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O Ômega da Apostasia - Louvor, adoração e espiritualidade

Louvor, Adoração e Espiritualidade. Peças do Quebra Cabeça do Ômega da


Apostasia

Pr. Joaquim Azevedo Neto, Ph.D.


Professor de Línguas Bíblicas e Antigo Testamento do SALT-IAENE, Bahia
Editor da revista Hermenêutica
Coordenador do Centro de Pesquisa de Literatura Bíblica

Para uma melhor compreensão do termo Ômega, o qual aparece nos escritos do Espírito
de Profecia, temos que considerar o tema do selamento. Quem é que sela? E por que
sela? Podemos entender, fundamentados em Efésios 1:13 e 4:30, que o Espírito Santo é
quem sela para a redenção. Em Ap 7:1-4 (veja também Ez 9:1-6) o anjo sai a selar o
povo de Deus antes, durante e depois da sacudidura preparando-os para o alto clamor e
o fechamento da porta da graça. Portanto, a função do Espírito Santo é fundamental nos
últimos dias desta geração.

Assim podemos acertadamente dizer que o inimigo das almas tentará neutralizar a obra
do Espírito Santo na vida do remanescente. Essa tentativa satânica é a substituição do
Espírito verdadeiro pelo falso. Desde a sua queda no Céu, Satanás assim tem trabalhado,
mas seus esforços serão mais intensos nos últimos dias. Essa tentativa de substituição
pode ser parte do Ômega. Apresentarei detalhes a seguir que corroboram com esta
asserção.

Da mesma maneira como o alfa da apostasia no tempo do Dr. Kellogg era relacionado
com a natureza de Deus (panteísmo), anulando assim o trabalho de Deus na vida do
crente, o qual é a obra do Espírito Santo; assim é de se esperar que o Ômega, contenha
esse mesmo elemento de engano,[1] isto é, a tentativa de anular a obra do Espírito Santo
para que o remanescente não seja selado e preparado para enfrentar os últimos eventos
da história desta terra.

Conseqüentemente, esse é um estudo introdutório à ampla produção literária da IASD e


por outros autores mencionados na bibliografia deste estudo. Portanto, diante da
expressiva quantidade de publicações referentes ao tema proposto, a objetivação deste
estudo é permitir uma re-análise das informações obtidas até o momento por muitos.

Revisão de Literatura

O tema Ômega da apostasia assemelha-se a um quebra cabeça que merece ter atenção
devida antes que se torne uma bola de neve que cresce até tornar-se uma avalanche
descendo a ladeira. No passado, já tivemos muitos outros problemas teológicos. O
Pastor José Carlos Ramos faz uma lista deles na sua obra que cito a seguir; hoje temos
outros problemas como os antitrinitarianos, testemunhas de Yoshua, os perfeccionistas,
os que querem redefinir babilônia, os pentecostais, os legalistas, os pós-modernistas, os
liberais e muitos outros que incomodam a igreja de forma geral. Dessa forma, as lições
do passado devem ser aprendidas hoje, pois não é seguro ignorar problemas enquanto
ainda são embrionários, pois podem gerar danos futuros à igreja. Podemos ver que
muitos estão perguntando sobre o assunto, muito se tem publicado, mas na prática
poucos tem tomado o tempo necessário para ler estas instruções. Assim, as opiniões e
cultura prevalecem como autoridade neste assunto. Portanto, devemos colocar de lado
nossas pressuposições e opiniões individuais e usando todas as ferramentas exegéticas,
históricas, arqueológicas e teológicas, fundamentados na Palavra e no Espírito de
Profecia achar soluções plausíveis para este dilema que se aproxima como uma
avalanche místico-religiosa e cultural. Toda solução deverá possuir características
redentoras sem causar divisões. A igreja Adventista do Sétimo Dia é, simbolicamente, o
corpo de cristo na Terra, é a igreja remanescente, aquela que possui a última mensagem
de advertência ao mundo, portanto devemos nos manter unidos na verdade evitando
assim, que a igreja se secularize seguindo os moldes populares pós-modernos.

Vários estudiosos têm contribuído com este estudo. O Pr. José Carlos Ramos no seu
último livro[2] aponta acertadamente, fundamentado na Bíblia e no Espírito de Profecia,
que a oposição de um grupo de pessoas à doutrina da Trindade, especialmente contra o
Espírito Santo, é uma peça do quebra cabeça do Ômega. Se não aceitamos a existência
do Espírito Santo como é que aceitaríamos a Sua obra na nossa vida dentro do processo
da santificação?

Outro autor, Lewis R. Walton também apresenta uma análise histórica do que
possivelmente poderia ser o Ômega adicionando outras peças ao quebra cabeça.[3] Ele
apresenta nove pontos a ser considerados. Nove características do Alfa da apostasia que
poderiam ser repetidos no Ômega: (1) enganavam as pessoas. Aqueles que apoiavam o
Alfa não falavam segundo a Bíblia nem os Testemunhos; (2) traziam divisões nas
igrejas em vez de uni-las na mensagem presente; (3) atacavam os fundamentos da nossa
crença como igreja remanescente, o Santuário, o Juízo, o Espírito de Profecia, a
natureza de Deus, Justificação pela Fé, etc.; (4) atacavam a estrutura organizacional da
IASD e seus líderes; (5) esforçavam para alcançar os jovens até o ponto que E.G. White
teve que escrever, no caso do nosso colégio em Battle Creek, o seguinte “Pais,
mantenham os vossos filhos longe de Battle Creek. . . . Heresias sutis tem tomado a
mente. . .. Uma advertência tenho recebido para dar aos pais, se teus filhos estão em
Battle Creek, chamem nos de volta imediatamente.[4] (6) Atacavam o Espírito de
Profecia, a validade dos Testemunhos e a inspiração de E. G. White; (7) Causavam um
clima de ataques e críticas entre os membros da igreja; (8) atacavam os padrões morais
dizendo que isto é legalismo portanto deve ser mudado, assim neutralizando a obra do
Espírito na vida do crente; (9) proclamavam uma reforma na mensagem e não de vida.

Não poderia deixar de mencionar a Joachin Braun, músico professor da Bar-Ilan


University, com a sua obra sobre a música na Palestina antiga. Este livro é muito
esclarecedor especialmente com respeito à influência das culturas musicais do Antigo
Oriente Médio sobre o povo de Israel. Esse autor declara fundamentado na história e na
arqueologia da Palestina que o uso dos membranofones (instrumentos feito de
membrana de couro sobre uma estrutura oca de madeira) eram antagônicos à religião de
Israel e estes eram um símbolo do paganismo e idolatria.[5] A classificação dos
instrumentos bíblicos recomendada por Braun está dividida em quatro grupos conforme
os sons de cada um deles. Os aerofones são aqueles que usam o vento para produzir o
som não importando o material, os quais podem ser de osso, madeira ou metal, ex.,
flauta, trombeta; os cordofones possuem cordas e possivelmente uma caixa sonora para
produzir o som, são eles: alaúde, lira, harpa; os idiofones, esses são os mais
diversificados. Estes não conseguem manter o som. Por isso, eram tocados
constantemente nos rituais pagãos junto com os membranofones marcando assim o
ritmo, por exemplo: chocalhos, reco-reco, castanholas, pau de faia, colar de ossos,
cintos de pedras que ao dançar causam barulhos. Esses podem ser chamados de
causadores de barulho; e os membranofones que eram feitos com uma estrutura de
madeira oca recoberta por uma membrana de couro de animal que ao receber um golpe
emitiam um som de percussão: tambores, tamborim, pandeiro, adufes.[6] Esta é a
classificação usada neste estudo.

Outro estudo esclarecedor é o artigo de Eric Werner, onde ele apresenta de forma lúcida
o conflito entre o helenismo e o judaísmo e sua influencia com respeito à música e
adoração sobre a igreja cristã dos primeiros quatro séculos depois de Cristo.[7]

Outra obra que tem sido muito útil para este estudo é o livro escrito por Vanderlei
Dorneles. [8] Na sua obra, ele apresenta de forma contundente o surgimento deste tipo do
louvor pentecostal modelado pelo pós-modernismo com a sua ênfase no místico
semelhante às religiões primitivas. Nesse tipo de louvor e adoração podemos observar
uma substituição do Espírito Santo por outro espírito.

Não poderia deixar de mencionar o pequeno livro publicado pela CPB fundamentado
nos escritos de E.G.W. Aqui há uma seleção de citações do Espírito de Profecia. Os
livros dos quais essas citações foram tiradas são de fácil acesso, portanto podem ser
lidas no contexto em que a autora inspirada os escreveu. No final do livro encontramos
um guia de estudo preparado pelo pastor Erton Köhler. [9]

Temos também um clássico da música sacra: a obra de Wolfgang H. M. Stefani. A sua


obra já tem sido estudada por anos nos nossos seminários. Ele apresenta de forma lúcida
que o nosso conceito e definição de música e reverência estão relacionados com o nosso
conceito da natureza de Deus.[10] Na revista do Ancião, temos o artigo do pastor
Gonçalves que aponta para os perigos dos estilos de músicas usados na igreja incluindo
o uso dos instrumentos de percussão.[11]

A última obra que proponho como leitura sobre este assunto é a do pastor Samuel
Bacchiochi. Essa obra trata de forma histórica de como o estilo popular de música tem
sido introduzida nas igrejas tradicionais e evangélicas. Mostrando assim o efeito
negativo desse novo estilo. Novamente apontando para a substituição do Espírito
verdadeiro por outro, que é o falso.[12]

Portanto, no desenvolver desse assunto levaremos em consideração as Escrituras


Sagradas, o Espírito de Profecia e estes autores. Além disto, deveríamos deixar nossas
pressuposições pessoais e observar as evidências para termos a certeza de que aquilo
que apoiamos é bíblico e não apenas uma crença popular ou gosto particular. Este
estudo não tem de forma alguma a pretensão de ser a última palavra nem mesmo a
última peça do quebra cabeça, mas apenas uma avaliação do que já foi encontrado
anteriormente por outros estudiosos deste tema.

