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Desenvolvimento do
Milênio
NITERÓI
linha-base 2000 / 2006
Relatório de Acompanhamento
1
Expediente e Créditos
Agradecimentos
Os responsáveis pelo Projeto gostariam de agradecer às seguintes instituições pela colaboração gentil na elaboração deste
boletim: IBGE; Fundação CIDE; DATASUS; IPEA; INEP; UNISYS/DATAMEC; AMPLA; Águas de Niterói; CEDAE; AMAE; SAAE - CA.
Nosso reconhecimento pela inestimável contribuição nesse projeto ao Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Prof. Roberto de Souza Salles; à diretora do Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ONU-HABITATROLAC), Dra.
Cecília Martínez Leal; a Francesca Piló (ONU-HABITAT); ao diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento
do Leste Fluminense (CONLESTE), Dr. Álvaro Adolpho Tavares dos Santos; a Abdo Gavinho (Petrobras); a Ivan Dantas Mesquita
Martins (Engenharia /IEABAST/IEPQF - Petrobras); ao Dr. Ricardo Friede (UNISYS/DATAMEC), ao Prof. César Von Dollinger,
Fundação Euclides da Cunha (FEC), às equipes das prefeituras e à população dos municípios do CONLESTE (Cachoeiras de
Macacu, Casimiro de Abreu, Itaboraí, Guapimirim, Maricá, Magé, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá).
2
Prefácio
O COMPERJ E O CONLESTE – de responsabilidade social empresarial. locais está sendo realizado por meio de
Desafios para a região Seguindo esses princípios, a cursos de capacitação em geoprocessa-
A iniciativa da Petrobras de re- Petrobras cria o Centro de Informações mento para os gestores dos onze muni-
alizar investimentos da ordem de do COMPERJ como modelo inovador cípios. Além disso, será implementado
US$ 8,4 bilhões na implantação do na gestão inclusiva do conhecimento. na região o Prêmio de Boas Práticas de
Complexo Petroquímico do Rio de Este centro será responsável pela pro- Desenvolvimento Sustentável, que pre-
Janeiro (COMPERJ), no município de dução e disseminação de informações tende identificar, promover e divulgar
Itaboraí, trará mudanças significativas e de dados nas áreas ambiental, habita- os projetos de maior relevância para a
para a atual configuração econômica, cional, social, educacional, econômica melhoria das condições de vida da po-
populacional, urbanística, habitacional, e de saúde, fornecendo insumos para pulação desses municípios.
ambiental, de mobilidade urbana, orde- a formulação de políticas públicas na Espera-se que este boletim, que
namento territorial, educação, saúde e região. mapeia os indicadores do Milênio en-
segurança urbana em toda a região. tre os anos 2000 e 2006, sirva de re-
Neste contexto, o Consórcio O PROJETO DE OBSERVAÇÃO ferência aos governos e instituições do
Intermunicipal de Desenvolvimento do INTERNACIONAL DO COMPERJ CONLESTE para a elaboração de políti-
Leste Fluminense - CONLESTE - surge SOBRE OS ODMS NA REGIÃO cas públicas sócioeconômicas e ambien-
como o instrumento de parcerias e de Em consonância com o Pacto tais, capazes de inserir a região em um
alianças intermunicipais, para propiciar Global, a Petrobras implementa um processo de desenvolvimento sustentá-
soluções integradas e compartilhadas projeto pioneiro no mundo: o monito- vel acompanhado da redistribuição de
aos desafios comuns, a fim de potencia- ramento dos impactos de sua atividade renda e da erradicação da pobreza.
lizar os aspectos positivos do COMPERJ industrial sobre os ODMs na região do
e minimizar seus aspectos negativos. O CONLESTE. Este projeto é realizado em
consórcio assume o papel de integrador parceria entre o Centro de Informações
e planejador de políticas que possibili- do COMPERJ, a Universidade Federal
tem o desenvolvimento sustentável dos Fluminense (UFF) e o Programa das
onze municípios que o conformam. Nações Unidas para os Assentamentos
Na região do CONLESTE, os impac- Humanos (UN-HABITAT), tendo como
tos positivos do COMPERJ podem con- objetivo a constituição de um banco
tribuir para o alcance dos Objetivos de de dados georeferenciado com infor-
Desenvolvimento do Milênio (ODMs), mações socioeconômicas e ambientais
desde que sejam implementadas polí- sobre a região, assim como o desen-
ticas públicas a partir de uma agenda volvimento de competências locais e
integrada que norteie ações nos níveis regionais.
