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I BIENAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE

MATEMÁTICA - SBM
14 – 18 de Outubro de 2002

Visualizando Funções: Famílias de gráficos,


retas tangentes e áreas de figuras planas
com utilização de software livre

z = x^2-y^2
z

y
x

Adelmo Ribeiro de Jesus


Armando Peixoto
Miriam Mascarenhas

- Agosto de 2002 -
2

INTRODUÇÃO

Estas notas sobre a utilização do Winplot (versão em Português) e atividades


computacionais aplicadas ao ensino de Matemática nasceram a partir de experiências
anteriores com outros programas, utilizados principalmente na formação de professores de
Ensino Médio (Programa Pró-Ciências) e em cursos de Cálculo. Elas representam um estudo
preliminar sobre o assunto, mas por outro lado apresentamos várias opções de atividades que
podem ser trabalhadas por professores e estudantes.

Iniciaremos com os comandos básicos do Winplot, para que o leitor se familiarize com
os recursos disponíveis, como a animação em família de gráficos de curvas dos tipos y = f(x),
r=f(t) (polar) , x=f(t), y=g(t) (paramétrica). Em seguida apresentamos atividades voltadas ao
ensino de Cálculo, como o conceito de assíntotas, limites, reta tangente e área.. Na terceira e
última parte serão apresentadas algumas atividades em dimensão três, explorando funções do
tipo z = f(x,y), e também superfícies parametrizadas do tipo x=f(t,u), y=g(t,u), z=h(t,u).

Nossa convicção é que os programas computacionais, convenientemente utilizados,


podem trazer mais prazer ao estudante e melhor compreensão de alguns conceitos. Além disso,
permitem economia de tempo e são mais interativos que um quadro (verde) e um pedaço de giz.
Esperamos que outros professores acreditem e se engajem neste processo, para que um dia
possamos ter este recurso didático melhor explorado em sala-de-aula.

Salvador, Bahia, agosto de 2002

Adelmo Ribeiro de Jesus


Armando Peixoto
Miriam Fernandes Mascarenhas
3

WINPLOT: SIMPLES MAS PODEROSO

I. DESCRIÇÃO DO SOFTWARE

O WINPLOT é um programa da categoria dos “free softwares”, elaborado por Richard


Parris, da Phillips Exeter Academy. Ele tem a vantagem de ser simples, utiliza pouca memória,
mas por outro lado dispõe de vários recursos que o tornam atraente e útil para os diversos níveis
de ensino-aprendizagem. Além destes fatos, foi recentemente lançada a sua versão para o
Português, aumentando ainda mais a sua acessibilidade. É possível fazer o download do Winplot
em http://math.exeter.edu/rparris .
Os programas mais robustos, como o MAPLE V, MATHEMATICA, MATLAB,
necessitam de micro-computador Pentium III, com um mínimo 32MB de memória, para uma boa
performance. Além disso, eles utilizam uma sintaxe mais formal para a maioria dos seus
comandos.
De acordo com o seu nome, o WIN...PLOT é um programa para plotar gráficos de
funções em Matemática, de uma ou duas variáveis, utilizando o Windows. Além disso, executa
uma série de outros comandos. No mesmo estilo deste programa encontram–se também o
WINGEOM (geometria plana e espacial), WINFEED (para visualizar fractais), WINMAT (para
operar com matrizes e sistemas de equações), WINLAB, WINDISC, e WINCALC, do mesmo
autor R. Parris.

II. EXPLORANDO O WINPLOT

Ao abrir o programa, o usuário encontra duas opções: Janela e Sobre. Em Janela o


usuário tem três escolhas: 2-dim, 3-dim e Adivinhar. Os comandos 2-dim e 3-dim nos levam a
trabalhar com funções no plano ou funções no espaço.

• 2-dim Funções de uma variável, na forma y = f(x) (cartesiana), r = f(t) (forma polar),
x=f(t) e y = g(t) (paramétrica), seqüências, polinômios, equações diferenciais.

• 3-dim Funções reais de duas variáveis, em coordenadas cartesianas ou paramétricas,


curvas no espaço e superfícies implicitamente, equações diferenciais, etc.

A opção Adivinhar exibe gráficos de funções para que possamos adivinhar sua equação.
Podem ser selecionados tipos mais simples (retas, parábolas) ou mais avançados. No exemplo da
figura abaixo está exibido o gráfico de uma parábola. A partir daí o usuário digita uma função na
caixa de diálogo (Comandos "Equa → Adivinhar"). Se foi digitada a função correta, aparecerá a
mensagem "Perfeito" . Caso contrário, o gráfico de sua função digitada aparecerá na tela,
mostrando então o erro cometido.
4

A OPÇÃO 2-DIM

Nesta opção temos as funções do tipo


y=f(x) (forma cartesiana), r=f(t) (polar), x = f(t),
y=g(t) (paramétrica), e 0=f(x,y) (implícita).
Aparecem ainda opções de equação de reta,
Segmento, Ponto (coordenadas), Seqüências no
plano, Equações Diferenciais e Polinômio. Na
opção Polinômio podemos visualizar gráficos de
polinômios de graus 2 até 8, incluindo ou
excluindo pontos na tela. Para incluir pontos,
clique com o botão direito do mouse em um ponto
da tela. Para excluir um ponto, clique sobre ele com o botão direito.
Existe em cada Menu um arquivo de Ajuda, que permite ao usuário tirar suas dúvidas. Por
exemplo, as funções da opção y=f(x) devem ser digitadas de modo compatível com o programa.
Listamos abaixo algumas funções e o modo de digitá-las no Winplot. O leitor pode encontrar
estas e outras funções através do menu "Equa → Biblioteca"

