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MONOGRAFIA
ALUNO
ORIENTADORA
MAGALI CUNHA
FACULDADE
TEOLOGIA
DATA
JUNHO DE 2000
UMA REFLEXÃO SOBRE A NECESSIDADE DA QUALIDADE TOTAL NA VIDA E MISSÃO DA IGREJA METODISTA NO BRASIL.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .......................................................................... 5
3.2 KAIZEN.................................................................................................................21
5. CONCLUSÃO. ......................................................................... 41
6. BIBLIOGRAFIA: ..................................................................... 43
7. ANEXOS ................................................................................. 45
NUMERICAMENTE?........................................................................................................61
1. INTRODUÇÃO
vida coletiva dos membros da Igreja Metodista local, devendo começar dos
definir quais serão atendidas e quais não seriam. Sob esta perspectiva, a condição de
inércia diante deste fato se dá, não porque não seja prioridade, mas sim, porque a
incapacidade de se trabalhar perante esta situação ocorre pela falta de uma instrução e
preparo adequados nesta direção. Quando o pastor e a pastora metodista são movidos a
agirem em prol de uma solução, observa-se que esta iniciativa se dá sem uma consciente
continuidade, são práticas que vêm fortalecendo um motivo comum entre pastores e
dos trabalhos desenvolvidos na Igreja Metodista no Brasil. Esta preocupação nos leva a
amadurecer a prática da gestão pela excelência na igreja local, como também, nas áreas
Este tema tem um grau de relevância, tendo em vista que, dentro e fora da Igreja
localização e o tipo de problema para que, de posse deste instrumental, sabermos quais
as ferramentas da QUALIDADE TOTAL que poderão ser usadas, e também, para que
neoliberalismo, conforme nos diz o professor Jung Mo Sung em seu artigo no jornal
1
Sung, Jung Mo. Neoliberalismo, Eficiência e Pastoral. Rio de Janeiro: Contexto Pastoral, (VII)
2
Fundação Dom Cabral. Programa de Gestão Avançada: temas para excelência. Rio de Janeiro:
(1073), conseguiu ampliar o domínio da Igreja. O papa sustentava uma tese política
desprovida de toda humildade. Ele conflitava argumentos de forma que viessem a gerar
poder. Na igualdade natural dos homens, a realeza afigura-se a este aldeão como uma
Donde a necessidade de uma total subordinação do Estado à Igreja divina, e seu direito
Brasil, como também os membros que ocupam cargos de liderança na igreja local,
identificar as principais mudanças que devem ocorrer dentro da prática bíblica na vida e
nos atos dos membros da Coordenadoria Local de Ação Missionária, da mesma forma,
nos pastores e pastoras metodistas, ressalvando-se que não são todas as mudanças
5
Schonberg, Jean-Louis. Verdadeira história dos concílios. s. l.: Publicações Europa-América, s.
d.. p. 107.
2.1 Q U A L I D A D E T O T A L : H I S T Ó R I A E EVOLUÇÃO.
distanciam da concepção atual de QUALIDADE6. Naquela época, tudo era fabricado pelos
por seus mestres de ofício7. Essas pessoas, artesãos e artífices, transcorriam longos
períodos de tempo atuando como aprendizes até o momento em que suas tarefas
artífices. Para J. M. Juran, nos séculos XVIII e XIX a supervisão para a QUALIDADE se
6
Caravantes, R. Geraldo & Claudia e Bjur, Wesley. Administração e qualidade: a superação
Qualitymark, 1992, apud Caravantes, R. Geraldo & Claudia e Bjur,Wesley, Id. ibid.
estado do Iowa, nos Estados Unidos da América. Filho de William e Pluma Irene
Edwards Deming, DEMING foi herdeiro de uma tradição americana antiga em que sua
avó materna, Elizabeth Grant, era parente do General Ulysses S. Grant. Pelo lado
paterno, o parente mais importante foi o Major Jonathan Deming que serviu como
trabalhou como mercador próspero e construiu sua casa na cidade Colchester, no estado
de Connecticut, nos Estados Unidos da América, da qual, sua sala de visitas foi
conforto colonial burguês11. DEMING morava com sua família numa casa na Rua Bluff,
Cidade de Sioux, Iowa, Estados Unidos da América, até seu segundo aniversário. Ao
8
Juran, J. M. Qualidade desde o Projeto: novos passos para o planejamento da qualidade em
produtos e serviços, São Paulo: Pioneira, 1992, apud Caravantes, R. Geraldo & Claudia e Bjur,Wesley,
Id. ibid.
