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DE POLÍTICAS SOCIAIS
Augusto de Franco
Carta DLIS 32 (16/04/2003)
[Excertos]
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interessados no assunto, resolvi compartilhar essa visão com um
público pelo menos dez vezes maior do que o dos participantes da
lista.
[...]
i) o Estado é suficiente;
2
iv) a gestão governamental não é pública porquanto não é
transparente, admite graus insuficientes de accountability e não
incorpora – em uma dinâmica democrática – outros atores na sua
elaboração, na sua execução, no seu monitoramento, na sua
avaliação, no seu controle ou na sua fiscalização.
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pobreza e distribuição de terra e de renda, os quais comporiam uma
“rede” de proteção social, suposto sucedâneo, ou melhor,
substitutivo, no caso do Brasil, do inatingido (e inatingível) Welfare
State.
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almejam.
Ora, isso indica três coisas. Em primeiro lugar, que os anos 90 devem
ainda ser revelados. Em segundo lugar, que se deve trabalhar para
difundir uma nova pauta para as primeiras décadas do presente
século, uma pauta que materialize as inovações introduzidas na
década anterior. E, em terceiro lugar, que enquanto esses trabalhos
de convencimento e de disseminação não se consumam, a
semeadura da década de 1990 deve ser protegida.
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Todavia, nos anos 90 foram também lançadas as sementes de um
novo padrão de relação entre Estado e sociedade, que poderia ser
representado por algo como uma “reforma” das políticas sociais. Tal
“reforma” foi prefigurada, porém não foi consumada. Ao contrário das
outras reformas – digamos, clássicas – do Estado, ela não seria
baseada em uma nova lei, nem seria operada por atores político-
institucionais tradicionais, mas seria feita “por dentro”, como
rebatimento de um experimentalismo inovador que apenas começou
a vicejar sob o influxo de novas realidades emegentes, tais como:
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TABELA 1
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É preciso ver ainda que nos anos 90 foram também experimentados
novos modelos de programas sociais como programas de indução ao
desenvolvimento, baseados em uma nova concepção de
desenvolvimento (humano, social e sustentável). Isso tudo teve a ver
com inovações conceituais surgidas em diversos lugares do mundo e
que, sobretudo graças à Internet, puderam ser compartilhadas em
tempo real.
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vi) a compreensão da existência e do papel estratégico, para o
desenvolvimento, da nova sociedade civil (ou seja, daquele conjunto
de entes e processos extra-estatais e extra-mercantis, também
chamado de terceiro setor);
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pontos seguintes:
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posses imobiliárias de pessoas de baixa renda, com o intuito de
possibilitar sua utilização como alavanca para obter crédito e gerar
capital.
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indica, será uma era de (aparente) retrocesso em vários campos e
em vários lugares, com a retomada de velhos paradigmas de
administração pública e de velhos padrões de relação entre Estado e
sociedade – e isso de várias maneiras, patrocinadas por atores
conflitantes e em circunstâncias contraditórias.
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poderem florescer, algum dia, em toda a sua plenitude.
[...]
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