Função Winplot
y=ax+b ax+b
y=xn x^n
y =| x | abs(x)
y= x sqr(x)
y=n x root(n,x)
y=sen x sin(x)
y=cos x cos(x)
y=tg x tan(x)
y=ln x ln(x)

No exemplo ao lado, exibimos o


gráfico da função y=x2-4. Usando a
opção Ver → Ver dimensionamos a
janela dos eixos Ox e Oy . Usando a
opção Ver → Grade escolhemos os
intervalos dos ticks (marcas) nos eixos x e
y, o número de decimais em cada eixo, e o
tamanho da marca utilizada nos eixos. No
caso, ao escolhermos 0.5 para o intervalo do
eixo Ox, tivemos necessariamente que
trabalhar com 1 decimal neste eixo. Para
inserir a equação y=x^2-4 na tela usamos a
opção Equa → Inventário. Para mover a
equação na tela o mouse tem que estar na opção Texto. Para isso, utilize Btns → Texto, e arraste
a equação até o local desejado.
5

Nos exemplos abaixo, apresentamos alguns comandos essenciais. Os demais comandos


não relacionados aparecerão ou não, a depender de nossas necessidades.

Usaremos a convenção “ Equa → y=f(x) ” para significar que foi selecionado no menu
“Equação” a opção “y=f(x)” .

Por exemplo, ao
lado exibimos as opções
“Misc → Cores →
Fundo” , que mostra que
foi selecionada no menu
“Miscelânea” a opção
“Cor de fundo”

III. TRABALHANDO COM O WINPLOT

1) Para traçar o gráfico de função y=f(x), use as opções 2-dim → Equa → y=f(x) do menu
“Janela”. Caso você queira uma função z = f(x,y), de duas variáveis, escolha a opção 3-
dim.

A figura ao lado
mostra o Winplot aberto
com uma janela 2D e
exibindo um sistema de
eixos. É possível exibir
as escalas nos eixos,
(com ou sem decimais),
as linhas de grade, entre
outras opções. Para isso
selecione as opções em
“Ver → Grade”
6

2) No exemplo abaixo apresentamos os gráficos das funções y = -x , y = x e de y = x sin(x) .

Para listar as equações na tela do


Winplot usamos os comandos
"Equa → Inventário → equa” .
Com os comando "Equa → inventário
→ editar” você tem ainda a opção de
alterar a cor de cada gráfico e de
aumentar a textura do mesmo.
Usando a opção " Inventário → tabela"
é exibida uma tabela de valores (x, f(x))
da função f.

3) Para redimensionar a janela do seu gráfico (a fim de melhorar a visibilidade do seu gráfico),
utilizamos os comandos “ Ver → ver ” . Basta então digitar os novos extremos da janela
que você deseja.
Como opção você pode usar as teclas de atalho Ctrl S ou Ctrl E, mas às vezes as escalas
são redimensionadas para valores fora do seu controle.
7

4. Na figura abaixo, foram feitas as seguintes modificações com o comando “Ver → Grade”:

• Exibir as linhas de grade na opção “retangular”

• Exibir numeração nos eixos na opção “escala” , sem decimais, e com freqüência de 2 em 2
números.

• Na opção Misc, utilizamos uma linha de grade mais leve e eixos mais marcantes.

• Melhor visualização maior do gráfico de f , redimensionando a janela com uso dos comandos
“Ver → Ver” ou “ Ver → Zoom afastar ”
8

IV. ATIVIDADES VARIADAS:

O objetivo destas atividades é de familiarização com o programa WINPLOT, ao mesmo


tempo que propicia melhor fixação da Matemática envolvida.

1. Trace os gráficos das funções y = x, y = x +1, y = x –3. Faça o mesmo com as funções y =
2x, y = 2x +2 e y = 2x –3

2. Trace os gráficos de y = x^2, y = x^2 - 3 e y = x^2 + 4. O que ocorreu ? Faça o mesmo


com os gráficos das funções y = -x^2, y = -x^2 + 1 e y = -x^2 + 3 .

3. Compare os gráficos da função y = abs(x) com y = abs(x -1) e y = abs(x -5). Compare
agora com os gráficos de y = abs(x+1) e y = abs(x+3) .

4. Trace os gráficos de y = x^2 - 5x + 6 e y = abs (x^2 - 5x + 6). Qual a diferença entre


eles ?

5. Em uma mesma tela trace os gráficos de y = x , y = x^2 e y = sqr(x). Observe a simetria


desses dois últimos gráficos com relação a y = x , quando 0≤ x.