9
Caravantes, R. Geraldo & Claudia e Bjur, Wesley. Ibidem.
10
Juran, J. M. Op. cit. apud Caravantes, R. Geraldo & Claudia e Bjur,Wesley. Id. ibid.
11
Gabor, Andréa. O homem que descobriu a qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora
nascer seu irmão, Robert Deming, a família se mudou para a fazenda de 300 acres do
seu avô, perto da cidade de Polk, no estado de Iowa, nos Estados Unidos da América.
Ele e sua família passaram momentos difíceis como de quando ele se lembra que andava
descalço pela fazenda onde morava usando macacões parecidos como pijamas. Até seus
quatro anos, DEMING nunca tinha visto um carro, até o dia em que viu o médico chegar
para tratá-lo de difteria, e esta, adquirida pelo esmagamento de sua unha do pé pelo
chamamos hoje QUALIDADE, não só para sua vida particular, como também, para sua
vida secular. Segundo Andréa Gabor, a aversão de DEMING pelo desperdício, sua
diligência e frugalidade têm suas raízes na infância e perduraram pelo resto da vida13.
Na sua vida particular, como por exemplo, DEMING e sua irmã Linda Deming
presenciavam o seu pai colocando datas nos ovos na geladeira com uma caneta de
ponta de ferro, para ter certeza de que os mais velhos fossem consumidos primeiro, de
modo que nenhum fosse desperdiçado14. Na sua vida de negócios, DEMING definiu que a
responsabilidade dos gerentes é amparada por nenhuma outra autoridade menor que
Deus15. DEMING é guiado por convicções religiosas. A variação explica a lógica da sua
12
Ibid. p. 40.
13
Id. Ibid. p. 42.
14
Id. Ibid.
15
Id. Ibid. p.70.
16
Ibid.
todas as pessoas. Alegria no trabalho não significa alegria para um só, mas alegria em
cooperar com outras pessoas para que também elas possam ter alegria no seu
trabalho17. Protestante devoto18, DEMING tinha uma certeza religiosa que norteou sua
2.2 Q U A L I D A D E T O T A L : C O N C E I T O S E DEFINIÇÕES.
entendido21, e com isso, estarão sendo apresentados esboços de opiniões diversas para
por isso, todos nós sabemos o que é QUALIDADE22. A definição de QUALIDADE para
Moura é: “tudo aquilo que nos agrada ou nos atende o definimos com de QUALIDADE”.
17
Id. Ibid.
18
Id. Ibid. p. 27.
19
Id. Ibid. p. 70.
20
Id. Ibid.
21
Caravantes, R. Geraldo & Claudia e Bjur,Wesley. Op.cit. p. 58.
22
Moura, Luciano Raizer. Qualidade Simplesmente Total. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. p.
16.
gestão de empresas que visa garantir aos produtos e serviços características que os
contínuo que permanece atuante29. Para Juran, QUALIDADE é “fitness for use” –
adequação ao uso30 – ou seja, o cliente acredita que o produto ou serviço atende àquilo
que foi designado (ver anexo um). Claus Moller indica que a QUALIDADE se dá em dois
materiais, como por exemplo, tempo, função, durabilidade, taxa de defeitos, segurança;
23
Garvin, David. Op.cit. apud Caravantes, R. Geraldo & Claudia e Bjur, Wesley. Op.cit.
24
Oakland, J. S. Gerenciamento da Qualidade Total. São Paulo: Nobel, 1994 apud Id. ibid.
25
Holanda, Aurélio Buarque de. Minidicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira,
2ª ed: 1977.
26
Luft, Celso Pedro. Minidicionário Luft. São Paulo: Editora Ática, 7ª ed.
27
Moura, Luciano Raizer. Op. Cit. p. 17.
28
Garvin, David. Op. cit. apud Id. ibid.
29
Caravantes, R. Geraldo & Claudia e Bjur, Wesley. Id. ibid. p. 58 e 59.
