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BIBLIOTECA ERNESTO VON RUCKERT ee REG No. para_/_/ — CLASS —___— 1 CAT No \ G2 AS ft #) G8 COLAPSO GRAVITACTONAL ~ BURACOS - NEGROS enesto Von Rickert Dept? de Fistes ICS lilac he Seansico & deagrO ts /3%0 CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FISICAS 1980 » 8. 9. 10. SUMARIO Introdugo Nétrica exterior a uma estrela colapsante com simetria esférica e sen carga Caracteristicas da geonetria de Schwarzschild Solug&o de Schwarzschild no sistema de coorde- nadas de Kruskal Dindmica da Geometria de Schwarzschild Colapso com simetria esférica sem presséo a densidade uniforae JungGo da métrica interior com a métrica exte- rior @ estrela colapsante Buraco-negro com rotagao e carga elétrica Superficies distinguiveis na nétrica de Kerr- Newmann Extensdo analitica ndxima da geonetria de Kerr Newnann Bibliografia pag. 1 19 27 30 41 42 46 53 ® COLAPSO GRAVITACIONAL - BURACOS NEGROS Ernesto von RUckert 1 INTRODUGAO Os momentos finais do desenrolar ¢a histéria de uma estrela estao fundamentalmente ligados ao valor de sua massa. Una histSria estelar tipica Se de ectrele que pasea a maior’parte da sua vida queimando hidrogénio na sequéncia principal do élagrama Hertzprung - Russell. Transformado cerca de 15% do hidrogénio dispo nivel em hélio, a energia liberada pelas reacdes termonucleares. nao @ suficiente para contrabalangar a pressdo gravitacional e a estrela comeca a contrair, causando um aumento na temperatura de seu carogo, © que possibilita o infeio da queima de hélio. A estrela entao, de vido ao aumento de temperatura, tem sua envoltéria dilatada ¢ torna~ -se gigante-vermelha. Quando finalmente todos os caminhos de rea~ gdes nucleares se esgotaren, nao ha mais pressao térmica para impe- dir a contragao gravitacional. Se a massa da estrela for menor que © limite de Chandrasekhar. de 1,44 Mj, entdo a pressdo do gas de Fer mi dos elétrons, degenerados devido @ alta densidade, @ capaz de e- quilibrar a gravidade e a cstrela se transforma em uma an. que irradia toda sua energia térmica residual até morrer como uma ana-negr. Se a estrela for mais massiva que 1,44 sdis entao a vio- lenta implosde do carogo pode causar uma onda de choque que leva a envoltoria e parte do caroco para longe numa explosdo chamada super- nova. 0 remanescente do carogo pode se constituir em uma and-bran- ca. Alternativamente a compressdo pode ser gradual, sem explosao,le vando a uma densidade tal que captura de elétrons por protons produz uma noutronizagao cada vez maior da matéria, vindo a estrela a ser uma estrela de neutrons onde a pressao do gas de Fermi dos neutrons degenerado @ que equilibra a gravidade. Este também pode ser o des- idee do carogo| rensncecente da explosscndccews ausee votes. Terenas se 2 massa for maior que 3,2Mg, independente de qualquer suposigio sobre a matéria estelar nada ha que possa deter a contracaéo gravita~ ibwgl: A-densidude < sate torna=se7cune Ges eGeee es lee tee tacional cada vez mais intenso, A Relatividade Geral entéo passa a ter o papel preponderante ¢ o resultado final vem a ser a formagio de um buraco_negro,que passarenos a discutir. Uma das mais fantasti cas propriedades de um buraco negro ¢ que ele pode ser a ponte de Li gagao com outros universos de exist@ncia até a pouco insuspeitada. 2. Métrica exterior a uma estrela colapsante com simetria esféri~ ca _e sem carga. Trata~se do caso mais simples de colapso gravitacio nal. A imposigao de simetria esférica requer que o elemento de 1i- nha seja invariante sob rotagdo. Em coordenadas do tipo esféricas t, x, @, $,onde t = coordenada-tenpo,.r = coordenada radial tal que 20r = comprimento’ da circunferéncia, © = Gngulo polar e 4 = angulo azi- mutal, medidos com referéncia ao espago assintéticamente plano das es trelas distantes, nao pode haver termo cruzado em 40 e/ou dd @ o ele mento de linha sobre uma bi-superficie espacial esférica, r*(d0? + + sen?6d$* deve permanecer inalterado. Assim pode-se escrever: ds* = C(r,t)dt? -D(r,t)dx* - 2E(r,t)drdt - x? (48? + sen?6a4?) Pode-se remover a fungao E definindo um novo tempo dt'= n(r,t)[C(r,t)dt - E(r,t)ar] onde n @ um fator integrante para fazer o lado direito uma diferen- cial total, isto @, tal que [neee 2,0] — [nce sey ere) - Desta maneira tem-se: Voaete nedre . / Dect: | oe, > ce ne ne cos e 1 2 ac? = dt, Ear? » 22 arart nic? nc? dai, fica-se com: 2 2 2 as? = SE Eat + 2B rae = par? - PE aract - © ar*- r*¢a0? + n’c c ne ne c + sen 6497) . ou ee iat!? Bee ane 29452 ds* = ~ @+ )dr? - r* (d6?