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UNIDADE 1
EDUCAÇÃO E CULTURA
A Cultura
Os seres humanos devem seu predomínio atual, em parte a seu equipamento mental superior,
mas ainda mais às idéias, hábitos e técnicas que lhes foram transmitidos pelos seus ancestrais. Tendo nascido
numa sociedade qualquer, a criança descobre que a maioria dos problemas que se apresentam durante sua
vida foram já enfrentados e resolvidos pelos que viveram antes dela. Cabe-lhe apenas aprender as soluções.
Se conseguir fazer este aprendizado com êxito, não terá necessidade de muita inteligência. Este acumular e
transmitir de idéias e de hábitos é freqüentemente apresentado como atributo humano.
À medida que a importância da herança social foi aumentando, certos hábitos vieram a tornar-
se característicos de grupos animais. Na verdade, só alguns hábitos particularmente favoráveis têm
probabilidades de tornar-se parte da herança social de toda uma espécie mamífera. Essas espécies têm em
geral distribuição bastante ampla, de maneira que os indivíduos que as compõem estão sujeitos a diversos
ambientes variados. Poderia muito bem acontecer que um hábito fosse favorável num desses ambientes e
indesejável noutro.
O Homo Sapiens tem distribuição mais ampla que qualquer espécie mamífera; e mais que
qualquer outra, possui capacidade para mudar rapidamente tanto no comportamento individual quanto o grupal.
Não é portanto surpreendente que a herança social desta espécie tenha se subdividido num estonteante
conjunto de variantes locais, sendo alguns hábitos em cada uma dessas variantes diferentes dos encontrados
nas demais.
Esta herança social para, os seres humanos, é chamada cultura, e um dos fatores mais
importantes no progresso da cultura humana tem sido o uso da linguagem. É como instrumento de
comunicação que a linguagem tem desempenhado seu mais importante papel na construção da herança social
humana. Sem a transmissão fácil e exata de idéias que ela permite, a cultura tal como a conhecemos nunca
teria nascido.
Graças à posse da linguagem os homens podem transmitir uns aos outros uma idéia clara das
situações não atuais e do comportamento adequado a essas situações o que torna possível um enorme
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acréscimo de conteúdo da herança social. A criança e o adolescente podem aproveitar da experiência total da
geração anterior e preparar-se tanto para os acontecimentos incomuns quanto para os comuns. Assim, embora
eu nunca tenha sido picada por uma cobra venenosa, nem mesmo visto qualquer outra pessoa ser picada, sei
que esses acidentes acontecem e tenho idéia bastante clara a respeito do que deve ser feito em tal situação.
Com a linguagem, a transmissão do comportamento adquirido deixa de estar sujeita ao acaso. O conhecimento
possuído por cada geração pode ser transmitido, como um todo, a geração seguinte.
O conceito de cultura sofreu mudanças através do tempo. Não há acordo quanto ao que
abrange, pois existem múltiplas concepções e visões. É no campo de estudo da Antropologia Cultural
(Etnologia) que ocorre o maior debate sobre as idéias de cultura.
Charles Darwin em sua obra “A origem das espécies”, publicada em meados do século XIX,
elabora a idéia de evolução no campo da natureza onde a evolução representaria a capacidade de adaptação
dos organismos vivos.
O Antropólogo inglês Sir Edward Taylor afirmava que a vida humana poderia ser dividida em
três estágios: selvagem (como os nativos da Amazônia brasileira), bárbaro (aborígenes australianos) e
civilizado (europeus do século XIX). Sob este aspecto, o pensamento evolucionista considerava que sociedade
civilizada seria a que dispusesse de maiores conhecimentos técnicos e uma trama complexa no que diz
respeito a artes, leis, moral, religião, costumes, hábitos, entre outros. Procuravam ainda diferenciar cultura e
civilização. Foram chamadas Grandes Civilizações as sociedades que deixaram testemunhos grandiosos de
sua cultura material – arquitetura, cidades, objetos diversos – como marca de seu avanço. São os casos de
egípcios e alguns povos pré-colombianos (incas, maias e astecas), por exemplo.
Outro aspecto fundamental para compreender a diversidade cultural é o fato de que não
existem, salvo raras exceções, culturas que se constituíram isoladamente, sem nenhum contato com as outras.
O nomadismo, os deslocamentos eventuais e as imigrações foram características de muitos grupos. Antes de
os europeus chegarem ao continente americano, por exemplo, as culturas existentes realizaram muitos
contatos e trocas.