Qual a Importância de Reavaliar as Evidências

Colocarei de maneira resumida uma lista de razões do porquê da necessidade de se


estudar e continuar aprendendo sobre o que realmente implica o ato de adorar através de
música na igreja. Esta lista não está completa, é apenas uma amostra observada por mim
e outros estudiosos:

1. Relaciona-se com o Futuro: “Essas coisas que aconteceram no passado hão de


ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida,”
2ME, 38. Se a música seria um laço no futuro, tendo como presente o tempo de E.G.W.,
isto que dizer que hoje poderia ser o futuro que ela tinha em mente. Portanto devemos
estar conscientes disto.
2. Relaciona-se com a Identidade Adventistas: “Nós somos adventistas e deveríamos
abordar a adoração como adventistas. Uma adoração que preenche as necessidades dos
metodistas, episcopais ou presbiterianos não séria necessariamente satisfatória para
nós.”[13] Hoje, eu incluiria aqui a adoração e louvor pentecostal como sendo não válida
para nós.

3. Relaciona-se com o Sábado: O sábado é fundamental na adoração a Deus, pois Ele é


o Criador, o Redentor e o Mantenedor pela eternidade. O sábado envolve assim a
criação, recriação e a Nova Terra. Portanto o serviço aos sábados na igreja é a
manifestação das Suas criaturas por esse grande amor criativo e redentor. Deus promove
a adoração verdadeira, a qual é fundamentada sobre a Sua palavra. Dessa maneira, o
tempo do sábado é santo, sagrado e separado do secular para um propósito especial, o
ato de adorar a Deus. Esse tempo separado nos ajuda a diferenciar o sagrado do profano
não somente em relação ao tempo, mas também com relação às nossas atitudes,
motivos, roupas, comida, trabalhos, música e muitas outras coisas. Por isso, deveríamos
ter muito cuidado em empregar qualquer estilo de música associado com estilos
seculares como o jazz, blues, samba, rock, bossa nova, chorinho, country, hip-hop, etc.
(veja Manual da Igreja, 180). O sábado não é um dia de nos divertir, mas sim de re-
criação, de adoração a Deus servindo-O (Isaías 1:13-14; ). O sábado é o sinal de Deus
com o propósito de nos auxiliar no processo da nossa santificação, que é a obra do
Espírito na nossa vida (Ez 31:13). Portanto, se usarmos estilos de músicas seculares
estaremos profanando o sábado.

4. Relaciona-se com a adoração: O termo “adoração” aparece 58 vezes no N.T. Dessas


23 vezes aparece no Apocalipse. Assim podemos ver que a música que faz parte da
adoração a Deus deve ser estudada e compreendida (veja as três mensagens angélicas).

5. Relaciona-se com a Imagem da Besta: A estátua que Nabucodonosor construiu para


ser adorada em Daniel 3 representa de forma paralela um microcosmo do que será no
futuro na adoração da imagem da besta (Ap 13). Em ambas as passagens a adoração é
fundamental. A música teve um papel importante para a adoração da imagem na
planície de Dura. Essa música não era o todo do problema, era apenas uma parte que
motivou ou levou o povo a aceitar de forma mais emotiva aquilo que racionalmente não
aceitariam. Esse evento em Dura, sendo um paralelo com os eventos finais poderia ser
uma indicação do perigo da música no tempo do fim como E.G.W. menciona no item
um desta lista (veja também Testimonies to the Church, 5, 453). Preparando o
cristianismo para receber o anticristo. Doukhan escreve que “este episódio do livro de
Daniel nos adverte contra uma religião estritamente emocional. A emoção pode fazer
parte da experiência religiosa unicamente quando vai unida a reflexão e ao raciocínio. A
adoração deve incluir todo o ser e descuidar um desses aspectos poderia conduzir à
adoração de um ídolo,” (Jacques B. Doukhan, Secretos de Daniel: Sabiduría y Suenhos
de um Príncipe Hebreo em el Exilio [Casa Editora Sudamericana: Buenos Aires, 2007],
49).

6. Relaciona-se com uma das primeiras coisas que faremos no Céu: Uma das
primeiras coisas será o ato de cantar o cântico de Moisés e do Cordeiro sobre o mar de
vidro com as harpas de Deus. Nada indica que essa música será dançante, psicodélica ou
melodramática. Ao contrário disso, será o cantar da nossa experiência vivida com Cristo
aqui na terra cantando todos os feitos de Deus e de Seu Filho por nós com os
instrumentos de Deus.

Tendo esta lista de razões e muitas outras que o próprio leitor poderia adicionar,
podemos compreender melhor do porquê reavaliar as evidências do tipo de música e
instrumentos que poderiam ser usados no louvor a Deus na igreja. Começarei com o
A.T. direcionando, como já mencionei acima, até chegarmos à música no Céu como a
encontramos descrita no Apocalipse. Observe que essa peça, louvor e adoração, do
quebra cabeça do Ômega é apenas sintomático, e não a patologia em si.[14] Portanto este
estudo tem como propósito o aporte de outra peça ao quadro geral já estabelecido por
outros autores adventistas incluindo E.G.White.

Exemplos Bíblicos Esclarecedores sobre o Louvor e Música no A.T

Nesta parte do estudo não serei exaustivo, pois o espaço não nos permitiria. O propósito
deste estudo não é o de exaurir todas as evidências, mas apresentar um começo à
reavaliação das evidências. Começo com uma narrativa bíblica daquilo que Deus disse a
Seu povo, neste caso Davi. Lembrem-se que Ele não muda. Observe que o espaço
dedicado pelo escritor ao preparo espiritual e musical do povo de Deus nesta ocasião foi
pouco. Tudo parece ter sido feito no improviso fundamentado no sentimento, cultura,
emoções, motivos e boas intenções, porém sem fundamento bíblico.

Davi Leva a Arca Para Jerusalém 1ra Vez (ca. 1000 a.C.)

2 Samuel 6:1-7 “Tornou Davi a ajuntar todos os escolhidos de Israel, em número de


trinta mil. 2 Dispôs-se e, com todo o povo que tinha consigo, partiu para Baalá de
Judá, para levarem de lá para cima a arca de Deus, sobre a qual se invoca o Nome, o
nome do SENHOR dos Exércitos, que se assenta acima dos querubins. 3 Puseram a
arca de Deus num carro novo e a levaram da casa de Abinadabe, que estava no
outeiro; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo. 4 Levaram-no com a
arca de Deus, da casa de Abinadabe, que estava no outeiro; e Aiô ia adiante da arca. 5
Davi e toda a casa de Israel alegravam-se perante o SENHOR, com toda sorte de
instrumentos de pau de faia, com harpas, com saltérios, com tamboris, com pandeiros
e com címbalos. 6 Quando chegaram à eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de
Deus e a segurou, porque os bois tropeçaram. 7 Então, a ira do SENHOR se acendeu
contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta irreverência; e morreu ali junto à arca de
Deus.”

Tudo deu errado nessa viajem. Apesar de Davi ter preparado um carro novo “à moda
dos filisteus,” apesar de terem os melhores motivos e intenções no coração, com uma
multidão de pessoas devotas, apesar de estarem cantando e se alegrando, e ainda que
todos estivessem se regozijando e achando que tudo isto era a melhor “festa” ao Senhor,
tudo saiu errado antes do final da trajetória.

Vejamos agora a segunda tentativa de trazer a arca para Jerusalém. Davi ficou sabendo
que Deus abençoava a Obede-Edom, o geteu, onde a arca havia sido deixada nos
últimos três meses. Davi decide tentar trazer a arca novamente. Mas dessa, vez ele toma
todas as precauções devidas fundamentado nas Escrituras Sagradas. Perceba a
quantidade de espaço dedicada ao assunto da música, louvor e preparo pessoal como
requisito na participação deste evento. Isso não é apenas um capricho do escritor, mas
um sinal para nós da importância que o autor quer transmitir para seus leitores com
respeito à correta maneira de adorar a Deus[15]:

Davi leva a Arca pela segunda vez (cerca de 1000 a.C)