V. UTILIZAÇÃO DO WINPLOT PARA O ENSINO DE CÁLCULO E


GEOMETRIA ANALÍTICA

Apresentamos abaixo algumas atividades que podem ser aplicadas no ensino do chamado
Pré-Cálculo, do Cálculo Diferencial e Integral e de Geometria Analítica. A nossa idéia é
incorporar o computador ao conjunto de técnicas didáticas utilizadas pelo professor, ou seja,
tornar o computador (e o Winplot) mais um recurso didático para uso em sala de aula, ou em
Laboratórios de Matemática instalados nas Escolas e Universidades.
Como veremos, é possível desenvolver atividades com esse programa que tragam mais
compreensão dos conceitos básicos do Pré-Cálculo, Cálculo e Geometria Analítica. Além disso,
cada uma das atividades podem ser desdobradas em várias outras similares (devido à grande
rapidez do programa no esboço das curvas e superfícies), gerando assim um conjunto interativo
de atividades interligadas.
Caberá principalmente ao professor o papel de desenvolver outras atividades, mais
adequadas a sua situação escolar, que possam motivar seus alunos e ajudar na compreensão dos
conceitos. Nosso ponto de vista é compartilhado pela Profa. G. Palis (PUC-RJ), que afirma na
Revista do Professor de Matemática (RPM 26):
“Porém, é preciso destacar que certamente a qualidade do aprendizado depende, em grande parte, da
qualidade das tarefas propostas aos alunos e não da disponibilidade ou emprego de tecnologias computacionais”
9

Citamos também trecho do artigo do Prof. Elon Lima (IMPA), sobre o emprego de
tecnologia computacional (Lima, E. ; Matemática e Ensino ; SBM, 2001)
“O Japão é um dos países do mundo onde o número de computadores por habitante é o mais alto.
Entretanto, apesar dos esforços das autoridades, a utilização de computadores no ensino da Matemática nas
escolas japonesas teve que enfrentar resistência e demora pois a maioria dos professores não estava preparada e
relutava em preparar-se para mudar seus métodos tradicionais de ensino.
Essa demora afinal de contas resultou benéfica, pois hoje os japoneses parecem convencidos de que o uso
de computadores no ensino da Matemática e suas aplicações é muito mais eficiente para alunos a partir de 15 ou
16 anos, em cujos currículos tal uso realmente se justifica. Nos anos iniciais da escola é muito mais importante
fortalecer os hábitos de auto-disciplina, trabalho, organização, esforço e imaginação, o que se faz melhor sem o
uso dos computadores e sem os problemas logísticos ligados à sua utilização pelos professores.”

PRÉ-CÁLCULO

Exemplo 1 : Crescimento polinomial e crescimento exponencial


Ouve-se falar que o crescimento exponencial (que aparece em crescimento populacional, de
bactérias, de capital aplicado em juros compostos, etc) é muito maior que o crescimento polinomial. A
idéia da atividade abaixo é ilustrar este fato.

Problema: O que se pode concluir sobre o crescimento relativo das funções f(x) = x2 , g(x) =
x4 e h(x) = 2x-1?

Solução:
a) Construa (em uma mesma tela) o gráfico das funções (x) = x2 , g(x) = x4 e h(x) = 2x-1
b) Observe que para x = 0 e x = 1 temos
f(x) = g(x) = h(x).
Pelo “visto” no gráfico ao lado, a função
exponencial (em azul) cresce menos que
as demais... Será ?
10

c) Altere agora os valores de x e de y na janela usando Ver → Ver (cantos) para obter outras
interseções das curvas x2 e x4 com 2x-1

Nesta figura, usamos uma janela adequada


para ver a interseção de y = 2x – 1 com
y = x2. O aluno interage com o programa
para ver qual a melhor escolha para x e y.

Nesta figura, abandonamos a função y = x2 usando


o comandos Equa → Inventário → Ocultar.
Aumentamos os valores de x e y para visualizar as
interseções entre as curvas y = 2x –1 com y = x4.

Exemplo 2: Interseções de curvas


É sabido que a equação (exponencial) 2x = x2 não se resolve completamente por métodos elementares
do Ensino Médio. O objetivo desta atividade é mostrar ao aluno que existem três soluções dessa
equação, e dar o valor aproximado da solução negativa.

Problema: Quais as soluções da equação 2x = x2 ?


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Solução:
a) Trace os gráficos das funções y = x2 e de y = 2x .
b) Verifique graficamente que esta equação possui 3 soluções, ou seja, que estas curvas se
intersectam exatamente em 3 pontos (use os comandos “Ver → Ver” ) para escolher uma
janela apropriada)
c) Adivinhe as duas soluções positivas (ou use os comandos “Dois → Interseções” do Winplot)
d) Usando os comandos “Dois → Interseções” veja no Winplot o valor (aproximado) da solução
negativa.

Exemplo 3: A função exponencial y = ex


n
 x
O objetivo desta atividade é comprovar experimentalmente que lim 1 +  = e x
n →+∞  n

a) Construa os gráficos das funções abaixo. (Use uma janela -3 ≤ x ≤ 10 , 0 ≤ y ≤ 15)

 x 2  x 4
f1(x) = 1 +  , f2(x) = 1 +  , f3(x) =
 2  4

 x8  x  16
1 +  f4 (x) = 1 +  e f(x) = ex
 8  16 

b) O que você observa ?


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c) Altere os dados da janela ( use “Ver→ Ver” ) e também os valores de n dados acima para n =
32, 64, 128, etc.

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL

Exemplo 4: Limite de funções. Continuidade


No estudo de limites e continuidade existe um problema clássico de se determinar uma
constante k para que certa função se torne contínua. Ilustramos este conceito com uma função
definida por 3 sentenças.

Problema: Qual o valor da constante b que torna a função f(x) = x2 se x ≤ 0, f(x) = x se


0 <x < 1 , e f(x) = 1 se 1 < x uma função contínua no ponto a = 1 ?
Solução: Usaremos uma nova opção “Familia” , que permite que tracemos uma família de
curvas que dependem de um parâmetro. Esta opção vai ser tratada com mais detalhes logo a
seguir.
a) Trace o gráfico da função y =f(x) usando o comando “joinx” , ou seja
joinx (x^2 | 0 , x | 1 , 1 )
b) Usando os comandos Equa → Ponto , digite o ponto (1, b)
d) No menu “Animação” escolha o parâmetro B para animar o ponto (1, b)
e) Usando a barra de rolagem faça o ponto (1, b) percorrer a trajetória, até obter a continuidade
da função f.