30
Juran, J. M. Op. cit. p. 16. apud Id. ibid.
complementarem31.
dos clientes e do mercado”34. E também, nas normas da ISO 9000, QUALIDADE TOTAL é
31
Moller, Claus. O Lado Humano da Qualidade: maximizando a qualidade de produtos através
Gestão da Qualidade Total. São Paulo: Fundação Prêmio Nacional da Qualidade, 1993. p. 3. apud Id.
ibid.
atuar de forma planejada e sistêmica para fixar-se e praticar, num ambiente no qual o
2.3 Q U A L I D A D E T O T A L : P O N T O S C O M U N S N A F I L O S O F I A U T I L I ZA D A .
da freqüência dos participantes, pela remoção das causas dos problemas no sistema de
instrumentos musicais e de sonorização, são feitas durante a entrada dos membros e dos
visitantes à igreja. Por que deixar para última hora a preparação de todo o ministério de
louvor ou de música? Por que permitir que eventuais falhas nas aparelhagens que
igreja?
35
Keneth Arnald. Guia Gerencial para a ISO 9000. Rio de Janeiro: Campus, 1991 apud Id. ibid.
36
Brassard, Michael. Qualidade – Ferramentas para uma melhoria contínua. Rio de Janeiro:
sobre si a tarefa de gerenciar todas as pessoas que trabalham? Quem pode garantir a
não eleger duas pessoas para compor um grupo de trabalho (membros de qualquer
societário) para estar somente gerindo o evento específico? Por que não facilitar a
grupos societários, uma vez que a solicitação foi feita pelo grupo de trabalho ao
2.4 Q U A L I D A D E T O T A L : P R O G R A M A S E FERRAMENTAS.
tem como objetivo adequar o modo de gestão da empresa, fazendo uso dos conceitos e
38
Moura, Luciano Raizer. Op. cit. p. 28.
Igreja Metodista local na sua totalidade, como em parte ou área da igreja local.
39
Id. Ibid.
40
Caravantes, R. Geraldo & Claudia e Bjur,Wesley. Op.cit. p. 89.
preparação individual e/ou coletiva da igreja. Na doutrina transmitida por João Wesley
de casos, tendo por base, sempre, a Palavra de Deus e/ou as doutrinas metodistas.
41
Controle de Qualidade Total (CQT).
42
Fazer certo e na primeira vez.
43
Fundação Dom Cabral. Op. cit. pp. 126 e 127.
treinamento por meio da chefia imediata, com objetivo de instituir maior empenho entre
Nota-se neste programa que a abrangência de sua atuação pode ser estendida ao
individual e coletiva, como também, espiritual e material dos e das membros metodistas
cada estudo de caso poderá oferecer subsídio para sua implementação na esfera da
igreja local.
atividade bancária, definindo que: mais do que captar novos clientes é importante
44
Ibid.
45
Ibid.
46
Reis, Luís Filipe Sousa Dias. Gestão da Excelência na atividade bancária. Rio de Janeiro:
o conceito “Zero Clientes Perdidos”, nos leva a amadurecer esta perspectiva dentro das
QUALIDADE”.
membros e as membros afastados. Essa ênfase deveria ser trabalhada rapidamente, pois,
definição do rol de membros ativos da Igreja Metodista no Jardim Botânico. Para isto
foi definido convidar um irmão metodista, que tem atuado especificamente neste
equilíbrio de forma sistemática, organizada e com boa liderança, para se ter condições
levou Wesley a conceber uma visão de espiritualidade que implicava que um não pode
47
Ata da reunião do Ministério de Apoio Administrativo (MAAD) da Igreja Metodista do Jardim
subsistir sem o apoio do outro, um não pode subsistir sem o respeito do outro, todos
preocupar com os outros, e, principalmente nos dias de hoje, com membros afastados e
Deus.
3.2 K A I ZE N 49.
serviço pode ser melhorado, e isto começa a partir do reconhecimento dos problemas de
presentes na estrutura em vigor. Contudo, esses problemas, que até então eram
recebidos de forma negativa na instituição, agora são sempre bem-vindos e sua estada
KAIZEN é que nenhum dia deve se passar sem algum tipo de melhoramento. A
48
Caminhando. Revista Teológica da Igreja Metodista: n° 6. p.53.
49
Melhoria Contínua.
50
Fundação Dom Cabral. Op. cit. p. 127.