• alfabeto: transmitido inicialmente aos fenícios pelos povos semitas, passa aos gregos e romanos e
difunde-se por regiões do norte da Europa;
• sistema numérico: tal como a álgebra, é de origem árabe; difunde-se pela Europa a partir da
ocupação dos califados do norte da África e península Ibérica; o conceito de zero só chegou à Europa,
após sua descoberta pelos sábios indianos, por intermédio dos árabes;
• criações chinesas e indianas: os chineses, que antes da era cristã já viviam em cidades e possuíam
complexos sistemas de irrigação agrícola e sistemas filosóficos, descobriram, entre outras coisas, o
chá, a pólvora, a porcelana, a seda, o arroz, a bússola, o papel e a impressão (bem antes de
Gutenberg); os indianos criaram o aço, o vidro, etc;
• contribuições dos povos do “Novo Mundo”: enquanto as hordas norte-européias comiam carne
crua, o povo maia erguia palácios de extrema complexidade arquitetônica e chegava ao conceito de
zero; os povos pré-colombianos dominaram e cultivaram plantas como milho, batata, látex, fumo,
quina, coca, baunilha e cacau, incorporadas mais tarde pelos europeus.
Caude Levi-Strauss, um dos mais brilhantes antropólogos de nosso século, considera que nos
últimos oito mil anos a humanidade nada mais fez do que aperfeiçoar os conhecimentos da Revolução
Neolítica, como a domesticação, a agricultura, a cerâmica, a criação de instrumentos e a formação de um
embrião de organização social. Destaca as diferenças de significado de processo histórico para as diferentes
sociedades, sendo difícil para o europeu médio reconhecer e compreender como os outros povos entendem
sua própria “evolução”.
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Lembra ainda que a busca da classificação de culturas é uma perda de tempo e uma
empreitada sem sentido. O importante seria preservar a diversidade cultural, base da riqueza obtida pela
humanidade, contra a ameaça da uniformidade posta pela mundialização dos padrões econômicos e dos
valores ocidentais.
A Indústria Cultural
Apesar do esforço dos povos para manter seus traços culturais originais, nas chamadas
sociedades modernas a dimensão cultural mudou de significado e sofreu interferências de outras fontes,
particularmente no século XX.
No mundo moderno capitalista pode disseminar-se certo tipo de cultura, não mais produzida
espontaneamente pelo corpo social, mas elaborada conforme critérios de mercado. Falamos no
estabelecimento de uma indústria cultural.
O termo foi usado pela primeira vez em 1947, pelos pensadores alemães Theodor Adorno e
Max Horkheimer. Os autores apontavam que a indústria cultural carrega todos os elementos do mundo
industrial moderno e é portadora da ideologia dominante capitalista. Não se trata de uma indústria
convencional, mas da elaboração em massa de produtos culturais. Desse modo, transforma os homens em
meros consumidores de produtos “culturais” – que não foram produzidos por eles – e determina o próprio
consumo.
Fazem parte da indústria cultural os modernos meios de informação (cinema, radio, televisão –
assim como a esmagadora maioria de sua programação – jornais, vídeo), a publicidade, o marketing, etc.
Outras manifestações, como a música, a pintura e a literatura, também são capturadas pela indústria cultural.
A Educação
Na história da educação nacional nos deteremos primeiramente ao sentido dado ao ensino com a
vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, cujas atividades culturais surgem para atender a demanda da
burguesia aqui instalada. As inovações implementadas foram: Criação da Imprensa Régia; surgimento da
Biblioteca, hoje Biblioteca Nacional; incentivo ao estudo de botânica e zoologia com a criação do Jardim
Botânico; surge o Museu Real (hoje Museu Nacional); vinda da Missão Cultural Francesa e a criação do
Museu de Belas Artes.
Nosso processo cultural no século XIX é marcado pela importação de idéias e concepções
européias, introduzidas à revelia de nossa realidade. Desde então a educação, sucateada pelo poder
constituído, sofre várias mudanças ficando, por fim, a educação do povo a cargo das províncias, futuros
estados, e a educação da elite sob responsabilidade do poder central; o que impediu a unidade do sistema
educacional. A elitização do ensino fica evidenciada, portanto, com a criação das escolas de nível superior que
atendessem às necessidades da burguesia e do estado constituído.
Podemos citar alguns dos movimentos educacionais da Segunda República como a Lei de
Diretrizes e Bases, a Campanha de Defesa da Escola Pública, quebra na rigidez dos sistemas tornando
possível a mobilidade entre os cursos, a pluralidade de currículos, a criação dos Conselhos Estaduais e
Federal de Educação, fundação do Instituto Superior de Estudos Brasileiros e sua extinção após o golpe militar,
o método Paulo Freire.
