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Meios de Prova

Saber o que provar; quando provar, é essencial no processo.


Às vezes não é necessário nem provar – importa saber de quem é o ônus da prova.
O ônus da prova está no Art. 818, CLT; → Quem alega deve provar (é a regra).

Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.


Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete
nomeado pelo juiz ou presidente.
§ 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever.
§ 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da parte a que interessar o depoimento.
Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a
requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que
esse número poderá ser elevado a 6 (seis).
Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento
para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
Art. 823 - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao chefe da
repartição para comparecer à audiência marcada.
Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que
tenham de depor no processo.
Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.
Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução
coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
Art. 826 - É facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou técnico.
Art. 827 - O juiz ou presidente poderá argüir os peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará, para ser junto ao processo, o
laudo que os primeiros tiverem apresentado.
Art. 828 - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão,
idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às
leis penais.
Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência, pelo secretário da Junta ou
funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes.
Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará
compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.
Art. 830 - O documento oferecido para prova só será aceito se estiver no original ou em certidão autêntica, ou quando conferida a
respectiva pública-forma ou cópia perante o juiz ou Tribunal.

O ônus da prova tem como regra geral → “Art. 818 - A prova das alegações incumbe à
parte que as fizer.”;

Ex. 1: Quem alega doença ocupacional deve provar que a adquiriu em razão da atividade
desenvolvida – nexo causal, porque não foi concedido EPI’s.
Ex. 2: alegação de FGTS não recolhido (deve ser recolhido pelo empregador, em
periodicidade mensal, 8%, depositado na CEF em conta vinculada, em nome do empregado,
para saque há várias hipóteses).
O entendimento é de que o ônus é do empregado/ reclamante provar, uma vez que ele tem
acesso aos extratos bancários dos depósitos efetuados a título de FGTS. O reclamante pode
demonstrar/ apontar os meses que não foram recolhidos, ou recolhidos a menos, pois tem os
extratos. Cai na regra geral.

O ônus da prova, ao longo do processo, é passado do empregado para o empregador e


vice-versa.

INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA


OCORRERÁ QUANDO SE TRATAR DO PODER DIRETIVO DO EMPREGADOR.

Questões que dependem da tese da defesa

Ex. 1: em relação à alegação de existência de vínculo empregatício, nesse


caso o ônus da prova dependerá da tese do empregador. Se:
 O empregador alega que nunca houve trabalho – negativa geral, o ônus da prova é
do empregado. Cai na regra geral.
 O empregador alega que houve trabalho, mas de forma autônoma – sob outra
condição, ou seja, o trabalho não é negado, é negada a alegada condição que se
deu o trabalho. O ônus da prova é do empregador. Cai na exceção - Inversão do
ônus da prova.
Caso baleiro que ajudou a descarregar caminhão de transportadora. Tese
defensiva: “não trabalhava para a transportadora, na verdade ele aparecia lá para
vender balas para os empregados da transportadora”, nada foi produzido no processo
– problema: foi que o advogado da reclamada alegou ao final “por cautela, caso
alguém tenha o visto em cima de um caminhão da transportadora foi algo eventual,
diante da possível queda de mercadoria de cima do caminhão, e ele foi ajudar”. Com
isso, ele admitiu que houve o trabalho eventual, e diante disso, trabalho eventual o
ônus da prova se inverteu. Assim, porquanto não produziu nenhuma prova, foi
condenado.
Ex 2: empregado alega que fez horas extras. Nessa hipótese dependerá do
número de trabalhadores do empregador – art. 74, §2º (=poder diretivo do empregador
está configurado). Se:
 For mais de 10 empregados é necessário que haja o cartão ponto, configurando o
poder diretivo do empregador, e será ele quem deverá provar que o que o
empregado alegou não é verídico. Cai na exceção - Inversão do ônus da prova.
 For menos de 10 empregados não haverá necessidade de registro de horário, logo
não há que se falar em poder diretivo, logo que deve provar as horas extras é o
empregado (testemunhas). Cai na regra geral.
Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho,
Indústria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único
para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.
§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída,
em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo
haver pré-assinalação do período de repouso.

Ex. 3: alegação de FGTS não recolhido (deve ser recolhido pelo empregador,
em periodicidade mensal, 8%, depositado na CEF em conta vinculada, em nome do
empregado, para saque há várias hipóteses).
 Há entendimento de que o ônus é do empregado provar, uma vez que ele tem
acesso aos extratos bancários dos depósitos efetuados a título de FGTS. O
reclamante pode demonstrar/ apontar os meses que não foram recolhidos, ou
recolhidos a menos, pois tem os extratos. Cai na regra geral.
 Já houve entendimento de que o ônus era do empregador, uma vez que era dele o
poder diretivo, é ele quem deve guardar os comprovantes de depósitos.

