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antropolégico sem se dar conta do que constitu esta originali- dade: alongafamilaridade, desde dentro, a qual sése pode rey acesso sendo accito pelo grupo observado e paticipendo de seu diaa dia Asrelagdes sociais, numa cidade de mineracio,s6 se revelam plenamente em ocasibes raras: uma greve, umn ae, dente na mina. Um ciclo ageicola, ltirgico ou festive leva um ano. Um ciclo de vida leva vavias dezenas de anos, 0 festival que 0s dogon denominam Sigi acontece a cada sessenta anos, Em contato com as outras sociedades os etndlogos apron, deram a seguir o tempo delas, _ E preciso insistir no fato de que as pesquisas etnograticas sdo pesquisas caras, e até de luxo, pois a duragio implica altos gastos em tempo e dinheiro. A arte da pesquisa consiste, entre Outros aspectos, em organizar o encadeamento do tempo da pesquisa, necessariamente limitado, de modo a aprender da melhor maneita 0 tempo ¢ a duracio de seu objeto. Tendo em mente este imperativo de duragio, abordare- 'm0s 0s quatro pontos principais desta tiltima parte: 0 proje- to de pesquisa, os métodos, a andlise e a apresentacio dos resultados. O projeto de pesquisa Durante varios decénios,o principal objetivo das pesqui- sas antropol6gicas foi o de inventaria:e descrever soeteds leg Pouco ou mal conkecidas. Foi assim que surgieam as grandes monografias fundadoras da disciplina: os argonautas de Mali, nowski, osandaman de Radcliffe-Brown, os dogon de Griaule, 0s nuer de Evans-Pritchard. Cada sociedade liga-s, assim, a0 ome de “seu” etn6grafo. . A medida que a disciplina se desenvolvia, pesquisas cada vez mais numerosas tomaram como objetivo nao tal sociedade, mas tal categoria de fatos (exemplo; as praticas religiosas), ou tal contribuigao 2 teoria antropolégica (exemplo: os estudos de Francoise Héritier sobre os sistemas de parentesco chama- dos semicomplexos”). Podemos citar também, a titulo de ilus. 424 tragdo, 0s estudos de Beatrix Le Wita sobre uma certa bur- guesia parisiense de tradigao catélica. Insatisfeira com as teori- as de inspiracdo marxista ou macrossocioligicas, a autora ela- borou uma etografia da cultura burguesa contemporines, intitulada Ni cue ni connue (1988). Sua hipotese era ade que a burguesia ow as burguesias no se definem somente pelo lugar gue ocupam nas relagdes de producio, nem pelos indicadores de estratificacio ou de mobilidade socioprofissional, mas tam- bém por culturas espectficas. Os objetivos e consequentemente os métodos da antropo- logia sio, deste modo, complementares aos objetivos e mé- todos das outras cigncias sociais. Um estado completo das burguesias nao pode se abster de pesquisas quantitativas, de natureza econdmica, sociolbgica e demogréfica, por meio de questionérios e pelo tratamento estatistico de dados quanti- ficados sobre os patriménios familiares, sua transmisséo, 0s membros de tais grupos ou categorias de pessoas, a localizacio do habitat burgués na cidade. Além disso, é preciso fazer a sua hist6ria. Insistamos neste ponto: a antropologia nao é uma dis- ciplina fechada e autossuficiente. Uma etnografia das cul burguesas € extremamente itl, Ainda mais, se for posstvel dicar quantas pessoas, na Franga, participam dela: 10.000 ou meio milhao, ¢ qual é sua distribuicéo espacial, sua dindmica demografica. Reciprocamente, uma macrossociologia da bur- guesia ndo alcanga sen objetivo se nfo for completada por uma abordagem etnogrética. Definidos os objetivos, o antropélogo ou etnélogo inicia a pesquisa de campo. Designa-se assim 0 grupo, o lugar ou a so- ciedade no interior da qual desenvolverd sua pesquisa, No inf- cio do século XX, vérios antropélogos, entre eles Malinowski, reagiram contra 0 que chamaram de “antropologia de varan~ da”. Nesta, 0 pesquisador estabelecia-se numa residéncia for- necida pela administragao colonial, instalava-se na varanda, convidava os “nativos” ou “indigenas” para um encontro e fa zia entrevistas