Pedro Demo, no tocante a Lei Darcy Ribeiro (LDBEN), menciona “... nosso maior atraso não
está na economia, ... mas na educação”. Apesar de haver sido instituída, a nova LDBEN – Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, contém aspectos positivos como por exemplo a visão alternativa da formação
dos profissionais da educação e o direcionamento de investimentos financeiros para valorização do magistério,
porém, observa-se grande atraso quanto à educação superior e o fato da Lei não se referir à informática
educativa, entre outros.
Considera-se, portanto, que o sonho dos educadores por uma sociedade mais justa e crítica
está diretamente proporcional à qualidade da prática educativa, a qual por sua vez necessitará de leis
ponderadas, que verdadeiramente atendam as necessidades sociais.
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ATIVIDADES
1 – Marque V para verdadeiro e F para falso:
( ) O termo indústria cultural foi usado pela primeira vez em 1947.
( ) Cinema, rádio, televisão fazem parte da indústria cultural dos meios de comunicação.
( ) A linguagem tem papel importante na formação cultural.
( ) A herança cultural não é transmitida de pai para filho.
3 – Reescreva em no máximo cinco linhas o pensamento central da visão de cultura, considerando sua
evolução a partir do século XVI.
4 – O que a cultura das sociedades capitalistas possui de diferencial em relação à cultura das sociedades
primitivas?
5 – Cite algumas das importantes contribuições dos outros povos a cultura ocidental.
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UNIDADE 2
MOVIMENTOS RELIGIOSOS E SOCIEDADE
Tão universal, permanente e penetrante é a religião na sociedade humana que, a menos que
possamos compreendê-la profundamente, não nos será possível compreender a sociedade. Todas as
sociedades conhecem alguma forma de religião. A religião é um fato social universal, sendo encontrada em
toda parte e desde os tempos mais remotos.
Ao longo da História surgiram muitas formas de manifestação religiosa, sendo que algumas
desapareceram e outras permanecem até os dias atuais, trazendo para si um elevado número de fiéis.
Contudo, todas elas voltadas para o mesmo tipo de indagação.
A religião sempre desempenhou uma função social indispensável, na medida em que nas
variadas culturas o culto ao sobrenatural apresentou-se sempre como fator de estabilidade social e obediência
às normas sociais vigentes. Outro aspecto diz respeito a busca, no misticismo e no sobrenatural, de algo que
transmitisse paz de espírito e segurança aos indivíduos. Neste sentido, essa crença em poderes sobrenatural
ou misteriosa associa-se a sentimentos de respeito, temor e veneração.
Um número bastante significativo da população da terra professa algum tipo de religião, o que
parece indicar que o ser humano precisa acreditar que sua existência não é acidental nem absurda, e que a
vida não é desprovida de sentido. Por tudo isso, ele crê numa entidade sobrenatural a qual dá geralmente o
nome de Deus.
A religião constitui o conjunto das várias práticas, rituais e normas de comportamento ligadas a
essa crença.
Dependendo do número de suas divindades, elas podem ser subdivididas em monoteístas (do
grego mónos = um só; e théos = deus) e politeístas (dogrego polys = muitos). Hoje as maiores religiões são
monoteístas, embora muitas diferenças as separem entre si.
O Judaísmo
Segundo o judaísmo, Deus escolheu o povo de Israel para se revelar aos homens, firmando
com ele um pacto ou aliança através do patriarca Abraão (1500 a.C.). Esse pacto – Abraão e seus
descendentes levariam ao mundo a mensagem do Deus único – teria sido renovado por Moisés, a quem Deus
entregou as Tábuas da Lei (Os Dez Mandamentos). O fato de se considerarem como “povo eleito” levou os
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judeus a identificarem a história de suas tribos com a história de sua religião. Assim, certos acontecimentos
como o êxodo e o cativeiro da Babilônia pertencem tanto a uma como à outra. Tais episódios encontram-se
narrados em uma série de livros – a Bíblia, que corresponde ao Antigo Testamento cristão – composta pela Lei
de Moisés – a Tora ou o Pentateuco, pelos Profetas e pelos Escritos. A Tora é a lei “escrita”, suplementada
pelo Talmude, conjunto de ensinamentos “orais” que servem de comentário à lei. As bases principais da
religião judaica são: a fé num Deus único, eterno, criador do mundo, puro espírito onisciente, senhor universal
e juiz que vela pelo seu povo; a fé na Lei de Moisés, que é a própria palavra de Deus e, por isso, não pode ser
modificada ou substituída; a fé no advento do Messias anunciado pelos profetas que, ao contrário dos cristãos,
não é reconhecido na pessoa de Jesus Cristo; a fé na vida eterna e na ressurreição dos mortos.
