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Tom e semitom são medidas. Assim como o metro e o centímetro existem pra medir a distancia de um ponto a
outro. O tom e o semitom existem para medir a distancia de uma nota a outra.
O semitom é a menor distancia possível entre dois sons na nossa musica ocidental. Semitom é a distancia de
uma casa pra outra superior ou inferior na mesma corda (em instrumentos de corda) e é a distancia de uma
tecla a outra (em instrumentos de tecla).
Tom é a soma de dois semitons. É a distancia de uma casa pra outra posterior ou inferior, mas com uma casa
entre elas (nos instrumentos de cordas) e é a distancia entre uma tecla e outra, com uma tecla entre elas (nos
instrumentos de tecla).
Como dois semitons são iguais a um tom, o semitom também é conhecido como meio tom.
Se você estiver em Do basta subir um tom que estará em Ré, se estiver em Sol basta descer
um tom que estará em Fá, etc.
Intervalos
O tom e o semitom servem para medir a distancia entre os sons, os intervalos classificam estas distancias.
Os intervalos simples podem ser de segundas, terças, quartas, quintas, sextas, sétimas e oitavas.
Para fazê-los é presciso escolher sempre uma nota referencial (primeira), que pode ser qualquer uma das notas
do nosso sistema.
Se Do for nossa nota referencial, a sua segunda será Re, sua terceira será Mi, sua sétima será Si, etc.
Então o acorde C6, por exemplo, é o acorde de "Do maior"mais a sua sexta que é a nota La.
Se Sol for nossa nota referencial, sua sexta será Mi sua sétima será Fá, sua quinta será Re e etc.
O acorde G7 é o acorde de "Sol maior" mais a sua sétima que é a nota Fá.
Do Re Mi Fá Sol La Si
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º
Sol La Si Do Re Mi Fá
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º
Conte sempre pela ordem cronológica Do Re Mi Fa Sol La Si, mas comece pela nota que você escolheu como
referencia.
Por exemplo, se quiser saber a sétima de Si basta contar o Si como primeira e apartir daí contar todas as outras
notas.
Si Do Re Mi Fa Sol La
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º
Michael de Souza
Intervalos de Segunda
A segunda é a nota que vem logo depois da nossa nota referencial. Exemplo: a segunda de Do é Re, a segunda
de Sol é La, a segunda de Si é Do, etc. Mas existem vários tipos de segunda e o que diferencia um tipo de outro
é a distancia entre as notas que formam estes intervalos.
Segunda maior
Para ser segunda maior é necessário existir um tom entre as duas notas. Escolhemos primeiro a nota de
referencia, por exemplo, Mi. Agora verificamos qual é a sua segunda, que neste caso é Fá (lembrando que
segunda é a nota que vem logo depois), e agora a distancia entre estas duas notas.
Entre as notas Mi e Fá existe um semitom (leia o artigo sobre tom e semitom), só que para este intervalo ser de
segunda maior precisamos de um tom. Então concertamos a distancia entre as duas notas colocando um sinal de
sustenido no Fá, fazendo com que ele ande um semitom, aumentando assim a distancia entre o Mi e o Fá (que
passou a ser Fá sustenido) para um tom.
A regra é a seguinte:
Primeiro veja qual a nota que forma o intervalo pedido (segunda, terça, etc.), depois veja a distancia existente
entre as duas notas e só depois concerte esta distancia com os sinais de alteração se for necessário.
Segunda menor
É preciso existir um semitom entre as duas notas que formam este intervalo. A segunda menor de Mi é Fá, pois
existe um semitom entre estas duas notas. A segunda menor de Do é Reb, pois entre Do e Re existe um tom,
então diminuímos a distancia entre as duas notas, utilizando o sinal bemol(b).
Segunda aumentada
Para ser segunda aumentada é preciso existir um tom e um semitom entre as duas notas deste intervalo.
Lembre-se que segunda é sempre a nota que vem depois independente de ser maior, menor, aumentada ou
diminuta. O que diferencia os vários tipos de segunda são os sinais de alteração.