local e regional. Por meio de relatórios semestrais,
o projeto acompanha os indicadores
A Petrobras E O PACTO do Milênio, observando a evolução das
GLOBAL DA ONU cadeias produtivas instaladas na região,
Em sua trajetória, o fluxo escolar das redes públicas de
a Petrobras se destaca ensino, indicadores de saúde materna,
como pioneira ao aderir de mortalidade infantil, de doenças de
aos princípios do Pacto maior incidência e de violência, a evo-
Global da ONU e assu- lução dos assentamentos precários, do
mir compromissos para uso e ocupação do solo, das condições
que os Objetivos e as Metas do Milênio de saneamento ambiental e das áreas
- estabelecidos por países-membros das de preservação ambiental.
Nações Unidas - orientem sua política O fortalecimento das competências
3
Nota sobre o projeto gráfico
Os coletivos humanos tendem a se organizar em torno
de necessidades pontuais e efêmeras, o que torna o fenôme-
no urbano algo múltiplo, complexo e polifônico. O projeto
gráfico elaborado procura reproduzir essa multiplicidade, que
é a vida fervilhante dos coletivos, nas pinceladas irregulares
e cheias de textura. Enquanto isso, aponta, nos quadrados
transparentes e coloridos, para a disciplina do estudo presen-
te, que procura, por meio de objetivos e indicadores, desco-
brir e ordenar padrões que norteiem o crescimento sustentá-
vel dos municípios estudados.
4
Sumário
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................06
5
INTRODUÇÃO
6
ODM1
ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME
Meta 1A Reduzir a um quarto entre 2000 e 2012 a proporção da população com renda inferior a meio salário
mínimo mensal.
Indicadores:
• Participação dos 20% mais pobres da população na renda dos municípios
• Distribuição das pessoas abaixo da linha da pobreza
7
ODM1 | Erradicar a extrema pobreza e a fome
25
20
15
10
0
2000 2002 2004 2006
8
ODM2
UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRiMÁRIA E AMPLIAR A
COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO
TÉCNICA PROFISSIONAL
META 3A Garantir que, até 2012, as crianças de todos os municípios do CONLESTE, independentemente de cor/
raça, concluam o Ensino Fundamental.
Indicadores:
• Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 7 a 14 anos, por grupos de idade e nível de ensino
• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 7 a 14 anos de idade
• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Fundamental
• Taxa de distorção idade / série no Ensino Fundamental
• Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Fundamental
• Taxa de masculinidade na conclusão do Ensino Fundamental
META 3B Garantir a ampliação da cobertura no Ensino Médio.
Indicadores:
• Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 15 a 17 anos, por grupos de idade e nível de
ensino
• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 15 a 17 anos de idade
• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Médio
• Taxa de distorção idade / série no Ensino Médio
• Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Médio
• Taxa de masculinidade na conclusão do Ensino Médio
9
ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
2000-2002 2003-2005
Fonte: INEP
1 Esta defasagem de idade e de sexo é medida em termos das chamadas taxas de distorção. A distorção idade/série refere-se à diferença entre a idade real dos alunos
matriculados ou concluintes de determinada série escolar e aquela esperada para tal ano baseado no fluxo escolar normal (sem repetência). Com relação ao sexo dos alunos,
chama-se taxa de masculinidade a diferença entre alunos e alunas matriculados ou concluintes dividida pelo número de alunos do sexo masculino.
10
ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
municípios da região em estudo. O grá- Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Fundamental
fico demonstra tais fatos, apresentando 0,0600
a taxa média dos anos 2003-2005 bem
0,0500
próxima à encontrada nos anos 2000-
2002. Mostra, também, que as médias 0,0400
desse município são bem inferiores às 0,0300
do CONLESTE e do Estado do Rio de
0,0200
Janeiro.