O Cristianismo
Ao proclamar o amor e a igualdade entre os homens como valores fundamentais, Cristo entrou
em choque com a sociedade escravista e foi sacrificado. Seus ensinamentos, porém ultrapassaram as
fronteiras da Palestina, onde viveu, estendendo-se por todo o ocidente. No curso de sua história, o cristianismo
dividiu-se em numerosos ramos:
• a Igreja Católica Romana (catolicismo), que reconhece o primado do bispo de Roma (o papa) sobre os
outros;
• a Igreja Ortodoxa ou Igreja Oriental, separada de Roma desde 1054, em conseqüência do rompimento
de Miguel Cerulária, que não aceitou a autoridade papal. Esse ramo presta obediência ao patriarca de
Constantinopla;
• o Protestantismo, denominação genérica de diversas igrejas cristãs que se multiplicaram a partir da
Reforma estabelecida por Martinho Lutero (século XVI). O mais numeroso grupo do protestantismo é
dos luteranos (Igreja Evangélica Luterana), com cerca de 80 milhões de adeptos, sobretudo na
Europa, reunidos desde 1947 na Federação Luterana Mundial. Existem ainda outros importantes
grupos: com cerca de 50 milhões de fiéis, conhecidos como presbiterianos, a Igreja Reformada, que
adota o nome de Aliança Reformada Mundial desde 1921, segue doutrina de Calvino e Zwínglio; os
batistas, assim chamados porque só batizam adultos, somam aproximadamente 30 milhões de
seguidores, dos quais 5 milhões – norte-americanos em sua maioria - integram o grupo dos
congregacionalistas, saídos da Igreja Reformada no século XVII e reunidos, desde 1905, na Aliança
Batista Mundial. Já os anglicanos se recusam a ser incluídos entre os protestantes e somam cerca de
60 milhões, a maior parte dos quais vive na Grã-Bretanha. Seu chefe é o soberano inglês, embora, de
fato, a autoridade máxima seja exercida pelo arcebispo de Canterbury (Cantuária). Dos anglicanos
derivam os metodistas (cerca de 30 milhões), cuja igreja foi fundada por John Wesley no século XVIII.
Em 1951, seus adeptos foram congregados no Conselho Metodista Mundial.
O Islamismo
Islã é uma palavra árabe que significa “submissão à vontade divina” e os islamitas, também são
chamados de muçulmanos (os que praticam o islã). O fundador do islamismo foi Maomé no século VII da era
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cristã (do árabe Mohammad, “o louvado”), que nasceu em Meca por volta de 570. Naquele tempo os árabes
não tinham nem unidade política, nem uma religião comum às suas diversas tribos: a maioria da população era
constituída de beduínos, mercadores nômades que adoravam diversas divindades quase sempre
personalizadas em forças da natureza; além disso veneravam alguns personagens bíblicos como Abraão,
Ismael (de quem se acreditam descendentes) e Jesus Cristo. Entre os seus ídolos estava a Pedra Negra, um
meteorito que eles acreditavam ter sido enviado do céu pelo arcanjo Gabriel. A Pedra Negra foi guardada na
Caaba, edifício de forma cúbica e principal santuário de Meca.
Em sua pregação, o fundador do islamismo não se apresentou como salvador ou messias, mas
simplesmente como um homem escolhido por Deus para servir-lhe de porta-voz; era, em suma, um profeta, o
último depois de Abraão, Moisés e Jesus. A fé que ele pregava, simples e linear, voltava-se para a conduta dos
homens e sua sorte na vida além-túmulo.
• O Alcorão impõe ainda obrigações morais, jurídicas e práticas como a proibição do consumo de carne
de porco, animal impuro, e de vinho e a interdição de prática de usura e de jogos de azar. Maomé
proibiu, ainda, a representação de seres vivos, em particular de homem, na forma de imagens
esculpidas ou pintadas; por isso, entre os maometanos ortodoxos estão ausentes as estátuas e
quadros representando o profeta.
O Hinduísmo
Há cerca de 1500 anos a.C., portanto antes de Moisés, Buda e Maomé, os sábios indianos
entoavam os primeiros hinos religiosos, movidos pelo que chamavam de “sopro de Deus”. Esses cânticos do
Ri-Veda, “a suprema sabedoria”, os textos sagrados do hinduísmo e a profunda espiritualidade daqueles sábios
deram origem à religião nacional da Índia, com quase 500 milhões de adeptos naquele país, no Paquistão, Sri
Lanka, Birmânia, Bali (Indonésia) e até em Trinidad (nas Antilhas).
