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Arquivos Privados e Renovao das
Prticas Historiogrficas
Christophe Prochasson
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E uma pena, embora no fundo talvez seja uma sorte para a liberdade do
historiador, mas um tal "livro" no existe. Pois antes o sentimento da disperso
que prevalece naquele que persegue os arcanos da criao. Nenhuma instituio
de arquivo detm todos os arquivos de um poltico, de um escritor, de um artista
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tratgias universitrias que ele percebe, por seu lado, mais friamente. 10 Deve-se
alis notar que essa documentao raramente abre espao para discusses ele
vadas ou pessoais, alm de algumas frmulas de praxe sobre a sade ou o tempo.
Os escritores da mesma poca, em relao aos quais sempre se pode suspeitar de
um desejo de ver sua correspondncia ser um dia publicada, so em geral muito
mais eloqentes e, em resumo, se pem muito mais em cena do que os intelectuais
universitrios. Conviria igualmente analisar os modelos ocultos, consciente ou
este o
eixo escolhido por esses historiadores. No nos espantaremos ponanto de ver um
Georges Ribeill publicaram Le journal intime de Caroline B., descoberto por acaso
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estudos histricos
1998 - 21
Notas
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Tmoins. Essa;
d'analyse el de critique des souvenirs de
combattants dits enfra.ais de 1915
1928, Paris, Les EtinceIles, 1929, reed.,
Naney, Presses Universitaires de Nancy,
1993, p. 2.
archives
des
demoiselles. Enqute sur le journal de jeune
filie, Paris,Seuil, 1993, p. 11.
20. Ibid., p. 20. Se Lejeune considera o
dirio ntimo uma prtica c diz trabalhar
no com um "gnero", mas com um
"campo" (as adolescentes solteiras ou
menores de 25 anos), Alain Girard, em
seu trabalho clssico (Lejaurnal intime,
Paris,PUF, 1963, 2' ed. 1986), fala em
gnero literrio.
..
Op.CiL,
PaJavraschave:
arquivos privados, correspondncia
pessoal, dirios ntimos, prticas
historiogrficas,histria cultural, elites
intelectuais, Primeira Guerra Mundial.
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