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INTRODUÇÃO E CONCEITUALIZAÇÃO
“ Toda organização, qualquer que seja, tem na sua cultura elementos que têm que ser tratados
com mais profundidade e outros que podem ser tratados com mais superficialidade.”
- R. Ritti e G. Funkhouser
Definição:
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um exame mais detalhado, como estabelecer um conjunto de características - chave que a
organização valoriza.
Segundo Edgar Schein, a cultura de uma organização pode ser aprendida em vários níveis:
• Nível dos artefatos visíveis: o ambiente construído da organização, arquitetura, layout, a
maneira de as pessoas se vestirem, padrões de comportamento visíveis, documentos públicos:
cartas, mapas. Este nível de análise, segundo Schein, é muito enganador porque os dados são
fáceis de obter, mas difíceis de interpretar.
• Nível dos valores que governam o comportamento das pessoas: como esses são difíceis de
observar diretamente para identificá-los, é preciso entrevistar os membros - chave ou realizar a
análise de conteúdo de documentos formais da organização.
• Nível dos pressupostos inconscientes: são aqueles pressupostos que determinam como os
membros de um grupo percebem, pensam e sentem. Na medida em que o pressuposto vai se
tornando cada vez mais taken for granted, vai passando para o nível do inconsciente.
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A Cultura Nacional tem um impacto maior nos empregados do que a cultura de sua
organização. Por mais influente que seja a cultura organizacional para o entendimento do
comportamento das pessoas no emprego, a cultura nacional o é ainda mais.
As políticas de RH
Ao mediar a relação entre capital e trabalho em uma organização, as políticas de
recursos humanos desempenham um papel relevante no processo de construção da identidade de
uma organização.
Não só as políticas de captação e desenvolvimento de recursos humanos, em seus
processos de recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento, mas também as políticas de
remuneração e carreira desempenham um papel um papel fundamental neste sentido.
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O processo de comunicação
A comunicação constitui um dos elementos essenciais do
processo de criação, transmissão e cristalização do universo simbólico de uma organização. O
mapeamento dos meios de comunicação possibilita desvendar as relações entre categorias,
grupos e áreas da organização.
1. Valores
As normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou
mantidos pela organização. Ainda, segundo Deal & Kennedy, valores são as crenças e conceitos
básicos numa organização. Eles formam o coração da cultura, definem o sucesso em termos
concretos para os empregados e estabelecem os padrões que devem ser alcançados na
organização. Algo como: "se você faz isso, você também será um sucesso". Os administradores
nas companhias bem-sucedidas falam abertamente sobre os valores e não toleram desvios a eles
relacionados. Elas têm neles uma fonte de força. Enfim, os valores fornecem um senso de
direção comum para todos os empregados e um guia para um comportamento diário.
Os autores descrevem algumas influências dos valores no desenho da organização formal. Por
exemplo:
Os valores e as crenças de uma organização indicam que questões são, prioritariamente,
observadas.
Os valores também desempenham um importante papel na determinação de quão longe
alguém pode ascender na organização.
Os valores e crenças compartilhados também exercem um importante papel em comunicar ao
mundo exterior o que ele pode esperar da companhia (os slogans, por exemplo)
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acionistas da empresa.
Podemos notar que, em corporações de culturas fortes, uma vez definidos seus valores, a
organização não deve mudá-los, razão pela qual eles devem conter mensagens que agüentem à
passagem do tempo. Neste sentido, os valores definidos devem ser compatíveis com a adaptação
e orientação de mudança, expansão, crescimento, aliados à perseguição de uma perfeição técnica
(produtos e desempenho humano).
Quanto maior for a durabilidade dos valores, mais forte será seu poder de penetração e de
reforço a partir de outros elementos culturais nele baseados.
O exercício é demorado e complexo. Testá-los antes de divulgar é uma maneira muito mais
segura do que fazer estardalhaço assim que ficam prontos.