Na figura ao lado, usamos


a opção “Inventário →
família” para visualizar 5
posições do ponto (1,
b) ao longo do intervalo
0.3 ≤ b ≤ 2. Podem-se
alterar esses dados.
13

Exemplo 5: O limite fundamental sen(x)/x


sen( x )
A figura abaixo é auto explicável, e ilustra ao estudante que lim =1
x →0 x

O gráfico ao lado foi obtido com


alguma adequação de janelas, e
colocação de escalas de múltiplos
de π no eixo Ox. Isto foi feito
usando os comandos “Ver →
Ver” do Winplot.

Exemplo 6: Limites no infinito


A função y = x sin(1/x) não está definida para x = 0 , e apresenta um comportamento estranho
próximo desse ponto. Como a função y = sin(1/x ) é limitada pelos valores –1 e 1 , temos que quando x
→ 0 o produto x ⋅ sin(1/x) → 0 .

Problemas:
A) Quando x → 0 , o que ocorre com x sin(1/x) ?
B) Quando x → + ∞ , o que ocorre com x sin(1/x) ?

Visualização do problema A:
a) Escolha uma vizinhança (janela) da origem –0.5 < x < 0.5 e –0.5 < y < 0.5
b) Usando esta janela, trace simultaneamente os gráficos de y = -x, y = x , e y = x sin(1/x)
c) Convença-se que x sin(1/x) → 0 quando x → 0

Visualização do problema B:
Pelo " visto " no gráfico abaixo, somos inclinados a dizer que lim x ⋅ sin (1 / x ) = + ∞
x →+∞
14

Janela –0.5 < x < 0.5


–0.5 < y < 0.5

d) Veja abaixo o gráfico de y = x


sin(1/x) em uma janela maior...
Será que ainda é possível dizer que o limite acima é + ∞ ?

Janela –1.5 < x < 1.5


–1.5 < y < 1.5

e) O que se pode dizer agora desse limite??

J anela –2.5 < x < 2.5


–2.5 < y < 2.5
15

Conclusão do problema B:
Pelo visto acima, o limite de y = x ⋅ sin(1/x) quando x → ∞ deve ser igual a 1. Isto pode ser
feito matematicamente da seguinte forma:

sin( 1 )
lim x ⋅ sin(1 x ) = lim x = lim sin( t ) = 1 , em virtude do limite
x→ ∞ x→ ∞ 1 t→ 0 t
x
fundamental.

Exemplo 7: Visualizando a reta tangente à uma curva e o cálculo de máximos e mínimos

Existem atividades variadas que envolvem o conceito de derivada de uma função. Por exemplo,
relação da derivada com a reta tangente ao gráfico, o a visualização e o cálculo dos máximos e mínimos
de uma função, o traçado simultâneo da função e de uma função e de sua derivada, etc.

f (x) − f (x o )
f ' ( x o ) = lim é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função, no
x →x o x −xo
ponto P = ( xo, yo )
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Calculando áreas com o Winplot


Um dos recursos do Winplot é o de calcular integrais indefinidas numericamente. Em particular,
é possível obter a área limitada entre duas curvas y=f(x) e y=g(x). O programa calcula as aproximações
da integral de f-g, no domínio que você especificar.

Problema: Dada uma função positiva y =f(x), como


2 calcular a área da região limitada pelo seu gráfico , as
retas x = a, x = b e o eixo Ox ?
1

x
0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
y

A idéia é 2
aproximar esta área pela soma das
áreas de pequenos retângulos, como na figura.
1

20 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0


x
adelmo@ufba
.br

15
Exemplo 8: Qual a área limitada entre
as curvas f(x) = x3–3x +3 e g(x) =
10 2x2+3 ?

Solução:
5 a) Trace no Winplot os gráficos dessas
funções.

-1 1 2 3 4
17

b) Use os comandos “Dois → Interseções” para achar as interseções entre estas curvas.
c) Usando os pontos de interseção encontrados, e os comandos Dois → Integrações, peça ao
programa para calcular a integral de f-g, por algum dos métodos ( “ponto à esquerda” por
exemplo). Selecione “Visualizar” para ver os retângulos construídos ao longo dos sub–
intervalos.
18

Exemplo 9. Traçado de Curvas em Coordenadas Polares ou Paramétricas

Nem sempre o sistema de coordenadas cartesianas é o mais conveniente, algumas vezes é mais
fácil usar sistema de coordenadas polares, que em alguns casos simplifica extremamente as equações
das curvas.
Problema: Trace o gráfico da curva r = 1 – 2cos(t)
Solução: Use o seguinte roteiro

p o la r
a) “Ver → Grade”  (clique aplicar)

 s e t o pr eo sl a 3r e s
 d i g :i1t -e2 c o s ( t )
b) “Equa → r = f(t)”  (clique ok)

 e s c o :l thma i=n- 6 , 2 e8 tm a= x6 , 2 8

Exemplo 10. Superfícies de Revolução

Um dos recursos do Winplot é efetuar a z

rotação de uma curva de equação y = f(x) em


torno de um dos eixos Ox, Oy , ou de uma reta ax
+ by = c

Problema: Efetuar a rotação da curva


y = x2 em torno dos eixos coordenados y

Solução: x

a) Trace o gráfico da curva y = x2


b) Selecione “Um → Superfície de Neste exemplo a rotação foi em
revolução” torno do eixo Oy.
Esta superfície é chamada de
parabolóide de revolução
19

c) escolha um eixo para efetuar a rotação.