A taxa média de distorção idade / 0,0100
(0,0500)
(0,1000)
(0,1500)
(0,2000)
(0,2500)
(0,3000)
(0,3500)
2000- 2002 2003 - 2005
Fonte: INEP
11
ODM3
PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A
AUTONOMIA DAS MULHERES
Meta 4B Reduzir pela metade a defasagem salarial entre gêneros até 2012.
Indicadores:
• Participação feminina no mercado formal de trabalho e no perfil de trabalhadores admitidos e desli-
gados nos municípios do CONLESTE
• Diferencial de remuneração por gênero e grau de instrução para diferentes setores de atividade
12
ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres
Este ODM trata da igualdade entre Participação feminina no mercado de trabalho formal (percentual)
os sexos que, apesar de assegurada na
41,00%
constituição brasileira, ainda não é uma
40,00%
realidade na prática, considerando-se
39,00%
as grandes disparidades existentes em
38,00%
diversas áreas da sociedade.
37,00%
No escopo deste Objetivo, os indi-
36,00%
cadores propostos visam acompanhar
35,00%
a participação feminina no mercado de
34,00%
trabalho da região para o período de
2000 a 2006, bem como a diferença de 33,00%
80,0%
75,0%
70,0%
65,0%
60,0%
55,0%
50,0%
2000 2002 2004 2006
13
ODM4
REDUZIR A MORTALIDADE NA INFÂNCIA
META 5A Reduzir em dois terços entre 2000 e 2012 a mortalidade de crianças menores de 5 anos, nos municí-
pios do CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de mortalidade em menores de 5 anos e mortalidade proporcional entre menores de 5 anos,
segundo grupos de causas
• Taxa de mortalidade infantil e mortalidade proporcional segundo grupos de causas e grupos de
idade (0 a 6 dias, 7 a 27 dias, 28 a 364 dias)
• Proporção de internações por doenças respiratórias em menores de 5 anos nos municípios do
CONLESTE
14
ODM4 | Reduzir a mortalidade na infância
20,00
18,00
Taxa por 1000 nascidos vivos
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
2000 - 2002 2003 - 2005 2006
Fonte: SIM/SINASC/DATASUS
15
ODM5
MELHORAR A SAÚDE MATERNA
META 6A Reduzir em três quartos entre 2000 e 2012 a taxa de mortalidade materna, nos municípios do
CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de mortalidade materna e proporção de óbitos maternos segundo grupo de causas nos muni-
cípios do CONLESTE
• Proporção de tipos de partos (vaginal ou cesárea) assistidos por profissionais de saúde nos municí-
pios do CONLESTE
16
ODM5 | Melhorar a saúde materna
Mortalidade materna
120,00
100,00
Taxa por 100 mil nascidos vivo
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
2000 - 2002 2003 - 2005 2006
Fonte: SIM/SINASC/DATASUS
17
ODM6
COMBATER O HIV/AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS
META 8A Até 2012, reduzir a incidência de dengue, hepatite A e hanseníase nos municípios do CONLESTE.
Indicadores:
• Taxa de incidência de dengue nos municípios do CONLESTE
• Taxa de incidência de hepatite A nos municípios do CONLESTE
• Taxa de detecção de hanseníase nos municípios do CONLESTE
18
ODM6 | Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças
Incidência de tuberculose
140,00
120,00
Taxa por 100 mil habitante
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
2000_2002 2003_2005 2006
Fonte: SINAN/IBGE
19
ODM 7
GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
META 9 Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas e reverter a perda de
recursos naturais.
Indicadores:
• Proporção de áreas cobertas por florestas por município do CONLESTE
• Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação
META 10A Reduzir em 20% até 2012, os domicílios sem acesso às redes gerais de água e de esgoto e à coleta de
resíduos sólidos.
Indicadores:
• Percentual de domicílios particulares permanentes urbanos com acesso à rede de água e à rede
geral de esgoto nos municípios do CONLESTE
• Percentual da área urbana com acesso à coleta de resíduos sólidos nos municípios do CONLESTE
META 11A Até 2012, ter alcançado uma melhora significativa na vida de pelo menos 10% dos habitantes de
assentamentos precários que moram nos municípios do CONLESTE.