1 Cron 15:1-28 “Fez também Davi casas para si mesmo, na Cidade de Davi; e
preparou um lugar para a arca de Deus e lhe armou uma tenda. 2 Então, disse Davi:
Ninguém pode levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o SENHOR os elegeu,
para levarem a arca de Deus e o servirem para sempre. 3 Davi reuniu a todo o Israel
em Jerusalém, para fazerem subir a arca do SENHOR ao seu lugar, que lhe tinha
preparado. 4 Reuniu Davi os filhos de Arão e os levitas: 11 Chamou Davi os sacerdotes
. . . 12 e lhes disse: Vós sois os cabeças das famílias dos levitas; santificai-vos, vós e
vossos irmãos, para que façais subir a arca do SENHOR, Deus de Israel, ao lugar
que lhe preparei. 13 Pois, visto que não a levastes na primeira vez, o SENHOR, nosso
Deus, irrompeu contra nós, porque, então, não o buscamos, segundo nos fora
ordenado. 14 Santificaram-se, pois, os sacerdotes e levitas, para fazerem subir a arca
do SENHOR, Deus de Israel. 15 Os filhos dos levitas trouxeram a arca de Deus aos
ombros pelas varas que nela estavam, como Moisés tinha ordenado, segundo a
palavra do SENHOR. 16 Disse Davi aos chefes dos levitas que constituíssem a seus
irmãos, os cantores, para que, com instrumentos músicos, com alaúdes, harpas e
címbalos se fizessem ouvir e levantassem a voz com alegria. 19 Assim, os cantores
Hemã, Asafe e Etã se faziam ouvir com címbalos de bronze; 20 Zacarias, Aziel,
Semiramote, Jeiel, Uni, Eliabe, Maaséias e Benaia, com alaúdes, em voz de soprano;
21 Matitias, Elifeleu, Micnéias, Obede-Edom, Jeiel e Azazias, com harpas, em tom de
oitava, para conduzir o canto. 22 Quenanias, chefe dos levitas músicos, tinha o
encargo de dirigir o canto, porque era perito nisso. 23 Berequias e Elcana eram
porteiros da arca. 24 Sebanias, Josafá, Natanael, Amasai, Zacarias, Benaia e Eliézer,
os sacerdotes, tocavam as trombetas perante a arca de Deus; Obede-Edom e Jeías
eram porteiros da arca. 25 Foram Davi, e os anciãos de Israel, e os capitães de
milhares, para fazerem subir, com alegria, a arca da Aliança do SENHOR, da casa de
Obede-Edom. 26 Tendo Deus ajudado os levitas que levavam a arca da Aliança do
SENHOR, ofereceram em sacrifício sete novilhos e sete carneiros. 27 Davi ia vestido
de um manto de linho fino, como também todos os levitas que levavam a arca, e os
cantores, e Quenanias, chefe dos que levavam a arca e dos cantores; Davi vestia
também uma estola sacerdotal de linho. 28 Assim, todo o Israel fez subir com júbilo a
arca da Aliança do SENHOR, ao som de clarins, de trombetas e de címbalos, fazendo
ressoar alaúdes e harpas.”

Tudo deu certo nesta segunda tentativa de levar a arca. Qual foi a diferença na segunda
vez que agradou ao Senhor? Compare com a primeira tentativa:

a. Santificaram-se, preparo espiritual.

b. Designaram pessoas preparadas para o canto e a música, os levitas, porque eles eram
fiéis e conheciam a palavra de Deus. Mesmo no passado durante a apostasia do deserto
com o bezerro de ouro, os levitas foram fieis.

c. Carregaram-na conforme o mandato divino.

d. Usaram instrumentos apropriados para a ocasião escolhidos por Deus (veja 2 Cron
7:6).

e. Reavaliaram o ato de reverência. Esse aspecto tem haver com obediência à vontade
Divina revelada nas Escrituras Sagradas.

Salmos 150 (Período de Davi)

Não poderia deixar de mencionar o Salmo 150, pois este é muito usado para apoiar o
uso de membranofones (percussão) na adoração e louvor. Recomendo para este estudo o
artigo do professor Vanderlei Dorneles com o seguinte título: “Salmo 150.” Seu
trabalho é preciso na questão da exegese e da análise histórica. Portanto, o estudioso
desse assunto deveria ler esse artigo de Dorneles e tomar a sua própria decisão.

Salomão: Inauguração do Templo (cerca de 960 a.C.)

Várias décadas mais tarde Salomão recebe o reino do seu pai Davi e inaugura o templo
que seu pai planejou construir, mas não foi permitido por Deus, pois havia derramado
muito sangue. Perceba que Salomão usa os mesmos instrumentos musicais que seu pai
usava no louvor a Deus, mas não houve danças. Então, o Senhor fez cair fogo do Céu
como sinal de aceitação do Templo. Tome em consideração a frase “os instrumentos
músicos do SENHOR,” 2 Cron. 7:6. Essa frase indica que eles conheciam a vontade de
Deus a esse respeito, e assim se dispuseram a obedecê-lo.

2 Cron 7:6 “Assim, o rei e todo o povo consagraram a Casa de Deus. Os sacerdotes
estavam nos seus devidos lugares, como também os levitas com os instrumentos
músicos do SENHOR, que o rei Davi tinha feito para deles se utilizar nas ações de
graças ao SENHOR, porque a sua misericórdia dura para sempre. Os sacerdotes que
tocavam as trombetas estavam defronte deles, e todo o Israel se mantinha em pé.”

Deus não permitiu o uso do tipo dos membranofones (aqueles instrumentos que
possuem membrana de couro sobre algo oco para produzir sons) no templo[16] para
evitar a relação com o paganismo e os efeitos de tais instrumentos sobre o caráter e a
mente dos ouvintes, e o seu efeito entorpecente, excitando os sentidos e motivando a
dança. Ainda que fossem instrumentos populares na sua época e muito usados pelos
cananeus que rodeavam os israelitas em Canaã. Segundo Braun, com respeito aos
tambores, ele escreve que “diferente dos shofar, este [membranofone] nunca é
mencionado em conexão com a música do templo,” (1 Cron 25:6). Esses instrumentos
como o tamborim, tambor e pandeiros pertenciam a estrata mais antiga dos instrumentos
em Israel, pois a iconografia desses instrumentos contradiz a fé ortodoxa do A.T.[17]

Lembrem-se que o santuário terrestre era um modelo e sombra da realidade celestial;


uma réplica daquele que está no céu, assim o ritual, música, tipo de instrumento,
mensagem, construção, etc., eram ordenados por Deus, Hebreus 8:2-5:

“. . . como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não


o homem. . . . sacerdotes 5 os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes,
assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o
tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te
foi mostrado no monte.”

Tempo do rei Ezequias (cerca de 715 a.C.)

Ezequias repara o templo depois de uma longa era de apostasia, perceba que
“instrumentos músicos do SENHOR” eram estes usados pelo rei Ezequias mais de um
século depois de Salomão? O rei Ezequias nos dá esta resposta em 2 Cron 29:25-26:

"Também estabeleceu os levitas na Casa do SENHOR com címbalos, alaúdes e harpas,


segundo mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este
mandado veio do SENHOR, por intermédio de seus profetas. 26 Estavam, pois, os
levitas em pé com os instrumentos de Davi, e os sacerdotes, com as trombetas.”
Portanto, podemos ver que os “instrumentos músicos do Senhor” revelado a Davi pelos
profetas eram o címbalos, alaúdes e harpas e as trombetas de pratas ordenadas a
Moisés no deserto (Num. 10). Esses eram para ser usados no louvor a Deus, ainda que
já existissem os tambores, pandeiros, e muitos outros. Aqui se encontra não uma
sugestão, mas uma ordem divina para o Seu louvor revelado a Seus profetas, pois o
texto é “porque este mandado veio do SENHOR.”

Vejam que o mandato veio da parte do Senhor pelos profetas. Esses instrumentos eram
o címbalo, alaúdes e harpas. Por isso, esses instrumentos são os mesmos usados por
Salomão e anteriormente por Davi no louvor a Deus no templo ou em qualquer outra
ocasião de culto solene. Ainda que haja menções esporádicas de tambores e pandeiros
aqui e ali no texto do A.T., indica-se que não eram os melhores para louvar a Deus. Na
verdade, foram tolerados, devido a ignorância do povo, como o foi a poligamia e as
bebidas fortes. No louvor dentro da Casa de Deus, porém, essas coisas nunca foram
permitidas nem mesmo toleradas. Podemos ver, portanto, com Nadabe e Abiú trazendo
fogo estranho para dentro do santuário, com Uzá tocando a arca, e pelo fato de que
nenhum dos sacerdotes entrou em união de poligamia e pelo fato de nunca ter sido
permitido o uso de membranofones dentro do templo ou para outra adoração solene
dedicada a Deus.

O címbalo, apesar de ser um idiofone, não era usado para marcar o ritmo, mas
unicamente o início e as pausas, como o selah dos salmos. Seu formato era diferente do
usado no paganismo onde se primava pelo ritmo marcado pelos membranofones. Veja a
descrição, de ambos os tipos de címbalos, na obra de Braun. Segundo Kleining o uso
dos címbalos nos tempos bíblicos do Antigo Testamento tinha a seguinte função

“o címbalo não era usado pelo maestro para conduzir o canto marcando o ritmo da
estrofe ou refrão por meio das batidas, pelo contrario, este era usado para indicar o
início ou a nova estrofe na música. Pelo fato de que este instrumento era usado apenas
para introduzir a música, este era manuseado pelo condutor do coral de vozes em
ocasiões comuns (1 Cron 16:5), ou por três lideres do canto em ocasiões especiais (1
Cron 15:19). Já que a trombeta e o címbalo eram tocados juntos com o propósito de
anunciar o início da música os instrumentistas que os tocavam eram chamados de
‘ressoadores’ (1 Cron 16:42).[18]

Portanto este uso bíblico dos címbalos não deve ser usado como justificativa para usá-
los, como têm sido nos conjuntos de rock ou bandas de músicas populares. No templo
este instrumento não marcava o ritmo nem era usado como acompanhante do alaúde e
da harpa. Esse método musical do templo é completamente oposto ao das músicas
populares contemporâneas dos nossos dias que usam os címbalos precisamente no
auxílio das baterias para marcar o ritmo da música.

O Profeta Ezequiel (Exílio Babilônico 605-530 a.C.) (Ezequiel 28:13)

Ezequiel é considerado o profeta do povo de Deus no exílio babilônico. Este profeta


viveu na Babilônia. Assim, Ezequiel 28:13 (“... a obra dos teus tambores e dos teus
pífaros estava em ti...,” Almeida Revista e Corrigida, 1969) tem sido considerado como
uma possibilidade de que Deus tenha criado Satanás com tambores nas mãos. Isso,
porém, iria não somente contra todas as narrativas bíblicas sobre o uso dos instrumentos
de percussão no templo, mas também seria um crime contra o próprio texto de Ezequiel.
O contexto geral é sobre a queda de Lúcifer e o contexto específico é de como ele
estava paramentado para servir na presença de Deus antes da sua rebeldia.