Ex. 4: o empregado alega que há diferenças salariais, alegação de que não


recebeu salários de maio e de junho (salário tem um único meio de prova do
adimplemento - recibo – art. 464, que não pode ser complessivo.
 Quem deve provar que pagou é o empregador - Inversão do ônus da prova.
Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de
analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
Ex. 5: o empregado alega que não foram pagas as parcelas rescisórias,
quando do término do contrato. Conforme art. 477 há obrigação do termo de rescisão
toda vez que o cit for rompido. Com mais de 01 de cit., o sindicado deverá homologar o
termo.
Ônus da prova é do empregador, por causa do poder diretivo. Inversão do ônus
da prova. Pagar na data certa (no dia seguinte, quando AP foi indenizado; ou até 10
dias, quando AP foi trabalhado).
Prazo para quitação do termo de rescisão: art. 477, § 6º
Conseqüências do descumprimento do prazo: art. 477, § 8º (01 salário
contratual para o empregado + multa administrativa para União)
Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e
quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa.
§ 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais
de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do
Ministério do Trabalho e Previdência Social.
§ 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato,
deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação,
apenas, relativamente às mesmas parcelas.
§ 3º - Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo
Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento deste, pelo Juiz de
Paz.
§ 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho,
em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o
pagamento somente poderá ser feito em dinheiro.
§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês
de remuneração do empregado.
§ 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos
seguintes prazos:
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do
mesmo ou dispensa de seu cumprimento.
§ 7º - O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) será sem ônus para o trabalhador e empregador.
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim
ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de
variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.

Ex. 6: Justa causa – depende de quem alega – é prova fática - ônus de provar
é de quem alega. Cai na regra geral.
 O empregado que alega – rigor excessivo do empregador, por ex., ele que deve
provar. Difícil de ser provada;
 O empregador que alega – desídia do empregado, por ex., ele que deve provar. E é
mais fácil para ele provar.
Conclusão:
 É muito comum no processo trabalhista a inversão do ônus da prova – que
ocorrerá quando se tratar do poder diretivo do empregador.
 Para cada objeto/ pedido a reflexão sobre o ônus da prova deve ser verificada
pedido por pedido (horas extras, insalubridade, FGTS)
 A prova testemunhal é mais fácil de ser conquistada pelo empregador

Provas em espécie

 Documental
 Testemunhal
 Depoimento pessoal
 Pericial
 Inspeção judicial

As provas podem ser produzidas de ofício


Imparcialidade – busca da verdade real
Artigos 130 e 131 do CPC referem que todos meios de prova podem ser requeridos
pelas partes ou de ofício, ou seja, requisitados pelo juiz.
Tampouco há hierarquia entre as provas.
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do
processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que
não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o convencimento
Prova documental

Momentos:
• Na inicial – docs. do reclamante
• Na defesa - docs. do reclamado
• Afora esses 2 momentos, somente se tratar de:
 Documento novo, que significa que:
• Foi produzido após os momentos inicial/defesa – a data do
doc vai decidir;
• Cuja ciência a parte obteve após inicial/defesa – o
problema é provar isso – fez reforma e achou os docs
necessários, só que tem data anterior da inicial – vai ter
que narrar a situação fática

Súmula 08, TST – dispõe sobre juntada de documentos na fase recursal: não pode, salvo se
justificado o justo impedimento ou se referir a fato posterior a sentença.
TST Enunciado nº 8 - RA 28/1969, DO-GB 21.08.1969 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Juntada de Documento - Fase Recursal Trabalhista
A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua
oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.

Art. 830, CLT;


O documento deve ser original ou cópia autenticada.
Somente xerox não pode (pela lei), desde que argüido pela parte contrária (pela doutrina).
Deve se alegar no 1º momento que se tiver vistas dos documentos, ou seja, que aqueles
documentos não observaram a regra do Art. 830, CLT. Caso não faça a alegação, precluirá,
não se poderá alegar mais. O próprio advogado, sob as penas da lei, pode declarar a
autenticidade dos docs. que lhe foram apresentados originalmente, através de uma declaração
de punho feita na PI. Ou, ainda, pode usar de cópias de documentos apresentados pelo
servidor que possuem fé pública, ou pode tirar cópias e pagar pela sua autenticação.