Indicadores:
• Percentual da área ocupada por assentamentos precários em relação à área urbana por município
do CONLESTE
• Percentual de domicílios em assentamentos precários, em relação ao total de domicílios urbanos,
por município do CONLESTE
• Percentual de assentamentos precários regularizados, em relação ao total de assentamentos precá-
rios, por município do CONLESTE
• Percentual de assentamentos precários urbanizados (água potável, esgotamento sanitário adequa-
do, coleta de lixo doméstico e vias calçadas), em relação ao total de assentamentos precários, por
município do CONLESTE
• Percentual de moradias regulares produzidas por meio de programas oficiais para famílias com
renda até seis salários mínimos em relação ao total de domicílios em assentamentos precários, por
município do CONLESTE
20
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
A maior parte do CONLESTE en- acesso às redes de água e esgoto, será na porção leste de Niterói, limite com
contra-se localizada dentro da Região central o conceito de saneamento am- o município de Maricá, a Reserva Darcy
Ecológica da Floresta Ombrófila Densa biental, entendido aqui como o acom- Ribeiro e o Monumento Natural da Praia
(Floresta Tropical Pluvial), parte do do- panhamento das áreas ambientais e do Sossego. As unidades de conserva-
mínio do Bioma Mata Atlântica, que também do conjunto das ações que ção municipais apresentam uma série
ainda se desdobra em ambientes de envolvem abastecimento de água, es- de problemas ligados ao crescimento
manguezais e restingas. goto sanitário e coleta de resíduos só- desordenado e à especulação imobi-
Com base em dados do ano 2000, lidos. O saneamento ambiental emerge liária, além da falta de estrutura e de
as áreas urbanas ocupam um percen- como um dos pontos mais vulneráveis instrumentos como plano de manejo,
tual representativo da área total do da chamada crise urbana. Neste senti- que garantiriam sua preservação. Não
CONLESTE (5,39%), concentrando-se do, trata-se de um tema que demanda houve incremento na área protegida no
em núcleos que acompanham quase a urgente correção dos rumos adotados período entre os anos de 2000 e 2006.
de forma contínua os eixos rodoviários, até o momento em parte significativa Com relação ao percentual de do-
com destaque para o aglomerado São dos municípios brasileiros. micílios particulares permanentes urba-
Gonçalo – Itaboraí. Mesmo com altera- No ano de 2000 o município de nos com acesso às redes gerais de água
ções associadas às atividades urbana e Niterói possuía 17,3% de seu território e esgoto no período de 2000 a 20062, o
agrícola, as fisionomias ainda apresen- protegidos por unidades de conserva- município apresentou um crescimento de
tam uma área remanescente represen- ção (UCs) de proteção integral. Estas 47,66% em termos do número de domi-
tativa, ocupando 39,3% do CONLESTE. UCs são representadas pelo Parque cílios particulares permanentes urbanos,
Com relação à meta que trata do Estadual da Serra da Tiririca, situado enquanto o Estado do Rio de Janeiro
7470000
São Gonçalo
7465000
7465000
Niterói
Maricá
7460000
7460000
0 2 4 6 8 Km
N
0 2 4 6 Km
Fonte: IBAMA/IEF - RJ
2 Para o ano 2000, o IBGE (Censo Demográfico 2000) se constituiu na principal fonte dos dados sobre saneamento ambiental e número de domicílios permanentes urbanos.
Já para construção do perfil relativo ao ano 2006 não existem dados do IBGE para os municípios, portanto, as concessionárias responsáveis pelas redes de abastecimento de
água e de coleta de esgoto constituíram-se nas principais fontes de dados. Diferente do Censo Demográfico que não distingue os meios formais e informais de abasteci-
mento de água e esgotamento sanitário, as concessionárias contabilizam apenas as ligações formais. Isso poderia explicar a redução, ou mesmo inexistência de domicílios
com acesso à rede de água e/ou esgoto no período analisado. Para a obtenção do número de domicílios permanentes urbanos, a concessionária AMPLA, responsável pelo
abastecimento de energia elétrica de todos os municípios incluídos no CONLESTE, foi a principal fornecedora de dados, reconhecida pela abrangência de seu serviço e possuir
banco de dados atualizado semestralmente.
