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Esta pesquisa destaca os fatores relevantes que vão moldar o panorama de data centers na

Índia nos próximos dez anos. Usuários de TI, companhias de hospedagem, designers de data
centers e órgãos do governo devem prestar atenção nesses aspectos antes de fazer qualquer
investimento.

Considerações básicas

– O potencial para demanda por data centers na Índia continua forte; a maior parte dele será
aproveitado por construção interna e fornecedores externos. O Gartner prevê uma taxa de
crescimento anual de 34% entre 2007 e 2012 (previsão feita em outubro de 2008).

– Nos próximos três anos, o setor de hospedagem de data centers evoluirá e vai oferecer
soluções mais flexíveis; essa deve ser uma alternativa para empresas construindo seus
próprios data centres.

– Modelos financeiros inovadores para construção e gerenciamento de data centers amadurecerão


na Índia. Esses modelos avançados afetarão, nos próximos três anos, usuários, companhias de
TI e, em alguns casos, órgãos do governo.

Recomendações

– Avalie os custos e benefícios de utilizar uma companhia de hospedagem em vez de criar um


data center novo, mas leve em conta os riscos de energia, disponibilidade e segurança.

– Foque em designs de data centers que consumam pouca energia e possam reduzir custos
operacionais.

– Avalie e incorpore práticas verdes no design do data center para reduzir custos.

– Mapeie as necessidades de flexibilidade das aplicações e do negócio para a arquitetura do


hardware de TI e os data centers. Não pague por flexibilidade supérflua.

– Seja criativo na forma de financiar com ajuda do governo, onde estiver disponível, a
construção de data centers; forme joint-ventures com parceiros externos. Nesse tipo de
transação, analise os riscos cuidadosamente.

Hipóteses de planejamento estratégico

Nos próximos cinco anos, os CIOs na Índia vão elaborar os modelos financeiros mais criativos
para construção e gerenciamento de novos data centers em qualquer lugar do mundo.

Análise

Cenário estratégico para os desafios de data centers na Índia

Desde 1980, o padrão de vida na Índia vem melhorando. De acordo com o Banco Mundial, em uma
geração o Produto Interno Bruto indiano por habitante aumentou 230% – uma média de 4% ao ano.
Em 2008, a taxa de crescimento de cinco anos prevista pelo Asian Development Bank também foi
maior, com uma média de crescimento econômico anual de 8,7%, ritmo 6,5% mais veloz do que o
da estimativa feita em 1999. A economia da Índia se globalizou, com uma proporção de comércio
de bens e serviços de até 51% do PIB no último trimestre de 2008. Isso representa um aumento
de 24% em relação à década anterior. O ritmo da economia pode ser visto na tabela 1.

Tabela 1: Tendências da economia indiana (ano fiscal com início em abril)


Parâmetros 2005- 2006-2002007-2002008-200 2009-201
econômicos 2006 7 8 9 0
PIB –
crescimento 9.2 9.7 8.7 7.3 7.3
real (%)
Inflação,
índice de
remuneração – 4.4 5.4 4.6 9.0 6.5
média anual
(%)
– Índice de
preço de
consumo da
4.6 6.6 6.0 8.5 7.0
inflação –
urbano, não
manual (%)
Cotação da 44.1 45.3 40.1 42.2 43.1
rúpia sobre o
dólar –
Reserve Bank
of India
(média anual -
%)
Fonte: Dados históricos do governo indiano e do CEIC. Previsões da IMA India e da IMA Asia.

O crescimento econômico atual está estimulando investimentos em TI e em infraestrutura


digital, o que por sua vez leva a mais desenvolvimento. O papel de TI em permitir o progresso
industrial é ainda mais evidente pelo fato de a Índia ser líder em terceirização global.

Embora a tendência de crescimento na Índia deva se manter, existem alguns desafios. Uma
preocupação óbvia é a crise econômica mundial atual, que está obrigando empresas a cortar
custos, inclusive os de TI. Ao diminuir despesas, as empresas selecionam investimentos em TI,
dando preferência a projetos essenciais e estratégicos.

Para os grandes consumidores de TI na Índia, os setores financeiro e de telecomunicações,


investimentos em TI são fundamentais para que as empresas se tornem ágeis e competitivas.
Essa exigência cresce conforme esses setores enfrentam concorrentes globais e as empresas
indianas expandem suas operações a outros mercados. Apesar de estes setores já terem feito
generosos investimentos, os futuros negócios vão pedir serviços de TI mais sofisticados e de
mais ampla abrangência, portanto vão precisar de robustas infraestruturas para dar suporte às
mudanças.

Recentes reuniões do Gartner com departamentos do governo revelaram uma clara determinação
das autoridades do país a adaptar novas tecnologias à rotina dos indianos. Por exemplo, o
Centro de Sistemas de Dados Ferroviários já permite a reserva e a compra de passagens pela
internet. As consequências desse tipo de mudança serão profundas e ficarão evidentes em
várias áreas, como serviços móveis de acesso à web e disponibilidade da internet para
departamentos do governo e comunicações pessoais. Isso indica que melhorias na infraestrutura
são necessárias antes de haver qualquer progresso significativo.