com eles. A “antropologia de varanda” repre- sentou, certamente, um progresso em relagao a “antropologia 425 informacées por meio da astticia ou da indiscrigao. E possivel, por exemplo, esconder um micfofone na roupa ao enttrevistar uma pessoa que nao deseja que se grave a conversa. B posstyel comprar informagdes se dispomos de meios suficientes para isto. E possivel roubar objeros que no se poderiam adquirir de outro modo, como fez. um célebre amador francés. Durante a colonizacio, era cdmodo colocar-se sob a “protecio” da admi- nistragio para provocar uma intimidacéo latente propicia a ‘uma pesquisa répida. E ainda possivel em muitas situagées de dominagao. Mas, além de tais procedimentos serem contrérios a deontologia, isto é,& ética profissional, nunca permitem esta- belecer uma relaglo de confiance reciproca que possa levar, pouco a pouco, a relagées de compreenséo miitua e de longa duracdo, sem as quais nenhuma pesquisa pode, de fato, reivin- dicar o titulo de antropoldgica. Consequentemente, 0 antro- pélogo deve consagrar tempo e habilidade para explicat os objetivos ea legitimidade de seu trabalho a fim de obter um mi nimo de adesio. O tnico modo de fazé-lo € aceitar estabelecer uma relagao de reciprocidade, sendo ele préprio objeto de pes- quisae de curiosidade da parte de seus anfitrides. E preciso que se dedique & pesquisa. A observacio participante do tipo igualitério representa 0 modelo ideal da situacao de campo. De fato, intervém nume- 10808 fatores que falseiam sua natureza, De qualquer modo, 0 observador é um estrangeiro que possui, a todo momento, a ppossibilidade de desistir. Sua rede de solidariedade esté em ou- ‘ro lugar, na sociedade que produz ¢ consome antropologia, na tituicdo a qual pertence. Esta pseudopertenca a seu campo coloca-o diante de um dilema: fiel a seus anfitri6es, pode aban- donar seus projetos de carreira académica e recusat-se a escre- ver qualquer relato que seja sobre sua experiéncia. Fiel a seu meio ambiente cientifico de origem, acabard deixando seus an- fitrides ¢ transformando sua experiéncia em objeto antropolé- gico materializado em publicacbes. _Vindo de fora, 0 observador dispde de recursos que os an- fitrides, em geral, nao tém. Nao depende, para sua sobrevivén- 428 ——l 1a, das atividades das quais participa. Apenas finge. financiamentos, que, mesmo exiguos, Ihe proporcionam uma certa independéncia em relagio 2 comunidade-anfitria, sem precisar prestar trabalho produtivo ao qual seus interlocutores dever se submeter, Suas relagdes ¢ seus recursos péem em tis- co as relagées sociais locais. Conquistar a amizade do antropé- logo pode proporcionar beneficios sociais e materiais ndo negligencidveis. Consequentemente, 0 pesquisador deve anali- sar 0 uso que faz de todos os seus recursos (carro, dinheiro, re- lag6es), as relagées sociais criadas por este uso e 0 modo como estas relagSes afetam a pesquisa. Numerosos antropélogos acham que ter um didrio, no qual registram tudo o que se refe- re situagdo de campo, constitui o instrument mais eficaz de uma pesquisa sobre a pesquisa. ‘A mesma observacio pode ser feita acerca do poder que 0 observador dispée, por ser de fora, por seu saber ¢ seu status protegido. Na maioria das vezes, precisa obter uma permissio de pesquisa ou uma carta de apresentagio das autoridades ad- ministrativas, da direcdo da empresa ou dos servigos da pesqui- sacientifica, Ele tem, ou se supe que tenha, relag6escomaltas esferas, Sua posigéo é ambigua a medida que seus anfitries nao sabem se trabalha em beneficio das autoridades, ou, 20 contrario, se tem capacidade de representar ¢ defender sua co- munidade de adocao. A situacéo de campo aqui esbogada é, propriamente falan- do, contexto da pesquisa, Esta visa recolher uma documenta- 40 tao abundante quanto possivel sobre objeto da pesquisa, ¢ emprega técnicas com as quais nos ocuparemos agora. ‘As técnicas de pesquisa Classificaremos estas técnicas em quatro rubricas: as que passam pelo medium da troca verbal; as que requerem uma instrumentacio destinada a obter dados materiais; as que vi- sam recolher uma documentacao quantitativa ou hist6ricas as que, enfim, tentam revelar o nio dito ou o que nao semostra. 