mais Mais L-Vigitancia _ desconfiade, | desconfiado, . suspeito, suspeito, cauteloso (+) | cauteloso (+) ‘Alta Adm.i imaginoso, M- Devaneio Mais imaginoso, regulado pelas reguiado pelas solicitagdes interiores (+) Chefe: Mais pritico, cuidadoso, preciso, formal (-) N- Di erigho Mais placido, Mais apreensivo, Mais placido, ao, |Seguro de si, | Mais. seguro desi, seguro de si, O- Apreensio. | sereno, iC) sereno, sereno, complacente (-) |P complacente (-) |complacente (-) ~ Experimentador, | Experimentador, |Experimentador, | Experimentador, Oren ertura | enovador, renovador, renovador, renovador, liberal s liberal (+) liberal (+) liberal (+) ao ~, Segue ha pagina seguinte 13 EnANPAD XXXVII Encontro da ANPAD __continuagdo tabela Anexo IL Rio de Janeiro / RJ—7 011 desetembro de 2013 2 - [Auto Suficiente, ‘Ruto Suficiente, [Dependente do viancia lito, ~ solitario, grupo, afiliativo, [Autossuficiéncia |, dividualista (+) individualista (+) |seetario ( [Mais controlado, Chefe: Mais x. __ tesini J penteconist, Perfeecionismo titodiccptinado oreaica, lc a Fleumitico, Mais tenso, Q4-Tensio | relaxado, impulsivo, ~ ~ paciente (-) impaciente. (+) Dinensses Extroversio At, F,H,N, Q2|_ A-, F, H+, N, Av, F+, Ht, N, Ansiedade CHLO=, O47 | CH TF, 0-,0F | _CHL,0-.04 Rigidez At Ti M.O1F Aq FM, O17 [AR IC)@.M@ Independéncia EH, L+,Q1_[E+, Hz, Lt, QIt He, L, Q1 ‘Autocontrole F, G+, M,Q3 | F, Gt M4, Q3 =) (>). MAC = préximo ao nivel esquerdo da escala; + préximo ao nivel direito da escala; ~ no diferente da populagao. Quando existente os paréntesis () nos gestores, os primeiros () dizem respeito a alta administragdo dos gestores, e os segundos ( ) em relagdo a gestores de nivel médio e operacional 14

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