A direção das empresas precisa estar comprometida com a
meta de ser uma grande empregadora. Assim como produtos de qualidade não aparecem por
acaso, as empresas também não se tornam ótimas empregadoras por acaso. Para que isso
aconteça, é preciso um engajamento declarado. A direção da empresa deve expressar seu
compromisso com a criação de um bom local de trabalho por meio de declarações
claramente compreendidas de valores ou de visão. A Accor Brasil, por exemplo, explica sua
filosofia em relação aos funcionários com o slogan “Pessoas, Serviço, Lucros”. O conceito é
simples: a direção da empresa se compromete a voltar sua energia à criação de um bom ambiente
de trabalho para as pessoas da organização. Estas, por sua vez, oferecem serviço de qualidade
superior, beneficiando o cliente. Finalmente, o serviço de qualidade superior resulta em
rentabilidade maior para os investidores.
Noel Tichy, professor da University of Michigan Business School, afirma que os valores de uma
organização são um fator crítico de competitividade. Por isso as empresas vencedoras possuem
valores fortes, claramente definidos e praticados pelos seus líderes.
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onde o funcionário trabalha "em casa". A questão é que todas as empresas têm uma cultura e
escala de valores. Como embuti-las em um funcionário remoto?. Não à toa, evangelizar é um dos
verbos mais conjugados pelos gestores de empresas que possuem empregados nesta situação
(normalmente as de tecnologia de informação). Evangelizar quer dizer tornar todos dentro e fora da
empresa comprometidos com uma visão comum. A dificuldade é que essa visão pode mudar a todo
instante. Em um mundo veloz, as respostas precisam ser velozes. Mais importante que não errar é
mudar rapidamente de direção se houve erro.
Case: "C & A - Os valores, os dilemas e as posturas de uma das empresas brasileiras mais
admiradas por sua atuação social"
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são vistos. Não se trata mais de altruísmo. Responsabilidade social hoje não é mais uma questão
de opção, mas de sobrevivência corporativa a longo prazo.
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Nos últimos meses, muitas coisas têm mudado na vida de
Jorge Paulo Lemann, o mais influente e fascinante empresário brasileiro das últimas décadas. A
começar pelo fato de que ele já não está à frente do Garantia, um dos maiores bancos de
investimento do país. Um dos maiores e, por muitos anos, o melhor. Criado por Lemann há 27
anos, o Garantia se transformou numa legenda. Seu estilo de gestão, muito à frente do que se via
no Brasil há 10 ou 20 anos, foi imitado, admirado e invejado pelos concorrentes. Lemann fez
história ao derrubar paredes, garantir sociedade a executivos brilhantes, transformar a meritocracia
em lei, colocar fim aos velhos símbolos da hierarquia. Algumas dessas coisas já haviam sido feitas
antes. Mas com ele coisas como mesas coletivas e ausência de gavetas assumiram um ar de
modernidade nunca visto. Tudo isso fez de Lemann um mito.
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que limitar um pouco este tipo de intercâmbio. Porém, a abertura e transparência fazem parte de
nossa filosofia."
2. Crenças e pressupostos
ser o melhor;
cuidado nos detalhes da execução;
importância das pessoas enquanto indivíduos (“o maior ativo da nossa empresa são as
pessoas...”);
assistência e qualidade superiores;
colaboradores que constantemente inovem;
informalidade como estímulo à comunicação;
lucros e crescimento econômico.
Aos administradores cabe o reforço destas crenças, através de suas ações, de forma que
não ocorram discrepâncias entre o discurso e a prática.
Quando uma organização resolve seus problemas coletivos, este processo inclui alguma
visão do mundo, alguma percepção, algumas hipóteses sobre a realidade, e se o sucesso na
resolução dos problemas ocorre, aquela visão de mundo passa a ser considerada como sendo
correta e válida. A formação deste conjunto de pressupostos atende a uma necessidade humana
de consciência e ordem, desde que determinado grupo tenha tido tempo suficiente para que tal
formação ocorra.
Case: “Natura”
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sucedidas, intitulada “Mulheres Bonitas de Verdade”, é uma exaltação à beleza na meia-idade. Em
vez de modelos, as protagonistas desses comerciais são consumidoras dos produtos Natura.