O apóstolo Paulo exorta a igreja de Filipos a não ficar satisfeita com a atual
condição espiritual de suas vidas, como está escrito na carta aos filipenses, ...
desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor..., para que vos torneis
vida, e isso num sentido sem término, pois o apóstolo Paulo os desafia a tornar suas
vidas irrepreensíveis e sinceras. Mais adiante nesse mesmo livro, ele estimula a
prosseguir para a conquista, ou seja, ele estabeleceu metas, um alvo a ser alcançado e
sempre com o mesmo objetivo de crescer em graça, como: ... prossigo para conquistar
aquilo para o que também fui conquistado... não julgo havê-lo alcançado;... prossigo
seguinte passagem na epístola aos Filipenses,: não que eu o tenha já recebido ou tenha
já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui
51
Ibid.
conquistado por Cristo Jesus (Filipenses 3.12). Wesley define assim: quanto mais alto
tenha subido o homem, por mais elevada que seja o grau de sua perfeição, ele ainda
apresentado em anexo (Anexo 3). Este estudo tem por base estabelecer de forma
forma anônima, o capital espiritual daquela classe de escola dominical ou igreja. Uma
mesmas serão quantificadas e inseridas num gráfico que estabelecerá o ponto ideal do
capital espiritual daquela classe de escola dominical ou igreja e o ponto real do capital
52
Wesley, João. Sermões pelo Reverendo João Wesley. São Paulo: Imprensa Metodista, 1954.
Administração de Empresas.
análise global efetuará uma diagnose geral da classe de escola dominical e/ou da igreja
de Espiritualidade Cristã”.
espiritual, definindo-se qual a área (individual) ou as áreas (global) que devem ser
partir dos ministérios e grupos societários presentes na vida e missão da igreja local.
este programa à igreja. Sob a coordenação do pastor e/ou da pastora, este ou esta irá
de fácil percepção às orientações cabíveis que deverão ser adotadas após esta
apreciação, pelo pastor e pastora metodista. O que antes era totalmente abstrato, a
Igreja poderá pautar sua potencialidade e estabelecer estratégias para o fim único da
3.3 K A N B A N
desperdício54. Empresas no Brasil têm utilizado esse programa como forma de reduzir
avanços nos últimos três anos55. Das 1356 empresas participantes, a utilização do
para baixa utilização, 9% para média utilização, 5% para alta utilização e apenas 70
empresas não utilizam. Nesse universo, notou-se que 41% das empresas que utilizam
sua abrangência, pois assim, o bom do uso do KANBAN levará os ministérios, grupos
54
Fundação Dom Cabral. Op. cit. p. 129.
55
VVAA. Qualidade & Produtividade na Indústria Brasileira. Rio de Janeiro: BNDES, CNI,
o apóstolo Paulo ordenou-lhe que pregue a palavra, insta, quer oportuno, quer não,
ministério (II Timóteo 4.2-5). O desperdício do tempo em outras coisas que não faziam
parte do seu ofício, pastor, era considerado ocioso. A relatividade expressa nesse
contexto está, não na invalidez de seu trabalho pastoral, ou ainda, na inércia de sua
atividade proclamatória das boas-novas, mas sim, na ocupação exacerbada das religiões
e seitas nos espaços sociais espiritualmente carentes do seu tempo presente. O KANBAN
ele oferece uma orientação indelével no documento denominado Regras Gerais. Nesse
desperdício, já que a Primeira Regra proibia a prática do mal, como por exemplo, o uso
KANBAN, Wesley aponta normativas para as quais a conduta cristã se coloca contra os
divinas, como a prática dos atos de misericórdias. Debalde seria continuar agindo da
mesma forma como antes em suas vidas, então, o cumprimento da Primeira Regra
imediata desses atos, suas práticas se realizariam em dando alimento aos famintos,
Missionária da Igreja Metodista do Jardim Botânico, onde foi debatido o uso da casa
alugada ao lado da igreja. Essa casa é utilizada, na data presente da ata, somente no
período de 10:30 horas às 12 horas do domingo. Nessa reunião foi questionada a relação
vista do KANBAN, esta preocupação ímpar de procurar não onerar com desperdícios ou,
57
Eclesiologia de João Wesley. Caminhando – Revista Teológica da Igreja Metodista – n° 6, p.
45.
58
Ibid.