Dentre todas as grandes religiões do mundo, o hinduísmo é certamente a mais antiga mas, no
decorrer de tantos séculos de sua existência, desenvolveu ininterrupta evolução. Hoje constitui-se de uma
fusão de cultos e doutrinas procedentes de inúmeras tradições na Índia. Representa, especialmente, a
evolução do bramanismo, com o qual forma um todo inseparável, sendo, por isso, uma religião muito difícil de
definir. O conceito fundamental da religião hindu é o monismo, ou seja, a reunião de todas as coisas numa
unidade absoluta composta do Ser divino, o eu interior (alma) e o mundo. A religião insere-se, desse modo, no
contexto filosófico-religioso como a mais tradicional forma de panteísmo. Para os hindus tudo, inclusive o
homem, é brahman, o princípio e o fundamento de tudo que existe, o espírito eterno (ou seja, Deus): a sua
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personificação é o deus Brama, absoluto. Brama (criador), Vishnu (conservador) e Shiva (destruidor)
constituem a Trimúrti (trindade) hindu. São os deuses principais, mas o panteão hinduísta encontra-se
povoado de um grande número de outras divindades, representadas ora na forma humana, ora como animais,
que convivem com demônios, heróis, fantasmas, bailarinas, celestiais, etc. O crente pode adorar inúmeros
deuses, ao invés de uma única divindade: tudo, de fato – inclusive todos os deuses – se reduz ao brahman. Na
verdade, o homem só vê o mundo como uma multiplicidade (deuses, homens, animais, coisas) e não como
uma unidade, devido à sua ignorância. A sua salvação consistirá exatamente em dissipar essa ilusão e em
integrar-se no cosmos, tornando-se parte da “divina unidade”.
O Budismo
Nascido na Índia por volta de 560 a.C., Sidarta Gautama era filho de um nobre guerreiro hindu.
Cresceu no luxo e na tranqüilidade até os 29 anos, quando então se deu conta da existência da velhice, do
sofrimento e da morte, que o deixaram profundamente perturbado. Em virtude dessa experiência, empreendeu
uma peregrinação pelo país como mendigo, refletindo sobre os males, a vida e o destino do homem; além
disso falou com sábios, brâmanes e iogues (praticantes da ioga), mas nenhum o satisfez. Finalmente, após
mais seis anos de peregrinação, sentou-se sob a árvore sagrada do Bodhi (clarividência), e conseguiu chegar à
luz que procurava. E então passou a chamar-se Buda (iluminado), dedicando o resto de seus dias à pregação,
e organizando seus discípulos num tipo de ordem monástica.
A despeito de constituir uma rebelião contra o hinduísmo tradicional, o budismo não refutou
nenhum dos conceitos daquela religião; a idéia de que todos os seres passam por repetidos ciclos de
nascimento, morte e reencarnação; a doutrina do carma, a lei universal que premia a virtude e pune o crime na
reencarnação futura; o conceito de que o mundo é a sede da ignorância e da dor, fazendo-se por isso
necessário lutar para se libertar dele; e, finalmente, o conceito de renúncia, pelo qual o caminho da sabedoria
está em saber refrear os desejos e paixões da carne.
Para realizar esse objetivo, Buda propôs “as quatro nobres verdades”, a saber: a dor é
universal; a causa das dores são os desejos e as paixões; curam-se as dores eliminando-se os desejos; os
desejos são eliminados praticando-se os “oito nobres sentimentos” (consciência reta, intenção reta, palavra
reta, conduta reta, modo de vida reto, esforço reto, reflexão reta, concentração reta). O verdadeiro budista, que
consegue finalmente atingir a luz, conquista o nirvana quando cessam todos os sentimentos e desejos e,
portanto, os sofrimentos. O indivíduo deixa então de estar sujeito ao ciclo das reencarnações. Buda não adorou
nenhum Deus, nem cogitou da existência de uma divindade. Seus seguidores, porém, interpretaram de tal
modo seus ensinamentos que o transformaram numa divindade: o Buda Amitaba.
ATIVIDADES
6 – “Todas as sociedades experimentam alguma forma de religião. A religião não é um fato universal”. A
afirmativa acima é:
( ) verdadeira ( ) exata
( ) falsa ( ) nenhuma das respostas acima
UNIDADE 3
A GLOBALIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO
A política econômica precisa se preocupar com o bem-estar das pessoas, e vão longe aqueles
tempos em que as políticas econômicas, em quase todos os países, cuidavam do desenvolvimento econômico,
do pleno emprego e do bem-estar das pessoas. Hoje em dia elas têm de cuidar de sua credibilidade diante dos
mercados financeiros, um tribunal de cujas decisões não cabe recurso. Em compensação, todos participam da
grande aventura da globalização. O progresso exige certas renúncias.