Todas com 30 anos ou mais, identificadas pelo nome, profissão e idade. Convites para participar
da campanha aparecem estampados em anúncios de revista.
3. Símbolos
Alguns símbolos claramente representam um papel chave dentro de uma dada cultura
organizacional, porque expressam a subliminar substância daquela cultura, de uma forma
relativamente pura. Símbolos de autoridade incluem barreiras físicas entre empregados e clientes,
trajes formais ou informais de recepcionistas, emblemas de autoridade (bandeiras, timbres,
certificados, diplomas, fotos de líderes) e cartazes proibindo certos comportamentos. Símbolos de
“serviço”, incluem tipos de arranjo de cadeiras e assentos ou outros itens físicos denotando
“aconchego”. Igualmente: revistas, plantas, e decoração em geral.
A penetração dos símbolos de status em uma dada organização, logicamente diz muito
sobre sua cultura e ideologias. Organizações com grandes distinções de status expressam
ideologias de hierarquia rígida e burocracia. As que não possuem tais diferenças acentuadas,
tendem a possuir ideologias mais democráticas e participativas.
Case: “McDonald’s”
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intento consciente de passar um certo significado cultural unificado. Todas as lojas são tipicamente
localizadas em prédios retangulares de tijolos com janelas enormes para deixar o sol entrar de
forma a iluminar completamente o ambiente. Os estacionamentos são grandes e bem
pavimentados. O mais proeminente e óbvio símbolo da cadeia são os famosos arcos em forma de
“M”. Embora menos padronizados, os interiores das lojas são invariavelmente ensolarados, com
decoração alegre e colorida e extremamente assépticos. A limpeza é um ato contínuo e se inicia
quando o cliente chega na loja. Todos estes símbolos exteriores e interiores visam a passagem
das ideologias centrais que dominam a cultura desta organização: previsibilidade, eficiência,
velocidade, cortesia, amizade e limpeza. Além disso, um palhaço como artista símbolo em
publicidade e promoções, sugere diversão e um sentimento de “intimidade” para com as crianças.
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semicírculo ouvindo as últimas novidades relacionadas à empresa e ao país. No início do mês, por
exemplo, falaram sobre o desempenho de vendas das lojas, mas também das medalhas ganhas
por atletas brasileiros. Depois, cantam o Hino Nacional e o hino da empresa. Em seguida, inicia-se
uma dinâmica de grupo, que varia a cada semana. Na quarta parte do ritual, todos, de mãos
dadas, rezam o pai-nosso. A presença não é compulsória, mas a imensa maioria dos funcionários
chega ao trabalho, nas segundas-feiras, 45 minutos mais cedo para participar do rito. “O espiritual
tem de estar na empresa também”, diz Luiza Helena, diretora-presidente da empresa. A maneira
como é feito o rito também demonstra o estilo de gerência de Luiza Helena. São os funcionários
que têm responsabilidade pelas atividades. “Ela costuma fazer assim, cria e depois descentraliza”,
diz sua assistente, Adriana Souza. A descentralização não se limita à escolha de atividades
matinais sem relação imediata com o negócio. Pelo contrário. Cada loja é considerada uma
unidade de negócios e o gerente tem independência para estabelecer rumos, criar promoções,
fixar preços, distribuir prêmios. Quando uma loja ultrapassa os resultados esperados, o prêmio
pelo excedente de produtividade vai para o gerente, que pode distribuí-lo da maneira que achar
melhor. Ele pode até mesmo embolsar o dinheiro extra — mas todos os funcionários da loja têm
que assinar um termo dizendo estar de acordo. Se não, nada feito.
5. Tabus
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relação ao patrimônio ficou em 53%. Sua principal concorrente, a rede carioca Ponto Frio, não
passou dos 26%. O lucro líquido atingiu 119 milhões de reais, um crescimento de 250% em
relação a 1995. A Arapuã lucrou 6,8% em 1996.