21
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
cresceu 15,40%. No entanto, como se Percentual de domicílios urbanos com acesso à rede de água e à
percebe em quase todos os municípios rede de esgoto
do CONLESTE, este crescimento não foi 120
(98,80%). Quanto ao serviço de esgo- Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000, Concessionárias e Prefeituras 2006. Ela-
tamento sanitário, o município mostrou boração Equipe de Urbanismo / UFF, 2008
um crescimento de 34,99% do número
de domicílios particulares permanentes habitacionais distribuídas em 87 assen- habitacional, não houve produção de
urbanos com acesso ao serviço, abran- tamentos urbanos precários existen- novas moradias nem intervenção refe-
gendo, em 2006, 66,78% dos domi- tes, o que representava 19,29% dos rente à urbanização e/ou regularização
cílios, ou seja, alcance superior ao do 143.924 domicílios. A área ocupada fundiária neste ano.
Estado (63,31%). por esses assentamentos precários re-
O município apresentava, no ano presentava 3,69% da área urbanizada.
de 2000, um total de 28.216 unidades Com relação a ações relativas à política
Elaboração: Equipe de Urbanismo / UFF, 2008. Localização dos Assentamentos Precários Urbanos no município de Niterói, 2000
22
ODM9
ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL,
COM REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA REGIÃO DO
CONLESTE
META 12A Viabilização de crescimento continuado da região acima do crescimento do Estado e do país.
Indicadores:
• Evolução do PIB a preços constantes
• Valor adicionado (proxy do PIB) dos setores agropecuário, industrial e de serviços a preços
constantes
• Participação do valor adicionado (proxy do PIB) do setor agropecuário, industrial e de serviços
• PIB per capita a preços constantes
23
META 18 A Adequação do suprimento de energia ao crescimento da região do CONLESTE.
Indicador:
• Consumo residencial per capita de energia elétrica
24
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
7.200.000 37,000%
do Milênio da ONU a esta região.
7.000.000 36,500%
Dentre as metas compreendidas neste
6.800.000 36,000%
ODM, destacam-se para análise neste 6.600.000 35,500%
boletim as seguintes áreas: crescimento 6.400.000 35,000%
25
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
20.000 44,00%
também certa estabilidade na evolução
0 43,50% desse saldo ao longo do período consi-
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
derado, sendo que entre 2000 e 2001
Valor % no CONLESTE
houve um aumento expressivo de 3.110
Fonte: RAIS/MTE postos de trabalho. Na média do perío-
do, o município de Niterói era aquele
com maior saldo líquido de empregos
gerados, dentre todos os municípios do
CONLESTE.
Entre 2000-2006, o total de empre-
gos formais contabilizados no município
Evolução da Taxa de Desemprego de Niterói cresceu 33,4%, evoluindo de
18,0% 114.393 para 152.573 postos de traba-
16,0% lho. Ao longo daquele período, Niterói
foi o oitavo município no qual o em-
14,0%
prego formal mais cresceu, dentre os
12,0%
municípios do CONLESTE. Além disso,
10,0% observa-se que, dentre os municípios
8,0% do CONLESTE, Niterói localizava-se na
6,0%
1a posição em termos do montante do
emprego formal gerado em 2006. Ao
4,0%
longo do período 2000-2006, Niterói
2,0%
apresentou certa instabilidade no que
0,0% se relaciona a participação no total do
2000 2002 2004 2006
emprego formal do CONLESTE, com
Niterói CONLESTE Estado Rio de Janeiro perda de participação em 2002 e no
Fonte: Estimativas da equipe de Economia a partir de dados do Censo (IBGE) e da período 2005-2006, e elevação nos de-
PNAD (IBGE) mais anos, saindo de uma participação
de 46,7% em 2000, para uma partici-
pação de 46,1% em 2006.
Quanto à taxa de desemprego es-
timada, esta atingia 9,7% em 2006, a
quarta menor dentre os municípios do
CONLESTE. Esta taxa era inferior à mé-
Remuneração média mensal dos trabalhadores dia da região do CONLESTE (12,1%) e
1400 do Estado do Rio de Janeiro (11,8%).
