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Escola Cooperativa de Vale S.

Cosme – Didáxis 2009/2010

Immanuel Kant
vs.

John Stuart Mill

Alunos: António Jorge Co sta Araújo - nº 5 28 5


Pedro Miguel Carvalho Ferreira - n º 54 65
Ano/Turma: 10/2
Disc iplina: Filos ofia
Professor: Joã o Paul o Carvalho

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Índice

Biografia de Immanuel Kant .............................................................................................. 3


Filosofia de Kant...................................................................................................................4
Concepção ética de Kant......................................................................................................6
Biografia de John Stuart Mill................................................................................................7
Filosofia de John Stuart Mill.................................................................................................8
Concepção ética de John Stuart Mill...................................................................................9
Comparação entre Immanuel Kant e John Stuart Mill...................................................11
Bibliografia................................................................................................................ ............12

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Biografia de Immanuel Kant

Immanuel Kant, filósofo alemão, em geral considerado o pensador mais influente


dos tempos modernos, nasceu em Königsberg, actual Kaliningrado, em 22 de Abril
de 1724. Sendo conhecido por ser um homem metódico, com pouco mais de 1,50
m de altura, com o peito deformado e e de saúde frágil, não casou nem teve filhos,
falecendo em 1804 aos 80 anos.
Era filho de um artesão e a sua mãe, de origem alemã, embora não tendo estudos,
foi mulher admirada pelo seu carácter e pela sua inteligência natural. Ambos seus
pais eram do ramo pietista da Igreja Luterana, uma subdenominação que requeria
dos fiéis vida simples e integral obediência à lei moral implicando assim uma
educação rigorosa.
Em 1740, aos dezasseis anos, Kant entrou para a universidade de Königsberg onde
estudou filosofia e matemática até aos 21 anos.
Posto isto, dedicou-se ao ensino, vindo a desempenhar as funções de professor
adjunto entre 1755 e 1770, primeiro leccionando aulas de áreas relacionadas com as
ciências, mas gradualmente o seu campo de interesse dirigiu-se para a área da
filosofia. A fama de Kant como professor e escritor aumentou constantemente
durante os seus 15 anos como docente. Kant tornou-se conhecido a pouco e pouco,
tanto pela qualidade das suas aulas, pela afabilidade com os seus alunos e pelo
empenho que colocava no ensino, como pelos pequenos ensaios que foi publicando.
Esperou durante anos até conseguir um lugar na universidade de Königsberg.
Assim rapidamente começou a leccionar sobre assuntos para além das áreas da física
e matemática, como por exemplo lógica, metafísica, e filosofia moral. Apesar de
toda a sua reputação como excelente docente e verdadeiro filósofo só recebeu a
cadeira de lógica e metafísica em 1770, cargo que se manteve até 1797, atraindo um
grande número de estudantes para a sua cidade. Após um declínio gradual devido a
uma grave doença degenerativa, Kant morre a 12 de Fevereiro de 1804.

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Filosofia de Kant

A obra de Immanuel Kant é delimitada por duas fases: o pré-critico e o critico.


- O período pré-crítico (até 1770) corresponde a uma filosofia dogmática, á sua
aceitação da metafísica racionalista cuja influência de Leibniz e Wolf é notória.
Neste período realiza estudos na área das ciências naturais particularmente na área
da física de Newton. Mais tarde, em 1762 começou a manifestar um interesse pelas
questões filosóficas, especialmente para a crítica das faculdades do homem.

Durante o período de sua carreira académica, Kant, como professor, seguiu a


filosofia então prevalecente na Alemanha, que era a forma modificada do
racionalismo dogmático de Wolf com fundamento em Leibniz. Porém, as aparentes
contradições que ele descobriu nas ciências físicas, e as conclusões a que Hume
havia chegado na sua análise do princípio de causa, dizendo que a relação de causa e
efeito é uma questão de hábito e não uma "verdade de razão" como supunha
Leibniz, acordaram-no para a necessidade de revisão ou criticismo de toda
experiência humana do conhecimento, com o propósito de permitir um grau de
certeza para as ciências físicas, e também para o propósito de colocar sobre uma
fundação sólida as verdades metafísicas que o cepticismo fenomenalista de Hume
tinha destruído.