59
Ata da 14ª reunião da CLAM da Igreja Metodista do Jardim Botânico, realizada no dia 25 de
agosto. p. 2.
recursos são provenientes dos dízimos e ofertas dos membros e das membros do Corpo
de Cristo, conforme foi escrito pelo profeta Malaquias: Trazei todos os dízimos à casa
do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor
dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céus, e não derramar sobre vós bênção
sem medida (Malaquias 3.10). A atribuição de administrar bem, sem desperdício e não
permitindo as ociosidades, estão inerentes a estas pessoas, tais como: CLAM, MAAD e
pastores e pastoras.
de extrema valia para quem as usa. Dentre as vantagens apuradas pelas Ferramentas da
respectivos gráficos61.
Qualidade na vida e missão da Igreja Local, tendo por base que, o sucesso de sua
60
Moura, Luciano Raizer. Op. cit. p. 28.
61
Brassard, Michael. Op. cit. p. 6.
4.1 F L U X O G R A M A .
Lei Ordinária (1998) – nos artigos 191 e 192, a utilização do Fluxograma para
de maior valor, pode ser apresentado, para a sua fácil visualização e compreensão, da
seguinte forma:
62
Id. ibid. p. 9.
63
McDermott, Robin E. Qualidade impulsionada pelos empregados. São Paulo: Makron Books,
1996. p. 138.
Entrega da solicitação do
órgão ao Concílio
Cumprimento
das exigências
Aprovado
Não
Sim
Entrega da comprovação de
viabilidade financeira
Aprovado
Não
Sim
Não
Aprovado
Sim
alternativas; usualmente, uma única seta sai do retângulo “processo”. De outra forma,
demonstrar algumas leis, normas, rotinas ou padrões. Tendo em vista a melhor forma de
visualização, assimilação e compreensão por parte dos membros e das membros de sua
processos como: trâmites, passo-a-passo) ali utilizados, como por exemplo, inscrição de
4.2 D I A G R A M A DE PARETO.
nos poucos problemas ou áreas de melhoria vitais em vez dos muitos triviais. O
forma especial de gráfico de barras verticais que nos permite determinar quais
estão sendo alinhavadas dentro dos parâmetros estabelecidos pelo problema. Destarte,
64
Brassard, Michael. Op. cit. p. 13.
65
McDermott, Robin E. Op. cit. p. 137.
66
Brassard, Michael. Op. cit. p. 17.
metodista podem ser instrumentalizadas pelo uso desta ferramenta para soluções de
alcançadas67.
Igreja Metodista está nos retiros, eventos, campanhas evangelísticas, trabalhos sociais, e
melhoras nesses eventos. Quando uma Igreja se prepara para realizar um acampamento
dificuldades financeiras (32) e trabalhando (14). Assim sendo, a primeira atitude a ser
67
WERKEMA, Maria Cristina Catarino. As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de
chegou-se a seguinte conclusão: dispensado pela empresa (22) e pediu demissão (4).
Conforme a análise, o item “dispensado pela empresa” foi o de maior evidência, então,
demonstrar aos membros da Igreja, e com isso, sob a visão de gestão participativa, todos
poderão contribuir com idéias para que no próximo retiro a presença dos membros e das
entre o “efeito” e as possíveis “causas” que incidem sobre esse “efeito”. Do lado direito
que indicam as causas do problema estarão agrupadas por classes. Assim sendo, para
68
Brassard, Michael. Op. cit. p. 24.
Segundo McDermott, trata-se de uma técnica visual para captar idéias para
bastante abrangente e demonstra o quanto se pode alcançar na separação dos itens que
pessoa poderá colocar as causas em cada área construindo uma rede de informações que
agrupamento de informações pode ser feita em aberto, ou seja, em um salão, ou, então,
organiza-se um grande quadro, com o esqueleto do peixe para que as pessoas possam
69
McDermott, Robin E. Op. cit. p. 160.
70
Werkema, Maria Cristina Catarino. Op. Cit.
71
Brassard, Michael. Op.cit. p. 25.
cansativo, têm letras pequenas, no caso dos folhetos eles são poucos interessantes, de
difícil compreensão, não diz nada com respeito à vida do não-cristão. No caso do
dinheiro, os recursos são escassos porque a arrecadação é pequena, os membros não são
ficará fácil de se visualizar a maioria das causas que influenciam esse resultado nas
possamos eleger qual área será a primeira a ser trabalhada pelo pastor e pela pastora
metodista.