OBS: Para visualizar a superfície em


y posições diferentes use as teclas F8,
CtrlF8, F9 ou CrtlF9.
x

Neste exemplo a rotação foi em


torno do eixo Ox.
Usamos início arco -1
e fim arco 1

FAMÍLIA A UM PARÂMETRO DE CURVAS


O Winplot permite traçar uma família a 1 parâmetro de curvas y = a f(x) , ou y = f(ax), onde o
parâmetro a varia de acordo com nossa conveniência.

No exemplo abaixo, desenhamos a família y = a sin(x), onde o parâmetro assume valores


convenientes. Para animar apenas o gráfico de y = a sin(x) escolha “Anim → A” . Caso você
queira ver vários valores da família y = a sin(x), escolha no Inventário a opção “familia” , digite
os valores do parâmetro que você deseja, e clique em “definir”

adelmo@ufba.br
20

MAIS FAMÍLIAS DE CURVAS


As curvas abaixo são soluções da equação diferencial linear y’ + 2xy = x. Suas expressões
são y = ½ + c e-x2 , onde c é o parâmetro. No caso c=o temos a solução particular y = 1/2

Curvas soluções de uma EDO

-2 -1 1 2 3

-1

-2

AS SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO Y’ + Y/X = 1


As funções abaixo são definidas por 2 sentenças. Elas representam as soluções da equação diferencial
acima (não linear) de 1a ordem acima. A figura abaixo ilustra o fato de que por cada ponto P = (x, y)
do plano passa uma única solução dessa EDO.

 c x 3

 − x + 2 , s e x< 0 2

y= 
Família de soluções de uma EDO

 c + x , s e x> 0
1

 x 2 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5

-1

-2

-3
21

GRÁFICOS TRIDIMENSIONAIS

Nesta seção trabalharemos com gráficos tridimensionais das funções definidas em


diversas situações. Apresentaremos gráficos em coordenadas cartesianas e suas curvas de nível;
faremos também traços de equações escritas na forma paramétrica, gerando superfícies no
espaço tridimensional.

Gráficos de funções de duas variáveis


Para representar gráficos tridimensionais de superfícies formadas por meio de funções de

duas variáveis f : D ⊂ R2 → R , é necessário inicialmente utilizar o menu “Janela” na tela

principal do Winplot. Em seguida, lançar mão da opção “3-dim”. Por outro lado, poderemos
optar pela seguinte simplificação: estando na janela principal do Winplot, basta digitar a tecla F3
para acionar o ambiente gráfico tridimensional deste software. Dando continuidade, utilizaremos,
no menu principal, as opções Equa → z=f(x,y), ou simplesmente, teclar F1 na tela do ambiente
mencionado acima.
Exemplificaremos a seguir uma função de duas variáveis reais descrita pela lei dada por

xy ( x 2 − y 2 )
z = f ( x, y ) = , conhecida por “Sela de Macaco”.
x2 + y 2
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Podemos então observar que com o auxílio do software esclarecemos conceitos e


desenvolvemos habilidades para visualizar objetos matemáticos, particularmente em um espaço
tridimensional. Portanto, damo-nos a oportunidade de examinarmos, minuciosamente, a
superfície que é formada por uma malha de curvas. No nosso exemplo, fizemos um
sombreamento na cor amarela para a parte superior da superfície, e na parte inferior desta lâmina
usamos a cor verde. Os comandos utilizados foram: Equa → z=f(x,y) , ativar botão “sombrear” ,
botão “cor 1” (para colorir a parte superior) , botão “cor 2” (para colorir a parte inferior)
A interseção do plano horizontal z = k ∈ R com a superfície z=f(x,y) é chamada curva
de contorno. A projeção vertical, no plano xOy , destas curvas constituem as chamadas curvas

de nível f ( x, y ) = k da função f.
Passaremos, agora, a determinar as curvas de nível da superfície referida acima fazendo
uso do software. Para tanto, devemos utilizar a janela “inventário” no menu Equa, ou optar por
Ctrl+I na janela 3-dim, e em seguida clicar nos botões “níveis → auto → ver todas”. Segue
abaixo o efeito obtido após executar os comandos citados anteriormente.
23

Introduziremos nesta subseção o comando “Animação” que está contido no menu


principal da “janela 3-dim”. Este comando possui uma visualização da deformação (dilatação ou
contração) do conjunto imagem inerente às superfícies. A seguir damos um exemplo como este
fenômeno é trabalhado. Para tanto, fazendo uso dos comandos anteriormente apresentados,
construiremos o gráfico da “Superfície Chapéu” dada pela expressão

z = f ( x, y ) = sen x 2 + y 2 . Para construir a animação desta superfície, estabeleceremos um

parâmetro para a expressão z=f(x,y), como por exemplo, qualquer letra do alfabeto inglês,
excetuando as letras X, Y e Z, pois estas já são usadas em comandos internos do programa
Winplot. Introduzindo o parâmetro na expressão, esta tomará a seguinte forma:

z = f ( x, y ) = A sen x 2 + y 2 . Dando continuidade, deve-se clicar o botão “ok” na janela

z=f(x,y), para visualizar a superfície. Como o padrão (default) do programa é iniciar com A=0, a
superfície exibida na tela é o plano z = 0. Usando as opções “Anim → A” fazemos a animação
desejada, ou seja o programa exibe uma nova janela intitulada “valor atual de A” apresentada
abaixo.
24