Narrativas como mapas Auxiliam os colaboradores a saber como as coisas são feitas na
organização ou em determinado grupo. Esses mapas fornecem uma idéia a respeito de limites
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("território social"), sobre quais são as exceções às regras e quais regras "podem" ser violadas
sem causar maiores repercussões (enquanto outras são consideradas sagradas).
Narrativas como símbolos Dão contam de eventos concretos, os quais podem ser
exemplos dos objetivos e princípios compartilhados.
Narrativas como scripts Dizem aos empregados quais comportamentos ou atitudes são
aceitáveis ou o que eles podem esperar que a organização faça no futuro. Elas podem ensinar
os tipos de decisões que são aceitáveis em determinadas situações.
As narrativas são tidas como muito poderosas porque são experiências de outras pessoas
que podem ser usadas para preencher lacunas em nossa própria vida. Em apresentando detalhes
concretos, elas serão geralmente bastante persuasivas. São mais rápida e longamente
memorizadas que idéias abstratas isoladas.
Assim como "os valores", as narrativas apresentam traços comuns e, em geral, abordam
temas relacionados com a igualdade entre os membros da organização, segurança (enfocando
política e práticas de recursos humanos) e controle.
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Episódios bons e ruins ajudam a construir o futuro. As histórias
contadas devem engajar as pessoas para compeli-las e agir ou sentir. Outro especialista, Professor
Howard Gardner, da Harvard Graduate School of Education, notou em seus estudos, que liderança
sempre envolve a criação de narrativas poderosas, que são muito mais do que frases sobre a
missão da empresa. São histórias em que há objetivos e obstáculos, em que coisas boas e ruins
podem acontecer pelo caminho e nas quais as pessoas envolvidas se sentem parte de um
empreendimento que está tentando terminar num lugar melhor. Ainda segundo ele, para que a
história seja eficiente a longo prazo, o indivíduo ou a empresa deve ser coerente em relação a ela.
Não podemos contar uma história e viver outra.
Os melhores líderes são aqueles que conseguem contar uma história que é estranha o
suficiente para capturar a atenção das pessoas, mas não tão estranha que elas não a possam
fazer parte de sua própria consciência. É por isso que histórias existenciais são muito importantes.
Elas dizem quem somos nós e o que estamos tentando conseguir. Não importa se é uma família,
um negócio ou um país que você está tentando liderar. As histórias dos líderes eficientes surgem
de sua própria vida. Elas não são artificiais. Os líderes também são hábeis para mudar suas
histórias quando é necessário.
Case: "Yahoo!"
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asiáticos. Naturalizou-se americano, mudou o nome Chia-Yuan para Jerry e começou a trabalhar e
estudar. Aluno brilhante, não teve problemas para entrar no curso de engenharia elétrica da
Universidade Stanford, uma das cinco melhores dos Estados Unidos. Jerry conheceu Filo na
universidade, mas só se aproximou dele em 1992, quando os dois passaram seis meses no Japão,
num programa de intercâmbio. Foi no Japão que Yang aprofundou o gosto pelo sumô, seu esporte
predileto, e conheceu Akiko, sua mulher, descendente de japoneses criada na Costa Rica, que
também estudava em Stanford.
7. Heróis
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O heróis personificam os valores e condensam a força da organização. Enquanto os
administradores conduzem a organização, são os heróis os responsáveis pela sua criação, pois
eles têm a coragem e a persistência de "fazer aquilo que todos almejam, porém têm medo de
tentar.
A produção de heróis é inerente ao processo cultural, seja tal processo cultural, de uma
obscura tribo primitiva, ou de uma portentosa corporação econômica ocidental. Os heróis são
modelos sintéticos de um complexo de pensar (sentir), de agir próprio de cada cultura que os
engendra, e são fundamentais para o funcionamento cotidiano e rotineiro de seus membros
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Cultura = aprendizado coletivo ou compartilhado, que uma unidade social ou qualquer
grupo desenvolve enquanto sua capacidade para fazer face ao ambiente externo e lidar com suas
questões internas.