Dois Termos-Chave para Entendermos esse Texto (Necessário fonte Hebraica para
determinadas palavras abaixo)

Há dois termos (ou frases) hebraicos neste verso que esclarecem esta questão. O
primeiro deles é ^ypt (tupeyha), traduzida por algumas versões por “teus
tambores/tamborins.” Em nenhum outro lugar na Bíblia Hebraica esse termo aparece
com esta vocalização, somente aqui ela ocorre. Portanto não há um paralelo bíblico para
uma exata tradução. Contudo, fundamentando-se no contexto e no estudo etimológico
do dado vocábulo, suas cabíveis traduções seriam: “estrutura” “engaste,” “encrave,”
“suporte,” “encaixe,” ou “beleza.”

As versões antigas testemunham sobre o texto Massorético (veja o aparato crítico da


Bíblia Hebraica Stuttgartensia) traduzindo a frase ^ypt (tupeyha), supostamente “teus
tambores,” da seguinte maneira: a Septuaginta traduz “[de ouro] os teus tesouros,” a
versão Siríaca por “teu tórax”; a Vulgata latina de Jerônimo traduz por “teus adornos”;
Áquila e Teodósio, duas versões antigas que primavam pela literalidade do texto
traduziram como “tua beleza.”

Considerando-se o estudo semântico da língua hebraica e de suas cognatas, vários


comentaristas preferem traduzir este primeiro termo, ou frase, como sendo apenas um
suporte para as pedras preciosas e não como instrumento musical. O hebraísta H. J. van
Dijk conclui que a melhor tradução para ^ypt (tupeyha) seria “os trabalhos da tua
beleza,” tomando por base a vocalização da palavra hebraica hpy (yaphah) “belo”. O
reconhecido lingüista G. R. Driver (“Uncertain Hebrew Words, JTS 45 [1944]: 14)
interpreta esse termo como sendo um ornamento com o formato de um tamborim, onde
as pedras preciosas eram encaixadas. Assim conclui Driver ao analisar ^ypt (tupeyha)
em símile com o texto de Jer 31:4. Semelhantemente G. A. Cook, autor de um dos
melhores comentários crítico textual já publicado (The Book of Ezekiel, International
Critical Commentary [Edinburg, T &T Clark, 1936], 317) segue a mesma linha de
interpretação de Driver. Por sua vez, o lexicógrafo Jahnow Hedwig (Das Hebräische
Leichenlied im Rahmen der Volkerdichtung, em Beihefter zur Zeitschrift fur die
Alttestamentliche Wissenchaft, 36 [Giessen: Alfredo Töpelmann, 1923], 222) sugere
“tua obra esculpida.”

O segundo termo hebraico encontrado no mesmo verso que apóia a palavra “engaste”
como a mais provável tradução para ^ypt (tupeyha) é ^ybqnw (uneqaveyha) “e os teus
suportes” (traduzido por alguns por “adufes” ou “pífaros”), isto é, das pedras preciosas.
Esse termo, na forma em que se encontra aqui, não ocorre em nenhum outro lugar do
texto hebraico; portanto, sem um paralelo exato no texto hebraico, o que torna sua
interpretação ainda mais difícil.

A Septuaginta traduz ^ybqnw (uneqaveyha) por “os teus armazéns,” enquanto que a
Vulgata Latina apresenta o seguinte texto “teu peito” ou “tua fronte”. O assiriologista
Schiel (“Fragments de la legende du dieu zu,” Revue de Assyriologie et d’Archéologye
Orientale 35 [1938], 14-25), apoiado num estudo paralelo com a língua dos caldeus,
propôs que este segundo termo implique em um “ornamento oco” onde se encaixavam
as pedras preciosas. Dijk (p. 119), por sua vez, prefere tomar essa palavra como um
termo expressando algo “notável”. Ele conclui assim baseado em Amós onde um termo
semelhante a este (^ybqnw [uneqaveyha]) aparece “... homens notáveis [ybqn,
nequevay] da principal das nações...,” Amós 6:1. Desta maneira Dijk propõe a tradução
“e esplendor em ti,” para este segundo termo e não “teus adufes” ou “pífaros.” Um dos
léxicos hebraicos mais populares no mundo acadêmico (F. Brown, S.R. Driver e C.A.
Brigg, eds., A Hebrew and English Lexicon of the Old Testament. Oxford: Clarendon
Press, 1951) explica esta palavra (bqn, nequeva, cujo significado primário é “orifício,
túnel, buraco”) como “termo técnico para trabalhos de pedras preciosas, provavelmente
contendo algum orifício ou cavidade,” e apresenta a seguinte tradução para ambos os
termos encontrados em Ez. 28:13 (^ybqnw ^ypt) thy sockets and thy grooves (“teus
engastes e cavidades”) ou thy settings and thy sockets (“teus lugares de receber as
pedras e teus engastes”). Esse termo esta no dicionário de W. L. Holladay (A Concise
Hebrew and Aramaic Lexicon of the Old Testament Grand Rapids, MI: Eerdmans,
1988], 244) como significando uma “mina,” isto é, onde se explora minério ou pedras
preciosas, clarificando ainda mais o contexto desta passagem onde Lúcifer recebe
pedras preciosas e não instrumentos musicais.

Perceba que as duas versões Bíblicas publicadas pela Sociedade Judaica de Publicações
(JPS) traduzem parte deste verso como se segue, “And gold beautifully wrought for
you, Mined for you” (“e ouro belamente trabalhado para ti, extraído para ti,” [JPS-
Tanakh, 1985]), e “and gold; the workmanship of thy settings and of thy sockets was in
thee,” (“o trabalho elaborado da tua estrutura e dos teus engastes estava em ti” [JPS-
1917). Semelhantemente a versão Almeida Revista e Atualizada de 1999 traduz “de
ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos.” Assim podemos ver que as versões
antigas e as modernas, que apresentam uma tradução próxima do texto hebraico, não
usam as palavras “tambores,” “tamborins,” “adufes,” ou “pífaros” para traduzir os
termos hebraicos deste texto.

Isto demonstra que a melhor tradução para ambos os termos não é a de instrumentos
musicais, mas sim apenas os encaixes e suportes das pedras preciosas. Portanto estes
dois termos descrevem apenas parte da vestimenta de Lúcifer que recebiam as pedras
preciosas, como por exemplo, as 12 pedras e o urim e o tumim que estavam encaixados
no peitoral do sumo sacerdote e este por sua vez servia de suporte para essas gemas
preciosas.

Conseqüentemente, essa passagem em hebraico não é uma evidência apoiando ou não o


uso de percussão na igreja, sendo apenas a descrição das vestes de Lúcifer quando ele
servia na presença de Deus.

Como regra de interpretação bíblica, não se deve fundamentar algo de suma


importância, como o tema de louvor e adoração na igreja, sobre um texto com termos
ambíguos indo contra todos os outros textos bíblicos que são claramente entendidos
sobre o assunto. Isso não seria uma boa regra de hermenêutica e demonstra apenas a
parcialidade do suposto intérprete em favor de uma versão que apóie sua preferência
musical. Concluo que uma das versões portuguesas que reflete neste caso específico o
texto hebraico é a Almeida Revista e Atualizada de 1999, “de ouro se te fizeram os
engastes e os ornamentos.” A tradução literal do texto hebraico é “de ouro se te fizeram
os teus engastes e os teus encaixes.” Outras versões com traduções semelhantes a essas
também são aceitáveis.

Esdras e Neemias (5 séc. a.C.)

Após o exílio (quinto século a.C.) a adoração foi feita da mesma forma que no tempo de
Salomão. A ênfase não era apenas na letra, mas também na música. Letras de salmos e
atos salvíficos de Deus transmitida através de um ritmo sóbrio, não dançante, sem
sensualidade ou balburdia e com instrumentos escolhidos por Deus. Observe que em
Esdras 3:10 e Neemias 12:27 não há nenhuma menção de danças ou músicas dançante
pelo, pelo tio de instrumentos e pela linguagem que o autor se refere ao preparo musical
tudo indica que era semelhante ao tipo ordenado por Deus a Davi pelos profetas.

Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do SENHOR, apresentaram-


se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com
címbalos, para louvarem o SENHOR, segundo as determinações de Davi, rei de Israel.
11 Cantavam alternadamente, louvando e rendendo graças ao SENHOR, com estas
palavras: Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo
o povo jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os
alicerces da sua casa (Esdras 3:10-11).

Na dedicação dos muros de Jerusalém, procuraram aos levitas de todos os seus


lugares, para fazê-los vir a fim de que fizessem a dedicação com alegria, louvores,
canto, címbalos, alaúdes e harpas. 28 Ajuntaram-se os filhos dos cantores, tanto da
campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias dos netofatitas, 29 como
também de Bete-Gilgal e dos campos de Geba e de Azmavete; porque os cantores
tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém. 30 Purificaram-se os
sacerdotes e os levitas, que também purificaram o povo e as portas e o muro. 31 Então,
fiz subir os príncipes de Judá sobre o muro e formei dois grandes coros em procissão,
sendo um à mão direita sobre a muralha para o lado da Porta do Monturo (Neemias
12:27-31).

Conclusão Parcial

E o Antigo Testamento termina com Mal 3:6 “Eu sou o Senhor e Eu não mudo...” Deus
é o mesmo ontem, hoje e amanhã. Se Ele escolheu assim, assim deveria ser até termos
outra ordens dEle para que pudéssemos mudar. A cultura não deveria sobrepor aos
mandatos divinos com respeito a adoração ou sobre qualquer outro estatuto
explicitamente dados por Deus na sua Palavra. Lembre-se que o santuário terrestre era
um modelo e sombra da realidade celestial; uma réplica daquele que está no céu, assim
o ritual, música, tipo de instrumento, mensagem, etc., eram ordenados por Deus (ver
novamente Hebreus 8:2-5).