- O período crítico corresponde, então, ao despertar do “sono dogmático” devido


ao impacto que nele teve a filosofia de Hume, e neste período escreve as suas obras
mais conhecidas e influentes: Crítica da Razão Pura, Crítica da Razão Prática e a Crítica
do Juízo nas quais demonstra a impossibilidade de se construir um sistema filosófico
metafísico antes de ter previamente investigado os nossos próprios limites.
O criticismo de Kant é uma filosofia que tenta responder a três perguntas básicas:
Que posso saber?; Que hei-de fazer?; Que posso esperar?.

- Que posso saber?


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Immanuel Kant procurou demonstrar que era possível formular para a moral leis
universais como as do conhecimento científico. Estas leis tinham que ser
formuladas anteriormente, ou seja, através da dedução, não através da experiência
- Que hei-de fazer?
Devemos agir estritamente segundo uma máxima que faz que se possa desejar
simultaneamente se converta numa lei universal.
- Que posso esperar?
Para a espécie humana, o reino da liberdade garantido por uma constituição política.
Para o indivíduo, o progresso da sua virtude e um melhor conhecimento do outro e
de si mesmo através da arte.

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Concepção ética de Kant

Como muitos outros filósofos, Kant pensava que a moralidade pode resumir-se
num princípio fundamental, a partir do qual se derivam todos os nossos deveres e
obrigações. Podemos dizer que a produção de Kant na área da ética teve como
objetivo principal a procura por uma ferramenta moral que tornasse a ação humana
genuinamente moral. Para ele, sempre que os seres humanos agem á espera de
alguma coisa em troca, ou com alguma finalidade pessoal eles estão a ser imorais.
A ética de Kant é classificada como:
- um sistema de regras absolutas;
- um valor moral das acções que provém das intenções com que são praticadas;
- devendo ser respeitadas independentemente das consequências;
- leis que a razão estabelece para todos os seres racionais.
A ética de Kant é entendida como sendo um estudo ou uma reflexão sobre os
costumes e sobre as ações humanas. Esta também pode ser entendida como a
própria realização de um tipo de comportamento.

Kant tambem estabeleceu o príncipio da máxima, do imperativo categórico e do


imperativo hipotético. Uma máxima é uma especie de uma regra geral que seguimos
quando agimos. Segundo Kant, uma acção é correcta ou incorrecta consoante a
máxima que esteve na sua origem, e não consoante as consequências que
efectivamente teve. Tambem estabelece a difença entre o agir de acordo com o
dever e o agir por dever estabelecendo o imperatico categórico e hipotético. Um
imperativo categórico é um imperativo que nos ordena que façamos algo
independentemente de querermos ou não fazê-lo. Os dois imperativos categóricos
que enunciou foram: “Age apenas segundo aquela máxima que possas ao mesmo
tempo desejar que se torne lei universal” e “Age de tal forma que trates a
humanidade, na tua pessoa ou na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca
apenas como um meio”. Um imperativo hipotético, por outro lado, só nos ordena
que façamos algo se isso é um meio para um fim que de facto temos.

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Biografia de John Stuart Mill