Definições básicas que as organizações fazem para lidar com esses dois ambientes (externo e
interno):
A) senso de missão ou tarefa básica;
B) objetivos concretos;
C) sentido de realização desses objetivos;
D) sentido de acompanhamento do progresso e
E) sentido de reparo para estruturas e processos.
Para o autor Schein: A cultura é aprendida através da redução da dor e ansiedade e através de
reforços/recompensas.
Ansiedade: os membros aprendem a lidar com situações de crise, podendo ser-lhes útil essa
experiência no futuro.
• Problema: as pessoas tendem a evitar situações que possa pô-las em risco, perdendo assim
oportunidades.
A cultura não é criada pelos executivos, mas sim pelo pessoal do chão de fábrica.
Mede-se a integração da cultura com a rotatividade de pessoal, o tempo de convívio destes e o
que têm aprendido na cultura.
Para Gibb Dyer Jr., para analisarmos as culturas, temos três correntes:
1) Fundadores impõem a cultura aos empregados;
2) Cultura emerge com os próprios membros que dela fazem parte e
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3) Membros individuais podem ser criadores de cultura.
Richard Pascale faz referência ao processo de socialização. Para ele, o desafio dos
administradores é conseguir uma eficácia organizacional conciliada à busca das pessoas por uma
ação independente.
O autor cita 7 (sete) passos do processo de socialização. São eles:
1) Seleção
2) Introdução de experiências nos primeiros meses para que a pessoa faça um
autoquestionamento sobre seus valores
3) Treinamento
4) Avaliação de Resultados e Recompensa pela Performance Individual
5) Identificação com os valores da firma
6) Reforço ao Folclore
7) Consistência das pessoas chamadas “modelo”, ou seja, aqueles que exercem influência sobre
os mais jovens na organização.
Com os itens acima sendo consistentes, a cultura poderá ser forte e coesa. Para a
cultura passe as suas referências aos novos membros, ela precisa ser forte o bastante para
quebrar a auto-estima destes novos membros. Assim ele estará com a mente aberta para os
valores da organização.
• Identificação da Cultura
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a) Entender o sistema de progressão de carreiras;
b) Observar quanto tempo as pessoas ficam em determinado cargo;
c) Ver os conteúdos dos memorandos e discursos;
d) Notar as Anedotas e Estórias que circulam na organização.
Mudança Cultural
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O papel da liderança
CONCLUSÃO
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os atritos, reclamações , perda de qualidade e aumentar os resultados e qualidade de vida no
trabalho , satisfazendo da melhor forma possível aos seus funcionários e acionistas .
Essas transformações nas empresas , buscando obter uma cultura organizacional forte e coesa
foi praticamente que imposta pelo mercado altamente competitivo e em constante mudança e por
uma sociedade crítica e pretensiosa de uma qualidade de vida melhor no trabalho.
Por tudo isto a educação para o empreendedorismo está se tornando um componente importante
na integração dos programas acadêmicos de universidades e escolas, com nítida tendência a
expansão propelida pelas forças sócio-econômicas.
Recentes pesquisas confirmam a nossa previsão: Scott e Twomey baseados em dados coletados
junto a estudantes ingleses relata que 25% deles tinham em mente a idéia de iniciar um negócio e
41% aspiravam por tornar-se patrão de si próprio. Cifras reveladas nas pesquisas de Harrison &
Hart mostram que 47% dos estudantes irlandeses expressavam o desejo de gerenciar seu próprio
empreendimento. Sandholtz revela que 45% dos 1.000 estudantes de pós-graduação em
Administração de Empresas da Universidade de Pittsburg desejavam ser empreendedores. Welsh
pesquisando 2.000 estudantes descobriu que 82% expressaram interesse em cursar uma das
disciplinas relacionadas com empreendedorismo.
Durante os últimos seis anos temos feito similar levantamento junto aos estudantes de
Administração Mercadológica das minhas classes na Universidade Católica (UCSAL) e
observamos que enquanto nas primeiras contagem apenas 10% revelaram ter intenção de iniciar
seu próprio negócio, seis anos depois (1998) este percentual eleva-se a 48% !