-+ sen*Odg? ) n?c c EB? 1 Cah i Chamando A=D+-—E— , B e omitindo as plicas, tem-se: n’c Jao? = B(r,e)de* - ACr,e)ar? - 2(a0? + eentoas*)| (2.1) que é a forma padrao da métrica esféricamente simétrica. Para calcular Ae B tais que (2.1) seja solucao das das equagdes de Einstein no vacuo, R70, inicia-se como caleulo das conexdes, 0 que pode sex feito sabendo-se que as equagdee das ge odésicas v dx a dx d 0 2 RAS del cas contém todos os simbolos de Christoffel nao nulos. Estas equacoes podem ser obtidas pelo princZpio variecional sfas = 0. . Explicitamente, a partir de (2,1), tem-se: of few ( ae * = AG) ( = )* -r (42-2 sen? Coie _* ds? ds? onde a expresso entre colchetes vale =L=1 As equagdes de Euler-Lagrange que resolvem o proble on at . 23 # a(_at Se ds 2 d au \_ Btls on (tt), pee ene +. 2B fe (Gi) + ia) er Ge) (+ 2) ae Logo a equagao de geodésica 6: ate ( + Ace 2 » donde tiram-se as conexdes: he ie [o Para xt =x' =r tem-se: SE = ar (4E)* -ar (5) av (-GL)* - ar sent (3 dL dr d?r aL oO aS age dr 2 a(t) as A equagZo da geodésica é pois: iS 2a( dt ds Jae azz Bt de \?, A (ae \ (Tae). Sate fsa eee andy 2 2A \"de 2B de ds 2h ads A \7as] ds « ~ etusent Oh (206) co aley oA As conexdes envolvidas sao: 5 x Bt ae Tee macys Tee ae 5 x © Toe) ca "oo Para xl = x2 =g tem-se: ne BL = -art sono cose ($2) 38 aL oye ate |p tars\ ieee ds al a0 ) ae ‘ds j{ ds : : aay 2 (dt )(82.) — sens cose (-S2)* = 0 8 1 Tre" Tho 7 7 bend cose Finalmente para x! = x? = 9 tem-se: $ aL ager 2, : ou = = 2r? sonto $2 a(t) ) as 2 gf 8%). - ar? gente 2% - Gr sen?e SE. 20 ae dae yaa of dp ds* ds ei gee da _dg 4x? send coso 42. —4¢ Equagao da geodésica: Conexdes: Lay a eo Deer To 7 cote De posse das conexdes pode-se calcular o tensor de Ricci pela formu la: ‘ paiek ek oan ek nee Riv = Tuaty 7 Puvta * Pua Ton 7 Tu Tan Assim: ere x eee aie pace tones Beers Tecle-* “erle © "tele 7 oteele tec te + ee ee nice ee © re x (rt r 8 é * Tee Ter ra (inte ores y (rE, re * Tor * 1 ) - oe . : +2 ae 2 sew a 2a2 = * Beat + ork ele ie ce 4a? 4a? GAB 4a? 4AB _ ate! BY a ae ar =n <2 a ee eee ek 2 a Be one 2h. 26 aa? GAB 4AB = at x OTe worn oe pee ee Bee Teele * rele * role * Teole 7 Terje ~ Merle ~ “erle ah ae t = x \? o \2 > t t w (08)? ow a at, at + (rE) (08) + (18) Hh (e+ ee) cecae t Ye 8° +.) > ce) Pee (Teco Tee * Trost lee me 12 - ean 12 Re <3 2508) gout?) ae eke en! * eee 422 7 an? Eg SAB a fee RB 2 ABT eae ou 4B? GAB Ar z i 2 eee Bin ANB! Rt arate AS eee aE: 2B 4B? 4AB Ar 2B 43? 4AB = 7? > ae Roo = Terje * Toejo ~ Peer * Pack ° 4 aon +18, +1.) =~ eset cht es ’ + ole ou oa? 2 <. rat rB! = Bae ene 3 ‘08 A 2A? 2AB 6 oor 4 18 e (yt x Ro = Tr — Teo teeth. Pe eg -T re +? + 60 solr ~ Toole * ox “go * Too" eo ~ Tog \ Tee * Terr ete, s Te \- reane A sept — eb ieee’ ec gente + ore re ro od Od Ae 2 reoke 2 2 sen’6 2, rB'sen’é rA'sen’6 sen’6 - SER - costa + FR Gen 4 ee sen, See A 2AB 2a? A eee conte (a eb ER ae A 2a2 2AB ou 2 Rgg "202 0R go tere tpt eee eee Bea Tecje * Uer|eot Tere: > Texject bereee cere ectse Nero x ge cpt nt Be) ecares (ae See 8 2pB! ~ 283" 2AA' - 2AA" 2 2eBt = 2B? 2ak' - 2hat 4B? 4a? 43? 4a Ap! ant A Sey aean PS GaB se - SAABe tg SATS: Devido 4 simetria esférica tem-se: Reo 7 Bro 7 ®ep 7 Foe ~ Foe Se a métrica (2.1)é solugdo das equagdes de Einstein no vazio R,, obtem-se: ; 5 oS nZo contém nenhuna derivada temporal. £)-+( A =o ou Assin: e r)r? => Bat + ABT = (AB)" = Levando (2.5) em (2.4) vem: “4 -1-0 >] xB! 2AB + 2a* r ie Se (2.2) (2.3) (2.4) (2.5) 0 ~10- EN ee 1 =r - 2m >: A an as (2.6) onde-2m = constante de integragao De (2.5) segue que AB = f(t) ow 1 _ 2m B= £(t) 2 = £(t) ( 1 ) (2.7) Levando. (2,6) e (2.7) em (2.1) vem: de? = ce) (1 - 20) caee® | — eet cane sar eganey r 1 2m ¢ Pode-se eliminar f(t) pela transformacao de coordenadas t >t! = meer t ty ; _ dt! 2 gies = f V £2) dz que implica em Je = Ji (t) © at* = ey Desta maneira ds* fica, omitindo a plica: ds? (46? + sen*6dg*) (2.8) © elemento de linha (2.8) & a solucao de Schwarzchild para uma geo metria esfericamente simétrica, conforme a hipStese inicial ¢ além disso estacionaria (os coeficientes By de ds? xx” nao so fungdes de t) e estatica (nao existe g,; ( + 0 resulta do obtido @ o "Teorama de Birkhoff" que mostra que nao importa co~ mo a estrela colapse, desde que mantenha a simetria esférica e nao possua carga ou tiomento angular intrinseco, a geometria exterior @ a de Schwarzschild. A constante -2m de integragao pode ser inter pretada, sabendo-se que para grandes r o campo relativistico deve : ow; aproximar-se ao acwtoniano dando g,, ~ 1+ 24 onde ¢ = - Sh go ; towed : eo ee potenciel gravitacional neutoniano. Assim g,, = 1 eee m= GM ( £ usado aqui o sistema de unidades no qual a velocidade a7 da luz c = 1). 3. CARACTERTSTICAS DA GEOMETRIA DE SCHWARZSCHILD 0 elemento de linha 2 as? = (@: - a2) at? = Seinay dr? - 1r2(40? 