4.4 T É C N I C A N O M I N A L DE GRUPO
decidir pela maioria, sem a influência daqueles que falam mais ou que falam mais alto,
prioridades, ninguém irá se indispor, pois, o resultado não foi o de uma pessoa, mas
sim, o resultado das opiniões do grupos, e isto, sem privilégios para ninguém.
reunirem a CLAM para definir qual área será priorizada, eles precisariam distribuir
que ele achar mais importante. Consecutivamente, ele irá colocar o número três no
itens numa folha e somar-se-á os números de todos somente daquele item. Da mesma
forma com os outros três, sendo assim, cada item terá uma nota que corresponde ao
somatório de todos naquele item. O item que possuir o maior número será o primeiro a
ser atendido.
Da mesma forma que se fez com a áreas, poder-se-á fazer com os sub-ítens
4.5 C I C L O PDCA.
Ele é composto de quatro etapas: em primeiro lugar o Planejamento (do inglês “Plan”,
que quer dizer Planejar). O Planejamento tem por objetivo estabelecer metas e método
Em segundo lugar vem a Execução (do inglês “Do”, que quer dizer Fazer).
Nesse item compreende a execução das tarefas exatamente como foi previsto na etapa
trabalho.
Em terceiro lugar está a Verificação (do inglês “Check”, que quer dizer
Em quarto lugar encontramos a Atuação Corretiva (do inglês “Action”, que quer
dos resultados obtidos. Existem duas formas de atuação possíveis: adotar como padrão
o plano proposto, caso a meta tenha sido alcançada, como também, agir sobre as
seguido para que as metas estabelecidas possam ser atingidas. Para que possamos
72
Werkena, Maria Cristina Catarino. Op. cit. p. 17.
setembro de 2000, apresenta uma mensagem na primeira página, com os dados da Igreja
no cabeçalho, como também, à direita do boletim, uma coluna com o nome dos pastores
e horários dos cultos. Quando abrimos o boletim, encontramos duas colunas em cada
do culto.
Igreja deveria reunir semestralmente, por exemplo, e planejar (“P”) as melhorias que
deveriam ser feitas para facilitar e estimular a leitura do boletim. Uma vez planejado,
chegou a hora de executar (“D”). Uma vez executado, deve-se checar (“C”) para saber
negativos serão necessárias melhorias, então, a atuação corretiva (“A”) para não
assim, o PDCA.
lay-out, deverá ser analisado, neste exemplo, mantendo sempre este movimento para
5. CONCLUSÃO.
Este estudo tem por base despertar no meio eclesial metodista a possibilidade de
utilização dos Programas e Ferramentas da Qualidade Total, por pastores e pastoras, por
ministérios e grupos societários. Essa discussão deve ser mais usual dentro de nossas
metodistas, de que igreja não deve ser dirigida como uma empresa, ao serem analisadas
exame que se faz da Igreja por intermédio desse instrumental aqui redigido e
idéias, pois o objetivo é somente de tentar construir uma Igreja de Qualidade, não só
espiritual, mas também, uma Igreja de Qualidade ética, profissional e social. O desafio
metodista, com vista ao padrão de referência cristã, como João Wesley foi na Inglaterra,
nós podemos ser cada dia mais e mais melhores cristãos e cristãs do que fomos ontem, e
6. BIBLIOGRAFIA:
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). São
Books, 1996.
Editora, 1997.
REIS, Luis Filipe Sousa Dias. Gestão da excelência na atividade bancária. Rio de
América. s.d.
SUNG, Jung Mo. Neoliberalismo, Eficiência e Pastoral. São Paulo: Contexto Pastoral,
WESLEY, João. Sermões pelo Rev. João Wesley. São Paulo: Imprensa Metodista, Vol II,
1954.
7. ANEXOS
Q U A L I D A D E M A I S A L T A P E R M I T E Q U E A E M P R E S A 73:
CARACTERÍSTICAS DE PRODUTOS
QUE ATENDEM NECESSIDADES DE AUSÊNCIA DE DEFICIÊNCIA
CLIENTES
reduza freqüência de erros
aumente a satisfação com o produto
reduza trabalho, desperdício.
torne os produtos vendáveis
reduza falhas de campo, despesas com
atenda à competição
garantia.
o principal efeito reside nas vendas o principal efeito reside nos custos
mais. menos.
73
Juran, J. M. Op.cit. p. 58 apud Caravantes, R. Geraldo & Claudia e Bjur,Wesley. Op.cit.
serviços.
por um produto com a intenção de atender a certas necessidades dos clientes e, dessa
podem ser internos, são afetados pelo produto e também são membros da empresa que
fabrica o produto, ou externos, são afetados pelo produto, mas não são membros da
74
Id. Ibid.