Os cerca de 200 mil metros quadrados ocupados por data centers na Índia devem chegar aos 400
mil metros quadrados até 2012. O país terá a oportunidade de desenvolver a arquitetura de
entrega deste serviço para enormes territórios. Há pouca infraestrutura disponível e os
próximos cinco a dez anos serão fundamentais para essa nova fase. Se a arquitetura móvel e
flexível de data centers evoluir com operações de baixo custo, incorporando as tecnologias
mais recentes, ela será a base para serviços entregues a grandes populações. Entretanto, se
forem tomadas decisões inapropriadas e data centers caros e mal desenhados forem construídos,
os benefícios de ter um pequeno legado de infraestrutura serão desperdiçados. Devido a esse
risco, decisões relacionadas com certas áreas serão cruciais.

Ser dono de um data center ou optar por serviços de hospedagem

A abordagem tradicional nas economias ocidentais nos últimos 30 anos tanto para pequenas
quanto para grandes empresas tem sido construir seus próprios data centers. Isso é caro,
inclusive para gerenciar. Esse gasto fazia sentido quando o conhecimento de TI era escasso e
antes de que a infraestrutura fosse transformada em commodity. Embora o modelo de
aluguel/locação seja usado há mais de 20 anos, ele realmente começou a ser atraente nos
últimos três anos, devido a fatores como energia, espaço e despesas. Nos próximos dez anos,
a maioria das organizações ocidentais de TI terá um modelo híbrido de data centers internos e
hospedados. A Índia pode aprender com esta mudança e adotar uma abordagem mais prática no
mercado de hospedagem.

Contudo, é muito mais fácil falar do que fazer. A quantidade de espaço hospedado disponível é
inadequada e menor do que a demanda. Além disso, reuniões recentes com importantes bancos e
varejistas mostraram que eles preferem ser proprietários dos seus data centers. Há uma crença
de que grupos internos de TI podem fornecer melhores serviços do que fornecedores externos.
Muitos também acreditam que data centers hospedados oferecem menos disponibilidade e
segurança. O contexto é semelhante ao de cinco anos atrás para empresas em mercados
ocidentais desenvolvidos.

Mesmo assim, há evidências de mudanças no comportamento de grandes usuários. Um crescente


número de requisitos de recuperação de desastres com data centers hospedados está surgindo
tanto de grandes como de pequenas e médias empresas. A maioria delas está satisfeita em
tentar hospedar ou aumentar o uso de serviços hospedados. A escala do crescimento da demanda
também vem influenciando a mudança. Conversas com usuários indianos indicaram uma forte
demanda, com crescimento de 50% a 100% anualmente nos próximos cinco anos. Esses requisitos
podem ser reduzidos utilizando equipamentos de TI para data centers otimizados e tecnologias
mais sofisticadas, como virtualização de servidores e designs de armazenamento e rede mais
avançados.
A demanda atual é tão ampla e urgente que usuários de grande porte não são capazes de
sustentar o crescimento em suas próprias instalações. Em muitos casos, é impossível
aproveitar oportunidades devido aos locais inapropriados onde estão os data centers.

Instalações futuras estão planejadas, mas muitas ainda não passam de projetos ou vão demorar
para ficar prontas. Grandes instalações de data centers levam no mínimo um ano para serem
construídas, por isso muitas empresas não têm nada a fazer a não ser recorrer a serviços de
hospedagem.

O mercado de hospedagem na Índia precisa responder prontamente às oportunidades existentes.


No passado, a maioria das empresas de hospedagem focou em instalações de pequeno porte e em
serviços de recuperação de dados. O resultado dessa escolha foi que muitas delas não
construíram instalações apropriadas para amplo fornecimento de serviços de data centers de
próxima geração.

Há sinais, todavia, de que alguns provedores de hospedagem estão se dando conta das
oportunidades. Já podemos ver os primeiros passos em direção à construção de grandes e
sofisticadas instalações. Por exemplo, dois provedores de hospedagem esperam ter uma grande
instalação com certificação Tier 4 na Índia até o final de 2009. E empresas de telefonia
estão buscando parcerias com empresas de hospedagem ocidentais tradicionais para criar
instalações avançadas.

Não há evidências de que os principais fornecedores de hospedagem mundiais (como AT&T, Savvis
Communications, Terremark Worldwide e Rackspace) estejam considerando o estabelecimento dos
seus data centers na Índia. Porém tendências apontam para uma oportunidade a alguns desses
players de começar a ver a Índia como um meio de atender à crescente demanda doméstica (assim
como a demanda de regiões vizinhas, incluindo Oriente Médio e sul da Ásia).

A entrada de um player internacional sazonal pode estimular o mercado ao elevar o nível da


indústria. Isso também favorecerá a competição e o amadurecimento da indústria.