4+ cen?9dg?) (3.1) r possui caracteristicas muito interessantes em r = 2m. Ai tem-se g,,70 © g., 5-9 Como a relagdoeatre o tempo proprio ds e a coordenada tempo é do - Vey, dt em x= 2m ten-se dt = © para qualquer de. rs Isto implica que se 0 perfodo de uma onda de luz for ds, para um observador distante, que-mede o tempo dt ele sera in~ finito, o que significa um infinito desvio para o vermelho de qual quer lug omitida om r = 2m. Para r < 2m tence g,, <0 e 8. > 0. isto significa que a coordenada r passa a ser um marco de tempo enquanto t se torna um marco’espacial. Como deve-se ter sempre ds? > 0 na linha de universo de uma particula entao nunca se pode ter dr = 0 ou r constante para r < 2m. Para se estudar o movimento de partYeulas livres numa geometria de Schwarzschild pode-se novamente apelar para o principio variacio~ nal, impondo-se a nulidade da variagio do funcional fovon af{aeitasy (0 aey "Ga oe" = sent (44) ‘hos = 0 onde 2 bated ($2) <2 As equagdes de Euler-Lagrange sio: (3 pt aeit Lucedale a ax! ae =e A 20 aL Para x' z (3.2) u “ aL ou =x°=@ tense: 2 =0 © 2% = - rr%sen204 36 2 Para x (e*sen?6$) = 0 € a equagao de geodésica, Logo r*sen*6> = constante = h Escolhendo o plane 8 = —j~ (o que nao altera nada pois ha simetria esférica) vem: (3.3) = 2( 62+ sen2eg?) pet = (1-22-) i? - (1 - 2) substituindo (3.2) e (3.3) e sabendo-se que 6 = 0 vem: 1 Q- 2p y (ete ety - Ba = oa Para movimento radial 9 = 0 e logoh = 0. Da 2m Para se analisar o significado da constante %, toma-se r = © donde Daf 2? = x? = 2? = y22? & (1-v7) e722 1 donde P= Voie onde i Para uma part{icula que caia radialmente a partir do repouso finito, 2 = 1 e pois } 2m a t-a-4B) oS an Como &* = ¥ = tem-se z oe ds ou =- Vim (s - 55) *h (Ge) "= - He + conse plotada, da = aa gig. 1 mostrando que nao ha comportamento singular en r =_ la atinge x = 0 em um intervalo finite de tempo préprio. vev(r= =) ou ainda (3,4) Todavia em termos da coordenada tempo,tem-se? -13- equagie que, 2m. A particu- ec Fazendo vem dr = (mxdx, daf ere = I= 4m = Integrando por partes, x1 Xo uex 7. du = dx s fazendo ‘ A ‘ avs Htabelay> v= + tw x? - xia vem: _ x 3 x 2 : = po sheet Sa = ee a I- oof [ yn »] : = : an(x®-1) dx ‘ a x 2. ey: is oe tals = = (tabelay = 4m] So + 2 an(x?-1) - 4 - Sante?) + x x+1 - to ( eT X partir deste resultado tem-se: + conse | (3.5) Quando x tonde a 2m,,(3.5) fica Loge 4 y as rh- (mye cee 7 aa Plotando-se t versus t, acha-se Mostrando que r ~ 2m nunca € alcangade por uma particuld observada por alguém distante que usa t como marco de tempo. Localmente falando, porém, nada ha de peculiar em r = 2m. Isto pode ~16- ser visto pelo calculo dos invariantes de curvatura, Usando-se 0 re- ferencial inercial local (base de tetradas) pode-se escrever: AB as’ = ny, 040 onde nay = diag (+L,-L,-1,~1) De (3.1) tira-se: eo = de ots —— SE 0?= rae Qu fee \ ¥ 03= x senddp Derivando exteriormente vem: ° ao = achat do> = 0 a6® =arido = YE —28/F g1yg2 F d@° = senOdrido + r cos dO\dd = 2m 1-74 ine’ L 29? e'Ae Stang 670 Por inspegio direta tira-se: Ye ‘Ys : 1 Yas " Ftane Regy Boge acha-se Como we =vp0 6 woe moo % m-dt 2 ef, - 2m 5 -17- efaet =o cosedéAdg = 5 oF ne? dw? = - seneaendg = - —L— 67207 2 7? - Go, a partir de oA = au4 + wht’ as oma Caleula-se entdo, a partir de OF = dug + upluy 2-formas de eurvatur jhe? = Ta & e € BE eating oes ete inalmente, sabendo-se A 1 pA oCng? - s - Finalmente, sabend: que OF = —- RegpO"AC? , chega-se eos resul tados: Ro 2 4 et aor ga ais Roe eH ® atk 202 ana Mee 2 2 2m aoa 323 3 no referencial inercial local. he ges Para t = 2m, todos os Rigy sdo finitos. ABCD z Caleulando I = Ryyoy R » obtém-se oe 0 ® Rly R ROM02 4p RO ag Rizi2 4 roa o202 303 aziz 2 Sh OE we wets) = bint aera 22a ae (note que R =k =- o1oa 11 arto “19s Como I @ invariante, nao depende do referencial, mostrando que uao bd singularidade essencial em r = 2m pois, al, 1 @ finito. 0 mes mo acontece com os outros invariantes BDC pA agABcD e@ 4 + ABCD Ren 4 Racy > Rasen ® Rape ® a,AbCD _ 1 ABE cic @ 0 duplo dual de & e onde “*RAMOP . Fy eran 9 ‘ABCD ABCD 1__ -ABeD ABCD € 0 simbolo de Levi - Civita. nABeD é onde € \-e 4. SOLUGHO DE SCHWARZSCHILD NO SISTEMA DE COORDENADAS Di KRUSKAL A fim de se evitar o comportamento singular do s tema de coordenadas t,r,0,4 em r = 2m, pode-se apelar para uma transfermegdo de coordenades (t,r+0,4)—*(u,v, 0,4) de modo que nas novas coordenadas a singularidade nao aparega. Seja, entao, ds’ = £7(u,v)(dv* - da”) - r?