Em caso de alegação de que o doc é falso, aquele que alega é que deverá provar a
falsidade do doc. Art. 389, CPC.
Art. 389. Incumbe o ônus da prova quando:
I - se tratar de falsidade de documento, à parte que a argüir;
II - se tratar de contestação de assinatura, à parte que produziu o documento.
ARGÜIÇÃO DE FALSIDADE DE DOC JUNTADO AOS AUTOS: Art. 389, CLT

A quem incumbe o ônus da prova? Alegações tipo: ou produzido de forma unilateral, ou com
a intenção de fraudar o judiciário → Cai na regra geral: quem alega que prova. Todavia, se
argüição de falsidade se der em razão de falsidade de assinatura, ver inciso II: “II - se tratar de
contestação de assinatura, à parte que produziu o documento.”.

No caso de impugnação de firma, houve juntada de doc, que representa o recibo de


pagamento assinado pelo empregado, cartão ponto, e este alega que não é sua a firma que
consta naquele doc, quem deverá provar que a assinatura naquele doc é do empregado é o
empregador. É inversão do ônus da prova.
CUIDADO: se alegação sobre o cartão-ponto se der no sentido de que as horas nele
representadas não são verdadeiras, o ônus da prova é do empregado. Já se for argüição sob a
assinatura do cartão ponto, o ônus da prova é do empregador, que juntou o cartão ponto.

PROCESSO CIVIL: FALSIDADE DO DOCUMENTO:


Há 2 requisitos indispensáveis para que um doc seja bem valorado: integralidade + autoria.
Está diretamente relacionado com a falsidade material e com a falsidade ideológica.
Importância do tema: influencia em algumas formas de argüir a falsidade – se é necessário ação ou não.
Falsidade material: precisa de uma ação.
Se o doc for do autor, porque afirmou que o fez + se o doc contém o texto original, pois não há borrões, nem alterações = ele é
materialmente verdadeiro
Não obstante o doc pode ser materialmente verdadeiro, porque corresponde a autoria e tem integralidade, poderá ser ideologicamente
falso, caso tenha ocorrido uma coação (arma apontada para a cabeça do autor do doc).
Falsidade ideológica vício de consentimento
A idéia retratada no doc não é verdadeira: não é a vontade da pessoa que está expressa no doc.
Ex: atestado médico feito para burlar obrigação de ser mesário – ele é materialmente verdadeiro, mas tem falsidade ideológica, já que há
irregularidade, fraude.
Art. 387. Cessa a fé do documento, público ou particular, sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade (se vai haver decisão judicial, é
porque há ação. Assim, a doutrina afirma que quando a falsidade for material, ela deve ser argüida através de ação). É a falsidade
material.
Parágrafo único. A falsidade consiste:
I - em formar documento não verdadeiro; é a questão da autoria.
II - em alterar documento verdadeiro. É a questão da integralidade.
Moacir Amaral dos Santos, dentre outros, afirma que um doc em branco, abusivamente preenchido, deve ser classificado como falsidade
material. Assim, não se pode dizer que o doc não vale, por que foi assinado em branco; se assinado foi, sem preenchimento, é porque
houve autorização para tanto. No caso, é importante demonstrar que houve abuso.
Art. 388. Cessa a fé do documento particular quando:
I - lhe for contestada a assinatura e enquanto não se lhe comprovar a veracidade;
II - assinado em branco, for abusivamente preenchido.
Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele, que recebeu documento assinado, com texto não escrito no todo ou em parte, o formar
ou o completar, por si ou por meio de outrem, violando o pacto feito com o signatário.
f) hipóteses em que se pode argüir a falsidade de um doc:
Art. 390. O incidente de falsidade tem lugar em qualquer tempo e grau de jurisdição, incumbindo à parte, contra quem foi produzido o
documento, suscitá-lo na contestação ou no prazo de 10 (dez) dias, contados da intimação da sua juntada aos autos.
Assim, a argüição de falsidade pode ser proposta de forma autônoma ou incidental, salvo o procedimento sumário.
A ação de argüição de falsidade é uma ESPÉCIE de ação declaratória incidental.
Em caso de alegação que envolva leis municipais, estaduais, convenção, acordo coletivo, quem
alegou é que deverá provar a existência de referidas leis, pois a Justiça do Trabalho é Federal,
e não tem obrigação de conhecer de leis dessa espécie. Sob pena de não reconhecer o
alegado/ contestado
Afasta o iure novit curia.