Ninguém duvida de que a ação econômica dos Estados Unidos vem sendo severamente
restringida: assiste quase impotente ao desdobramento das estratégias de localização e de divisão interna do
trabalho da grande empresa e está cada vez mais à mercê das tensões geradas nos mercados financeiros, que
submetem a seus caprichos às políticas monetária, fiscal e cambial. Mais do que por seu caráter global, a nova
finança e sua lógica tornaram-se decisivas por sua capacidade de “vetar as políticas macroeconômicas. Este
poder de veto dos mercados financeiros se impõe a todas as economias, ainda que de forma diferenciada”.
A globalização ao tornar mais livre o espaço de circulação da riqueza e da renda dos grupos
integrados desarticulou a velha base tributária das políticas keynesianas e vem submetendo a gestão da dívida
pública aos humores freqüentemente imprevisíveis dos mercados financeiros. A ação do Estado,
particularmente sua prerrogativa fiscal, vem sendo ademais contestada pelo intenso processo de
homogeneização ideológica de celebração do individualismo que se opõe a qualquer interferência no processo
de diferenciação da riqueza, da renda e do consumo efetuado através do mercado capitalista.
A ética da solidariedade foi francamente derrotada pela ética da eficiência. Por isso, os
programas de redistribuição de renda, reparação de desequilíbrios regionais e assistência a grupos
marginalizados têm sofrido intensa rejeição da parte dos grupos “vitoriosos e cosmopolitas”. Não há dúvida de
que este novo individualismo tem sua base social originária na grande classe média produzida pela longa
prosperidade e pelos processos mais igualitários que predominaram na era keynesiana, ou seja, no período em
que as políticas econômicas se preocupavam com o bem-estar das pessoas. Hoje, o novo individualismo
encontra reforço e sustentação no aparecimento de milhões de empresários terceirizados e autonomizados,
criaturas das mudanças nos métodos de trabalho e na organização da grande empresa.
economia trata de se libertar dos grilhões da sociedade. Resta saber que respostas à sociedade está
preparando para dar às façanhas da economia desentranhada e apenas limitada por suas próprias leis de
movimento.
Desemprego e Globalização
O desemprego estrutural é uma tendência em que são cortados vários postos de trabalho e
uma das principais causas é a automação de várias rotinas de trabalho, substituindo a mão-de-obra do homem.
As fábricas estão substituindo operários por robôs, os bancos estão substituindo funcionários por caixas
eletrônicos, os escritórios informatizados já possuem sistemas que executam tarefas repetitivas e demoradas,
eliminando alguns funcionários. Em contrapartida, existe também a criação de novos pontos de trabalho,
gerando novas oportunidades de empregos. Mas esses novos empregos exigem profissionais com boa
formação e com isso o desemprego continua nas camadas mais baixas. Não só no ramo industrial se vê o
efeito da globalização no desemprego. O comércio também está bastante atingido. As grandes empresas
multinacionais chegam e acabam com as empresas locais. O aumento de shoppings centers vem acabando
com o comércio de rua.
Por outro lado vemos a globalização funcionando no Mercosul e outros blocos econômicos. As
empresas globais lançam produtos globais para conquistar mercados e ampliar os seus domínios. "A empresa
diante da economia globalizada poderá ser uma dádiva ou um tremendo problema”.
“GLOBALIZAÇÃO HUMANA”
Agora, estabelecida a globalização material, a globalização humana deve resgatar seus ganhos
num quadro maior e mais includente e buscar a hegemonia. Ela se processa, simultaneamente, em várias
frentes, na antropo-lógica, na política e na espiritual. Vejamos.
Mais e mais se difunde a convicção de que cada pessoa é sagrada e sujeito de dignidade. Ela
é um fim em si mesma, um projeto infinito, a face visível do mistério do mundo, um filho e filha de Deus. Em
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nome dessa dignidade se codificaram os direitos humanos fundamentais, pessoais, sociais e dos povos. Por
fim, se elaborou a Dignitas Terrae, traduzida nos Direitos da Terra como superorganismo vivo, dos
ecossistemas, dos animais e de tudo o que existe e vive.
A democracia como valor universal a ser vivido em todas as instâncias humanas penetra
lentamente nas visões políticas mundiais. Vale dizer, cada ser humano tem direito de participar do mundo
social que ajuda a criar com sua presença e trabalho. O poder deve ser controlado para não se transformar em
tirânico. A violência não é o caminho para soluções duradouras, mas o é o diálogo, a tolerância e a busca
permanente de convergência na diversidade. A paz é simultaneamente método e meta, como fruto da justiça
societária irrenunciável e do cuidado de todos por todos. As instituições devem ser minimamente justas e
eqüitativas.