(d6? - sen*6do*) (4.1) eo elemento de linha nas novas cowctaaaaen., Impde-se que £7(u,v) nao possua zeros. Assim, para um feixe de luz radial, caracterizado por ds* = 46? = dg? = 0, tem-se £2(u,v) (dv? -du*) = 0 donde dv = dy e —$2-= 1 = velocidade da luz. Deste modo as coordenadas de Kruskal,(u,v) preservam a caracteris- tica do espaco de Minkowsky de possuir os cones de luz a 45°. As equagdes de transformagio de (3-1) para (4.1) ficam: 2 * (xy - 2a. 22} (2 -@2) eG AT 0 sa 2 2 ee ak mn). f(x)" (22) ®yg 7 e eB SUV + r ) (ae ay eae ov y | (ety ~20- : are vefiningo r* tal que 2%. = — acha-se 1 s 4 Qn ae reer t Qa tm] Ee 1 ihe chanando, ainda, F(r*) = ———*— onde se assumiu que f & fungao faxes) apenas de r (este € um ponto crucial). Dat, (4.2) fiea: (4.6) (4.7) Somando menbro a membro (4.5), (4.6) e 2% (4.7) tense: 2 2 av av dy dv du au (ee +(4s) + or -@zy + i.) +2 a oe 2 “ es) (4.8) Somando-se membro a membro (4.5). (4.6) e -2(4.7) vem: 2 2 av. _ _av_) - (4 _ au) (4.9) Be ark ) Be ar® ~21- As raizes positivas de (4.8) e (4.9) Levam az bv ey OM ou axe ore av du _ du re dr* ~ “Sr Somando ¢ subtraindo nembro a membro estas equagdes obtem-se: atv atu a2v atu ye oEdr® : Btdr® aE? Mesma coisa com respeito a r*, traz: atv atu 2 2 oo e av | 87a Dreae are? ae? SERUE Gomparando as quatro @itimas equagdes, tira-se: 2 2) zy 24 a BG 7 a oes, =i) ats are? ae? ork? mostrando que v eu satisfazem, sinultaneamente, a uma equagao onda. A solugic geral de sistena é: Me RIRS 4) gte® =) vie h(rt 4t) + g(rt -t) e Dai: Bn (re ety = gt (r® -t) e ot Ua (r# +e) + gt Ce 8) Elevando ao quadrado as duas relagdes anteriores e subtraindo-as, de =22- obtem-se, de (4.5): F(r*) = - 4a! (r# +t) gh (r® = t) (4.10) onde a plica indica derivacdo com reepeito ao argumento. Derivando (4.10) em relagdo a r*, vém: Fi (re) = - &(n"(re +t) g! (re -t) + bY (r* +t) eM(r® ~t)) Dividindo por (4.10): Fir) _bM Cre +t) aN(rt -e) ¥G*) BvGe st) * “g™* =e) corel Derivando (4.10) en relagéo at, vém: O = -4¢n"(r* #0) gt (re -c) - hY(re 4t) g(r® -t)) Dividindo por (4.10): o = RNG* +t) gM(r# -e) bY (r* +t) gi Cre =e) (4.12) Levando (4.12) em (4.11), tem-se: F's) y aN (r# #e) . Fy nY(e® +e) ee [am res] = 2 [om birt ety] (4.13) Considerando r* e r¥+t como variaveis independentes, ambos os mem— bros de (4.13) devem ser iguais 3 mesma constante de separacao. Seja [&m(r*)]* = 2n EntZo MmF(r*) = 2nr* + ete ou F(r#) = Ae?MF* Chamando y = r* te , temmse [eibtGy} =n Mw h'(y) = ny + cte erGY S wah eowetie* 4) Levando estes resultados a (4.10) vem: 2nr* 2 gpan(r4 +t) Ae x gi (rk ~t) ponde g'(r* -r) = ¢ eM(t* ~t) No caso de r > 2m, tem-es F(r*) A> oO. Por conveniéncia pode~se escolher B=-}~ eC =~-~J- donde A =n* : oe TL gn(r® +t) Assia’ bt = Lee e wi es ge t0) (4.14) 2 Da mesma maneira g' = - —L eM(t* ~t) e . re - eee eNO) (4.13) Levando (4.14) e (4.15) nas expressdes de ve u vem: 2 2 Pes 4 entr® +t) _ + en(r® -t) aw tk 2m es ee 32m? 4 aE r No caso de r <2m, F< 0 e A< 0 donde a escolna B = —}-e G = —-. Raciocinio andlogo leva as transformagéest r - _ot ry te us 1- shoe senh r para % _ oz aa (an eve 1- ae e Sk oe a o- ge Re” an Seja feita uma analise das caracterfsticas do sistema de coordenadas uc. De (4.16) tira-se ve - w= ( Zs 1) a re De (4.17) tira-se v2 = u? = (@ - =) e a Entao os lugares geométricos de r = constante sao hipérboles com di- retrizes respectivamente coincidentes ace eixoe dos v ou u para ry 2m our < 2m, De (4.16) tire-se ~ tanh —E tim De (4.17) tira-se = tann SE Isto significa que os lugares geométricos de t = constante so retas pela origem. 0 diagrama v x u, fica entao: neo ~26- A escolha feita para Bc C acarreta sempre u > -v 0 que abrange, ape nas, as regides 1(r > 2m) e I1(r < 2m) do diagrama, ‘Yodavia poder- -se-ia, perfeitamente, ter-se feito a escolha inversa de sinais para Bc C, 0 que leveria ae regides I1I(z > 2m) c IV(r < 2m) do diagra- ma. As regides hachuradas ‘estdo fora do espago-tempo por correspon- derem a valores negatives de r (necessariamente?). Isto significa que cada par de valores de re t #30 levados a dois pares de valores de u e v em coordenadas de Kruskal. Diz-se que sistema u,v faz uma extensdo da variedade espaco-tempo a pontos nao abrangidos pelo sistema r,t. Como os cones de luz sao a 45° no dia- grama vx u, um observador na regido I (nosso universo), nunca _— pode passar as regides III ou IV. Todavia ele pode entrar na regido 1 mas, uma vez 14 chegado, jamais pode sair e necessdriamente atinge r = 0 ao fim de um finito tempo préprio. Devido & propriedade de permitir a passagem em apenas um sentido, a superficie r = 2m que li mita as regices I e II @ denominada horizonte de eventos e a regiao II, buraco negro pois de 14 nem a luz pode sair. Note-se, todavia, que s5 hd buraco negro se a regiao Il, ou parte dela, estiver no va- cuo pois a solugao de Schwarzschild @ uma solugac das equagdes de Einstein no vacuo. Se o valor r = 2m estiver no interior do corpo em questao, entao nao ha horizonte e nem buraco-negro. Para uma es- trela normal, 2m S muito menor que o raio da estrela, o mesmo aconte cendo para uma particula elementar. Entretanto, para uma estrela co- lapsante de grande massa, onde nada detém a contracao gravitacional, © raio fatalmente atinge o valor 2m e¢ daf a contragio & irrevorsivel. A linha interrompida da figura 3, mostra uma possfvel linha de uni- verso de uma particula da superficie da estrela colapsante. Toda re gizo 3 esquerda da linha @ preenchida pelo interior da estrela e,por tanto, as coordenadas de Kruskal sé valem do lado direito da linha interrompida. Note-se, finalmente, do elemento de linha (4.1) © 2 32m* 2m aes Soe (av? - du?) - ? (a0? - sen?6ao”) que v @ sempre uma coordenada tipo tempo, e u, tipo espago. RIA DE SCHWARZSCHILD As regides Ie Ili da fig.3, so inconunicdveis e, portanto, pode- =se dizer que pertencem a universos diferentes. 