METODISTA DO RIO DE J A N E I R O (I G R E J A M E T O D I S T A DO C A T E T E ).
MINISTÉRIO
DIA EVENTO HORA LOCAL
RESPONSÁVEL
Dia Mundial de
4ª feira 01/03/2000 Soc. De Mulheres
Oração
Soc. De Mulheres /
4ª feira 01/03/2000 Jejum e Oração 08:00 Templo
Equipe Pastoral
Início da Organização
4ª feira 01/03/2000 Ministério da Memória Salão Social
do Museu
LAMAG Recepção
MINISTÉRIO
DIA EVENTO HORA LOCAL
RESPONSÁVEL
Prédio da
Domingo Início do Curso de Ministério de 09:45 às
Escola
05/03/2000 Capacitação Capacitação e Ensino 10:45
Dominical
Prédio da
Atendimento Social – Ministério de Ação 15:00 às
3ª feira 07/03/2000 Escola
Plantão da Eq. Médica Social 16:00
Paroquial
Culto Regular –
3ª feira 07/03/2000 Equipe Pastoral 19:00 Templo
Estudo Bíblico
7.3 A N E X O 3: O S D E Z I N D I C A D O R E S DA E S P I R I T U A L I D A D E C R I S T Ã 75
ROMANOS 12:9-21
M A T E U S 26.40-46
conversar com Deus e entender a oração, acima de tudo, como um forma de nos
(2) O cristão ora mecanicamente e de forma indisciplinada. Não procura verificar como
Deus responde à sua oração e entende o ato de orar como uma obrigação e um fardo
pesado de carregar.
(3) O cristão ora mecanicamente, porém de forma disciplinada. Não procura verificar
como Deus responde à sua oração e entende o ato de orar como uma obrigação, mas não
como um fardo.
75
Estudo desenvolvido por Luiz Antonio Joia para aplicação na Escola Dominical da Igreja
de 2000.
(4) O cristão ora sempre que sente necessidade, de modo formal ou informal. Entende a
oração como uma conversa com Deus e sente prazer nela. Procura verificar como Deus
responde à sua oração mas não tira lições para sua vida espiritual.
(5) O cristão ora sempre que sente necessidade, de modo formal ou informal. Entende a
oração como uma conversa com Deus e sente prazer nela. Procura verificar como Deus
GRAU: ( )
E F É S I O S 6.10-20 E H E B R E U S 4.12
única fonte da revelação da Sua vontade para conosco. Consiste também em meditar na
(4) O cristão lê a palavra de Deus disciplinadamente, mas não medita com paciência na
mesma.
vida espiritual.
GRAU: ( )
Indica a capacidade que o cristão tem de entender que, como Cristo, ele também
deve servir ao invés de ser servido. O cristão procura descobrir o(s) seu(s) dom(ns) e
(1) O cristão não serve à Igreja, pelo contrário, entende que a Igreja é que deve serví-lo.
(2) O cristão serve à Igreja, sem necessariamente estar usando seu dom ( o qual muitas
aprovação divina.
(3) O cristão já descobriu o(s) seu(s) dom(ns), mas usa-os no serviço à Igreja buscando
(4) O cristão serve à Igreja com humildade, no entanto ainda não descobriu claramente
seu(s) dom(ns).
(5) O cristão serve à Igreja com humildade (quer servir ao imvés de ser servido), usando
o dom que possui. Não liga para o reconhecimento humano, ao contrário, espera receber
GRAU: ( )
M A T E U S 19.16-22; L U C A S 12.13-21
Deus, e não um fim em si mesmo. O cristão entende que o ato de dar, e o próprio
(1) O cristão é prisioneiro do dinheiro, que passa a ser um fim em si mesmo. Sua vida
(2) O cristão ama o dinheiro, mas colabora esporadicamente com a Igreja, sem entender
(3) O cristão entende que o dinheiro é dom de Deus, colabora constantemente com a
(4) O cristão sabe os perigos da riqueza, sabe que está devolvendo a Deus o dinheiro,
tem desapego ao dinheiro, contribuí continuamente para a Igreja, mas espera ser
(5) O cristão sabe os perigos da riqueza, sabe que está devolvendo o dinheiro a Deus,
tem desapego ao dinheiro, contribuí continuamente para a Igreja, e não espera nada em
troca disso.
