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A alternativa de importar mdicos cubanos gerou insatisfaes veladas at mesmo nos bastidores do governo. A maior crtica dentro da equipe da presidente Dilma Rousseff que, indiretamente, o convnio serve como ajuda financeira para Cuba, que tem fortes ligaes com o PT. Isso porque o acordo no prev o pagamento direto da bolsa de R$ 10 mil aos mdicos cubanos, diferentemente do que acontece com os profissionais de outras nacionalidades selecionados no programa Mais Mdicos. O valor acertado no convnio (R$ 510 milhes) ser pago Opas, que far o repasse a Cuba. Por esse servio, a entidade receber 5% do valor total (cerca de R$ 25 milhes). A quantia que ser repassada aos mdicos cubanos no foi revelada pelo governo brasileiro. Em contratos semelhantes com outros pases, os cubanos recebem entre 25% e 40% do salrio previsto. Em Cuba, um mdico no costuma ganhar mais de US$ 40 (R$ 94). O Ministrio da Sade afirma que assinou o termo de cooperao com a Opas, em abril, como um "guarda-chuva" para aes de reforo ateno bsica. Foi uma forma de se calar de diferentes alternativas para resolver a falta de mdicos no SUS (Sistema nico de Sade), apesar de a prioridade ser dada aos brasileiros, afirma a pasta. Os dois primeiros termos de ajuste ao contrato original, explica o Ministrio da Sade, tiveram carter mais terico. O terceiro, sobre os mdicos cubanos, teve impacto mais prtico.