0 buraco negro (re~ m a estes dois universos e representa um sumidouro gido II) é para ambos. A regido IV & inacessivel para ambos, mas de 14, qual- quer coisa pode sair para qualquer um deles. Chama-se buraco ~ bran co & regido IV. Ae regides III e IV, porém, 6d exietem para a solu- gio de Schwarzschild do puro vacuo. Num buraco negro formado a par- tir de uma estrela colapsada, elas sao preenchidas pelo interior da estrela. Elas sd cxistiriam se a concentragao da massa m num ponto houvesse desde o primeiro instante de formagio do universo. Neste caso 2 evolucgao da geometria se Schwarzschild seria a seguinte: Uiwade VORSES WARES HAGPOESL,. HSA8e Gedles eae TeRtveenes eetes wey conectados para tempos anteriores a v = -1 (fig.4) pois a regiae ha~ churada & inexistente. Em v = -1 comeca a surgir uma conexdo atra~ vés do buraco-branco que dura até v = 0. Daf até v = 1, a conexao @ feita através do buraco-negro e desaparece a partir de v= +1. Toda via, apenas no instante v = 0, ha chance de um sinal (raio de luz),e mitido en r = 2m passar de I para ITT ou vice-versa, continuando, po rém, em r= 2m, Entre v ~ -l1 e vy = +1 porém, ambos universos, nao possuem a singularidadeessencial r = 0. -28+ Para se entender a geometria espacial desta ponte entre universos, ‘ x my wae considera-se a segao t =v =0 e@ —z imersa num espaco tridi- mensional euclidiano com o auxilio de uma coordenada extra z. 9 En~ tao o intervalo espacial vale: 2 ap? = ae + rag? i= 22 r mas d&?= dz” + dr? + r7do? em coordenadas euclidianas cilindricas 2 ou entao 42? = ( + ¢ 2 ) +) ar + rao? Comparando as duas expressdes, ten-se: 2 az 1 4 Gh spt eG z 2 z L . +) - ir 1 1 eee A solugio dosta equagio diferencial & a superficie com o aspecto da figura 5. ~29- Bon Se : a ig. 5 Os valores r < 2m nao existem na geometria neste instante. A evolu gao temporal da fig.5, pode ser vista pela sequéncia de “cortes" da xc DE figura 6. Maa “16060 fig. 6 | a> ~30- 6. COLAPSO COM SIMETRIA ESFERICA SEM PRESSAO A DENSIDADE UNIFORNE Para se analizar o interior da estrela colapsante, pode-se supor o modelo de precede nula; ja quo ado hi prosedo que récistd & contrasao gravitacional. A densidadé uniforme também nao foge muito da rea~ lidade. Assim tom-se: = pulu® com p= 0 e p=p (6-1) £ melhor escolher um sistema de coordenadas que acompanhe a parti- cula em seu movimento de queda livre(coordenadas comoventes). Un relégio em queda livre marca seu tempo préprio. Em coordenadas co moventes ele marca também a cocrdenada tempo © pois g,, 1. A si metria esférica requer a manutengao do fator (467 + sen*8do7) e o termo cruzado g,, pode ser eliminado por uma redefinicao de r. As sim o elenento mais geral em coordenadas comoventes @: 2 ds* = dt? - v(r,t)dr? - V(r,t) (dd? + sen?9ag*) (6.2) As equagoes de Einstein podem ser escritas como: 1 Ruy 7 8m (Ty = Ee By) (6.3) u uy, de T= Tis = onde oT elu =p Um procedimento an@logo a0 visto na segio 2 fornoce as conexdes, pa. la construgdo das equagdes de geodésicas a partir do principio vari acional. Ten-se: - vir, Equacao da geodésica: ate vo fer)? ov ao \? | ¥ sen20 at). eed fay (gy teat (at's Conexdes: =32- Equagio da geodésia: 2. 2 2 ar, vt far) 4, & de tar _ vt (ao) _Visen2o /ag)_ ds au ds U ds als 2u ‘ds 20 es) Conexdes: mew _ _V'sen20 90 2 2U : _ py: ar 48 _ gf dt _a8 2V" ~as- ds 7Y “as” as Equugaa ea leesdasiea: a70_ 4, VW! dr a6 de 40 v ds ds * Vv ds ds - sendcoso (48 ) =0 ds? Conexoes: e liv ely eo L_ ree roe ae [Thon ~ sendeose Para x" = x? = =33- 276 | oytgan2g HE 6 as ee Cae > 2 at do - 2 son?o GE. $8 Equagio de geodésica: BEG WE SA IEG ge Wee AB PE do) db _y 2 V “ds “ds Vv és “ds tand “ds “ds ds Conexdes: 4 1 Tog - wand - rt - rrlt * ey Oro 6 4 dy = Tre * Tro) BR, oy yt Z u av? 4? _ wv ev tt tv Ta" 7 GV" 7 ap 7 OW i ‘ 7 2 Boole Nea en ne Slee og Umer rr 7 ave 20V z aU oi ge a ae t po 4 fer 70 6 2. Roo * Tagje ~ “ealt Teale * G0 Toe Lin Tor t+ 59) t oot Y 4p y-rk ot 45. < Too er * Tre Tee Cre * Wy + Te tp - Voy uw = ott |v? vt? fae s eser8 St Pa Tov * cote 20 = 8 a Og ou av but 40v e oo e ,0 o po Teele * Teele * Tee Tro * Teg Meg é po, aby @LtWiee WE We Wty Wet zg ae av? av? wt _ vt av? uv uv #, = YL... we ex 2? 