É a mesma regra do processo civil:


Regra: deve-se provar no processo a existência dos fatos ou os fatos, porque o direito se presume que o juiz
conheça (“IURE NOVIT CURIE”) logo, como regra, o direito não precisa ser provado.
Exceções: (1ª) art. 337
Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a
vigência, se assim o determinar o juiz.
Significado: o direito federal, que consta no código, se presume que o juiz conheça, portanto, ele não pode exigir
que a parte prove a existência ou a vigência dessa legislação.
Contudo, usando a parte indicação de alguns dos itens do Art. 337, para postular determinado bem, o juiz pode
não conhecer essa legislação e determinar que a parte prove a existência e a vigência.
Ex: discussão da necessidade ou não de colocação de extintores de incêndio em prédio urbano de POA. É lei
municipal que trata do assunto. A parte alegando essa legislação poderá o juiz determinar a sua comprovação e
vigência.
Crítica doutrinária: 1ª – se o juiz reside na mesma comarca que vigora tal legislação, deve ele ter conhecimento da
mesma; 2ª – como se faz para provar a existência e a vigência? Seria através de uma publicação em órgão oficial
da legislação pertinente no caso; através de certidões fornecidas; através de pareceres de juízes ou, até mesmo,
de juristas familiarizados com a legislação alienígena.

Prova testemunhal

Número de testemunhas:
Nada haver com o processo civil (onde o nº de testemunhas varia com as pretensões).
Vai depender do rito/ procedimento e é calculado por parte.
• Se ordinário: até 03 testemunhas, por cada parte. Art. 821, 1ª parte.
Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso
em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).

• Se inquérito judicial – apuração de falta grave: até 06 testemunhas, por


parte (motivo: lida com empregados com estabilidade e trata-se de prova de
fato, que se prova, basicamente, por prova de testemunhas – diligente
sindical, membro da CCP, membro do conselho de CNPS)
• Se sumaríssimo: até 02 testemunhas, por cada parte. Maior celeridade.
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas
previamente.
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento
independentemente de intimação.

Exemplos:
1) reclamatória plúrima: pelo procedimento ordinário tem-se 30 reclamantes contra uma
mesma empresa-reclamada: serão 93 testemunhas (3 * 30+3)
2) reclamatória plúrima: pelo procedimento sumaríssimo tem-se 30 reclamantes contra uma
mesma empresa-reclamada: serão 63 testemunhas (2 * 30+3)

PROCEDIMENTO DA OITIVA DAS TESTEMUNHAS:

Não há necessidade de se arrolar as testemunhas. Elas deverão ser trazidas pelas partes à
audiência (Art. 825, CLT). Não há necessidade de rol de testemunhas acompanhado a PI. O
mesmo na defesa.
Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.
Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a
condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
Art. 730 - Aqueles que se recusarem a depor como testemunhas, sem motivo justificado, incorrerão na multa de Cr$ 50,00
(cinquenta cruzeiros) a Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros). (Vide Leis 6.986, de 1982 e 6.205, de 1975);
LEI Nº 6.986, de 13/04/1982 → Art. 7º = As multas por infração aos preceitos da Consolidação das Leis do Trabalho ficam
elevadas em 10 (dez) vezes o seu valor.

Todavia, pode ser requerido pela parte que a testemunha seja intimida a comparecer,
porque ela se negou a comparecer ou não compareceu. Qual o momento que deve ser
requerido? (4) Ver o rito:

1) Petição Inicial
|
2) 1ª. Tentativa de Conciliação - art. 846/CLT
|
3) Defesa - art. 847/CLT
|
4) Produção de meios de provas – explicitar quais meios de provas quer se produzir → “questão
de ordem: não consegui trazer a testemunha Maria, gostaria que a testemunha fosse conduzida
sob vara, (...)”. → “É um tiro no pé” → ter que trazer testemunha contrariada. Todavia, escoado
esse momento, precluiu. Art. 825, § único. Nada obsta que se escutem as outras testemunhas
presentes. Nesse momento pode ser requerida a oitiva por carta precatória (se for dentro do
Brasil) e carta rogatória (se for para o exterior) também. Mas o juiz verificará se é oportuno o
requerimento. Só que aí a parte pode protestar (decisão interlocutória é atacada por protesto
antipreclusivo);
|
5) Testemunhas - Art. 848, § 2º/CLT
|
6) Razões Finais - art. 850/CLT
|
7) 2ª. Tentativa de Conciliação - art. 850/CLT
|
8) Sentença - art. 850, parágrafo único/CLT
Provas fora da comarca
É possível a produção de provas fora da comarca, através de cartas – Art. 200 e 10S.
Carta precatória → É aquela em que os juízes, normalmente, têm a mesma competência hierárquica. → A exceção
é a carta precatória do tribunal de Santa Catarina, por ex., para o juiz da comarca de S.L.
Carta de ordem → É a carta que vem de um tribunal superior para um juiz subordinado.
Carta rogatória → É a carta que vai ou vem do exterior.
Art. 338 - A carta precatória e a carta rogatória suspenderão o processo, no caso previsto na alínea b do inciso IV do art. 265
desta Lei, quando, tendo sido requeridas antes da decisão de saneamento, a prova nelas solicitada apresentar-se
imprescindível. (Redação dada pela Lei nº 11.280, de 2006) Parágrafo único. A carta precatória e a carta rogatória, não
devolvidas dentro do prazo ou concedidas sem efeito suspensivo, poderão ser juntas aos autos até o julgamento final.
Art. 265. Suspende-se o processo:
IV - quando a sentença de mérito:
b) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida certa prova, requisitada a outro juízo;
Há problema com a redação desse artigo: na práxis, a morosidade enfrentada pela justiça, implica que,
independentemente, se a prova foi requerida antes ou depois da decisão do saneamento, haverá suspensão do
processo.

Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não
seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo.
Não existe ordem para oitiva das testemunhas.
É praxe:
• Se iniciar tudo pelo reclamante e
• Depois passar para o reclamado.

CONTRADITA À TESTEMUNHA:
É impugnação à prova testemunhal. Ocorre quando a parte contrária identifica que a
testemunha trazida pela outra parte tem:
• Parentesco com uma das partes, até 3º grau
• Amizade com uma das partes, ou
• Inimizade com uma das partes, ou
• Tem interesse na causa.

Art. 828 - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade,
profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de
falsidade, às leis penais.
Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência, pelo secretário da Junta
ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes.
Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não
prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.
MOMENTO DE FAZER A CONTRADITA:

1º a testemunha é qualificada; depois deve ser argüir questão de ordem: “a testemunha tem
amizade íntima/ parentesco/ inimizade/ tem interesse na causa”
Juiz questiona se há prova da contradita, depois de questionar a testemunha.
Não havendo prova do alegado, causa uma instabilidade, pois. Como não há rol de
testemunhas na PI ou defesa, a surpresa sempre ocorrerá.
Assim, o advogado pode requerer prazo para corroborar/ confirmar a contradita ora alegada.
Juiz, por questão de economia processual, ouve a testemunha, ficando condicionada a
validade dessa oitiva às provas da contradita.
Caso não se traga o doc para comprovar o alegado, será válida a oitiva daquela
testemunha, por outro lado, juntando provas, a testemunha servirá de informante.
Questão controvertida: se quiser provar a contradita com outras testemunhas, essa
testemunha é uma do rol das testemunhas, ou é outra, a parte – dependerá do entendimento do
juiz (as 3 testemunhas por parte é para corroborarem com os pedidos, devendo haver outra
para a contradita, outros já não entendem assim).

Questão: ex-colega de trabalho pode testemunhar a favor do reclamante?

Súmula 357 TST:


TST Enunciado nº. 357 - Res. 76/1997, DJ 19.12.1997 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

Suspeição Trabalhista - Testemunha Litigando ou Litigado Contra o Mesmo Empregador


Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo
empregador.

→ A súmula 357 TST é aplicada, porém deve-se ver o que significa simples fato: O
reclamante, que ajuizou a reclamatória contra o reclamado, que também está sendo
processado na reclamatória pela ora testemunha, essa pode servir como testemunha?
Depende:

 Se forem os mesmos pedidos, não


 Se forem pedidos distintos sim.

→ O que se proíbe é a troca de favores entre empregados.


TESTEMUNHA DO RECLAMADO:
Empregado da empresa detentor de cargo de confiança – é desqualificado imediatamente,
por que se entende que a subordinação é condicionada a confiança.
Preposto não é testemunha, é representante.
O juiz poderá se valer da informação para se decidir, todavia ela não pode ser a única
prova, deverá estar em consonância com outras.

As contraditas são computadas no número de testemunhas utilizadas:


→ a parte trouxe ou escolheu mal as testemunhas = não tem mais solução, pois não há
como substituir pretensa testemunha contraditada.

Pode ocorrer o depoimento da testemunha → e após ocorre fato novo → este torna suspeita
a testemunha → deve haver desclassificação de tal depoimento. Ex: não se sabia que a
testemunha era amante de uma das partes. Seu depoimento será desclassificado como mera
informação → testemunha informante;

DEPOIMENTO PESSOAL

Quem depõe? → As partes.


Requerer e produzir:
O depoimento é prova requerida pelo adversário; pela parte contrária.
Há como se requerer a oitiva de seu próprio depoimento? Improvável.
Finalidade → A busca da confissão real: presunção absoluta de veracidade dos fatos
alegados pelo adverso. É quando se confessa que são verdadeiros os fatos. “que devo, devo,
quero ver o outro provar”. Não confundir com a CONFISSÃO FICTA que é presunção relativa da
veracidade dos fatos. Ocorre quando a parte-reclamada não comparece na audiência inaugural
→ revel → deduzem verdadeiros os fatos, não o direito.