Nesta janela, podemos usar a “barra de rolagem” para apresentar a família de superfícies
a 1-parâmetro. Deve-se sincronizar da melhor maneira possível para obtermos famílias,
encantadoras, de superfícies. No caso usual, o default do programa é –10 < A < 10. Para mudar
este intervalo do parâmetro A, digite um valor desejado para limite inferior, e clique em “def L” .
Escolha também um valor para o limite superior e clique em “def R” .
Apresentamos, abaixo, uma amostra de quatro transformações da “Superfície Chapéu”.
Admitimos nestas animações os seguintes valores para o parâmetro A: -3, -1.5, 1 e 2.4.
Mostramos a seguir a janela citada acima, a qual é responsável pelo controle do parâmetro A.

Atividades:
25

Dadas as superfícies abaixo, pede-se para plotar os seus gráficos e construir as curvas de
nível. Estabeleça animações para estas superfícies.

1) z = f ( x, y ) = x 2 + y 2 . Esta superfície é denominada Parabolóide Circular. Sugestão: admita

x e y no intervalo [−1,1] .

2) z = f ( x, y ) = 2 x 2 + 4 y 2 (Parabolóide Elíptico). Sugestão: admita x e y no intervalo

[−0.5, 0.5] .

3) z = f ( x, y ) = x 2 − y 2 (Parabolóide Hiperbólico ou “Sela”). Sugestão: para construir uma

Sela atraente, use as variáveis no intervalo [−1,1]

4) z = f ( x, y ) = xy exp(−0.1( x 2 + y 2 )) . Sugestão: use as variáveis no intervalo [−3,3] .

5) z = f ( x, y ) = exp( x )sin( y ) . Sugestão: use as variáveis no intervalo [−2, 2] .

Gerando superfícies usando as opções “Misc → Fatiador”

Uma opção interessante para visualizar o traçado de superfícies e usar o “Fatiador” , que é
encontrado no menu “Miscelânea”. No exemplo abaixo tomamos uma superfície do tipo z =
f(x,y). Em seguida usando as opções Misc → Fatiador, podemos ver as curvas geratrizes dessa
superfície. Acionando os botões “auto reverse” , “auto ciclic”, ou simplesmente as barras de
rolagem adequadas, podem-se ver dinamicamente as curvas desejadas.

Nesta figura exibimos duas


curvas que “geram” a
superfície z = f(x,y), usando
o “Fatiador” do menu
“Misc”. O interessante é ver
(ao vivo) as curvas gerando
esta superfície.
26

Superfícies Parametrizadas

Nesta seção construiremos os gráficos de equações dadas na forma paramétrica. Faremos


equações de retas no espaço tridimensional, as quais são definidas com uma única variável
t ∈ I ⊂ R , e apresentaremos superfícies no espaço descritas através de dois parâmetros t e u em
um determinado intervalo.
Para ilustrarmos estas equações, primeiramente, vamos construir o gráfico tridimensional
das seguintes funções dadas através de equações paramétricas: os planos y + z = 0 e x + 5 z = 0 ,

os quais possuem a reta x = −5t ; y = −t e z = t como interseção.


Os comandos a serem utilizados são muito simples. Isto é muito óbvio, pois podemos
atribuir este sucesso através da familiaridade adquirida, até neste momento, com esta tecnologia.
Para efetivar as nossas equações, faremos, inicialmente, a construção dos planos. Para tanto,
deve-se clicar os botões Equa → z = f(x,y). Sendo assim, aparecerá a janela que permite a
introdução das equações paramétricas dos planos . A fim de obtermos ótimas visualizações,
devemos ajustar de forma conveniente as opções para x e y mínimos e máximos, contidos na
janela mencionada. Para a construção da reta devemos acionar os botões Equa → Curva
x = f (t ),... , e escrever as equações da reta na janela fornecida pelo software, ajustando o
parâmetro t. Segue abaixo o efeito obtido após executar os comandos citados anteriormente.

Daremos a
seguir exemplos de
superfícies parametrizadas
descritas através dos
parâmetros t e u,
definidos num
determinado
intervalo real. A título
de ilustração
faremos a
construção da esfera
27

S2 e do toro T2. Para a realização do gráfico desta superfície utilizaremos os comandos Equa →
x = f (t , u ),... . Assim sendo, aparecerá a janela descrita abaixo onde escreveremos as equações:

 x(t , u ) = sin(u ) cos(t )



 y (t , u ) = sin(u )sin(t )
 z (t , u ) = cos(u )

Segue ao lado o gráfico da Superfície Esférica


obtida após executarmos os comandos citados
anteriormente. Para obter os efeitos desta figura é
necessário usar os botões cor, cor 1 e sombrear.
O número de divisões também foi alterado para
50, a fim de dar maior beleza à figura.

Seguem abaixo as equações do toro e a representação geométrica correspondente.

 x (t, u) = (a + r c o su) c o st )(

 y( t, u ) = (a + r c o su)s i n( t)
 z(t, u) = r s in(t )

onde a, b são positivos, a > b
28

Usando o menu Animação, pode-se alterar os valores de a, b para visualizar uma família de
toros.

A seguir apresentamos 04 Listas de Atividades que podem ser testadas pelos professores /alunos de Matemática,
Engenharia, etc. Cada uma delas pode contribuir para um aprendizado mais criativo desta disciplina, tão
importante e rica em aplicações.