Um consenso mínimo para uma ética global se concentra na humanitas da qual todos e cada
um são portadores. Mais que um conceito, a humanitas é um sentimento profundo de que somos, finalmente,
irmãos e irmãs, viemos de uma mesma origem, possuímos a mesma natureza físico-química-bio-socio-cultural-
espiritual e participamos de um mesmo destino. Devemos tratar a todos humanamente segundo a lei áurea:
“Não faças ao outro o que não queres que te façam a ti”.
A era humana da globalização não ganhou ainda a hegemonia. Mas seus ingredientes são
identificáveis e estão fermentando a massa da história e as consciências. Ela vai irromper, gloriosa, um dia.
Inaugurará a nova história da família humana que caminhou por tanto tempo em busca de suas origens
comuns e de sua casa materna”.
LEITURA COMPLEMENTAR
“Não sou adepto das teorias de Karl Marx e acho que ele, apesar de todo o seu imenso papel
histórico, foi apenas mais um dos inúmeros teorizadores que tentaram prever o futuro da humanidade e
falharam. Mas Marx escreveu uma coisa que está começando a provocar arrepios de reconhecimento nos que
estão estudando a evolução das relações sócio-econômicas mundiais neste final de século, a chamada
"globalização".
Globalização tem muitos significados, mas no contexto do que queremos analisar significa a
queda das numerosas barreiras que sempre caracterizaram, de um modo ou de outro, o isolamento comercial,
cultural e geográfico entre as nações. Por exemplo: há 100 anos atrás, as notícias vindas da Europa e dos
EUA vinham de navio ou por cabo submarino (ainda em sua infância), e tudo era mais lento. O comércio
mundial era muito restrito, assim como o desenvolvimento dos mercados mundiais. Não existiam
multinacionais. As confrontações bélicas entre as grandes potências estavam no auge, a ponto de entrar nos
horrores de duas guerras mundiais, em menos de 40 anos.
comprar CDs de músicas em um "site" do norte da Califórnia, pagando um quarto do preço que pagaria pelo
mesmo produto vendido na lojinha de sua cidade. Um investidor de Cingapura pode vender ações na bolsa do
Chile e aplicar o dinheiro na bolsa de Londres, em questão de minutos. Um comerciante de Miami pode
encomendar pela Internet um carregamento de blusas de seda da China, por um décimo do valor que pagaria
no Brasil. Um engenheiro recém-formado na Bélgica acha um bom emprego em qualquer outro país europeu
em questão de segundos.
Uma séria conseqüência de todo esse estado de mudança constante é o nível altíssimo de
estresse constatado nas pessoas que trabalham em empresas colhidas pelo vendaval da globalização.
Recentemente participei de vários levantamentos feitos em empresas de alta tecnologia, passando
questionários para os empregados, com a finalidade de avaliar o nível de estresse e fiquei espantado. Uma
das empresas, uma multinacional estabelecida há muitos anos no Brasil, tinha feito uma "reengenharia"
(palavra que adquiriu, por causa disso, conotações sinistras) e demitido mais de metade do seu pessoal. Os
que sobraram estavam fazendo mais coisas do que todos os empregados anteriores juntos, e vivendo sob o
espectro da perda do emprego em uma nova onda de reajustes. A Informática e a Internet permitiram esse
aumento de produtividade, entre outras coisas. No entanto, os EUA estão com o desemprego no nível mais
baixo de sua história, e com a economia em pleno crescimento, sem inflação. Por que será?”
ATIVIDADES
12 – “A ética da solidariedade foi derrotada pela ética da eficiência”. Segundo o texto, a afirmativa está:
( ) errada
( ) equivocada
( ) correta
( ) nenhuma das respostas acima
14 – No seu ponto de vista, o que tem gerado desemprego nesta era de globalização?
16 – O mundo globalizado nos trouxe a comunicação em tempo real pela internet. Redija um texto com este
assunto.
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AUTO-AVALIAÇÃO
1 – A linha principal na transmissão do comportamento aprendido, de indivíduo para indivíduo é:
( ) de genitores para filhos
( ) entre famílias e grupos
( ) entre grupos e sociedades
( ) entre sociedades
2 – As chamadas Grandes Civilizações deixaram como marca de seu avanço testemunhos de sua cultura material
(arquitetura, cidades, objetos). Esses povos foram:
( ) gregos, americanos e astecas
( ) egípcios, incas, maias e astecas
( ) romanos, astecas, brasileiros
( ) nenhuma das afirmativas acima
3 – “Todas as sociedades experimentam alguma forma de religião. A religião é um fato social universal”. A afirmativa está:
( ) incorreta
( ) incompleta
( ) correta
( ) nenhuma das afirmativas acima
5 – O estágio selvagem mencionado como uma fase da vida humana pelo antropólogo inglês Sir Edward Taylor, foi
representado pelos:
( ) Nativos da Amazônia Brasileira
( ) Aborígenes Australianos
( ) Nativos da Amazônia Colombiana
( ) Ameríndios
6 – Qual a ideologia dominante da indústria cultural, segundo os pensadores alemães do século XX?