Revelia é a constatação fática da não apresentação da defesa eis que a parte é revel:
→ a “pena” para esta revelia é a presunção relativa da veracidade dos fatos alegados pelo
adverso. → O Art. 844, CLT; somente é aplicado para a audiência inaugural.
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento
do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
§ único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência.
MOMENTO PARA SE REQUERER o depoimento dependerá do rito:

 Sumaríssimo: sempre na audiência uma. As partes recebem notificação que trazer


as testemunhas e para deporem.
 Ordinário: é requerida no momento 4 (na audiência inaugural), onde são
registrados os meios de provas; e é produzida na audiência de prosseguimento.
Logo as partes devem estar presentes na audiência de prosseguimento, uma vez
que já foram notificadas e cientes da próxima audiência (de prosseguimento).
Marcada a audiência de prosseguimento para 24/10/2008, não comparece o
reclamado, será ele confesso ficto em decorrência de seu não comparecimento, já
que foi devidamente notificado para depor em juízo. Não confundir com, porque já
apresentou a defesa, já contestou, logo não cabe revelia. A contestação não é
meio de prova, são alegações tão-somente;
 Ordinário: não comparece o reclamante nesse caso também será aplicada a
confissão ficta, pois, mesmo intimado para o depoimento pessoal, não
compareceu. Logo, se terá a veracidade dos fatos – relativa – alegados pelo
adverso (reclamado); dependerá do contexto. Ex: reclamante disse que tem direito
a hex, pois trabalhava mais de 8h/dia. O reclamado juntou os cartões ponto na
defesa, que mostra que o trabalho se deu 8h por dia. A reclamante não impugna
os documentos, tampouco aparece na audiência. Haverá veracidade dos cartões
juntados, porque o reclamado se desincumbiu de seu ônus processual.
 Ordinário: se ambos não comparecem: no caso do reclamante e reclamado,
quando intimados para depor, não comparecerem, será aplicada a confissão ficta
aos dois, todavia elas se anulam (não traduzem nenhum efeito), mas o processo
segue do mesmo modo.

Confissão ficta
(presunção relativa dos fatos alegados pelo adverso)
→ Pode se dar em 02 momentos no processo do trabalho para o reclamado:

• Quando reclamado não apresenta defesa, na audiência inaugural (UNA ou de


prosseguimento);
• Quando intimado, não comparece na audiência para depor, mesmo tendo apresentado
defesa na audiência inaugural.

→ Pode se dar em 01 momento no processo do trabalho para o reclamante:

• Quando reclamante não comparece para o depoimento pessoal. O não comparecimento


na audiência inaugural implica em arquivamento do feito.
Caso a parte, intimada, não comparecer, se aplica à confissão ficta.
Súmula 74 do TST.
TST Enunciado nº 74 - Pena de Confissão Trabalhista
I - Aplica-se a pena de confissão (ficta) à parte que, expressamente intimada com aquela
comunicação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-
Súmula nº 74...)
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão
ficta (é o caso dos cartões pontos → Art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa
o indeferimento de provas posteriores. (...);
Há entendimento que cabe protesto antipreclusivo, pois se a parte não comparece, mas
suas testemunhas comparecem, não é pelo fato de aplicar a confissão ficta que o juiz não
precisa ouvir as testemunhas ali presentes, pois elas podem corroborar com o processo.

PROVA PERICIAL
Pode ser:
• Contábil
• Técnica
• Grafodocumentoscópica

PERÍCIA TÉCNICA – ART. 195, § 2º, CLT

Finalidade: apurar as condições insalubres e também as periculosas, ou ambas inclusive,


que existem na relação.
→ Esta perícia é determinada de ofício ou a requerimento (mas é obrigatória, quando
houver pedidos que necessitem de cálculos, se o juiz não possuir tal conhecimento específico,
a perícia será obrigatória → de ofício.
Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do
Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do
Trabalho.
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de
associado (substituição processual), o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará
perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.

O juiz é obrigado a determinar a realização de perícia técnica quando houver alegação de:
• Insalubridade;
• Periculosidade;
• Ou de Ambas;
Insalubridade mín. 10%
Insalubridade média 20 % sobre o salário mínimo
Insalubridade máx. 40 %
Periculosidade: 30 % sobre a remuneração.
A atividade poderá ser insalubre e periculosa ao mesmo tempo, todavia os adicionais não podem se acumular,
devendo ser pago o que for mais benéfico ao empregado. Ex: frentista – insalubre; agentes químicos;
periculosidade por causa dos inflamáveis.

