As tintas utilizadas por pintores de todo o mundo compõem-se de pigmento,
aglutinante e solvente. Nesse caso específico, a principal preocupação seria caracterizar os componentes dos aglutinantes presentes no quadro. Identificar claramente as contradições históricas - tintas sintéticas modernas versus pintores clássicos – é possível graças ao uso de um método chamado pirólise acoplada a cromatografia a gás e a espectometria de massas. Através da técnica, é possível quebrar o polímero aglutinante em partículas menores, os monômeros. Após a divisão, feita por cromatografia gasosa, deve ser a análise da massa molecular dos monômeros através de espectometria. Após determinar a estrutura do aglutinante utilizado no quadro, é possível identificá-lo. Por exemplo se fosse encontrada substâncias na tela como o Poliacetato de Vinila, um aglutinante moderno, composto de polímero sintético. Está comprovado que o quadro consiste em uma falsificação, pois seria impossível que Picasso tivesse lançado mão do referido produto. Soluções para o caso: O RETRATO DE SUZANNE BLOCH
Solução B
Uma nova técnica permite identificar a autenticidade de quadros e imagens
sacras por meio da análise das partículas magnéticas dos materiais usados em sua confecção, que formam uma espécie de impressão digital magnética única para cada obra. A técnica desenvolvida por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e da Universidade de Utah (Estados Unidos) e está descrita no Journal of Applied Physics. A autenticação se baseia no fato de que as tintas a óleo ou acrílicas apresentam partículas ferromagnéticas, que produzem campos magnéticos que podem ser captados por um scanner especial, o Squid (sigla em inglês para “dispositivo supercondutor de interferência quântica”). No caso das imagens sacras, a técnica identifica também os pregos em seu interior. Soluções para o caso: O RETRATO DE SUZANNE BLOCH Solução B
As partículas ferromagnéticas formam um campo magnético único para cada
obra. A comparação entre o perfil magnético da obra original e o de uma possível falsificação permite, assim, atestar ou não sua autenticidade. O campo magnético gerado pelos pigmentos das tintas e pelos pregos é medido com um Squid, equipamento usado na medicina originalmente para monitorar o campo magnético gerado pelo coração e pelo cérebro humanos. Para realizar a medição, é necessário magnetizar as obras aplicando um campo magnético de 100 gauss (unidade que mede a densidade do fluxo de campos magnéticos). Em seguida, é feita a varredura no scanner. Um programa especial de computador analisa o mapa magnético da obra. As imagens magnéticas obtidas mostram padrões distintos para cada obra analisada. Os sinais magnéticos mudam de acordo com a direção e a intensidade das pinceladas, as tonalidades ou a quantidade de tinta. A comparação entre tintas de mesma cor, mas de diferentes origens, também mostra sinais magnéticos distintos, o que permite identificar mesmo as falsificações que parecem perfeitas. Soluções para o caso: O RETRATO DE SUZANNE BLOCH
Melhor Solução: Solução B.
Ambas técnicas são muito eficientes para identificação da legitimidade de
obras de arte. Na técnica proposta na Solução A, faz-se necessário a extração de micro amostras de tinta da tela, o que acaba por causar um certo dano a obra.
Na técnica proposta na Solução B, ao contrário de outras, não corre o risco
de danificar a obra, pois técnica de identificação por imagem magnética é totalmente não invasiva.