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METODO DE CALCULO DO BALANCO TERMICO DE CALDEIRAS® Paulo César da Costa PINHEIRO® Sérgio Augusto Araujo da Gama CERQUEIRA® RESUMO A otimizagio das condigées operacionais de uma caldeira, é obtida a partir da andlise do rendimento térmico. O rendimento térmico pode ser avaliedo dirctamente pela medigo do consumo de combustivel. de gua e de vapor. pressto e temperatura do vapor. e poder calorifico E fato conhecido que as medigdes de vazdes so sujeitas a erros, que podem inviabilizar 0 célculo do balango témico. As medidas de vazdo podem ser eliminadas do balanco térmico, através de uma sbordagem analitica. Este trabalho apresenta uma revisio e discussAo da metodologia de célculo do balango térmico de caldeiras, visando uma andlise correta do ponto de vista termodinamico. Sao apresentadas as equagSes de todas as perdas energéticas, ea andlise da influéncia de cada uma 20 balanzo térmico. Sdo também apresentadas recomendacdes operacionais, no sentido de otimizar orendimento térmico. Palavras Chaves: Caldeira, Fornalha, Balanco térmico INTRODUCAO vapor produzido em uma instalagio de caldeiras é gerado pela transformacao da energia quimica do combustivel em calor. A energia introduzida na instalago, com a massa (ou volume) do combustivel, ¢ chamada de energia disponivel Qd (kIkg de combustivel sélido ou liquide ou ki/m' de combustivel gasoso). e a quantidade de energia absorvida pelo fluida de trabalho (podendo ser utilizada para a geraco de energia elétrica) é chamada energia til Q (kI/kg comb ou kI:m’com). A diferenca entre a energia disponivel e a energia itil é devida a perdas de energia Q (Kiikg comb), inevitéveis, nos varios clementos da instalacio. A fim de facilitar a comparacdo entre diversas instalacées, utiliza-se as perdas de energia relativas q;= 100 QuQ4 (“4), € 0 rendimento térmico bruto da caldeira np (% energia contida no combustivel transferida para o fluido de trabalho): 100 0 n= 100 O rendimento térmico é sempre inferior a 100%, emaior quanto menores forem as perdas Trabalho apresentado no XVII Seminério de Balancos Energéticos Globais e Utilidades Volta Redonda, BJ, 26 a 28/09/1995 Engenheiro Mecanico, Doutor em Engenharia de Processos Industriais (UTC-Franca). Professor Adjunto, Departamento de Engenharia Mecanica da UFMG. © Engenheiro Mecanico, Mestre cm Engenharia Mecnica (UFMG). Professor Assistente da FUNREI ‘térmicas. O rendimento bruto varia entre $8-94% nas caldsiras de alta capacidade, © 60-70% nas, ‘pequenas. Ele varia com a carga, sendo que o maximo se situa normalmente 4 capacidade nominal Assim, tanto no desenvolvimento de uma nova instalarao de caldeiras, quanto durante sua operacdo, € essencial minimizer as perdas de energia, 0 que sO podera ser realizado satisfatoriamente se forem conhecidas as fontes e as causas das perdas de energia. A utilizacdo eficiente do combustivel nas caldeiras é fungdo de tiés fatores principais: (2) Combustao completa do combustivel na fornalha da caldeira (2) Maximizagio da transferéncia de calor dos produtos da combustdo para a: superficies de absorcio de calor. (3) Minimizaco das perdas de calor para o meio ambiente. ENERGIA DISPONIVEL (Q,) Qs= PCI * Qisus Q, et A energia disponivel do combustivel queimado € determinada pela formula geral: onde PCT € 0 Poder Calorifico Inferior do combustivel como recebido (Run of Mine) (KI/kg) com. referencia a O(C: Qconw 0 calor sensivel do combustivel (k/kg), levado em consideragio quando © combustivel € preaquecido por uma fonte extema de calor (gases quentes, éleo combustivel aquecido por vapor, etc); Quer @ energia introduzida na caldeira com o ar de combustio, preaquecido fora da caldeira (preaquecedor de ar a vapor, etc) (kJ/kg); Q, a energia introduzida ‘na fomalha com o vapor usado na atomizacao do éleo combustivel = sopragem de fuligem (kJ/kg): © Qu a energia utilizada para decompor os carbonztos presentes no combustivel (kJ/kg) (s6 aplicavel na combustio de xistos, e se desprezada na avaliacao do PCD), O calor sensivel do combustivel depende unicamente da sua temperatura: = OPremms Toons onde CPemp ¢ 0 calor especifico do combustivel | Tabela 1. Calor especifico dos (K/ke.(C), ¢ Teomp sua temperatura ((C). A temperatura | combustiveis séiidos secos a média de utilizacdo dos combustiveis solidos situa-se na || 23(C_[12] faina de 15 a 35(C, mas na regio sul pode ser abaixo de | Combustivel | Cp seco zero no invemo. Para degelar um combustivel gelado, so ike(C) necessirios 3,3.W (kI/ke comb), onde W € 0 teor de - umidade do combustivel (%). Xisto 1,05 Turf 130 Para os combustiveis sélidos a 25(C: Linkito 1.09 Carvao 0,96 Antracito 0.92 Cans = 9,042.0 + CP egg (1 001.10) Na combustio do éleo combustivel, 0 calor sensivel deve ser sempre levado em consideragio, uma vez que para a atomizacio 0 éleo € preaquecido no queimador acima de 100- 130(C. Para o dlco combustivel, na faixa de 90-130(C: CB eyus= 1,74 + 0,0025. Teams O balanco térmico deve ser independents das condigées atmosfricas. Assim, a entalpia introduzida com ar atmosférico utilizado na combustio, nio é levada em consideracao (equacio 23-24). A quantidade de calor introduzido no ar de combustdo por um preaquecimento externo caldesra é dada por: Qanc= BV a CP(To' Tam) onde B, é quantidade relativa de ar que passa através do preaquecedor externo, V, 0 volume do ar de combustao (m’/kg comb), Cp, 0 calor especifico do ar, T,’ a temperatura do ar preaquecido extemamente, ¢ Tym a temperatura do ar frio (atmosférico). Na auséncia de indicagdes especiais, pode-se considerar para a realidade brasileira Tx: = 25 a 30(C. Nos ventiladores de tiragem forcada que produzem um grande salto de presso AP (MPa) > 0,01 MPa, deve-se considerar 0 calor introduzido no ar pelo ventilador AT,(((C)=1000 AP. Utilizando-se vapor para a atomizagio do éleo combustivel, é necessério considerar 0 calor introduzido com o vapor: Q,= DCHi Hs") onde D, consumo de vapor paraa sopragem de fuligem (D, = 0,7-0,8 keke combustivel) e para aatomizacao (ke/kg combustivel) (D, = 0.3-0.4 kekg comb para a atomizacao a vapor € 0,02-0,03 para stomizagio mista mecdnica-vapor), H, é a sua entalpia, e H" a entalpia do vapor levado pelos produtos da combustio & temperatura Tyg (KI/ke vapor) ‘Na combustao de xistos, uma certa quantidade de ene: carbonates durante a combustio: € gasta para dissociar os 0,5 CO 2g onde k é 0 coeficiente de decomposigdo dos carbonatos (k= 0,77 para a combustio em camada 1,0 para combustio pulverizada), CO2.,0 teor de CO2 (°) presente nos carbonatos, Assim. a energia disponivel para combustéo dos varios tipos de combustivel pode ser determinada pelas seguintes formulas - Para antracitos, carvGes minerais ¢ hulhas com baixo teor de umidade e de enxofre, carvGes vegetais: Q:= PCI ~ Para carvées timidos (W (6) > 0,016 PCD ¢ para carvées e éleos com alto teor de enxofie Qu=PCI~ Qeons + Qees - Para dleo combustivel atomizado com vapor: Q, Para gds natural: Q,= PCI ~ Para combustao de xistos: Qs = PCI- Qus CI ~ Qeomb ~ Ques + Qe ENERGIA UTIL (Q:) O calor absorvido pelo fluido de trabalho (4gua ou vapor) na caldeira por kg (ou m*) de combustivel, pode ser calculado pela seguinte formula:

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