Não tem mais o local a ser periciado:


 Realiza-se a perícia em gabinete ou em secretaria.

→ Aplicação das ações cautelares → aplicação subsidiária do CPC, fulcro no Art. 769, CLT.

Tem natureza instrumental, pois é necessário ingressar com uma reclamatória (ação
principal) após ela. Inclusive há prazo para o ingresso dessa ação principal, para que a cautelar
não perca o efeito. Todavia, nem todas as cautelares terão aplicação no processo do trabalho.
Devem ser demonstrados o fumus boni iuris e o periculum in mora – que significam trazer
alguns elementos para que a liminar seja deferida. A distribuição da reclamatória será por
dependência da cautelar. Produção antecipada de meio de prova - Tenta-se evitar que uma
prova se perca, em razão do tempo. Poderá ser ajuizada: Antes do ajuizamento da reclamatória
– preparação da ação, ou durante a reclamatória – de forma incidental, porque incide na ação.
Que pode ser para: Depoimentos (no caso de uma testemunha estar doente em estado
terminal. Pedido da cautelar: oitiva da testemunha doente); e/ou Perícia: Sempre que houver
atividade que envolva situação de insalubridade/ periculosidade. Ainda, no caso de empresa, na
qual o empregado afirma que há insalubridade, e que esta será demolida → cabe o ajuizamento
dessa cautelar de produção antecipada de meio de prova; → que é a chamada perícia em
gabinete ou em secretaria → se resume a uma mera entrevista do perito com empregado e do
perito com empregador → intuito de recolher dados sobre as condições de trabalho. É uma
perícia fraca. Além de ser utilizada no caso de empresa que vai falir.

Quem realiza:
A prova pericial deve ser realizada por:
 Médico ou
 Engenheiro do trabalho.
Pode ser nomeados assistentes → é raro de ocorrer tal possibilidade. Essa perícia é
realizada é realizada por prestador de serviço → por autônomo. O médico ou engenheiro do
trabalho deverá ser cadastrado nas varas do trabalho para ser nomeado pelo juiz.
Os peritos sugerem o valor da perícia realizada. Mas quem decidirá e fixará o valor será o
juiz → “chuta” um valor;
Quem paga os honorários periciais é a parte sucumbente na pretensão objeto da perícia.
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da
perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.

!!!A sucumbência é do objeto da perícia e nem do processo!!!


→ sempre devemos pensar que se dá em relação aos pedidos, não em relação à ação total.

Pretensão objeto da perícia sucumbente é quando a sentença não dá a insalubridade ou a


periculosidade, mesmo que a perícia seja favorável a sua concessão.
Quando o empregado não ganha insalubridade ou periculosidade na sentença, deverá ele
pagar os honorários, salvo se beneficiário de JG ou AJG. Dessa forma, quando o empregado
não leva a insalubridade ou a periculosidade, o perito também não recebe.
Se que o empregado ganha, quem paga os honorários é o empregador, independente do
valor.
→ A união paga o perito até o valor de R$ 1000, 00, caso o valor for além, deverá o perito
ajuizar ação de cobrança na Justiça Federal contra a união.
O perito pode recorrer → nos próprios autos na Justiça do Trabalho, caso ele, por exemplo,
tenha pedido R$ 2.000,00 em honorários e o juiz fixe R$ 1.000,00 na sentença.

Abre-se prazo para APRESENTAÇÃO DOS QUESITOS, a fim de conduzir o raciocínio, tais como:
Quais agentes insalubres estavam presentes na atividade do empregado? O contato com tais
agentes se dava de forma contínua ou esporádica?
A parte tem PRAZO PARA IMPUGNAR o laudo.
Com base na impugnação o juiz verá se o laudo foi suficiente → não sendo → Juiz PODE
REQUERER A COMPLEMENTAÇÃO DO LAUDO, nesse caso, O LAUDO RETORNA PARA O PERITO a fim de que ele
elabore a sua complementação, que será feita com base nas impugnações “apontadas”.

