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Estado como o nico ator capaz de ordena-las e de dar sentido a elas (at certo ponto).
Os principais candidatos so chefes territoriais, mas tem dificuldades para projetar se
alm de seus territrios.
Doble T
Rebobinemos antes de concluir. As duas minorias intensas da poltica argentina, o
kichnerismo e o anti-kichnerismo intransigente, carecem de candidatos a altura do rudo
miditico que fazem: sua hegemonia comunicacional no se traduz em xitos eleitorais,
porque a representao mais complicada que a televiso e porque o rating no
equivale a votos (polticos que aparecem mas que no ganham eleies: Elisa Carri,
Luis DElia, Diana Conti, Patrcia Bullrich...).
Longe de esses polos ardentes, a sociedade parece inclinar-se ao amplo centro dos
polticos-commoditie, um ecossistema viscoso onde eles nadam lentamente, cuidando
para no se equivocarem. porque a poltica televiso mas tambm territrio, o
duplo T que contm a cifra dos xitos e dos seus fracassos. Se olharmos bem, as
estratgias dos principais atores se explicam em ltima instancia pelas necessidades dos
que contam com altos nveis de conhecimento e aceitao pblica mas aos quais falta
estrutura territorial (Macri, Massa, Scioli), frente aos que controlam municpios e
provinciais, acumulam poder institucional e dispem de amplos contingentes militantes
mas que sofrem da ausncia de figuras nacional representativas (o radicalismo, os
governadores peronistas, a Cmpora). Os quatro paradoxos enunciados acima
constituem a explicao mais bsica dessa necessidade cruzada.