Os modelos financeiros dos próximos data centers

A maioria das empresas com data centers próprios os mantêm como bens. Elas compraram
equipamentos de TI que se pagam em uma média de cinco anos. Usuários indianos, que não contam
com essa estrutura, podem explorar diferentes modelos financeiros. Por exemplo, um
departamento do governo está iniciando uma joint-venture com uma grande provedora de TI. A
provedora construirá e será proprietária do novo data center, mas o governo colocará sua
própria equipe para gerenciá-lo. O benefício para o usuário é que ele pode focar no valor
adicional de aplicação e entrega de serviço, em vez de se preocupar em criar a
infratestrutura.

A Índia tem peculiaridades relacionadas com mão de obra barata. Por exemplo, os usuários
frequentemente acham que não precisam de máquinas de automação sofisticadas. Quando
questionados a respeito disso, afirmam que podem contratar mão de obra de alto nível por
preços mais baixos do que os de licenças de software. Apesar de esta abordagem ter tido
sucesso no passado, o aumento do nível de complexidade dos data centers nos próximos cinco
anos deve convencer os usuários de que ferramentas sofisticadas de automação são necessárias.

Há um enorme potencial na Índia para desenvolvimento de modelos de entrega com custos menores
do que os das comunidades de TI ocidentais. A adoção do software como serviço (SaaS) no país
é a menor da região; porém os adeptos locais são os mais entusiasmados, com mais de 90%
afirmando que precisam aumentar seus investimentos em SaaS em 2010. A cultura indiana prefere
otimização fiscal, por isso o Gartner espera inovações nos modelos financeiros de data
centers nos próximos cinco anos.

O valor da tecnologia verde

O consumo de energia tradicionalmente não é uma grande preocupação para equipes de TI na


maioria das companhias indianas, sem devoluções diretas de gastos ou com apenas parte do
consumo da companhia vinculado a TI. Entretanto, esse panorama tende a mudar rapidamente com
os requisitos de data centers cada vez mais exigentes. Grandes instituições financeiras e de
telecomunicações já estão sentindo a pressão, inclusive de executivos. Espera-se uma grande
virada em direção a tecnologias mais econômicas, por conta dos altos custos de energia na
Índia. A tarifa no país para redes comerciais (que varia de 0,13 dólar a 0,25 dólar) é uma
das mais elevadas do mundo. A falta de consistência do fornecimento aumenta o seu valor, por
causa de altos custos de manutenção vistos ultimamente em amplas implantações de geradores
realizadas por grandes usuários industriais.

Com um terreno relativamente novo, designers de data centers da Índia podem utilizar os mais
avançados princípios de design de data centers, além de recursos de energia baratos e
constantes, como geradores e sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado. O mercado
indiano não costuma aderir aos densos servidores de alta capacidade, já que a implementação
de servidores blade ainda é baixa. Porém designers de data centers precisam pensar nas suas
instalações no longo prazo – elas devem ser capazes de suportar novas exigências.

À medida que são desenvolvidas e implementadas novas tecnologias para servidores,


armazenamento e redes, os equipamentos dos data centers se tornam mais heterogêneos, porque
os usuários mais dificilmente estarão dispostos a substituí-los rapidamente. A menos que os
data centers sejam construídos baseados nos mais recentes princípios de design, eles serão
incapazes de sustentar o consumo de energia previsto e não conseguirão resfriar adequadamente
os novos equipamentos de TI.

A partir da perspectiva de consumo energético, os data centers precisarão ser mais dinâmicos
e funcionar baseados em diferentes zonas para distribuir o fornecimento de energia.
Recomendamos arquiteturas modulares separadas. Obviamente, serão também necessárias
ferramentas de gerenciamento de sistemas de energia de data centers eficazes.

O nível adequado de capacidade supérflua

Os requisitos exagerados para data centers na Índia são um interessante paradoxo. Por um
lado, os data centers indianos não foram construídos para altas exigências de
disponibilidade; normalmente, estão adequados ao nível de instalação Tier 2. Mesmo
construções recentes do setor de serviços financeiros são desenhados de forma semelhante.
Contudo, muitas empresas que visam a recorrer a um provedor de hospedagem estão caindo na
armadilha psicológica de querer o maior nível de disponibilidade e optam por níveis de
certificados Tier 4. Definitivamente essa abordagem não avalia as reais necessidades de
aplicações e negócios.

Quanto mais alto o nível, maiores os custos. Isso vale principalmente para construir ou
reformar uma instalação, mas também para pagar por hospedagem. Portanto, insistimos que as
empresas indianas reflitam cuidadosamente sobre quanto de disponibilidade é realmente
necessária e como ela pode ser atingida da melhor maneira possível. Por exemplo, grande parte
do que é realmente necessário pode ser conseguido com arquiteturas de servidores e
armazenamento com software de failover (acesso automatizado a servidores somente quando
necessário) e tecnologias adequadas de replicação. Se a flexibilidade do data center é
fundamental, o nível Tier 3 será suficiente para a maioria dos casos.

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