A segunda aumentada de Do é Re#, pois entre Do e Re temos um tom, então é necessário aumentar mais um
semitom.
A segunda aumentada de Mi é Fá* (dobrado sustenido), pois entre Mi e Fá temos apenas um semitom, então
acrescentamos mais um tom com o sinal de dobrado sustenido.
Segunda Diminuta
A segunda diminuta é nula já que não existe distancia entre as notas. A segunda diminuta de Do é Rebb
(dobrado bemol), a De Re é Mibb, a de Mi é Fáb, a de Fá é Solbb, a de Sol é Lább, a de Lá é Sibb e a de Si é Dob.
Michael de Souza
Intervalos de Terça
Terça maior
É preciso existir dois tons entre as duas notas que formam este intervalo.
A terça maior de Do é Mi, primeiro porque Mi é a terceira nota a partir de Do e segundo porque entre Do e Mi
existem dois tons.
A terça maior de Si é Re#, por que Re é a terceira nota a partir de Si, só que entre Si e Re existem apenas um
tom e um semitom, então temos que aumentar mais um semitom com o sinal de sustenido.
Terça menor
É preciso existir um tom e um semitom entre as duas notas que formam este intervalo.
A terça menor de Do é Mib, a terça menor de La é Do, a terça menor de Sol é Sib.
Terça aumentada
É preciso existir dois tons e um semitom entre as duas notas que formam este intervalo.
A terça aumentada de Do é Mi#, a nota Mi# esta no mesmo lugar que a nota Fá(enarmonia), mas a terça de Do é
a nota Mi, então não podemos chamar de Fá (pois fá é a quarta de Do), temos que chamar de Mi#.
A terça aumentada de Sol é Si#, a nota Si# esta no mesmo lugar que a nota Do, mas a terça de Sol é a nota Si,
então não podemos usar o nome Do (pois Do é a quarta de Sol e não a terça aumentada).
A terça aumentada de Si é Re* (dobrado sustenido), a nota Re* esta no mesmo lugar que a nota Mi, mas a terça
de Si é a nota Re, então não podemos usar o nome Mi (pois Mi é a quarta de Si e não a terça aumentada).
A terça aumentada de Mi é Sol* (dobrado sustenido), a nota Sol* esta no mesmo lugar que a nota Lá, mas a
terça de Mi é a nota Sol, então não podemos usar o nome Lá (pois Lá é a quarta de Mi e não a terça
aumentada).
Teça diminuta
Existe um tom entre as duas notas que formam este intervalo. Lembre-se que terça é a terceira nota a partir da
sua nota de referencia.
A terça diminuta de Do é Mibb (Mibb esta no mesmo lugar que a nota Re mas neste caso só poderemos usar o
nome Mibb, já que Re seria segunda e não a terça de Do). De Do para Mi existem dois tons, então diminuimos
um tom com o sinal de dobrado bemol (bb).
A terça diminuta de Si é Reb.
A terça diminuta de Sol é Sibb.
Michael de Souza
Intervalos de quartas
Quarta justa
Existem dois tons e um semitom entre as duas notas deste intervalo. Lembre-se que para achar as quartas, conte
quatro notas a partir da nota referencial.
Quarta aumentada
Quarta diminuta
Michael de Souza
Intervalos de quintas
Quinta justa
Quinta diminuta
Quinta aumentada
Existem quatro tons entre as duas notas que formam este intervalo.
A quinta aumentada de Do é Sol#.
A quinta aumentada de Sol é Re#.
A quinta aumentada de Si é Fá* (dobrado sustenido).
Michael de Souza
Intervalos de Sextas
Sexta maior
Existem quatro tons e um semitom entre as notas que formam este intervalo.
A sexta maior de Do é La, pois existem quatro tons e um semitom entre estas duas notas.
A sexta maior de Mi é Do#. Do é a sexta nota a partir de Mi, mas de Mi ate Do só existem quatro tons, então
acertamos a distancia entre as duas notas com o sinal de sustenido.
A sexta maior de Re é Si.
Sexta menor
Existem quatro tons entre as duas notas que formam este intervalo.