20V As condigdes de simetria esférica ditam que: Ryg = Rog sen?e e Rig ™ Fey " Fog * Ror * Bye 7 9 ‘09 * “oe ro Bro = Beg ~ Bac ~ Roc De posse dds valores de R pode-se montar as equagses de campo. ra tal, calcula-se primeire o tensor definido como: i L fy * Tyg’? a Spa F > BA mom Gy? Assim, como ub = (1,0,0,0) eu, = (1,0,0,0), num referencial vente, tem-set gs « - «ok p. See ~ PCa uy = Bee) ea 2 ) 2 1 p(uu, - By) = 9 # Fv) ep = a ails wdecoyy gigs Soe ~ Plugty 2 ar 1 ar) x 1 2 v 2 PitWidam (0 + 1 y sen?e) =p Sgq = OCuyty - ayy) = 0(O + ZV sen*a) =p—p sen*o Desta maneira as equacoes de campo ficam: = - ane Rig: Bre 8. y Ree 7 8G 8, ow ele a - +t - = - 40 Gp (6.4) ay aut * 2v? = - 4m Gpv ov rt > Anco ~35- como, (6.5) -36- 9p _v _ Le a r a Ee 2 4 mGoV « ew -k.| St. vo _ te * U [ 2V av uv avaree (6.6) Rg eo 7G: a a ‘< 46 8 7GS,, leva & mesma equagao (6.6) R= 0 vw tv ov! ~~ - -- =o (6.7) v av? 2uv Fazendo u= R*(t)f(r) e V = S*(t)g(r) e levando em (6.7) tem-se: 2 s(ey(eyg'(r) _ _25(t)8(tg(r)-s*(pg'() s?(t) g(r) 2s*(t)e*(x) _ 2R(e)RC)E (er). S*Cr)e'(r)L ° ou 2R*(t)£(r)S*(t)ge(r) 2 Sgt Sg! ag? g & a a ov = = 4 ae nodo que po- de-se ter $= R. Uma transformagao de coordenadas pode ser feita para se ter g(r) = =r? e assim: vir,t) = R4(e)£(r) ee V(r, tt) = R7CE).r? (6.8) Levando (6.8) em (6.5) vem: 1 [ 2p? Rr? eats | _ 2G? + De Rent aRtrt QR rtE 2R?£ “aye 2 2 _ i R? R R2 2B 5 -++_- = - 4ncp r?n?s r'nts Rete R? R? - —£L - gr - 28* = -4 reR*p (6.9) ne? Levando (6.8) em (6.6) vem: . ae? ntet zen? | __2etene eB) | 2R?r? ar*er? 2R?r? - 4 7Gp ou ; Re Re - ~ 8 B Bercp oe an?ety R? Rt = etl ] = RR - 282 = - Amcr’?p (6.10) arf Comparando (6.9) e (6.10) conclui-se que: -+t - J - _f'_ ~~ 2% ~ constante (6.11) ou rf? se? rf arf? 1. 1 ou ainda x? re fk £(E-1) © at _ 2er j donde ETy- E que integrando leva a f-1 2 1 2 ui - - -i => . = Cr? => 1 - = cr i Dai vem: f' = donde —! rf? Logo obtém-se: Levando (6.11) = - 20 -2cr —— = - tere? ( - cr?)? -- > c e (6.8) em (6.2) acha-set ds? = at? - are R?(t) [ae - kr’ + (a0? + sesteas| ~38- (6.12) (6.13) Para obter-se a expresso de R2(t) note-se que a conservacao da e~ nergia implica em hy =0 on THE ae TE OF ert a a ote entao: Berouterigerty + Be te og ‘ ~ “0 Colocando nun 2uvp + bvp + Zov multiplicendo a vlvp + 2v denominador comum vem: 2v¥ US ag aE por Vu '? fica: tes Vp + vu 2¥p = 0 ou 72 +h te b ve «o'/? v9) 0 =39- 1 cre /? R229) = 0 ou ainda ou seja te b crt(eyecey rete Be) = 0 impii 2 r - oodusiiupiicaren R3(t)p(t) = © = constante Daf tem-se p(t) = —S— (6.14) Ri(e) Levando (6.11) e (6.14) em (6.9) tem-se: _4mGc 22 = Bien BE aE = (6.15) Levando (6.8) e (6.14) em (6.4) vem: 2(RR-+R*)£ _ _4R*R*f* | 2CRR +R2)r*@_ __AR*R? ie arf Rtr? art r* R? oe Ba cs R R? R? Re BR = 4nce 7 _ - 4mee ou 3 = ou RR = se (6.16) Somando menbro a membro (6.15) e (6.16) tem-se: . oR? = 216 76 ae 81G c ae - 2k? = Ge TEC gy x+ Se £ razoavel considerar R(t = 0) = 0 donde k = —828C_ donde Esta equago diferencial possui a seguinte solugao em termos do pa~ rametro W? ~40- n= (1+ cosn) e t=—Ba— (n+sen) (6.17) 2Vvk pois daf tire-se R---Bo ff sen n eo men i 2 ve e t-1 Sees cost). donde cca y ‘ ~sen nv k k sen* 9 ou entao R = e dai R= Be 5 CA ooam og ea (1 + cos np? k (1 ~ cos? n) __k (1+ cos n) (1 ~ cos n) k (1 ~ cos n) (1+ cos n)? (1 + cos 1)* Se em concordancia con a equacao original. Nas equagdes (6.17), o parametro 1 varre o intervalo 0. Os parametros m, a e q da métrica podem ser analizados por sua in- fluéncia no espaco circunvizinho 4 fonte. Se r @ muito grande, a métrica se aproxima de (r >> a cos@ o r? >> x): =43- as? = (1 - 22 jae? - (<==) - 2249? - r2een20ag? + 1 r 2m ¥ + 2. senearap (8.2) Por conparagao com a solugdo de Schwarzschild vé-se que m= massa geonétrica. Para se interpretar o termo cruzado note-se, primeiro, que t?sen*adg = xdy - ydx pois x = r senfcos? e y =r sen@ senp donde dx = dr senécos¢ + r cos8dBcos$ - r senésengdp dy = dr senOseng + x cosOd@seno + x sendcosd¢do dai xdy - ydx = rér sen*@sengcosd + rsenfcos@ddsenpcoso + + risen?6cos*dg- rdr sen*@senpeosd - - r?senGcos@ dé sengcosp + r?sen*Osen*gag = = r?sen70d6 4ma 4ma Dai tem-se een*@ dtdo (xdy - ydx) dt. rc Isto &, em coordenadas cartesianas tem-se: = By, 27 2 ma SZ r Bex : = +2 ma Sry 7 6 Estes elementos correspondem aos respectivos termes fora da diago- nal da solugao linearmente aproximada para uma massa girante(Ohanian, cap.3, it.4) desde que se identifique ma = Sz = momento angular in- trinseco em relacao ao eixo dos z (eixo de rotagao). sz Lego a = = momento angular por unidade de massa geométrica. eka Para se identificar q com a carga, @ preciso se ter o tensor eletro magnético Fyy, 0 qual origina-se da solugio das equagses acopladas de Einstein - Maxwell, dedugao esta nao realizada nestas notas, cu- jo resultado € o seguinte: ge ae Fla = - 2 sen?0Frt Ft " (a2 + ateos?0)? xe p.. = 24 (x? + a4) arcosésend 2 2q_a?r cosOsend hy (x? + a?c0s?0)? br (z? + a®cos?8)? Para se medir 0 efeito eletromagnético sobre um observador distante toma-se o,limite r+ ™. Neste limite tem-se: a) 72 F,. - 22 (2 senbcosé) F,. - 4-87 (2 sendcosd) 8 ~ r ot a Os valores mensuraveis para um observador sao aqueles obtidos em re lagao ao seu referencial inercial local em componentes ortogonais normalizadas. Neste sistema a parte espacial da métrica se escreve como (sem soma) e a1? = g, dx dx? = ni (dx')? + n2(dx*)? + hax)? ij Para qualquer vetor tem-se: a iyi o nt(e?)