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L'OSSERVATORE ROMANO EDIÇÃO SEMANAL EM PORTUGUÊS

Unicuique suum Non praevalebunt


Ano XLI, número 17 (2.105), sábado 24 de Abril de 2010 Cidade do Vaticano Preço ; 1,00. Número atrasado ; 2,00

Na décima quarta viagem internacional o Papa visitou Malta num clima intenso e comovedor

Deus ama a todos A festa


e a Igreja não rejeita ninguém de Malta
GIOVANNI MARIA VIAN
O fundador da comunidade de Tai-
zé gostava de repetir com um cristão
do século IV, o bispo Atanásio de
Alexandria, que Cristo ressuscitado
vem animar uma festa no coração
do homem. Eis que a frase feita pró-
pria pelo irmão Roger exprime mui-
to bem a ideia da última viagem pa-
pal. E não só porque a visita a Mal-
ta foi uma festa extraordinária, mas
também porque o décimo quarto iti-
nerário internacional de Bento XVI –
não por acaso realizado nos passos
de São Paulo – concluiu o quinto
ano de um pontificado orientado an-
tes de tudo para dar espaço a Deus
e à sua presença no coração dos ho-
mens de hoje, no contexto de socie-
dades que ao contrário parecem tê-lo
esquecido ou até o querem cancelar.
Num pequeno país de radicada
tradição católica – que tem a cora-
gem também política de manter po-
sições contra a corrente sobre matri-
mónio e família, assim como sobre a
protecção da pessoa humana, num
contexto cultural europeu muito di-
Deus ama todas as pessoas e a Igreja não rejeita ninguém. caridade e da misericórdia para «curar as feridas do peca- verso – o Papa esteve no centro de
Na breve viagem realizada a Malta nos dias 17 e 18 de do» e testemunhar ao mundo «a nobre vocação de amor e uma festa sob muitos aspectos insóli-
Abril para comemorar o 1950º aniversário do naufrágio de de serviço à qual os cristãos estão chamados». Publicamos
São Paulo, Bento XVI indicou mais uma vez o caminho da nas páginas 8-11 os pronunciamentos do Sumo Pontífice. CONTINUA NA PÁGINA 11

Faleceu Quinto aniversário de eleição para o Pontificado


o cardeal Špidlík O conforto de não estar sozinho
No dia 19 de Abril, quinto aniver-
sário da sua eleição para o Sólio
pontifício, Bento XVI partilhou o
almoço comemorativo com 46 car-
deais. O Papa quis agradecer ao
Colégio cardinalício a ajuda que
recebe dia após dia. Sobretudo no
momento em que parece ver-se
confirmada a palavra de Santo
Agostinho citada pelo Vaticano II,
que a Igreja peregrinou inter perse-
cutiones mundi et consolationem Dei.
Nas palavras que dirigiu aos car-
deais, o Papa mencionou os peca-
dos da Igreja, recordando que ela,
ferida, experimenta ainda mais o
conforto de Deus. Em particular
para o Papa é um grande conforto
precisamente o Colégio cardinalí-
cio. Na Igreja – explicou – existem
dois princípios: um pessoal e outro dinalício que poderia ser chamado tífice sente neste momento e a qual
comunional. Agora o Papa tem em termos orientais quase o seu sí- agradece ao Senhor ao invocar,
uma responsabilidade pessoal, não nodo, a sua companhia permanen- para ir em frente, a força da fé, na
delegável; o bispo está circundado te que o ajuda, acompanha e alegria da ressurreição.
Biografia e palavras do Papa no final das exé- pelos seus presbíteros. Mas o Papa coadjuva no seu trabalho. E é esta
quias nas páginas 4 e 5. está circundado pelo Colégio car- proximidade particular que o Pon- PÁGINA 3

Homilia de Bento XVI durante a missa Entrevista ao cardeal Tarcisio Bertone O arcebispo Amato presidiu em Valladolid à
com os membros da Pontifícia Comissão Bíblica beatificação do jesuíta Bernardo Francisco de Hoyos
Um compromisso
Cristo indica-nos o caminho de lealdade e fidelidade Um apóstolo da caridade cristã
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