( ) socialista
( ) comunista
( ) marxista
( ) capitalista
7 – O Islamismo está em ampla discussão em face de atentados e guerras religiosas. Podemos considerar que os
atentados em nome de Alá são expressão:
( ) da harmonia entre os seguidores e demais povos
( ) do radicalismo de alguns fundamentalistas
( ) da compreensão entre as sociedades
( ) da união entre os cristãos e os povos islâmicos
10 – “A ética da solidariedade foi derrotada pela ética da eficiência”. Segundo o texto a afirmativa está:
( ) errada
( ) equivocada
( ) correta
( ) nenhuma das afirmativas acima
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COBRA – Colégio Brasileiro de Suplência a Distância Sociologia – Ensino Médio – Módulo 05
GABARITOS
UNIDADE 1
3 – Reescreva em no máximo cinco linhas o pensamento central da visão de cultura, considerando sua evolução a partir do
século XVI.
4 – O que a cultura das sociedades capitalistas possui de diferencial em relação à cultura das sociedades primitivas?
R: Possui várias diferenças significativas, sendo o mais importante a cultura ser produzida para atender à demanda de um
mercado, ao invés de espontaneamente.
5 – Cite algumas das importantes contribuições dos outros povos á cultura ocidental.
R: O alfabeto, o sistema numérico, as criações chinesas e indianas, as dos povos do “Novo Mundo”.
UNIDADE 2
6 – “Todas as sociedades experimentam alguma forma de religião. A religião não é um fato universal”. A afirmativa acima é:
( ) verdadeira ( ) exata
(x) falsa ( ) nenhuma das respostas acima
10 – Redação.
UNIDADE 3
12 – “A ética da solidariedade foi derrotada pela ética da eficiência”. Segundo o texto, a afirmativa está:
13 – Redação.
14 – Criação pessoal.
15 – Criação pessoal.
16 – Redação
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AUTO-AVALIAÇÃO
2 – As chamadas Grandes Civilizações deixaram como marca de seu avanço testemunhos de sua cultura material
(arquitetura, cidades, objetos). Esses povos foram:
( ) gregos, americanos e astecas
(x) egípcios, incas, maias e astecas
( ) romanos, astecas, brasileiros
( ) nenhuma das afirmativas acima
3 – “Todas as sociedades experimentam alguma forma de religião. A religião é um fato social universal”. A afirmativa está:
( ) incorreta
( ) incompleta
(x) correta
( ) nenhuma das afirmativas acima
5 – O estágio selvagem mencionado como uma fase da vida humana pelo antropólogo inglês Sir Edward Taylor, foi
representado pelos:
(x) Nativos da Amazônia Brasileira
( ) Aborígenes Australianos
( ) Nativos da Amazônia Colombiana
( ) Ameríndios
6 – Qual a ideologia dominante da indústria cultural, segundo os pensadores alemães do século XX?
( ) socialista
( ) comunista
( ) marxista
(x) capitalista
7 – O Islamismo está em ampla discussão em face de atentados e guerras religiosas. Podemos considerar que os
atentados em nome de Alá são expressão:
( ) da harmonia entre os seguidores e demais povos
(x) do radicalismo de alguns fundamentalistas
( ) da compreensão entre as sociedades
( ) da união entre os cristãos e os povos islâmicos
10 – “A ética da solidariedade foi derrotada pela ética da eficiência”. Segundo o texto a afirmativa está:
( ) errada
( ) equivocada
(x) correta
( ) nenhuma das afirmativas acima
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BIBLIOGRAFIA
BELLUZZO, Luiz Gonzaga de Mello. A Política da Globalização: os efeitos têm sido a decadência de regiões,
mais desemprego e o aumento da desigualdade. Folha de São Paulo, 10/09/1995.
COTRIM, Gilberto.História e Consciência do Mundo.6ª ed. São Paulo, Saraiva, 1999.
COSTA, Cristina. Sociologia – Introdução à ciência da sociedade. 2ª ed. São Paulo, Moderna. 2001
HOLLANDA, Aurélio Buarque de. Novo Dicionário Aurélio. 2ª ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira. 1986.
OLIVA, Jaime. Giansanti, Roberto. Espaço e Modernidade: Temas da Geografia Mundial. São Paulo, Atual.
1995.
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