ATIVIDADES COM O WINPLOT


Lista de Atividades 01

Bloco 1: FUNÇÃO AFIM – Inclinação dos gráficos, translação de gráficos.

1. Trace simultaneamente os gráficos das funções y = x , y = 2x , y = 3x e compare as suas


inclinações.
2. Faça o mesmo com as funções y = x, y = x/2 , y = x/3 .
3. Trace ao mesmo tempo o gráfico de y = -x, y = -2x , y = -3x , y = -x/2 , y = -x/3 e y = -x/4
4. Trace os gráficos de y = 2x , y = 2x + 1 , y = 2x + 4 . O que se pode concluir de suas
inclinações? O que ocorreu com os gráficos dessas funções ?
5. Faça o mesmo com as funções y = 3x , y = 3x - 2 y = 3x + 1.

Bloco 2 : FUNÇÕES QUADRÁTICAS – Crescimento e Translações de gráficos


1. Trace, em uma mesma tela, os gráficos das funções y = x^2 , y = 2x^2 e y = 3x^2.
Explique porque os dois últimos gráficos se situam “acima” de y = x^2.
2. Faça o mesmo com os gráficos das funções y = x^2 , y = x^2 / 2 e y = x^2 / 4 .
3. Compare os gráficos de y = x^2, y = x^2 – 3 e y = x^2 + 4. O que ocorreu com eles ?
4. Faça o mesmo com os gráficos das funções y = -x^2, y = -x^2 + 1 e y = -x^2 + 3 .
5. Trace agora y = x^2, y = (x – 1)^2 e y = (x – 4)^2 . Por quê os dois últimos gráficos
“foram” para direita ?
6. Faça a experiência agora com as funções y = x^2, y = (x +3)^2 e y = (x + 5)^2.
29

Bloco 3 : OUTRAS FUNÇÕES - Translações de gráficos


1. O que acontece com os gráficos de y = x^3, y = x^3 –2 e y = x^3 + 3 ?
2. Trace os gráficos de y = (x-2)^3, y = (x-4)^3 , y = (x+3)^3. Observe as translações desses
gráficos em relação a y = x^3 .
3. Trace os gráficos de y = | x | , y = | x-2 | , y = | x –5 |. Que tipo de translação ocorreu?
4. Faça o mesmo para y = | x | , y = | x+2 | , y = | x + 4 | . Que tipo de translação ocorreu?
5. Generalize para outras funções.
1 1
Exemplos: y = 1/x , y = + 2 , y = − 3
x x
1 1
y = 1/x , y = , y=
x +2 x -3

Bloco 4 : FUNÇÃO MODULAR


1. Trace os gráficos de y = x^2-5x + 4 e y = abs (x^2 - 5x + 4) . Qual a diferença entre eles ?
2. Faça o mesmo com os gráficos de y = x^3 e y = abs (x^3) . Observe o que ocorreu.
3. Dada uma função y = f(x) , como será o gráfico de y = f( | x | ) ? Experimente com as
funções y = x, y = 2x + 1 , y = 1/x , e y = x^2 - 5x + 4 e y = (x-1)^3 .

4. Mostre geometricamente que a equação modular |x-1| - |x-3| = 4 não tem solução.
( dica: trace os gráficos de y = | x-1| - | x-3 | e y = 4 em uma mesma tela ).

5. Na mesma tela acima, trace também os gráficos de y=3, y = 2, y =1. Quantas soluções
aparecem nestes casos?
30

ATIVIDADES COM O WINPLOT


Lista de Atividades 02

Bloco 5: Funções cúbicas ( y = ax3 + bx2 +cx + d ) Zeros, interseções com o eixo Oy,
Limites no infinito.

1. Trace o gráfico de y = 2x3 , y = 3x3 , y = ½ x3 , y = 1/5 x3 e observe seus comportamentos. Trace


agora y = -2x3 , y = -3x3 , y = - ½ x3 , y = - 1/5 x3

2. Trace os gráficos de y = x3 , y = (x-2)3 , y = (x+4)3 , determine os zeros dessas funções e as


interseções com o eixo Oy (x = 0).
3. Desenhe cada grupo de 3 funções abaixo, e faça o mesmo que nos exercícios 2 e 3 (zeros e
interseções com o eixo Oy):
• y = x3 + x , y = x3 + 2x , y = x3 + 3x
• y = x3 – x , y = x3 - 3x , y = x3 – 3x
• y = x3 + x2 , y = x3 + 2x2, y = x3 + 3x2
Nos gráficos acima, vemos que quando x “cresce muito” temos também que y “cresce muito”.
Também, quando x “decresce muito” temos também que y “decresce muito”.
Simbolicamente escrevemos:
quando x → + ∞ temos y → + ∞ .
quando x → - ∞ temos y → - ∞ .
Com as funções y = -x3 , y = - 2x3 , y = -x3 + 1 acontece o contrário. Visualize no gráfico:
quando x → + ∞ temos y → - ∞
quando x → - ∞ temos y → + ∞