John Stuart Mill, filósofo e economista inglês, e um dos pensadores liberais mais
influentes do século XIX, nasceu em casa de seu pai em Pentonville, Londres a 20
de Maio de 1806 e faleceu a 8 de Maio de 1873, com sessenta e sete anos. Sendo o
primeiro filho do filósofo escocês James Mill, foi educado pelo pai, com a
assistência de Jeremy Bentham e Francis Place. Foi-lhe dada uma educação muito
rigorosa e ele foi deliberadamente separado de rapazes da mesma idade. O seu pai,
um seguidor de Bentham e um aderente ao utilitarismo, tinha como objectivo
explícito criar um génio intelectual que iria assegurar a causa do utilitarismo e a sua
implementação após a morte dele e de Bentham.
Ainda em tenra idade já tinha alcançado feitos excepcionais, por exemplo, com três
anos de idade foi-lhe ensinado o alfabeto grego e longas listas de palavras gregas
com os seus respectivos equivalentes em inglês, quando tinha oito anos tinha lido já
uma enorme cultura literária tendo já lido toda a obra de Heródoto e seis diálogos
de Platão.
Aos 20 anos, Mill sofre uma depressão, visto que muda radicalmente a sua forma de
ver o mundo. Passa a desvalorizar a racionalidade, que tinha sido incutida pelo pai e
a valorizar a diversidade, diferença, originalidade e espontaneidade. Mill toma como
lema a ideia de que deve preservar-se aquilo que distingue o homem dos outros
animais: a capacidade de escolher, a liberdade de cada um de escolher o seu estilo de
vida, religião e gostos na vida, não de acordo com as tradições e a doutrina oficial,
mas de acordo com aquilo surge dentro de cada um. Sendo estas liberdades, para
Mills, mais importantes que a própria vida.
Stuart Mill ficou conhecido não apenas como um dos grandes divulgadores das
ideias empiristas, mas também como o criador de uma concepção moral - o
utilitarismo. Doutrina baseada no princípio de que a nossa acção deve ter como fim
último a maior felicidade do maior número de pessoas.

Filosofia de John Stuart Mill

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Na filosofia em geral, Mill era um empirista cujo objectivo consistia em construir


um sistema de conhecimento empírico genuíno, para uso tanto nas questões sociais
e morais como na ciência. Com este fim em vista, começou por resgatar a doutrina
das suas reminiscências cépticas humianas. A sua principal discussão acerca dos
fundamentos do conhecimento e da inferência está patente na obra System of Logic
(1843), cujos seis livros tratam da inferência dedutiva em geral, do conhecimento
matemático, da indução, da observação, da abstracção e classificação, das falácias e
finalmente das ciências sociais, políticas e morais. A sua distinção entre conotação e
denotação, e entre termos gerais e termos singulares, influenciaram a semântica
posterior de Frege (que, contudo, rejeitou inteiramente a sua concepção empirista
"vulgar e de mau gosto" da aritmética), enquanto a sua obra acerca da indução
constitui ainda o fundamento das metodologias de descoberta de leis causais. Como
se pode ver numa das suas últimas obras, Examination of Sir William Hamilton's
Philosophy (1865), o projecto de Mill pertence ao que viria mais tarde a ser baptizado
como epistemologia naturalizada: a tentativa de compreender as operações mentais
como o resultado da acção de leis conhecidas da psicologia sobre os dados da
experiência.
A ética normativa é a parte da ética que estuda como devemos agir, ou que tipo de
pessoa devemos ser. No âmbito da ética normativa, Mill é um consequencialista. O
consequencialismo é uma teoria composta por duas partes: uma teoria do bom e uma
teoria do correcto. A primeira trata de determinar que estados de coisas são bons,
fornecendo também, geralmente, critérios para os comparar – critérios que
determinam qual o melhor estado de coisas entre vários. A teoria do correcto trata
de determinar o que devemos fazer. De acordo com o consequencialismo, o correcto
consiste em maximizar o bom, ou seja, consiste em gerar o melhor estado de coisas
possível, se esse estado de coisas ainda não existe, ou em preservá-lo se já existe.

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Concepção ética de John Stuart Mill

John Stuart Mill foi o criador do utilitarismo. O utilitarismo é um tipo de ética


consequencialista. O seu princípio básico, conhecido como o Princípio da Utilidade
ou da Maior Felicidade, é: a acção moralmente certa é aquela que maximiza a
felicidade para o maior número. E deve fazê-lo de uma forma imparcial: a tua
felicidade não conta mais do que a felicidade de qualquer outra pessoa. Saber por
quem se distribui a felicidade é indiferente. O que realmente conta e não é
indiferente é saber se uma determinada acção maximiza a felicidade. Saber se a
avaliação moral de uma acção a partir do Princípio da Maior Felicidade depende das
consequências que de facto tem ou das consequências esperadas é um aspecto da
ética de Mill que permanece em aberto.