Por outro lado, a demanda por ocupações vinculadas ao auto-emprego ou empreendimento próprio
está refletida no crescente número de universidades que iniciaram novas disciplinas ou programas
relacionados com empreendedorismo, tais como centenas delas no exterior e algumas no Brasil,
notadamente : USP, UFSC, UFPe, UNB.
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Recentemente visitamos a USF (Universidade São Francisco) em Bragança Paulista e verificamos
o planejamento para a transição da organização burocrática envelhecida para uma organização
moderna, em busca dos "intrapreneurs", de modo a aproveitar o empreendedorismo latente na
maioria dos seus docentes.
Visualizamos o emergir de uma economia baseada em pequenos e médios negócios o que nos
leva a realçar a necessidade de preparar e educar potenciais empreendedores para que
identifiquem oportunidades, equipando-os com os conhecimentos e as habilidades necessárias ao
gerenciamento destas oportunidades com redução dos riscos e da probabilidade de fracasso.
Neste contexto, as universidades tem um papel a desempenhar e uma oportunidade para
empreender.
Todavia a grande questão - a nível mundial - é saber se o atual sistema educacional promove a
formação da cultura empreendedora?
Um grande número de educadores reconhecem que o atual sistema de ensino põe muita ênfase na
aquisição de conhecimento e pouco enfoque é dado no desenvolvimento de habilidades
específicas para o uso prático desses conhecimentos.
Eles mostram que - nos atuais cursos de Administração de Empresas que ensinam as funções
Marketing, Financeira e Pessoal como se elas fossem aplicáveis de modo igual nos diferentes
estágios e dimensões de um empreendimento - uma nova estrutura se faz necessária. Como os
maiores problemas empresariais ocorrem nos primeiros estágios do empreendimento parece-nos
óbvio que a educação para o empreendedorismo não seja ensinado por funções departamentais e
sim por estágios de desenvolvimento do negócio.
Não obstante, a educação para o empreendedorismo não deve ser confundida com a educação
para gerenciar pequenos negócios. Em recente reunião com dois avaliadores da Comissão de
Especialistas de Administração que visitaram uma universidade constatamos a crítica destes feita a
um colega docente por enaltecer o empreendedorismo e convocar palestrantes dirigentes de
órgãos públicos para debates com os alunos quando - segundo os visitantes – os palestrantes
convocados deveriam ser empresários e não políticos.
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empresariabilidade. A cultura empreendedora poderá existir em organizações estatais, ONG 1s ou
universidades sem fins lucrativos. Aliás, outros especialistas, também do MEC, em recente
seminário sobre as novas diretrizes ocorrido em Marilia (São Paulo), interpretava as novas
diretrizes, sugerindo que os coordenadores de cursos universitários fossem menos gestores de
recursos e mais gestores de oportunidades.
O principal objetivo da educação para gerenciar pequenas empresas é ensinar técnicas gerenciais
simples e aplicáveis ao pequeno negócio enquanto que a educação para o empreendedorismo visa
estimular a cultura empreendedora desenvolvendo a sensibilidade individual ou organizacional
(coletiva) para a percepção de oportunidades (tanto externas quanto intra-organizacionais),
ensinando o empreender responsável mediante a assunção de riscos pre-mensurados e
aceitáveis.
Embora os dois enfoques devam ser praticados nos cursos universitários o educador precisará de
um novo modelo aplicável na educação para o empreendedorismo. Tendo em vista que o
empreendedorismo é um processo econômico altamente criativo, permanecem dúvidas de que as
tradicionais formas de educação possam - isoladamente - resolver tal problema educacional.
Tendo ajudado a fundar a primeira escola de administração de empresas da Bahia (UFBA, 1960)
lembro-me que prevalecia - e ainda hoje prevalece em muitas novas escolas – um elevado grau de
controle na sala de aula e uma dependência na autoridade do professor e na sua validação como
especialista.