? + n2(R2)* + 2 CEE Ets g, EE? = h(E?) h3(B*) he (ee Por outro lado sabe-se que: = eh ee al) i donde a relacdo ‘4? = niet (sem soma) onde as componentes com Indices entre parénteses, sdo em coordenadas ortonormais. Para o espaco assintoticamente plano em coordenadas esféricas, tem- se: dl? = dr? + r2dg? + r?sen*@do* assim hy = 1 4 bp = 4 e hy = 4 seng da mesma maneira hg = 1 Para as componentes co-variantes, tem-se? gil. (sem soma) z logo Ey; = (sem soma) ™ iL Desta mancira obtén-se: = B(z) = F(r)(t) = [EE ee F ot E(e) = = * BO = Foay (ep = : Fo, BCs) = Fay (g) ~ Eghy 7 ¥. B(8) = FC) = ee = oe F r B(¢) = F(r) (8) = are - —2-0 r Dos valores do campo elétrico pode-se concluir, pela lei de Gauss, que "q" a carga da fonte da curvatura e dos valores do campo mag ~46- nético B vé-se que qa @ o momento de dipolo magnético da fonte. En- tao, como qa = a + ma, conclui-se que —L @ a razdo giromagnética( em unidades geométricas) de fonte. 9 SUPERFICIES DISTINGUIVEIS NA METRICA DE KERR-NEWMANN Assim como na métrica de Schwaizschtd, pode-se distin- guir na métrica de Kerr-Newmann, uma superficie de infinito desvio para o vermelho da radiagao emitida nela e observada muito de longe. Bice A condigao 3 g,, = 0, pois dt” = dt? e o observador distante me "ct de o tempo dt enquanto a luz & emitida com frequéacia medida pele es cala de dt. ar - q? 3 - 2a 20 tt 2 2 x? + a?cos?6 Implica em: r* - 2mr + q? + a®cos*@ = 0 ms equagdo que resolvida da: * ro =mt Esta superficie tem ainda outra caracteristica notavel que é estabe- lecer um limite para a existéncia de observadores estaticos. Um ob- servador € dito estacion@rio, quando, por qualquer meio, ele puder ficar em movimento angular uniforme em torno da estrela, com r e 6 constantes e Q = ge constante. Se além disso ele permanecer com Q = 0 diz-se que & est&tico. A quadrivelocidade deste observador é: na base de coordenadas UE Be Como = 9 tem-se e Se u € um vetor tipo tempo, entao: (3 +2)’ >o ae hie + a 3 Como a nétrica de Kerr-Newmann @ independente de t e de ¢, 43 3 3 pa 3a a es Ey sao vetores de Killing e (. BE ¢ ae Ls 85 e jt) = 6, sendo estos valores independentes do cistema de ag td coordenadas. = a & Entao (G+ 9 =D Bop t 2 Mogg + Magy > 0 Para solucionar esta inequagao, acha-se as raizes: = z g = Sto 4 “Seo” “Ste8oo Ste, Seo Set Fp ® 99 ® 99 299 Sendo gy, <0 a curva @ do tipo: = 2 Donde se conclui que min <2 < Omax. Quando r tende ao infinito, tem-se: 2m = LE tihg of Bt bly” ap BEE gy Aa yf Qt gt, Ey £69 290 ® 69 r? x? r?sen76 ++ —L r send Como se esta usando a velocidade da luz igual a 1, isto simplesmen- te significa o limite especial relativistico da velocidade angular de um corpo cuja velocidade linear nZo pode ser maior que a da luz. (os dois sinais sao os dois sentidos possiveis de rotacao). Pars g,, 7 0 tem-se Smin = 0 om r = re (superficie de infinito des— vio para vermelho). Para r 0 er) ep > 0 I t - > 0 t tipo t tipo ret tipo tempo espaso tempo Qutra superficie distinguivel € 0 horizonte de eventos. Esta é vma membrana unidirecional. Qualquer partZcula ou radiagao pode a~ travessa-la para dentro mas no para fora. Para localiza-la, basta se achar o lugar no qual um raio de luz emergente tenha velocidade nula. © raio de luz & caracterizado por: dst = 0 = fat? - gtar* nae? - p2ag? + apaeag Dividindo por dt? obtemos: O = £t ~ gt(SEy? - nt(Sh ye - p2(-db_yt ap(Sty 2k 2 + ap(-$2} 2mr = 0 Note-se que para & = 0 e 6 = To horizonte e o limite estatico coin cidem, o mesmo acontecendo, para qualquer 8, no caso de a- 0, que leva as solugdes de Reisnerr-Nordstrén e Schwarzschild. 