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O presente trabalho tem por objetivo expor, contrapor e, ao final, interligar, resumidamente, as teorias Naturalista e
Contratualista. Ambas as teorias procuram defender, s suas maneiras, a origem da sociedade que,
consequentemente qui concomitantemente , fundamentou os alicerces para o surgimento do Estado.
2 TEORIA NATURALISTA
Segundo Dalmo de Abreu Dallari, a Teoria Naturalista tem,
atualmente, o maior nmero de adeptos e a que exerce maior
influncia na vida concreta do Estado.[2]
O maior precursor ao menos o mais antigo da teoria da
sociedade natural, de que o homem por natureza um animal
social, e que por natureza e no por mero acidente[3], foi
Aristteles.
Segundo Aristteles, o homem naturalmente um animal
poltico[4]; e, para o filsofo grego, s era possvel aos dois
extremos do ser-humano a escolha pessoal pela vida reclusa e sem
contato com outros homens: pela vileza, pela barbrie e
ignorncia total diante dos fatos da vida ou no outro extremo
pela pureza do ser, pelo desapego incondicional em um estado de
quase santidade ou divindade do ser-humano.
Para Aristteles, os agrupamentos irracionais ocorrem to
somente pelo instinto, pois, entre os animais, somente o homem
possui a razo, tendo noes de bem e mal, justo e injusto.[5]
Aristteles influenciou fortemente, com suas ideias naturalistas,
entre outros, o romano Ccero[6], no sculo I a.C. e o napolitano
Santo Toms de Aquino[7].
Santo Toms de Aquino condensa em trs postulados toda a ideia
aristotlica acerca da Teoria Naturalista:
Excellentia naturae: quando se tratar de indivduo notavelmente
virtuoso, que vive em comunho com a prpria divindade, como
ocorria com os santos eremitas;
Corruptio naturae: referente aos casos de anomalia mental;