Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
31
habitantes - no sois conhecidas por "icamiabas", voz espria, seno que pelo apelativo de Amazonas;
e de vs se afirma cavalgardes belgeros ginetes e virdes da Hlade clssica [ ... ]
Nem cinco sis eram passados que de vs nos partramos, quando a mais temerosa desdita
pesou sobre Ns. ['h] O que vos interessar mais, por sem dvida, saberdes que os guerreiros de c
no buscam mavrticas damas para o enlace epitalmico, mas antes as preferem dceis e facilmente
trocveis por volteis folhas de papel a que o vulgo chamar dinheiro, o "curriculum vitae" da
Civilizao a que fazemos honra em pertencermos.
33
formao discursiva. Cabe lembrar, porm, que tambm podem existir relaes
contratuais, embora bastante tnues, entre formaes discursivas distintas.
Todo discurso define sua identidade em relao ao outro. Isso quer dizer
que o discurso apresenta uma heterogeneidade constitutiva (Maingueneau, 1987:
81-93), ou seja,
mesmo na ausncia de qualquer marca de heterogeneidade mostrada, toda unidade de sentido, de
qualquer tipo que seja, pode ser inscrita numa relao essencial com uma outra, a do ou dos discursos
em relao s quais o discurso de que ela depende define sua identidade. Com efeito, desde que as
articulaes so institudas nessa relao interdiscursiva, toda unidade que se desenvolver de
conformidade com elas achar-se- ipso fclo na mesma situao. Um enunciado de uma formao
discursiva pode ento ser lido pelo "direito" e pelo "avesso": num lado ele significa sua pertena a seu
prprio discurso, no outro ele marca a diferena constitutiva que o separa de um ou vrios outros
3
5
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ASSIS, Machado de. 1979. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, vol. I.
BAKHTIN, M. 1970. La Potique de Dostoi"evski. Paris, Seuil.
~
-~. 1988. Questijes de Literatura e Esttica. Teoria do Romance. So Paulo, Hucitecl
Editora da Unesp.
BERTRAND, Denis. 1985. L'Espace et le senso Paris/Amsterdam, Hades/Benjamin.
CASTELLO BRANCO, H. de A. Discursos: 1965. Rio, Departamento de Imprensa Nacional, s.d.
GREIMAS, A. J. & COURTS, J. 1979. Smiotique: DictiOllnaire raisonn de Ia t/zorie dulangage.
Paris, Hachette.
LOPEs, Edward. 1978. Discurso, Texto e Significalo: Uma Teoria do Illterpretallte. So Paulo,
Cultrix/Secretaria da Cultura, Cincia e Tecnologia.
MAINGUENEAU, D. 1982. "Dialogisme et analyse textuelle". Doclllnents. Groupe de Recherches Smiolinguistiques. Paris, IV, 32 .
. 1987. Nouvelles tendallces en analyse dll discours. Paris, Hachette.