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MEDIDAS PREVENTIVAS
Tratar qualquer infecção que a paciente manifesta antes do procedimento cirúrgico, a não ser
que a cirurgia seja parte integrante do tratamento.
• Instruir o paciente a parar de fumar 1 mês antes da cirurgia;
• Compensar as doenças de base (p.ex. diabetes);
• Reduzir o excesso de peso;
• Descontinuar o uso ou reduzir a dose de esteróide;
• Melhorar o estado nutricional do paciente;
• Diminuir ao máximo o tempo de internação pré-operatório;
• Examinar minuciosamente o paciente no pré-operatório; atentando para lesões de pele
que inviabilizem a cirurgia.
PRÉ-OPERATÓRIO
Tricotomia
• Realizar apenas se houver interferência do pêlo com o procedimento cirúrgico e/ou
cuidado da ferida no pós-operatório;
• A área de remoção deverá ser determinada pelo médico cirurgião e ter a menor
extensão possível;
• Realizar imediatamente antes do encaminhamento do paciente ao centro cirúrgico;
• Cortar os pêlos sem lesar a pele e sem umedecê-lo. A remoção dos resíduos deverá ser
realizada com solução fisiológica recentemente aberta;
• Utilizar tricotomizador elétrico;
Banho pré-operatório
Nas cirurgias eletivas, o banho deverá ser realizado com anti-séptico degermante antes do
encaminhamento para o centro cirúrgico, mesmo que a área cirúrgica seja pequena p.ex.,
bleforoplastia, rinoplastia, etc.
CENTRO CIRÚRGICO
OBS:
Em cirurgias oftálmicas, o PVPI (tópico) ou solução aquosa(clorexidina) pode ser utilizado.
Em cirurgias plásticas de face e ginecológica recomenda-se clorexidina (tópica).
Em cirurgias laparoscópicas a mesma recomendação quanto a tricotomia, degermação e
antissepsia deve ser seguida.
*A clorexidina alcoólica é mais eficiente na redução da microbiota da pele e possui maior
ação residual quando comparada ao PVPI.
Paramentação da equipe
• Todos os profissionais que estiverem na sala de cirurgia devem seguir as seguintes
recomendações: Utilizar gorro cobrindo todo o cabelo;
• Utilizar máscara cobrindo totalmente a boca, o nariz e os pêlos da face ao entrar na
sala, desde o início da cirurgia ou se os instrumentais estéreis estiverem expostos.
• Utilizar sapatos fechados e limpos. Apesar de não haver evidência de que o uso de
propé reduza os índices de infecção do sítio cirúrgico, deverá ser mantido com a
finalidade de proteger o calçado de respingos com sangue, secreções e excreções;
• Utilizar aventais impermeáveis quando a cirurgia oferecer risco de exposição a grande
quantidade de sangue.
Outras informações
• Utilizar óculos ou similares para proteção individual da mucosa ocular;
• O avental e as luvas deverão ser trocados se ocorrer contaminação durante o ato
operatório;
• Se ocorrer dano ás luvas, estas deverão ser trocadas;
• A roupa privativa é de uso exclusivo e interno do CC. É proibido a utilização da roupa
privativa fora do CC;
• Realizar troca de luvas antes do implante de próteses ou enxertos, antes do fechamento
da pele e subcutâneo em cirurgias infectadas e antes do 2º tempo de cirurgias
artroscópicas e urológicas;
• O uso de dois pares (luva dupla) pode ser uma opção para reduzir o risco ocupacional
por acidentes com sangue e fluidos corpóreos.
• A paramentação básica de outros profissionais na sala operatória deverá incluir o uso de
gorro, máscara, roupa privativa e equipamentos de proteção individual quando
necessário.
Cuidados com material utilizado no Centro Cirúrgico
Nos procedimentos cirúrgicos em que estiver indicado profilaxia antimicrobiana, esta deverá
ser realizada da seguinte forma:
• Escolha da droga: específica para cada procedimento, evitando utilizar drogas
reservadas para o tratamento de infecções hospitalares ou com grande toxicidade.
• Via: durante a indução anestésica (exceto em obstetrícia em que a profilaxia é indicada
após o clampeamento do cordão umbilical).
• Doses suplementares: serão administradas quando necessárias, durante a cirurgia ou
após o fechamento da incisão.
• Duração: não superior a 24 horas (a concentração tecidual do antimicrobiano durante o
ato cirúrgico é considerado suficiente).
• Responsabilidade da administração: Anestesista.
• Manter curativo fechado nas primeiras 24 horas (gaze com micropore ou curativo
absorvente);
• Para retirar o curativo: higienizar as mãos e calçar luvas de procedimento;
• Retirar o curativo umedecendo com solução fisiológica.
• Se a ferida apresentar secreção hemática ou sero-sanguinolenta, realizar limpeza do
local com solução fisiológica realizando movimentos delicados de dentro da ferida
para a periferia, utilizando luvas estéreis ou pinças estéreis e cobrir a ferida;
• Não utilizar anti-séptico para a realização dos curativos;
• Trocar o curativo quando sujo e/ou úmido;
• Proteger o curativo no momento do banho e realizar novo curativo imediatamente
após o banho;
• Higienizar as mãos após a realização do curativo;
• Em feridas infectadas consultar o grupo de curativo de seu Instituto pois há opções
de curativos especiais;
• Não há consenso quanto a necessidade do curativo permanecer ocluido após 24
horas.
A solução fisiológica deverá ser aberta no momento de realizar o curativo e desprezada
logo após o uso.
BIBLIOGRAFIA
Guia de utilização de anti-infecciosos e Recomendações para prevenção de
infecções Hospitalares/ COORDENADORES:Anna Sara s. Levin, M Bestriz
Souza Dias, Maura S. Oliveira, Renata Desordi Lobo.- São Paulo: Hospital de
Clinicas FMUSP, 2009 - 2011. 4ª EDIÇÃO- Manual aprovado em reunião a Comissão
de Controle de Infecção do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP