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Imaginrio do consumo:
aproximaes entre
corpo e embalagem1
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desreferencialidade;
destotalidade
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correntes
de
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das vivncias do corpo para o mundo das imagens significa tambm sua
transferncia para um tempo in effigie, congelado em um eterno presente e,
portanto, sem presente.
Vale citar, aqui, as palavras de Kamper, a partir de Baitello (2002: 35):
ver permanece superficial. A profundidade do mundo no para o olho. E
quando o olhar penetra, apenas aumentam novamente as superfcies e as
superficialidades. A era ptica j o provou ex negatio. Ou seja, o corpo
embalagem na campanha das Sandlias Ipanema Gisele Bndchen, da
Grendene, produz visibilidade para o produto, mas tambm produz uma
invisibilidade para a nudez da top model. A plasticidade da embalagem parece
enfraquecer as dimenses biofsicas e culturais do corpo. Trata-se de um
corpo que se transformou em imagem: da sua visualidade exacerbada.
Embalagem e palimpsestos: breves aproximaes
A noo de corpo impregnada de visualidade sugere uma analogia entre
embalagem e palimpsesto, salvaguardadas as devidas diferenas histricas e
funcionais que os reveste. Segundo Cauduro (2004:53), o palimpsesto um
documento/suporte sobre cuja superfcie muitos textos foram escritos e na
qual ainda permanecem os traos visveis,
imperfeitamente apagados de
preciso
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Referncias:
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