O Modelo de Adoração da Sinagoga (5 séc a.C-19 séc. d.C.)

A origem da sinagoga tem sido aceita como tomando lugar no tempo do exílio de Judá
em Babilônia. Essa instituição teria sido fortalecida na Palestina com a volta de Esdras.
E é nesta instituição que deveríamos observar os vestígios da adoração do templo do
A.T. e o da igreja primitiva apostólica até o quarto ou quinto século d.C. até a invasão
do Império Romano pelos bárbaros. Os intelectuais do judaísmo no período helenista
(330d.C.-330 d.C.) viam o caminho do helenismo com certo temor. Criam que o
helenismo poderia ser uma ameaça à identidade da religião judaica. Rodeados pelo
helenismo especialmente depois da destruição do templo (70 d.C.) os líderes do
judaísmo temiam que a música helênica fosse uma tentação para abandonar o judaísmo.
O Talmude de Babilônia menciona que o Rabino Elisha bem Abuyah se apostatou
devido à melodia grega que ele ouvia e pelos instrumentos musicais da cultura grega
que ele possuía em sua casa.[19] Essa preocupação com os instrumentos, com a música e
com estilo de louvor da parte desses intelectuais judeus tinha como fundamento erigir
uma muralha de proteção ao redor da lei. Esta era o fundamento da sua religião.[20]
Chegaram a proibir a participação em desfiles musicais gregos com o temor de
assimilarem os costumes gregos.[21] Podemos ver através da história judaica que os
instrumentos musicais foram banidos da sinagoga já no exílio em Babilônia e enfatizado
depois da destruição do templo no ano 70 d.C., somente o shofar permanece como
instrumento simbólico-litúrgico. A razão principal foi evitar qualquer associação com os
cultos pagãos assimilando assim a cultura babilônica e posteriormente a greco-romana e
conseqüentemente diluindo a identidade judaica. Principalmente, o culto a Cibele na
Àsia Menor e de Dionísio em Roma fizeram com que os lideres judeus evitassem tais
associações. Sibyl, escritor da época, é muito explícito com relação aos cultos pagãos
em relação aos cultos judaicos deste período da história, ele diz o seguinte a respeito dos
judeus:

Eles não derramam sangue dos sacrifícios sobre o altar; nem mesmo os tambores são
tocados, nem címbalos, nem as flautas com seus orifícios, instrumentos cheios de sons
histéricos, nem um assovio da flauta pan é ouvido imitando a serpente, nem a trombeta
chamando para a guerra de maneira selvagem.”[22]

Somente no século vinte é que certas sinagogas permitem o uso de instrumentos


variados. Ainda assim o uso só foi permitido nas sinagogas liberais da época, e hoje nas
progressistas, messiânicas “pentecostais,” ou ultra-liberais. Os rabinos ortodoxos e
chassidim não os permitem até os nossos dias, somente o shofar continua sendo aceito.
Instrumentos variados, porém, são usados fora do recinto sagrado.

Conclusão Parcial

As evidências do Antigo Testamento não apóiam o uso dos membranofones (percussão)


no templo ou na sinagoga ou em qualquer ajuntamento solene fora do templo. Estes
estavam associados ao paganismo e foi tolerado no folclore israelita como o foi a
poligamia e as bebidas alcoólicas, mas posteriormente deveriam ser eliminados.

Parte II

Na segunda parte deste estudo apresentarei as evidências do Novo Testamento, do


Espírito de Profecia, da história antiga e dos cristãos dos primeiros séculos d.C.
mostrando que todos seguiram a orientação divina evitando os membranofones
(instrumentos de percussão) e os estilos da música popular das respectivas épocas.

Louvor e Música no N.T e nos Primeiros Séculos d.C.

O modelo de adoração do N.T. segue o modelo do templo do A.T. e o da sinagoga até


meados do quarto século ou quinto d.C. Os autores da igreja cristã durante os primeiros
quatro séculos foram mudando de atitude gradativamente à medida que o helenismo foi
se infiltrando dentro do cristianismo até a queda do Império Romano. Com o passar do
tempo a ala progressista a favor do sincretismo helenista, ganhou pela maioria contra os
que eram a favor da identidade de uma religião bíblica. [23] Nessa época encontramos
Clemente de Alexandria que escreve a respeito dos pagãos dizendo

fazem barulho com címbalos e tambores, rangendo com instrumentos de frenesi;. . . A


flauta pertence a estes homens supersticiosos que correm à idolatria. Mas nós baniremos
estes instrumentos de nossas sóbrias e descentes refeições.[24]

O canto vocal sem instrumento era o mais prezado por todos os pais da igreja sem
exceção, como sendo o canto que agrada ao Senhor.[25] Como o perigo da infiltração
vinha de duas frentes ideológicas, a latina e a grega, estes cristãos optaram por cantarem
somente música vocal, sem instrumentos, com letras dos salmos, imitando assim o
costume dos rabinos nas sinagogas. As evidências mostram que a igreja cristã primitiva
empregara judeus convertidos como cantores e estes usaram o mesmo estilo que se
usava na sinagoga.[26] Os dois tipos de música usados na igreja eram o responsorium e o
canto antifonal. Ambos eram de origem bíblico-judaica, e esta última tendo sua origem
no A.T., I Cron 30:20, Nee 12:27, Ps. 136, etc. Estes cantos era do tipo cantochão, isto
é, seguindo o modelo da sinagoga que por sua vez seguiam a acentuação dos textos
bíblicos como tonalidade e ferramenta sintática. No concílio de Laodicéia (360-381
d.C.) se proibiu completamente qualquer canto que não usasse as Escrituras como letra
dos hinos no serviço de culto na adoração na igreja. Essa decisão tinha o propósito de
neutralizar o efeito da influência gnóstica que estava usando a música sacra da época
como meio de propagar as suas idéias teológicas, isto é música sacra com letras
contendo uma teologia contrária à da igreja.[27]

Temos que levar em consideração que essa época (1-5 séc. d.C.) era o auge dos escritos
apócrifos, pseudo-epígrafos, seitas cristãs diversas, Marcião, Ário e outras dentro do
judaísmo, mais o paganismo, a filosofia greco-romana e o domínio militar dos romanos
junto com a ameaça cultural e bélica dos bárbaros. Portanto essa época era crítica na
questão da ameaça de uma nova como visão que avançava de forma progressiva
colocando em risco a existência da jovem igreja cristã. Esta igreja devia tomar uma
decisão entre se conformar com a nova visão de adoração ou crer que Deus supriria o
que fosse necessário para a sua sobrevivência numa nova ordem ideológica sem perder
a sua identidade peculiar.

A identidade da igreja primitiva já corria perigo de diluir-se em nome da justificativa de


manter a sua existência diante de tantos concorrentes e num mundo onde o paradigma
de adoração havia sido mudado pelo sincretismo da nova cosmovisão greco-romana. A
igreja estava prestes a entrar na Idade Média.

Somente depois da infiltração da filosofia greco-romana dentro do cristianismo é que


este perdeu seu temor ao sincretismo e viu isto como algo positivo para a conversão e
conservação dos pagãos.[28] Podemos aceitar, portanto, que a música da igreja cristã
desta época, considerando esta como um todo e já influenciada pelo helenismo, era o
canto dos salmos (cantochão), hinos da igreja (de influência helenística), e cantos
merismáticos que podiam levar ao êxtase (de influência pagã).[29]

A jovem igreja no quarto século d.C. teve que tomar uma decisão entre o não usar
instrumentos nenhum como a sinagoga e a igreja apostólica ou permitir certa abertura
ao que o helenismo e ao que a cultura latina usavam nos seus cultos pagãos, mudando,
apenas, a letra como o fazia Àrio na conversão dos bárbaros e talvez amaciando o ritmo
das mesmas. Essa aceitação sincrética da parte de um grupo dentro da igreja foi
posteriormente rejeitada na época de Clóvis o rei dos francos (508 d.C.). Esse rei, com a
aprovação do bispo de Roma, impôs o canto gregoriano vocal, cantochão, sem
instrumento. Esse tipo de música cantochão perdurou até 1290, é claro que com as suas
variedades e modificações sofridas pela influência do meio cultural. Foi nesta época
(1290) que o uso do órgão foi permitido e posteriormente a reforma introduz outros
elementos bons à música cristã medieval como o coral e outros. A Reforma Protestante
não banalizou a música sacra, apenas introduziu elementos que a tornou mais acessível
a todos. Os elementos, porém, do sacro foram preservados. Não temos espaço aqui para
comentar sobre a música no período da reforma, consulte a obra de Samuel Bacchiocci
que menciono no início sobre a música na Reforma Protestante.
Segundo Werner, os pontos que enfraqueceram os princípios originalmente mantidos
pela igreja cristã foram (a) a aceitação ainda que parcial do helenismo; (b) aceitação dos
instrumentos musicais associados com o culto pagão, ainda que estes fossem
posteriormente banidos no sexto séc. no tempo de Clovis o rei dos francos; (c) a sua
flexibilidade com respeito ao canto de hinos que não fossem fundamentados no texto
bíblico.[30]

Novo Testamento

No Novo Testamento, menciona-se o canto vocal como sendo o canto da igreja


apostólica. Alguns dos instrumentos são mencionados no N.T. as trombetas 20 vezes, a
flauta 4, a harpa 3 vezes, mas tambores e pandeiros nunca são mencionados no N.T nem
mesmo música dançante, com exceção da dança de Salomé pedindo a cabeça de João
Batista. Veja que os instrumentos nas visões do Apocalipse a respeito do Céu são as
harpas:

a. Sete selos = harpas Ap 5:8 “tendo cada um deles uma harpa.”

b. 144.000 = harpas Ap 5:8

c. Mar de vidro, o cântico do cordeiro não é dançante, “tendo harpas de Deus,” Ap 15:2

d. E. G. White descreve o instrumento dos salvos e dos anjos como sendo as harpas de
Deus, sempre cantando nunca dançando.