429 menos elaborados, mas trazendo pelo menos adataco! aascimento, e eventualmente a data do falecimento, Arson iogias fornecem o material a partir do qual se podem dedeane as estruturas do parentesco, as principais etapas do cielo aa vida, a organizagao social da comunidade estudada, Permir in muitas vezes, a localizacéo de informantes priv ee vireude da posicéo que ocupam na otganizagao social. Os a tos de vida permitem completat = colets das genediogee, Entende-se por isso o relato, pelo préprio informante, dea, biografia. Os celatos de vida recolhidos em ntimezo sufiiente, jugados com as genealogias, reconstituem a vida de wt individvo ou de um grapo no tempo ena hist, No momento da redacéo dos resultados da pesquisa, guer setae de entrevistas, genealogias ou relatos de vida serd necessitio poder dar a palavra aos sujeitos da pesquisa, e cité-los textualmente nas passagens mais caracteristicasde-———~ seu discurso, O medium da palavsa ra permite também reunir texto: tos, tradigdes de origens, discursos pi , discursos publ ° contos, hist6ria oral, eee Apalavra, enfim, dé acesso a propris ir lada pela comunidade estudada ste f esis ie = quisa linguistica, o minimo que se exige do antropéiogs extrair seu sistema fonolégico e seus rudimentos de moro gia, de sintaxe e de vocabulério. Para a pesquisa linguist pode-se confiar no manual editado sob a direcdo de Tae Bou. quiaux e Jacqueline Thomas (1976). Em situagdes bem Hae Cae como pe exemplo os estudos de antropologia ae na Franga ou de antropol é srisiel a0 vecabulso dos nfomantes torus ieee, 0 das frases, expresses idiomaticas, 2s variates fonts cas, que traduzem as maneiras de fazer e de ver, ¢ que muit: : ‘vetes coincidem comes limites daseategoriasoudos grupos, dog tsemes agar pata a eens de coleta das entevits, relatos de vida, dos textos, da lingua, mencionados acima. 432 o também Pode-se empregar um gravador, que permite o regis de outros documentos sonoros, particularmente da miisica. O uso do gravador € tao difundido que pode parecer suficiente. Ora, para que as gravacGes sejam titeis, € preciso tomar certas como 2 utilizacao de um microfone externo, fitas ade, ¢ cuidar, na medida do possivel, da bem como da qualidade ¢ da ica, precaucdes, novas ¢ de boa qual aciistica do local de gravasio, fonte de alimentacao de energia do aparelho (corrente el paterias, pilhas, et.). Além disso, é preciso destacar que a gra- ‘yacdo e atranscrigfo sistematica da documentagao oral poder Dbstruir a pesquisa a ponto de paralisé-la. Convém, portanto, terminada a entrevista, escutar a5 gravagdes resumindo cada jassagem, como fazemos ao tomar notas numa conferéacia,€ franscrever palavra por palavra somente nos casos dignos de atencao especial, ou que serao citados na tese, na monografia ou no relatério de pesquisa. Esta regra vale tanto para as grava- 60s feitas numa lingua que 0 pesquisador domina como nos casos de Linguas que exigem os servicos de um intérprete. Uma parte da documentagio pode e deve ser secolhida em forma visual. A imagéstica etnogréfica compreende o desenho, a fotografia, o filme, o video, 0s Jevantamentos topogratficos cou cartograficos. E raro que um pesquisador domine o conjan- to dessas técnicas ou que disponba dos equipamentos necessitios, que sio caros. Mas hd um minimo indispensavel, consvituido de dima maquina forografica munida de um flash, uma prancheta ide desenho ¢ uma fita métrica. A prancheta e a fita permite claborar croquis de objetos e plantas de edificios, lugares e lo- tes. Em todos os casos, é preciso incluir no grafico ou imagem ‘uma escala, e eventualmente, para as plantas de tertenos, ele- mentos de orientagéo. Os mapas possuem uma importancia