Mill tem uma perspectiva hedonista de felicidade, e, segundo ela, a felicidade


consiste no prazer e na ausência de dor. O prazer pode ser mais ou menos intenso e
mais ou menos duradouro. Mas a novidade de Mill está em dizer que há prazeres
superiores e inferiores, o que significa que há prazeres melhores do que outros. Ou
seja, há prazeres que têm mais valor do que outros devido à sua essência. Mill
defende que os tipos de prazer que têm mais valor são prazeres como o
pensamento, sentimento e imaginação. Qualquer prazer destes terá mais valor e fará
as pessoas mais felizes do que a maior quantidade imaginável de prazeres inferiores.
Estes são os prazeres ligados às necessidades físicas, como beber, comer e sexo.

Diz-se que o hedonismo de Mill é sofisticado por ter em conta a qualidade dos
prazeres na promoção da felicidade para o maior número; a consequência disso é
deixar em segundo plano a ideia de que o prazer é algo que tem uma quantidade que
se pode medir meramente em termos de duração e intensidade. É a qualidade do
prazer que é relevante e decisiva. Daí Mill dizer que é preferível ser um "Sócrates
insatisfeito a um tolo satisfeito". Sócrates é capaz de prazeres elevados e prazeres
baixos e escolheu os primeiros; o tolo só é capaz de prazeres baixos e está limitado a
uma vida sem qualidade. Mas será que é realmente preferível ser um "Sócrates

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insatisfeito"? Mill afirma que, se fizéssemos a pergunta às pessoas com experiência


destes dois tipos de prazer, elas responderiam que os prazeres elevados produzem
mais felicidade que os prazeres baixos. Assim, todas fariam a escolha de Sócrates.

Na ética, Mill é conhecido sobretudo pelas suas obras Utilitarianism e On Liberty.


Cada uma delas é um clássico do seu género, embora o Utilitarismo padeça de uma
tensão vitoriana, pela sua combinação de hedonismo com distinções de qualidade
entre os prazeres, bem como pela difícil mistura entre elementos de utilitarismo dos
actos e utilitarismo das regras. Foi o principal alvo de todos os críticos do
utilitarismo posteriores, e especialmente dos idealistas Green e Bradley. Da Liberdade
é a defesa clássica do princípio da liberdade de pensamento e de discussão,
argumentando que o "único fim pelo qual a humanidade está autorizada, individual
ou colectivamente, a interferir na liberdade de acção de qualquer um dos seus é a
sua própria protecção". Entre outras obras, Mill escreveu Principles of Political Economy
e Subjection of Women.

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Comparação entre Immanuel Kant e John


Stuart Mill

Postas as duas éticas referenciados, de Kant e Mill é de fácil percepção que elas
diferem em bastantes aspectos.

Antes de mais, Mill era um defensor do utilitarismo, que é uma versão de


consequencialismo, enquanto que Kant era um defensor do deontologismo, que é
uma versão de não-consequencialismo.

De acordo com as teorias consequencialistas, o correcto consiste em maximizar o


bom, ou seja, consiste em gerar o melhor estado de coisas possível, se esse estado de
coisas ainda não existe, ou em preservá-lo, se já existe. Uma teoria não-
consequencialista típica, por outro lado, começa por especificar uma teoria do bom,
mas nega, de seguida, que o correcto consista sempre em maximizar o bom. Por
exemplo: é preferível que morra apenas uma pessoa a que morram cinco, mas uma
teoria não consequencialista como a de Kant não permite que matemos uma pessoa
para salvar cinco. Uma teoria consequencialista diria que temos o dever de matar
essa pessoa caso assim possamos salvar cinco.

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Bibliografia

http://www.vidaslusofonas.pt/immanuel_kant.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Stuart_Mill

http://criticanarede.com/html/vidadekant.html

http://www.mundodosfilosofos.com.br/kant.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant

http://criticanarede.com/html/his_kant.html

http://www.cobra.pages.nom.br/fmp-kant.html

http://criticanarede.com/html/fa_13excerto.html

http://criticanarede.com/html/eti_mill.html

http://criticanarede.com/html/his_mill.html

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