A sexta menor de Do é Lab.
A sexta menor de Mi é Do.
A sexta menor de Sol é Mib.
Sexta aumentada
Sexta diminuta
Existem três tons e um semitom entre as notas que formam este intervalo.
A sexta diminuta de Do é Labb, e não pode ser Sol, pois Sol é a quinta de Do.
A sexta diminuta de La é Fáb, e não pode ser Mi, pois Mi é a quinta de La.
Michael de Souza
Interv. de Sétimas e Oitavas
Sétima maior
Existem cinco tons e um semitom entre as duas notas que formam este intervalo.
Sétima menor
Existem cinco tons entre as notas que formam este intervalo.
A sétima menor de Do é Sib.
A sétima menor de Sol é Fá.
A sétima menor de Mi é Re.
Sétima aumentada
Existem seis tons entre as duas notas que formam este intervalo.
A sétima aumentada de Fá é Mi#.
A sétima aumentada de Sol é Fá* (dobrado sustenido).
A sétima aumentada de Do é Si#.
A sétima aumentada de Lá é Sol* (dobrado sustenido).
Sétima diminuta
Existem quatro tons e um semitom entre as duas notas que formam este intervalo.
A sétima diminuta de Do é Sibb.
A sétima diminuta de Sol é Fáb.
A sétima diminuta de Si é Lab.
A sétima diminuta de Fá é Mibb.
Oitava justa
Existem seis tons entre as duas notas que formam este intervalo.
A oitava justa de Do é Do.
A oitava justa de Re é Re.
A oitava justa de La é La.
Oitava aumentada
Existem seis tons e um semitom entre as notas que formam este intervalo.
A oitava aumentada de Do é Do#.
A oitava aumentada de La é La#.
A oitava aumentada de Si é Si#.
Oitava diminuta
Existem cinco tons e um semitom entre as duas notas que formam este intervalo.
A oitava diminuta de Do é Dob.
A oitava diminuta de Re é Reb.
A oitava diminuta de Si é Sib.
Os intervalos são a base para tudo que se estuda em musica, são o alicerce apartir do qual se formam as escalas
os acordes os arpejos e etc. então de bastante atenção ao estudo dos intervalos.
Michael de Souza
Formação de Acordes
Primeiro escolha uma nota referencial (Esta nota será a fundamental do acorde. É a nota mais importante, pois é
ela quem da nome ao acorde e todas as outras notas são escolhidas a partir dela).
Depois escolha a nota que forma em relação a fundamental, um intervalo de terça (se Sol for nossa nota de
referencia, a sua terça será Si).
Agora escolha outra nota que formará em relação à segunda nota do acorde um intervalo de terça (Si é a
segunda nota do acorde de sol) . No caso do acorde de sol a terceira nota será a nota Ré, que é a terça do Si.
Então o acorde fica assim Sol, Si, Re. Estas três notas formam o acorde de G (sol). Si é a terça do Sol e Re é a
terça do Si (duas terças superpostas).
Outro exemplo:
Do, Mi e Sol. Estas três notas formam o acorde de C(do). Mi é a terça de Dó e Sol é a terça do Mi.
Tríades
Tríades são acordes formados com três sons. Existem quatro tipos de tríades:
A maior, A menor, A aumentada e A diminuta.
Tríade maior
É formada pela superposição de duas terças, sendo a primeira terça maior e a segunda terça menor.
Exemplo:
Sol, Si e Re quando tocadas simultaneamente formam o acorde de G (sol maior).
Entre Sol e Si existem dois tons e entre Si e Re existem um tom e um semitom, então as distancias estão
corretas.
Acorde de Do maior:
Dó é a nota de referencia, a terça do Dó é a nota Mi, e a terça do Mi é a nota Sol. entre Do e Mi existem dois
tons (terça maior), e entre Mi e Sol existem um tom e um semitom (terça menor). Do, Mi e Sol, formam o
acorde de Dó maior.