Ao longo do período 2000-2006, a taxa
1200
de desemprego no município de Niterói
1000
reduziu-se em 4,4 pontos percentuais,
800 segundo a estimativa realizada.
600 Quanto ao nível de remuneração
média mensal da mão de obra formal
400
empregada, observa-se que a mesma
200
evolui de R$ 626,00 em 2000 para R$
0 1.190,00 em 2006, correspondendo a
2000 2002 2004 2006
um crescimento de 90,2%, superior ao
Niterói CONLESTE Estado Rio de Janeiro Brasil crescimento da remuneração na região
Fonte: RAIS/MTE (76,7%), no Estado (65,5%) e no Brasil
26
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
Concentração produtiva
0,092
0,090
0,088
0,086
0,084
0,082
0,080
0,078
0,076
0,074
2000 2002 2004 2006
(60,1%). Este maior crescimento auxilia gião do CONLESTE, ao Estado do Rio de índice reduziu-se 3,1% no município,
na redução do “gap” relativo ao nível Janeiro e ao país. evidenciando uma diversificação da
de remuneração do emprego formal Em 2006, o município posicionava- estrutura produtiva, enquanto o mes-
no município, que ainda era, em 2006, se na 1a posição entre os municípios do mo índice cresceu para o CONLESTE
expressivamente inferior à média do CONLESTE em termos do nível de di- (em 6,8%), o Estado (3,0%) e o país
CONLESTE (R$ 948,00), do Estado (R$ versificação da estrutura produtiva. Em (0,6%).
1.330,00) e do Brasil (R$ 1.170,00). termos comparativos, o valor do índice Quanto à evolução de cadeias pro-
O indicador de dinamização do pa- de concentração para o conjunto de ati- dutivas no município considerando as
drão de especialização produtiva trata vidades econômicas observado no mu- quatro cadeias produtivas seleciona-
do grau de concentração das atividades nicípio (0,079) era inferior à média do das para investigação - Agroindustrial;
produtivas1 no município de Niterói, CONLESTE (0,086), do Estado (0,086) e Químico–petroquímica; Metal-mecânica;
comparativamente ao conjunto da re- do país (0,084). Entre 2000-2006, este Construção civil – verifica-se que em
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%
Cadeia Químico -petroquímico Cadeia de Construção Cadeia Metal mecânica Cadeia Agroindustrial
Fonte: RAIS/MTE
1 Este indicador foi avaliado por meio do índice de Herfindhal a 2 dígitos, indicando o nível de desagregação de setores econômicos utilizado. Este índice foi calculado para
os diversos municípios e para o conjunto da região considerando informações relativas à distribuição do emprego por diferentes setores de atividade (nível de desagregação
setorial a dois dígitos da classificação CNAE). Quanto mais próximo de 1 o índice, maior a concentração produtiva. Isto é, menor o número de empresas em determinada
atividade econômica, com correspondente menor grau de concorrência nestes setores econômicos.
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ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
28
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
nicípio, sendo essa levemente superior Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e
à taxa do Estado e inferior à da região. do TCE-RJ
Em 2006, nota-se um ligeiro aumento
na taxa do município, ficando essa abai-
xo da taxa do Estado e do CONLESTE.
Para todo o período Niterói apresentou
um padrão irregular da taxa de morta-
lidade geral e a região do CONLESTE Investimento público per capita
apresentou um padrão estável dessa
200,00
taxa, diferente do Estado, que apresen-
180,00
tou uma tendência ligeiramente ascen- 160,00
dente nas taxas. 140,00
No período de 2000 a 2002, Niterói 120,00
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ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
para o Estado e para o CONLESTE . Para Taxa de mortalidade geral por 1.000 habitantes
todo o período houve um ligeiro au-
mento nas taxas de Niterói, mostrando 8,00
30,00
15,00
10,00
5,00
0,00
2000_2002 2003_2005 2006
60,00
50,00
Taxa por 100 mil habitante
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
2000_2002 2003_2005 2006
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Apoio
Município de Maricá
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