particular. Na maioria dos casos, 0 pesquisador dispde de le- Imentos cartogréficos diversos: fotos aéreas, atlas regionals, cartas topogrificas publicadas pelos instisutos geogréficos na- mapas turisticos, planos de cidades elaborados pelas ar esses elementos como recursos dados de sua pesqui- cionais, municipalidades. Pode ut cartograficos a partir dos quais orienta os 433, atribuido ao: ‘socidlogo a tarefa de revelé-los, No Sri-Lar prove di que os pits ni alam ds Stns pana ae ser humano banha-se num meio ambiente fi Gah em norma ¢comportaenos dos quis ng fa bods em anvil ‘ade do familiar. Este € 0 caso dos gestor. eo uso doe he 7 ae so das palavras. E tang” tor mutismo de certas categori: is fessamenm mice GRE raridos por otras categoria. Etalver 9 case, ae » do discurso dos mais novos, das mulhe - 'egorias dominadas, Nesta obrade iniciagao, oat vel mencionar as miiltiplas técnicas desenvolvida quisadores a fim de contornar esta dificuldade, acontornar os limites do discurso. Ocstudante to, saber que é€ ena tendéncia atual da metod Principalmente por meio de estudos sutis di sale pelo qusetra onto does oan a apenas uote Rea ee das falhas do discurso ¢. s pelos peo. c ’ ‘Oncluamos esta seco relativa as técnicas de pesquis isa mencionan : ‘onando a necessidade de organizar os dados colecados demancia Qidenada, préticae segura. Asanotacbes devem ser Sete: de maneira legivel e metédica, attavés de” Sassifeadores,fichérios, ou reproduzidas utlizando um re: “ informatio As fotos, os herbarios, bestidrios ¢ colegdes smoer icas devem ser classificadas e documentadas. Medidat vee se neetanss ~c6pias de gravagoes, de anotates, de disquetes, Sona onservasio em locas protegidos de ineempries tias. A destruigio ou perda de documentacées tinicas ---— destruidos, fitas gravadas perdidas, confiscadas pela polica ds fromteira ow apagadas sem cépia ou transer linicos de anotagdes perdidos nas ba aeroporto. Pr 436 fologia anttopoy Principalmente no esti" 4 1e se possam reunit Nao existem fatos etnograficos brutc em bloco durante a pesquisa, a fim de, num segundo momen- to, tendo deixado o campo, serem analisados. Os fatos socials si0 construidos como tais pelo procedimento antropolégico, que divide a ado dos sujeitos e constr6i assim os objetos chamamos “fatos sociais”. Na pratica da pesquisa, coletaeana- lise de dados conjugam-se e se buscam mutuamente, numa al- ‘mais ou menos controlada. A pesquisa antropol6gica €e continuaré sendo, por muito tempo, do ambito do artesa- nato, ¢ até da bricolagem erudita © momento analitico comega no projeto de pesquisa, quando o pesquisador faz opcées temiticas, geograficas ¢ te6- ricas cujo resultado é a definico do campo. A medida que os dados acumulam-se, € imperativo organizé-los em fungio de sua légica interna, que se procura revelar através de um instra- mental conceitual. Este esforgo de andlise permite ident car as insuficiéncias e as lacunas da pesquisa, ¢ reformulé-ta. Quando este trabalho é malfeito, o pesquisador pode deixar 0 campo para se dar conta imediatamente que certos elementos cessenciais & sua pesquisa estfo faltando. Por dltimo, uma ob- servacdo: a pesquisa consiste, por definigéo, em produzir co- nhecimentos novos. Seu desencolaré, de certa forma, imprevisivel. Os objetivos, as técnicas de pesquisa, os instrumentos de ané- lise devem ser revistos durante o trabalho. Se tal assunto, tal conceito ou tal teoria tornam-se um entrave para a pesquisa € necessério abandoné-los. Apresentagio dos resultados Em geral, 2 pesquisa tem como resultado a produgio de ‘novos conhecimentos que devem ser apresentados na forma de relatérios de pesquisa, de tese, de publicagao, de filmes, de ex- posigio, de romance etnografico, de didrio, em suma sob a for- ma de um documento que também pode ser considerado como um texto. 