A Música nos 3500 anos de Historia da Igreja Remanescente

Podemos ver no gráfico que através de todo o A.T. e N.T. até chegarmos ao céu, a
música de Deus é, era, e será do mesmo tipo e os instrumentos musicais seguindo o
modelo celestial, e lembre-se que Deus não muda. Essa música é, era, e será não
dançante e tocada pelos instrumentos escolhidos por Deus. Como é que podemos agora
no tempo do fim, com as qualidades de Laodicéia (Apoc. 3), dizer que sabemos mais
sobre louvor e adoração do que as Escrituras Sagradas, introduzindo coisas que foram
rejeitadas, por instrução divina, ao longo da história?

Alguém pode argumentar que as coisas eram diferentes naqueles dias do A.T. e N.T., e
que não havia este tipo de música. Isto é um engano, a história demonstra que havia o
que eu chamaria de “rock de baal” no A.T., e não é difícil de perceber isto no carnaval
de Dionísio e Cibele no Império Romano no tempo do N.T.[31] Podemos ver que cada
vez que Israel se apostata havia música pagã, e estas estavam sempre relacionadas com
a adoração de espíritos e deuses do paganismo. O bezerro de ouro é um exemplo,
Êxodos 32:17-21:

Ouvindo Josué a voz do povo que gritava, disse a Moisés: Há alarido de guerra no
arraial. 18 Respondeu-lhe Moisés: Não é alarido dos vencedores nem alarido dos
vencidos, mas alarido dos que cantam é o que ouço. 19 Logo que se aproximou do
arraial, viu ele o bezerro e as danças; então, acendendo-se-lhe a ira, arrojou das mãos
as tábuas e quebrou-as ao pé do monte; 20 e, pegando no bezerro que tinham feito,
queimou-o, e o reduziu a pó, que espalhou sobre a água, e deu de beber aos filhos de
Israel. 21 Depois, perguntou Moisés a Arão: Que te fez este povo, que trouxeste sobre
ele tamanho pecado?
Esse bezerro de ouro poderia ter sido o filho de Hator, a deusa com cabeça de vaca. Esta
era deusa da música e do amor. Outro deus poderia ser boi Apis, ambos deuses
pertencem à religião egípcia. Portanto os israelitas estavam dançando ao ritmo daquela
vida que tinham tido no paganismo seguindo os modelos e estilos egípcios.

Temos outro exemplo na Bíblia: Balaão em Moab: Numbers 25:1-3 “Habitando Israel
em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. 2 Estas
convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos
deuses delas. 3 Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra
Israel.” E.G.W. diz que a música os cativou, (ver PP, 454).

A palavra hebraica para tambor (bateria) é toph, e batidas de tambores topheth. Esse
tipo de instrumento era usado para a adoração de demônios nos seus rituais e não foi
permitido o seu uso no templo. Seu uso não foi permitido pela igreja remanescente para
o louvor de Deus por mais de 3500 anos de história da igreja remanescente, desde
Moisés até as narrativas sobre o Céu no Apocalipse. Em Jeremias 7:31-32 encontramos
uma clara proibição sobre a adoração pagã que era associada aos tambores “Edificaram
os altos de Tofete (dos tambores), que está no vale do filho de Hinom, para queimarem
a seus filhos e a suas filhas; o que nunca ordenei, nem me passou pela mente.”

Perceba que o único meio que Satanás encontrou para unir o mundo debaixo de uma só
bandeira teológica foi o “espiritualismo,” o mesmo das religiões animistas pagãs. Este é
o mesmo engano no qual Adão e Eva caíram, “Certamente não morrereis, mas serás
como Deus.” Por 3500 anos ele não pode fazer nada contra o povo de Deus, ele
perseguiu, matou, foi fazer guerra contra os descendentes da mulher, “aqueles que
guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus Cristo.”[32]

Satanás quer todos nós no ocultismo e espiritismo. Há uma força misteriosa no pós-
modernismo guiando o mundo inteiro para a adoração de demônios. Explico: Desde
1445 a.C. até 1798 d.C. todo o mundo bíblico-cristão seguia o padrão teocêntrico, com
suas variadas formas, fundamentados na síntese teológica “façamos o homem a nossa
Imagem...” O louvor tinha como centro a Deus. Com a chegada do humanismo, o foco
se tornou a razão humana, “não há Deus,” ninguém criou nada. Esta cosmovisão foi
apenas uma ponte para o pós-modernismo, “façamos a Deus à nossa imagem,” com o
seu foco nos sentimentos do ser humano, no eu, o qual é, em outras palavras, paganismo
e paganismo é por sua vez, ocultismo. O pentecostalismo nos moldes da pós-
modernidade possui o seu próprio estilo de música e adoração centralizando o “eu.”
Portanto com prerrogativas semelhantes ao pós-modernismo. Segundo Tsaltalbasidis

. . . música rock comunica o entendimento pós-moderno sobre a verdade. As palavras


podem estar comunicando as mais profundas verdades, mas a música em si mesma está
pregando outro evangelho. A música ensina que não há verdade absoluta, não há padrão
de julgamento entre o certo e o errado. Esta é a mensagem real pregada ao usar o
conjunto de baterias.[33]

Reverência e Pós-modernismo

Segundo Wolfgang,[34] é o nosso conceito da natureza de Deus que afetará nossa


reverência e o tipo de adoração que damos a Deus. Assim temos de acordo com este
autor três abordagens à natureza divina. O primeiro é Deus além de mim. Este conceito
é encontra no Antigo e no Novo Testamento, na Sinagoga, através da Idade Média; o
segundo conceito sobre Deus é Deus por mim: No protestantismo e reforma da Igreja;
Deus dentro de mim: Teologia existencialista, Neo-pentecostalismo, espiritismo
moderno, alfa da apostasia com o panteísmo, e o pós-modernismo e o Ômega.

Quando centralizo o eu isto se torna paganismo. Os sentimentos e as emoções, a


sensualidade, o místico, o sobrenatural e o carnal são as bases do paganismo. Em suma,
paganismo é a adoração do eu. O que derrubou Satanás do Céu? Foi o paganismo. Ele
queria ser como Deus, ou seja, queria colocar a Deus no seu nível. E é isto que acontece
com o Ômega, é o engano da serpente no jardim “serás como Deus.”

Isto é um retorno ao paganismo primitivo das religiões naturais místicas. Nas religiões
modeladas pelo pós-modernismo, o centro é as emoções do ser humano, um
antropocentrismo; a ênfase está nos sentimentos, na experiência pessoal, sentir é o
importante. O certo é aquilo que funciona, motiva, toca as emoções e meche com o eu,
independentemente do certo ou errado. As características do pós-modernismo são as
seguintes[35]:

a. Não há verdade absoluta, tudo pode ser verdadeiro se for válido útil para uma
determinada cultura num determinado tempo da sua história.

b. Não há verdade universal que deve ser encontrada, cada individuo é a verdade para si
mesmo.

c. Contra todo dogma, doutrinas, leis, tradições, hábitos, cultura, e metas-narrativas,


incluindo a Bíblia.

d. Crença na imortalidade da alma, espiritismo, misticismo e o sobre natural.

e. Ênfase na experiência, sentimentos e emoções e na participação corporal.

f. Centralização do eu e suas paixões como elemento de realização pessoal.

Podemos ver baseado no pós-modernismo, um interesse no ocultismo na TV, filmes,


novelas, revistas moda, música, desenhos infantis, política, cultura, religiões e na
ciência; o mundo está se tornando um covil de demônios.

Ap 16:13-14 “Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso


profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; 14 porque eles são espíritos de
demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de
ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso.”

O Perigo do Louvor Falso Segundo os Escritos do Espírito de Profecia

Por volta de 1900, surge o neo-pentecostalismo nos EUA. Em uma carta que o pastor
Stephen Haskell escreveu a E.G.W. ele descreve o que ele viu e ouviu na nossa campal
de evangelismo público em Indiana em Setembro 25, 1900:

“Está além de qualquer descrição. . . Há um grande poder que acompanha este


movimento que está se iniciando lá. . .por causa da música que se usava na cerimônia.
Eles possuem um órgão, um violino baixo, três violinos fiddles, duas flautas, três
tamborins, três trombetas, e um tambor baixo enorme, e talvez outros instrumentos que
porventura não mencionei. . .Quando eles alcançam um tone elevado na escala, não se
podia ouvir uma só palavra do canto da congregação, nem mesmo ouvir qualquer outra
coisa, somente os gritos daqueles que estavam nesta demência. Eu não acho que estou
exagerando. Eu nunca vi tal confusão na minha vida. Eu tenho presenciado cenas de
fanatismos, mas nunca algo como isto.” Ver E.G.W. Música: Sua Influência na Vida do
Cristão (Casa Publicadora Brasileira: Tatuí, 2005), 36-37; MS 2, 31-39.

E.G.White responde esta carta com as seguintes palavras. Percebam a urgência destas
palavras: “imediatamente antes do termino do tempo da graça.” Para nós que vivemos
mais próximos do fechar da porta da graça estas palavras são mais significativas.
Naquela época a sua mensagem foi tão bem entendida que este tipo de adoração não
prosperou na igreja, pelo contrario, desapareceu completamente. E.G.White viveu mais
uma década depois deste evento e ela nunca menciona que os seus escritos, com relação
a este evento em Indiana, tivessem sido mal interpretados pela liderança da igreja
Adventista do Sétimo Dia. Isto é, ela concordou com o não uso de membranofones
(percussão) e com o abandono do estilo pentecostal de louvor:

“As coisas que descrevestes como ocorrendo em Indiana, o Senhor revelou-me que
haviam de ocorrer imediatamente antes do terminação do tempo da graça. Demonstrar-
se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os
sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles
quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo.