É A ÚNICA PERÍCIA QUE É OBRIGATÓRIA

Exemplos:
Inicial defesa audiência laudo sentença
1) insalubridade nega perícia técnica não existe insalub; confirma o laudo;
Sugestão: 2.000,00 condena 2.000,00
RTE, salvo JG AJG
2) hext x x x x
PERÍCIA CONTÁBIL

Inicial defesa audiência- 2 peritos laudo


sentença
1) Hext nega perícia contábil – defere há diferenças defere
2) ad noturno nega perícia contábil – defere nada, sugestão: R$ 1.500,00 indefere
3) insalubridade nega perícia técnica não existe, R$ 2.000,00
indefere

Sentença parcialmente procedente, porque pediu 3 e, de acordo com as perícias, confirmadas na


sentença, levou 1.
Para ver quem vai pagar os honorários periciais é preciso ver quem sucumbiu:
(3) Honorários da perícia técnica: quem sucumbiu foi o reclamante, porque a insalubridade alegada não
foi confirmada no laudo → será condenado → e logo dispensado se tiver AJG ou JG. → Quem pagará
será a União, até R$ 1.000,00; sendo superior, terá de ingressar contra a União para reaver o valor;
(1) e (2) Honorários da perícia contábil: quem sucumbiu foi o reclamado, mesmo que a contabilidade feita
mostrar que não há adicional noturno, mas uma vez que sucumbiu nas horas extras e como o perito é o
mesmo, a ele é dada a sucumbência.

No direito do trabalho não existe a sucumbência parcial, ou seja, o reclamado que


sucumbiu em qualquer coisa, sucumbiu.
→ Comum quando houver direitos patrimoniais.
→ Essa perícia não é obrigatória.
→ A requerimento ou de ofício.
Pode ser elaborada por:
 Contador;
 Administrador;
 Economista;

Essa perícia é realizada por prestador de serviço, cadastrado na justiça do trabalho. Se o


juiz indeferir a realização da perícia (decisão interlocutória) não cabe recurso, mas deve-se
protestar em audiência, para ficar consignado em ata, ou deve-se alegar em petição. Assim, o
momento para levantar a questão será o 1º momento de se falar nos autos, sob pena de
preclusão.

→ Quando se dá vista da perícia as partes devem se manifestar, sob pena de preclusão!!!


PERÍCIA GRAFODOCUMENTOSCÓPICA
Ocorre quando houver dúvida acerca da veracidade de um documento, ou de alguma
inscrita nesse documento (assinatura, inserção de dados, contestação de autoria→ tudo que
tiver por objeto atestar a autenticidade ou veracidade).
Essa perícia é realizada por servidor da justiça do trabalho e não por prestador de
serviço, como as duas anteriores (há setor específico para se realizar essa perícia), desta
forma, recebem salários, logo, não há pagamento de honorários periciais → única situação.
Elaboração de quesitos → Juiz colhe assinaturas, escritas da parte em audiência, o que
julgar necessário → envia aos peritos junto com os documentos que embasaram o
requerimento desta perícia.
→ Essa perícia não é obrigatória.
Como foi visto (Art. 389, CPC;), na questão do incidente de falsidade, o ônus da prova
quanto à alegação da falsidade, dependerá se está alegando a falsidade do documento ou da
assinatura constante nele. Contestando acerca da veracidade do documento → se requer a
pericia grafo → mesmos autos → pode ou não ser deferida pelo juízo. Se for, encaminham-se
os autos com os elementos colhidos pelo juiz, para realizar o cotejo pelo perito e este elabora
um laudo. É dado vistas as partes, e depois vai para o juízo. Não há ação paralela.
Art. 389. Incumbe o ônus da prova quando:
I - se tratar de falsidade de documento, à parte que a argüir;
II - se tratar de contestação de assinatura, à parte que produziu o documento.

INSPEÇÃO JUDICIAL

Pode ser a requerimento da parte ou de ofício pelo juiz, aliás, como todos os meios de
provas. → Aplicação subsidiária do CPC → Art. 769, CLT c/c Art. 440, CPC.
Art. 440. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo,
inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa.
O juiz se desloca até o local a fim de inspecionar pessoas ou coisas para esclarecimento de
algum fato que interesse a decisão da causa. As partes ou seus procuradores devem estar
cientes da realização dessa perícia.
→ Não é muito utilizada porque compromete a celeridade de todos os outros processos nos
quais o juiz deve “dar andamento”. → De rara ocorrência, tanto que o próprio REICH só
presenciou 2 casos:
1) disse que tava doente, juntando atestado médico, o juiz foi in loco, mas ninguém se
encontrava, quando estava de partida, a vizinha o interpelou e falou que o proprietário daquela
casa estava fazendo Cooper; diante do não comparecimento do reclamado aplicou a confissão
ficta, além de proferir despacho comunicando a OAB e ao CREMERS.
2) caso do banco e cartões-ponto juntados, que tinham registro de horários britânicos.
Vários empregados afirmavam que os cartões eram pré-anotados. O juiz foi ao banco verificar o
responsável pelas anotações e verificou que os cartões eram pré-confeccionados. O Juiz
utilizou essa inspeção para julgar todas reclamatórias que corriam contra o mesmo banco.

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