0s valores der” er limitam as regises da coordenada r cujos papéis se inver tem, como no esquema: 0 x tipo rr tipo x” x tipe espago tempo espago A regido interior a r* @ a que pode propriamente ser chamada de "bu. raco-negro" pois, do exterior nao se pode saber nada sobre o que e- xiste ou acontece em seu interior. As Gnicas caracteristicas mensu raveis do buraco-negro sao a sua massa, sua carga e seu momento an- gular. Todavia é possivel extrair-se energia de um buraco-negro se ele possuir retagdo e, portanto, uma ergosfera (Regiao entre os ho- xizontes © os limites estaticos). A energia € a componente t do quadrimomentum E =P, = onde @ lagrangeana L vale L -50- Na ergosfera tem-se: 250 ee ae no ees $04 att > 0. Ser 8:4 Logo & possfvel haver Srbitas de energia negativa. Se uma particula vier do infinito com E > 0, for langada na esgosfe rae 1a se fender em duas partes, uma delas entrando em orbita de e nergia negativa, entao, pela conservagao da energia, a outra saira com uma energia positiva maior que a inicial. Este acréscimo de e- nergia se faz as custas da massa de repouso e da energia cinética de partfeula que caiu no buraco-negro bem como da macca-energia do préprio buraco-negro. Mostra-se (Christodolou e Ruffini, Phys.Rev. D4, 3552 (1971)) que a maxima extragao de onergia de um buraco-negro & dada por: dm =m - ny onde m,_ é a m irredutivel. a de m,, @ a massa irredutivel Depois de se extrair toda energia possfvel do buraco-negro em rota~ go € deixado um buraco> negro de Reissner-Nordstrga ou ae Schwarzschild de massa m;,. A massa do buraco-negro @ dada por: 2 2 4 s = * [h, + Sh mie ir iz onde S € o momento angular. 10, _EXTENSAO_ANALITICA NAXIMA DA CEOMETRIA DE KERR-NEWMAN Se um observador cai em um buraco-negro em rotacao, ele atravessara os dois horizontes e chegaré ao interior do horizonte interior. Neste lugar, r € novamente tipo espago e ele pode, se es tiver munido de poderosa forca de tragao, inverter seu movimento e comegar a se afastar do buraco-negro.Todavia, ao chegar ar vindo do interior, ele nao pode atravessar o horizonte para fora, mas na- da ha de singular ali. A interpretagao que pode ser dada & que, ac cruzar r para fora, o observador se acha em outro universo para o branco. Um diagrama semelhan- qual ele esta emergindo de um burac te ao de Kruskal pode ser feito ¢ ele mostra que,se um universe pos sui um buraco-branco entao deve conter um buraco-negro. Dai segue- ~se uma sequéncia infinita de universos ligados por tineis que sao ej PUTEUON aegeEE « DraneoeNen gorNyeS. A figura abaixo ilustra este ponto: As regides I, sao os universos assintoticamente planos. DeacagiGec ity, stoves (Buraeeesneprosae burscoedseanaces As regides III, sGo o interior do horizonte interno. Para I, IL @ um buraco-branco, enquanto IL' @ um buraco-negro e pa~ yaun", qi" Wa PaeeesebvaNse) Cayaeaes TYSON &.uii Bubdco—ncgre. As linhas cheias mostram geodésicas de particulas em queda livre. Somente particulas de alta energia conseguem atingir r = 0. As de mais poseuem um ponto de retorno. Em rt = 0 a geometria de Kerr.Newman possui uma singularidade essen- cial em forma de disco de raio a com plano perpendicular ao eixo de rotagao. Que acontece se uma partfcula atinge esta singularidade ? Uma hipStese € considerer que ela passa para outro tipo de universo de raios negativos(regizo IV na figura). Este universo seria dis- junto ao nosso © nao possuiria horizontes ou limites estaticos. co mo uma mudanga no sinal de r no elemento de linha & equivalente a uma mudanga no sinal de m pode-se interpretar este outro universo como um universo de massas negativas. Uma particula de massa pos tiva neste universo, sofreria uma repulsdo gravitacional por parte das particulas de massa negativa. A existéncia de tal coisa porém, € altamente improvavel. A andlise anterior sé vale para m* > 2 2 2 = a +4, 05 dois horizontes coincidem e se m <¢ horizonte, Neste Gltimo ceso haveria uma singularidade "nua", nado circundada por horizonte. E muito provavel que neste caso forgas centrifugas e repulsao eletrostatica impediriam a formacao de singu Jaridade quando a estrela colapsasse. Estas consideragées, no entanto, se referem 4 solugio Ge Kerr-Newman para o puro vacuo. No caso de uma estrela colapsan- te, a regiao interior @ preenchida por matéria e a pluralidade de u niversos nao aparece. Tal coisa aconteceria apenas se o buraco-ne- gro em rotagZo fosse formado junto com o universo. Além disso, nao existe um teorema analogo ao de Birkhoff que diga que a geometria exterior a uma estrela colapsente com carga e rotagao, seja a de Kerr-Newnan. Esta sd sera atingida muito tempo depois do colapso ter-se consumado. BIBLIOGRAFIA Ohaniam, H.C. - "Gravitation and Space-Time", cap.9: Black Holes and Gravitational Collapse - W.W.Norton, New York 1976 Weinberg, S. - "Gravitation and Cosmology", cap.11: Stellar Equilibrium and Collapse” - Jonh Wiley, New York, 1972 Misner, C.W.. K.S.Thorne & J.A-Wheeler - "Gravitation", part. VII: Gravitational Collapse and Black Holes — W.H.Freeman, San Francisco, 1973 Adler,R,N.Bazin & M.Schiffer - "Introduction to General Relativityy 22 ed., cap.6: Schwarzschild Solution, cap.7: Kerr Solution e cap.14: Gravitational Collapse - Nc Graw- “Hill, New York, 1975

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