O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruído. Isso é
uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito
da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo.
É melhor nunca ter o culto do Senhor misturado com música do que usar
instrumentos músicos para fazer a obra que, foi-me apresentado em janeiro
último, seria introduzida em nossas reuniões campais. A verdade para este tempo
não necessita nada dessa espécie em sua obra de converter almas. Uma balbúrdia de
barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma
bênção. As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e
barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo.” ME, 2,
p. 36.

“Ao findar a reunião campal, o bem que devia haver sido feito e poderia havê-lo sido
pela apresentação da verdade sagrada, não se realiza. Os que participam do suposto
reavivamento recebem impressões que os levam ao sabor do vento. Não podem dizer o
que sabiam anteriormente quanto aos princípios bíblicos. Nenhuma animação deve
ser dada a tal espécie de culto,” (ME, 2, p. 37).

O Porquê da Situação Sintomática do Ômega

Todas as igrejas tradicionais (ex., batista, metodista, anglicana, luterana, etc.) que
aceitaram este tipo de abordagem ao louvor e adoração tiveram que mudar a sua
teologia e perderam sua identidade tornando-se pentecostais nos moldes pós-modernos.
Assim a nossa igreja não deveria ir pelo mesmo caminho sabendo que somos a igreja
remanescente, temos um objetivo de existir nos dias finais da história deste mundo.
Veja a seguir algumas das razões que levaram estas igrejas à perda da identidade
particular que possuíam e que poderia causar o mesmo efeito sobre nós como povo
remanescente.

a) Ênfase somente na graça imputada em detrimento às doutrinas bíblicas e à graça


comunicada. Um povo sem doutrinas por mais graça que tenham, não saberá discernir
entre o certo e errado, pois esta abordagem leva a espiritualização, sentimentalismo,
emoção, e ao misticismo da religião. O que vale é experimentar, sentir a Cristo e o
Santo Espírito de Deus em detrimento da prática da verdade.[36]

b) Ênfase no crescimento da Igreja seguindo os moldes pentecostais pós-modernos e


fundamentados nas leis de marketing. Ênfase nos números; os novos “discípulos” são
colocados numa comunidade desnutrida pela falta do conhecimento doutrinário, o qual é
o resultado do item anterior.[37]

c) Aceitação do secularismo, agora nos moldes do pós-modernismo na vida diária, (TV,


filmes, DVD, MP4, vídeo games, música popular, moda, esportes, mídia, política,
capitalismo, globalização, internet, notícias, cultura popular, entretenimentos diversos,
etc. Estes meios de transmitir informações e de entreter são cheios de mensagens
ocultistas, pós-modernas e pagãs quase na sua totalidade).

Características do Engano

E.G.White disse que no seu tempo houve o Alfa da apostasia, o panteísmo pregado pelo
Dr. Kellogg, que enfatizava Deus em tudo e em todos, religião centralizada no eu, Deus
em mim. Isto é, o espiritismo e o paganismo camuflado por uma interpretação distorcida
da Palavra de Deus. No fim dos tempos E.G. White diz que o Ômega da apostasia seria
semelhante ao alfa, porém seria mais sutil do que o Alfa. Este, o Ômega, envolve o
espiritismo, a adoração de demônios no lugar de Deus. Essa adoração ao inimigo pode
ocorrer de maneira inconsciente, é só aceitar o erro como verdade e conformar-se com
isto, que a armadilha já está pronta para pegar o despercebido.

Chegaria o tempo em que as doutrinas bíblicas poderiam ser confundidas na prática das
mesmas. E. G. White disse o seguinte a respeito disto “Antes dos últimos
desenvolvimentos da apostasia haverá uma confusão de fé. Não haverá idéias claras e
definidas a respeito do mistério de Deus. Uma verdade após a outra serão corrompidas,”
(Signs of the Time, 28, Maio 1894 em Donald E. Mansell, The Shape of the Coming
Crisis [Nampa, ID: Pacific Press, 1998], 140). Portanto devemos estar alicerçados na
Palavra de Deus.

“Não sejais enganados; muitos se apartarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e
doutrinas de demônios. Temos diante de nós o alfa deste perigo. O ômega será de
natureza assombradora,” (7 Manuscripts Release, 188; Lt 263, 1904 em Donald E.
Mansell, The Shape of the Coming Crisis [Nampa, ID: Pacific Press, 1998 ], 140).

“Devemos estar alertas e não nos separar da mensagem que Deus tem para este tempo.
Satanás não é ignorante dos resultados que vem da tentativa de definir a Deus e Jesus
Cristo de maneira espiritual que colocam a Deus e a Cristo como uma entidade não
existente. O tempo ocupado neste tipo de ciência, em lugar de estar ocupado preparando
o caminho do Senhor, prepara o caminho para Satanás entrar e confundir as mentes com
o misticismo da sua própria invenção. Ainda que eles estejam vestidos como anjos de
luz, eles tem feito de Deus e de Cristo como se não existissem. Porque? Porque
Satanás vê que as mentes estão prontas para este trabalho. As pessoas tem perdido o
rumo das pegadas de Jesus e do Senhor Deus, e tem estado a obter uma
experiência que é o Ômega de um dos mais perigosos enganos que já existiu com o
propósito de levar cativo as mentes dos seres humanos,” (11 Manuscripts Release
211, em Donald E. Mansell, The Shape of the Coming Crisis [Nampa, ID: Pacific Press,
1998 ], 140).

“Se Deus, certamente, tem falado através de mim, vocês ouvirão muito em breve de
uma ciência deslumbrante -- uma ciência do demônio. O seu objetivo é de anular a Deus
e a Jesus Cristo quem Ele enviou. Alguns exaltarão esta ciência e tratarão com a ajuda
de Satanás, de anular a lei de Deus. Grandes milagres serão feitos à vista dos homens a
favor desta ciência deslumbrante,” (3SM 408; Lt 48, 1907, em Donald E. Mansell, The
Shape of the Coming Crisis [Nampa, ID: Pacific Press, 1998 ], 140).

Fundamentado nestes textos do Espírito de Profecia as características mais importantes


do Ômega dentre outras são as seguintes:

a) Anular a Deus como Pessoa: Façamos a Deus a nossa imagem, isto é, colocar o
“eu” no lugar de Deus. Ter como cosmovisão o pós-modernismo, com a sua tendência
ao misticismo, sentimentalismo, antropocentrismo, sentidos e emoções, experiências,
relacionamento, sem compromisso com verdade anulando assim a obra de Deus. Isto
não é nada menos do que paganismo (pentecostalismo). A teologia existencialista segue
a mesma vereda. Veja, por exemplo, o livro Vida com Propósito de Rick Warren que
está cheio da filosofia espírita da Nova Era anulando a Deus como ser e rebaixando Sua
existência apenas como um ser sobrenatural do tipo da Nova Era que existe dentro de
cada individuo.

b) Anular a justificação pela fé: Ênfase em um dos elementos da justificação pela fé


em detrimento do outro. Isto é, aceitar a graça imputada, que é a obra de Jesus por nós
em detrimento a santificação que é a obra do Espírito Santo em nós, transformando o
coração do pecador que aceitou os méritos do sacrifício de Cristo, que é a graça
comunicada.

c) Substituir o próprio Espírito Santo: Substituí-lo por outro espírito evitando assim o
selamento que preparará o povo de Deus para os eventos finais. Esta é a característica
principal desta peça do Ômega.

Estas três características do Ômega estão intimamente relacionadas com a obra do


Espírito Santo na vida de um cristão. Ele, o Espírito Santo, revela a Deus para os seres
humanos, Ele comunica a Justificação pela fé especialmente em se falando sobre a
santificação, e por último Ele é o que sela a pessoa para a salvação mais tudo aquilo que
está implicado neste processo. Assim, em síntese, uma das peças do Ômega é a tentativa
satânica de substituição do Espírito Santo por outro espírito, usando meios variados,
evitando assim o selamento do remanescente. Por isto E.G.White disse que este tipo de
adoração aconteceria antes do fechamento da porta da graça, pois o inimigo sabe se não
temos o Espírito Santo não seremos selados para a salvação. A música, dirigida de
maneira errada, entraria neste processo de engano ao suprir o sentimento de posse, de
um suposto espírito que não é o de Deus, no adorador. Isto não quer dizer que todos que
participem desta música e louvor não estão sendo selados pelo Espírito Santo, mas
implica no perigo de estarmos aventurando no terreno encantado do inimigo.

E.G.White escreveu que este fenômeno de “fanatismo pentecostal” que aconteceu em


Indiana por volta do ano 1900 se repetirá no futuro antes do término do tempo de graça.
Note que ela chama este tipo de adoração de “fanatismo.” Observe por onde entraria as
teorias e os métodos errôneos, isto é, o “fanatismo,” pelas “nossas reuniões campais.”
Satanás quer destruir o meio que a igreja possui para levar a mensagens ou mundo
trazendo este estilo de adoração e louvor para dentro da igreja neutralizando assim a
mensagem. Dando resultado em uma igreja cheia, inchada carecendo do poder do
Espírito e da prática da verdade.