4. Trace o gráfico da função y = x 3 – 5x2 + 4x . Você pode achar facilmente os zeros dessa função, que
são : x = 0 , x = 1, x = 4 . Note também que:
quando x → +∞ então y → + ∞ (isto acontece porque a > 0 e o grau do polinômio é 3)
quando x → -∞ temos y → -∞ .
5. Trace os gráficos das funções y = x3 – 5x2 + 4x -3 , y = x3 – 5x2 + 4x + 1,
y = x3 – 5x2 + 4x + 3, = x3 – 5x2 + 4x + 6 , y = x3 – 5x2 + 4x + 7 . Observe que:
• As interseções com o eixo Oy são fáceis de calcular
• Os zeros dessas funções não são fáceis de calcular (experimente !).
• Os limites de y = f(x) quando x → - ∞ e quando x → + ∞ são os mesmos de y = x3

Bloco 6: FUNÇÕES DO 4o GRAU ( y = p(x) = ax4 + b x3 + c x2 + dx + e )


1. Tome o polinômio p1(x) = x4 –6x2 + 5, que tem 4 raízes reais (resolva uma equação biquadrada).

2. Trace o gráfico dessa função. Vamos modificar este gráfico, adicionando algum termo:
a) p2(x) = x4– 6 x2 + 15 não tem mais nenhuma raiz (observe que 15 = 5 + 10)
b) p3(x) = x4 – 6 x2 + 15 – 2x3 tem agora 2 raízes negativas
c) p4(x) = x4 – 6 x2 + 15 + 2x3 tem agora 2 raízes positivas

Observação: Note que xlim f ( x ) = +∞ porque temos um polinômio de grau par e o coeficiente a é
→±∞
maior que zero.
31

ATIVIDADES COM O WINPLOT


Lista de Atividades 03

ATIVIDADES VOLTADAS PARA O ENSINO DE CÁLCULO


p(x)
Bloco 7 : Funções racionais f(x) = ; Assíntotas verticais, limites infinitos e no infinito
q(x)

1. Verifique o aspecto dos gráficos das funções abaixo:

a) y= (2x+1) / x b) y= (x2+1) / (x-1) c) (x2+2)/ (x+3) d) (x2-4)/ (x-4)

e) y=2 / (x2-4) e) 5 / (x2 – 4) f) y=10/ (x2-4) g) y=2x / (x2-5)

h) y= 5x /(x2-5) i) y= x2 / (x2-9) j) y= 2x2 /(x2-9) h) y = (x3 +1)/(x2-9)

2. Para cada uma das funções acima, visualize a assíntota vertical correspondente (reta do tipo x = k,
onde a função f se aproxima arbitrariamente quando x → k). Verifique também o comportamento dessas
funções quando x → - ∞ e x → + ∞. Para isso, você terá que alterar a janela ( “cantos”, no menu do
programa )

Bloco 8 : Assíntotas oblíquas ( e horizontais)

Algumas das funções acima possuem assíntotas oblíquas, ou seja, retas y = mx + k que se aproximam
arbitrariamente do gráfico da função, quando x → ∞. Elas ocorrem quando grau(p(x)) = grau(q(x)) +1.
No caso em que grau(p(x)) ≤ grau(q(x)), a função f(x) possui uma assíntota horizontal, de equação y = k.

1. Verifique o comportamento dos gráficos das funções acima, e (tente) visualizar as assíntotas oblíquas,
ou horizontais.

Comentário: Nas condições acima referidas, quando y = mx + k é uma assíntota oblíqua de y = f(x)
temos:

f (x) k = lim [f ( x ) − mx ]
m = lim e x →∞
x →∞ x
32

ATIVIDADES COM O WINPLOT


Lista de Atividades 04

ATIVIDADES VOLTADAS PARA GEOMETRIA ANALÍTICA


BLOCO 9:
1) Trace as seguintes curvas na forma polar: r = f (t)
a) r = – 3 + 4 sen t [digite: –3 + 4sin(t)]
b) r = – 2 sen t
c) r= −2sen(2t) [digite: (-2sin(2t))^(1/2)]
d) r= 8 cos (2t) r = 2sen(3t) (Observe a limitação das pétalas. O que você conclui sobre
a extensão de t? )
e) r = 3cos(4t)
1
f) r = 1 + 2cos(t) [digite: 1/(1+2cos(t))]
2
g) r = −1 −sen(t) [digite: -2/(1-sin(t))]
1
h) r= 1 [digite: 1/(1+(1/2)sin(t))]
1+ sen(t)
2
i) r = 3 + a cos(t) (varie o parâmetro a entre 0 e 4 no menu Animação e observe ... )

2) Determine as interseções das curvas C1 e C2

a) C1: r = 3 e C2: r = 6 cos(2t)


2
b) C1: r = 2 - sen(t) e C2: r = [digite: 2/(1-sin(t))]
1 −sen (t )

2) Trace as seguintes curvas na forma paramétrica: x = f(t) , y = g(t)


a) x(t) = t , y(t) = t2 b) x(t) = 2cos(t), y(t) = 2sen(t) c) x(t) = 2cos(t), y(t) = 3sen(t)
d) x(t) = a cos(t), y(t) = b sen(t) (varie os parâmetros a e b no menu Animação e observe )
j) e) x(t) = cos(t)(a cos(t) – 1) , y(t) = sen(t) (a cos(t) – 1) (varie o parâmetro a entre –2 e 2 )

4) Em cada um dos itens a seguir, determine a superfície de revolução, gerada pela rotação da
curva C em torno do eixo especificado.
x 2 −1
a) y= eixo Ox (y = 0) [digite: ((x^2-1)/2)^(1/2)]
2
b) y = 2x –10 eixo Ox (y = 0) e eixo Oy (x = 0)
c) y = (x – 1)2 eixo Oy (x = 0) e r: x = 1
1
d) y = eixo Oy (x = 0)
x2

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