437 financiamentos. O didtio emogréfico, ilustrade por A Diary in the Strict Sense of the Term (Nova York, Harcourt, Brace 8 World, 1967) de Malinowski e por LAfrique fantéme de Mix chel Leivis, esclarece a situagéo de campo de modo as vezes inesperado ¢ a desmistfica, © romance ou a fiecZo etnogr cos, que podem reivindicar a heranca literéria de Rab Montesquieu e Balzac, permitem comunicar 0s resultados usando mais a fala a imagem, mais enféticas que os austeros relat6rios etnograficos. Em francés podemos citar 08 mm: smoriascx de Segalen ou Le Tombeau de Soleil e, em lingua inglesa, Return to laughter, an Anthropological Novel de Eled- nore Smith Bowen, sobre os tiv da Nigéria. ‘A publicacio dos resultados coloca problemas deontologi« cos, isto &, de ética profissional. © pesquisadar beneficiou-se de informacoes que Ihe foram dadas pelos seus hospedeiros. Pode tirar dat beneficios substanciais em termos de prestigio e carreira, Nao esta livre de sua divida pela remuneragao de seus informantes. Deve assegurar 0 retorno da informagio a siia fonte. Mas de que forma? Em noventa por cento dos casos, os hospedeiros nao se reconhecem nas publicagSes erudicas ela- boradas a partir da pesquisa de seus héspedes, e pedem docu- mentos mais descrisivos e apologéticos. Enfim, o retorno da informagéo em forma de publicacio tem, muitas vezes, oefeito involuntario de criar uma ortodoxia que se impée como uma fonte da hist6ria local, e que acaba silenciando todas as outras. A obrigacio de rerorno da informacdo sua fonte esbarra, as- sim, em obstdculos & vezes insuperdveis que esto ligados & Jancia existente entre o campo ¢ o meio ambiente ao qual opesquisador pertence, ¢ para o qual escreve, isto é, seus pa- res. © romance, o filme etnogratico, a comunicagio e as fotos presenteadas, a publicacao de textos como contos, relatos ¢ epopeias sao mais apropriados que a tese ou a monografia teretorr————-—l t4 se peontten Frrerremeetecesepemnmnne interment : jetividade dos atores junto aos quais o antropélogo realizou a Sua pesquisa, deve ser elaborado com discricio, empregando pseuddnimos ou publicando os nomes dos principais interes- fados, com o seu consentimento, sempre que for possivel. Nao thd nenhuma regea a este respeito. Trata-se de avaliacdo ¢ de discrigio pessoal. Concluindo este curto capitulo relativo aos elementos da pesquisa, aos seus métodos, 3 andlise e apresentagio dos resul tados, vale lembrar que a empresa antropologica entre dois polos. De um lado est4 a experiéncia de uma relacio inter- pessoal, as vezes muito forte, entre um pesquisador € seus hhospedeiros. Assemelha-se a uma relago amistosa, ¢ mesmo amorosa, e € por este motivo que a moda atual de equipes de pesquisa encontrou aqui seus limites € experimentou alguns fracassos célebres neste dominio tio particular. De outro lado, uma empresa voltada para o conhecimento rigoroso, susceti- vel de ser verificado ou invalidado. Estes dois aspectos da pra- tica antropoldgica submetem-na a presses fortes € as vezes contraditérias. Para saber mais BOUQUIAUX, L. & THOMAS, [.M.C. Enquéte et description des langues d tradition orale. Paris: Selaf, 1976, 3 vols 1. Lenquéte de termain et Tanalyse grammaticale, 2. Lapproche linguistiques 3. (ques), [ste manual transcende o modelo da pesquisa lings ta detalhadamente da situagio de campo, nore e gesfico e das pesquisas tematicas sobre 0 parentesco, 0 corpo, fs técnicas, a fauna ¢ a flora. E, arualmente, 0 manual de pesquisa mais completo ¢ sistemético mediado pela linguagem. HEALEY, A. (org), Tianslator’s Field Guide. Port Moresby, Nova Guing, Summer Institute of Linguistics, 1970. (Bste manual foi ela- borado para e por missiondrios do Summer Instirate of Linguistics (Gambém chamado Sociedade Internacional de Linguistic refa é estudar e escrever 0 maior nimero possivel fim de traduri e Biblia. Cada um pode achat o que quiser das azivida~ des desta Sociedade. Ainda assim, seu manual de aprendizado direto das linguas, sem passar pela traducio, ¢ tinico em seu género, de 4a s

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