GRAU: ( )
M A T E U S 15.7-20; T I A G O 3.1-12
(1) O cristão não tem nenhum controle sobre sua língua, é um boquirroto, e da mesma
forma que louva a Deus com sua língua, difama o irmão com quem convive, às
escondidas.
(3) O cristão controla a maior parte do tempo a sua língua, mas volta e meia é traído por
ela.
(4) O cristão controla a maior parte do tempo a sua língua, mas em alguns momentos
usa-a inadequadamente, pedindo perdão a Deus e ao irmão, rapidamente, pelo seu mau
uso.
(5) O cristão tem total controle sobre sua língua, sabendo-a usar na hora certa, da forma
GRAU: ( )
J Ó 1.13-22; 42.1-6
os como vindos de Deus para o seu próprio benefício, ainda que momentaneamente sem
(1) O cristão, quando sofre ou é provado, rompe a aliança com Deus, por se considerar
traído.
(2) O cristão se desespera com Deus e não aceita o seu sofrimento, considerando-o uma
maldição.
(3) O cristão se desespera com Deus, mas aceita o sofrimento sem procurar entender o
seu porquê.
(4) O cristão aceita passivamente o seu sofrimento, mas não procura tirar nenhuma lição
(5) O cristão aceita o sofrimento e procura fazer com que ele fortaleça a sua fé e sua
GRAU: ( )
(1) O cristão busca apenas o seu crescimento espiritual sem se preocupar com os
(2) O cristão pratica esporadicamente algumas obras, sem que haja convicção da
necessidade.
(4) O cristão se envolve em vários trabalhos sociais de forma individual, por entender
(5) O cristão se envolve em vários trabalhos sociais por entender que a fé sem obras é
morta, e luta para que a sua Igreja também se engaje em trabalhos sociais, liderando
GRAU: ( )
M A T E U S 18.21-22; L U C A S 17.4
(1) O cristão não consegue perdoar seu irmão, mesmo nas menores coisas.
(2) O cristão só consegue perdoar o irmão nas menores coisas. As ofensas consideradas
(3) O cristão perdoa o irmão, mas não esquece a ofensa sofrida, e retorna a ela volta e
meia.
(4) O cristão perdoa e esquece, desde que o irmão venha falar-lhe e tome a iniciativa.
GRAU: ( )
M A T E U S 4.1-11; I C O R Í N T I O S 10.12-13
(2) O cristão cai facilmente em tentação, se dá conta disso, mas nada faz para melhorar.
(4) O cristão cai em tentação em algumas circuntâncias, mas pede perdão a Deus,
GRAU: ( )
M A T E U S 6.25-34; L U C A S 12.22-34
Indica a capacidade do cristão entregar sua vida à Deus e confiar que Ele é
(2) O cristão se perturba com as dificuldades maiores e busca resolver sozinho a questão
(3) O cristão se perturba com as dificuldades maiores, mas busca Deus para ajudá-lo.
(4) O cristão confia em Deus para resolver os seus problemas, mas ainda assim fica
ansioso.
GRAU: ( )
Esse estudo pode ser usado livremente, desde que para a honra e glória de
Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e desde que citada a Igreja Presbiteriana da
Gávea como fonte do mesmo. O nome do autor não precisa necessariamente ser citado,
estudo.
RETIROS?
35
30
25
20
15
10
0
dificuldades financeiras trabalhando
30
25
20
15
10
0
desemprego família numerosa
14
12
10
0
dispensado pela empresa pediu demissão
16
14
12
10
0
contenção de despesas falência
CRESCE NUMERICAMENTE?
Lay-out cansativo
Mal redigidas
1 Materiais
Métodos
Não falam à vida
da pessoa
Boletim
Cartas
Folhetos
Letras pequenas
Extraviadas Difícil compreesão
Atrasadas
Mal preparados
Dinheiro
Eventos
cresce numericamente ?
Por que a Igreja não
Baixo poder aquisitivo
Poucos
Não tem
organização
Ministérios
Instrumentos
Sem velhos
compromisso Sem
compromisso Música
Pouco
Membros ensaio
Sem sala para
Sem Água quente
guardar instrumentos
acompanhamento
Mal Não são bem
preparados recebidos Bebedouro