Com respeito à música ela disse que “Satanás fará da música um laço pela maneira por
que é dirigida,” mas não fomos abandonados “instruções claras e definidas têm sido
dadas a fim de todos entenderem.” A seguir apresento as citações sobre este parágrafo
de acordo com o que está escrito no Espírito de Profecia perceba que ela frisa bem as
palavras “o Senhor me mostrou,” indicando a urgência e a fidelidade da origem da
informação:

“Não entrarei em toda a triste história; é demasiado. Mas em janeiro último o Senhor
mostrou-me que seriam introduzidos em nossas reuniões campais teorias e métodos
errôneos, e que a história do passado
e repetiria. Senti-me grandemente aflita. Fui instruída a dizer que, nessas
demonstrações, acham-se presentes demônios em forma de homens, trabalhando com
todo o engenho que Satanás pode empregar para tornar a verdade desagradável às
pessoas sensatas; que o inimigo estava procurando arranjar as coisas de maneira que as
reuniões campais, que têm sido o meio de levar a verdade d
a terceira mensagem angélica perante as multidões, venha a perder sua força e
influência. . .

O Espírito Santo nada tem que ver com tal confusão de ruído e multidão de sons como
me foram apresentados em janeiro último. Satanás opera entre a algazarra e a
confusão de tal música, a qual, devidamente dirigida, seria um louvor e glória para
Deus. Ele torna seu efeito qual venenoso aguilhão da serpente.” ME, 2, p. 37.

“Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da
música um laço pela maneira por que é dirigida. Deus convida Seu povo, que tem a luz
diante de si na Palavra e nos Testemunhos, a ler e considerar, e dar ouvidos. Instruções
claras e definidas têm sido dadas a fim de todos entenderem. Mas a comichão do desejo
de dar origem a algo de novo dá em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente
a influência dos que seriam uma força para o bem, caso mantivessem firme o princípio
de sua confiança na verdade que o Senhor lhes dera.” ME, 2, p. 3

Conclusão

Com respeito ao termo Ômega, este é a tentativa satânica de substituir o Espírito Santo
quer seja teologicamente, quer seja pela má interpretação das doutrinas bíblicas ou pelo
tipo de adoração, ou por qualquer outro meio. Por exemplo, a má interpretação da
justificação pela fé e a negação da existência do Espírito Santo ou por qualquer outra
coisa que simule emocional e sentimentalmente a obra transformadora do Espírito
Santo, como o estilo de música e adoração evangélico pentecostal e pós-moderna. Esta
substituição tem como objetivo evitar o selamento do povo remanescente evitando
assim o preparo do mesmo para passar pela sacudidura e receber as vestes da justiça de
Cristo para participarem nas bodas do Cordeiro.

Temos que, com a ajuda das Escrituras Sagradas e do Espírito Santo, terminar a obra
que Deus nos incumbiu unidos. Todo esforço deverá ser feito para não causar desunião.
Devemos colocar nossas idéias e preconceitos de lado e seguir os passos de Cristo na
obediência da verdade. A Igreja Adventista do Sétimo Dia é o último movimento
verdadeiro sobre a terra, não haverá outro depois deste. Devemos advertir ao mundo
com as três mensagens angélicas e fazer o reavivamento do povo remanescente,
causando assim uma reforma de vida. Esta é a mensagem presente para o mundo que
perece sem o conhecimento da Palavra de Deus (João 1:1-18). No Grande Conflito está
escrito,

“Vigiai, pois, ... para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo." Mar. 13:35 e
36. Perigosa é a condição dos que, cansando-se de vigiar, volvem às atrações do mundo.
Enquanto o homem de negócios está absorto em busca de lucros, enquanto o amante dos
prazeres procura satisfazer aos mesmos, enquanto a escrava da moda está a arranjar os
seus adornos - pode ser que naquela hora o Juiz de toda a Terra pronuncie a sentença:
‘Pesado foste na balança, e foste achado em falta,” GC 495.

Fonte - Alto Clamor


[1] Jesus disse “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último...” Os próprios títulos “Alfa” e “Ômega” da apostasia podem ser uma
indicação da imitação que o inimigo quer fazer da verdade, isto é, tomar o lugar que só é dado a Cristo. Satanás sempre quis ser como Deus,
tomando sobre si os Seus atributos de poder e deixando de lado os atributos relacionados como o amor. Satanás dizia no seu coração “. . .
serei semelhante ao Altíssimo,” (Is 14:14).
[2] José Carlos Ramos, A Igreja em perigo: O Ômega da apostasia predita por Ellen White (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008).
[3] Lewis R. Walton, Ômega (Washington: Review and Herald, 1981), cap. 7.
[4] E.G.W. Manuscripts Release, 20, 1906.
[5] Braun, Music in the Ancient Israel/Palestine, (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2002).
[6] Braun, 11-12.
[7] Eric Werner, “The Conflict Between Hellenism and Judaism in the Music of the Early Christian Church,” Hebrew University Studies
(1975): 407-470.
[8] Vanderlei Dorneles, Cristãos em Busca do Êxtase (Engenheiro Coelho, SP:Unaspress, 2008).
[9] E.G.White, Música: Sua influência na vida do Cristão (Tatuí, SP: CPB, 2005).
[10] Wolgang Hans Martin Stefani, Música Sacra, Cultura e Adoração, 2 ed. (Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2002)
[11]Otimar Gobçalves, “O Hinário Adventista é para Jovem,” Revista do Ancião, abr-jun (2009): 26-28.
[12] Samuel Bacchiochi, The Christian and Rock Music: a Study on Biblical Principles of Music (Berrien Springs, MI: Biblical Perspective,
2000).
[13] Norval Peace, And Worship Him (Nashville, TN: Publishing House, 1967), 8.
[14]Temos várias outras obras Helen G. Grauman, A Música em Minha Bíblia (Santo André, SP: CPB, 1968) e o segundo volume de
Mensagens Escolhidas pgs. 31-39, e outros.
[15]Quando E. G. White comenta este texto não enfatiza o problema da música na ocasião porque o texto já o faz. Portanto, seria redundante
ou desnecessário. Ela enfatiza mais a falta de reverência e a presunção da parte Uzá pelo fato de ter pecado acariciado.
[16] Eric Werner, 416: “Isto é notável o fato de que os três instrumentos . . . eram considerado não propícios para o uso no serviço do templo:
o aulos (lylj), o tympanom (¸t), e o címbalos (mylxlx) . . . os rabinos possuíam uma estima muito baixa sobre estes instrumentos.” Estes
címbalos eram os do tipo usados no paganismo.
[17] Joachin Braun, Music in the Ancient Israel/Palestine, (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2002), 29, 30, 31.
[18] John W. Kleining, The Lord’s Song: The Basis, Function and Significance of Choral Music in Chronicles (England: Sheffield, 1993),
82-83.
[19] b. Chagiga 15b.
[20] Eric Werner, 410.
[21] Ibid. 415. Veja o tratado b. Sukkah 50b sobre os instrumentos usados nos cultos pagãos da Ásia Menor.
[22] Oracula Sibyllina 8, 113 (J. Geffken, Die Oracula Sibyllina, Leipzig, Hinrichs, 1902.), 147; Werner, “Tu,mpanon ouk hvcei. . ., p. 416.
[23] Ibid. 411.
[24] Clemente de Alexandria, Paedagogus II, 4.
[25] Eric Werner, 420.
[26]P. Wagner, Einführung in die Gregorianische Melodien ( Leipzig, 1911), I., p. 17. Eric Werner, 432. “Uma lápide de um cristão cantor
do quinto séc.: Hic levitarum primus in ordine vivens Davitici cantor carminis iste fuit. Esta descrição foi encontrada na lápide do diácono
chamado Deusdedit (Jônatas). “Aqui temos certamente um cristão cantor que havia sido Judeu.” Citado por De Rossi, Roma Sotteranea III
(Rome; 1864-77), p. 239, 242; Veja também E. K. Kaufmann, Handbuch der altchristlichen Epigraphik, (Freiburg im Breisgau, 1917), 272.
[27]P. Wagner, I., p. 43.
[28] Podemos ver isto na conversão de Constantino e suas tropas, na mudança do sábado para o domingo, e muitos outros elementos
sincréticos entre o cristianismo e o paganismo.
[29]Eric Werner, 446.
[30]Werner, 457.
[31] Veja a obra já citada de Joachin Braun, e verifique como Israel tanto no A.T. como no N.T. estava rodeado de todo tipo de cultura
musical e de uma influência fortíssima da cultura dos seus vizinhos e posteriormente dos seus dominadores políticos, os romanos, e seus
dominadores filosófico-cultural, os gregos.
[32] Veja o capítulo “O culto pentecostal Carismático,” em Vanderlei Dorneles, Cristãos em Busca do Êxtase (Unaspress: 2008), 73-134.
[33] Karl Tsatalbasidis, Drums, Rock, and Worship: Modern Music in Today´s Church (Roseville, CA: Amazing Facts, 2003), 41.
[34] Wolfgand, Stefani, Música Sacra, Cultura e Adoração ( Unaspress: 2002 ).
[35] James W. Sire, O Universo ao lado (United Press: São Paulo, 2001).
[36] Esforços tem sido feito para não cairmos nesta armadilha como as publicações das revistas Membro, Revista do Ancião, Ministério, a
tradução do livro Question on Doctrines ao português e a ênfase doutrinária nos treinos de anciãos e nos cursos de Capacitação Teológicas de
obreiros oferecido pelo SALT, os Simpósios Teológicos da América Latina, as publicações da Unaspress, CPB e da CePLiB e muitos outros
meios. A organização está trabalhando arduamente neste sentido. Portanto todos os Adventistas, não importando sua posição dentro da igreja,
deveriam contribuir apoiando estes esforços da organização mantendo todas as características adventistas de povo remanescente.
[37] Há vários artigos que enfocam este problema, veja o Ministério Março –Abril (2009).

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