Acorde de Si maior:
Si é a nota de referencia, a terça do Si é a nota Ré, e a terça do Ré é a nota Fá. Entre Si e Ré existem um tom e
um semitom, então preciso concertar a distancia acrescentando o sinal de sustenido no Re. Entre Re sustenido e
Fá, existe um tom, então concerto a distancia acrescentando o sinal de sustenido no Fá. As notas Si, Re# e Fá#,
formam o acorde de Si maior.
Tríade menor
É formada pela superposição de duas terças, sendo a primeira terça menor e a segunda terça maior.
|Do| |re| |Mi|fa| |Sol| - |Do | Mi| (2tons) |Mi| Sol| (1tom e 1 semitom)
|Do| |re|Mib| |fa| |Sol| - |Do |Mib| (1 tom e 1 semitom) |Mib| Sol| (2 tons)
Tríade Aumentada
Tríade Diminuta
A escala menor melódica surgiu da vontade de se criar uma sensível na escala menor natural, para diferenciá-la
da sua escala relativa maior. Sensível é uma nota que tende para outra, por exemplo, quando você tocar a escala
de Dó maior, repare como a nota Si pedirá para ir até a nota Dó. Isto acontece porque Si é a sensível de Dó. A
sensível é responsável por mostrar qual é a nota mais importante da escala (tônica), neste caso Si mostra que Dó
é a nota mais importante, e que tudo que se faz nesta escala deve caminhar para a nota dó.
O problema da escala menor natural é que não existe sensível dizendo que Lá é a nota principal.
Para resolver este problema, basta pegar a nota Sol, que é a sétima da escala de Lá menor e subir um semitom,
transformando esta nota em sensível de Lá menor. O Sol sustenido passa a nos dizer que o Lá é a nota mais
importante da escala (Tônica), pois ele pede para ir até a nota Lá.
Esta nova escala passou a ser chamada de Lá menor harmônica.
Como a música antigamente era quase que exclusivamente vocal, acabou ocorrendo um problema para os
cantores nesta nova escala. Com a subida do Sol para Sol sustenido, passou a existir um intervalo de um tom e
um semitom entre as notas Fá natural e Sol sustenido, intervalo este que é muito difícil de cantar.
Para resolver esse problema subiram também a nota Fá para Fá sustenido. O que gerou a nossa escala menor
melódica.
Tríades
Am Bm C(#5) D E F#m(b5) G#m(b5)
Tétrades
Am7M Bm7 C7M(#5) D7 E7 F#m7(b5) G#m7(b5)
Se pegarmos esta escala e usá-la começando pelos outros graus, nós teremos os modos gerados por ela.
Lá menor melódica, Frigio 6, Lídio aumentado, Lídio b7, Mixolidio b6, Locrio 2, Superlócrio (alterada)
Dois destes modos serão muito usados por nós nesta liçãoJ
O sexto e o sétimo.
(em outras lições falaremos sobre os outros modos)
Por exemplo
Dm7(b5) é o sexto grau da escala de Fá menor melódica, então a escala Ré locrio 2, tem as mesmas notas que a
escala de Fá menor melódica.
G7(b13) é o sétimo grau da escala de Láb menor melódica, assim a escala Sol alterada tem as mesmas notas
que a escala de Lab menor melódica.
Podemos fazer uma frase no D locrio 2, e se subirmos a mesma frase um tom e meio estaremos em G
alterado, e depois se subirmos a mesma frase dois tons, estaremos em C menor melódica. Isto fica muito fácil
de fazer na guitarra, pois o desenho dos dedos será o mesmo em todas as frases.
Também podemos encarar o acorde meio-diminuto como sendo um acorde de sétimo grau de uma escala menor
melódica, sendo assim usaremos o modo gerado a partir do sétimo grau desta escala “superlócrio”.
Dm7(b5) será o sétimo grau de Eb menor melódica, então a escala de Ré superlócrio tem as mesmas notas que
a escala de Eb menor melódica.
Se fizermos uma frase nesta escala de Ré superlócrio depois subirmos a mesma frase dois tons e meio
estaremos em sol alterado, e, se pegarmos a mesma frase e subirmos mais dois tons, estaremos em dó menor
melódica.