Propõe-se, finalmente, que as escolas de administração e negócios desloquem sua prática para
um foco com maior empreendedorismo, como está sumariado na tabela a seguir:
1
ONG = Organização Não Governamental
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FOCO TRADICIONAL NAS ESCOLAS DE FOCO NA EDUCAÇÃO PARA O
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS EMPREENDEDORISMO
Julgamento critico após analise de um grande Decisão por sensibilidade intuitiva feita com
volume de informações informações limitadas
Compreender os valores dos que transmitem e
Compreender e invocar a informação por si própria
filtram as informações
Reconhecer a grande variedade de metas dos
Assumir as metas até o fim
outros
Busca (impessoal) para verificar a verdade absoluta Decisões baseadas em julgamentos de
estudando as informações confiança e na competência das pessoas
Compreensão dos princípios básicos da sociedade Busca ajustar-se, na prática, aos princípios da
num sentido metafísico sociedade
Desenvolve a solução mais apropriada sob
Busca da resposta correta com tempo para faze-lo
pressão de tempo
Aprendizado na sala de aula Aprende fazendo e fora da sala de aula
Vislumbra informações pessoalmente
Vislumbra informações oriundas de especialistas e
prospectadas de qualquer fonte, ponderando
fontes com autoridade
seu valor
Avaliação por julgamento de pessoas e
Avaliação através de instrumentos escritos
eventos via "retrocomunicação direta"
Sucesso no aprendizado medida pelos testes de Sucesso no aprendizado medido ao resolver
conhecimento problemas e na experiência do fracasso
Por outro lado, a qualidade do ensino deverá estar
relacionada com as necessidades individuais de cada
estudante, isto é, o modelo requer educação Este é um outro grande desafio para todos
individualizada para cada aluno. Será necessário educadores do empreendedorismo
prospectar, previamente, o estilo de aprender de
cada aluno
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6- AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
INTRODUÇÃO
Lefton (1977) conceitua a Avaliação de Desempenho como sendo uma discussão formal
entre superior e subordinado visando descobrir como e por que o subordinado desempenha seus
trabalhos presentemente e como pode efetuá-los no futuro, de modo a beneficiar a organização.
Avaliação de Desempenho é a técnica que nos auxilia a ter uma visão mais objetiva do
desempenho e do potencial de um funcionário.
A idéia de avaliação, entendida como uma forma de julgamento, é vista como prática desde
o surgimento do homem (LUCENA, 1992), a concepção de avaliação é tão antiga quanto a
civilização. O autor informa que através de registros escritos, os Sumérios, sociedade que floreceu
no Vale de Eufrates há aproximadamente 6000 anos, realizam avaliações com frequência de modo
a saber o valor das coisas que trasacionavam como metais e ferramentas.
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Chiavenato (1994), relata que as práticas de avaliações de desempenho remotam ao
passado dando o exemplo de Santo Inácio de Loyola no século IV, ao servir-se de um sistema
combinado de relatórios e notas de atividades e, principalmente, do potencial de cada um dos
jesuítas.
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1 Desenvolvimento do desempenho do trabalho
2 Administração de pagamento por mérito
3 Aviso aos empregados sobre expectativas de trabalho
4 Recomendações aos empregados
5 Promoção de tomadas de decisões
6 Motivação dos empregados
7 Avaliação de potencial dos empregados
8 Identificação de necessidades de treinamento
9 Melhoria de relacionamento no trabalho
10 Auxílio no ajuste de metas de carreira
11 Determinação de trabalhos mais eficientemente
12 Transferência de decisões
13 Tomada de decisões sobre dispensas
14 Auxílio no planejamento de longo prazo
15 Validação de procedimentos para contratação
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16 Justificar outras ações gerenciais
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Tabela 2.1 Principais Usos da Avaliação de Desempenho (adaptada de Tomas e Bretz,
Jr., 1994).
A pesquisa aponta que o supervisor imediato é o “avaliador-chave” e a sua opinião é decisiva para
avaliação final; enquanto que as decisões estratégicas são realizadas no nível corporativo – como
efetuar, ter ou não avaliações, definição do papel (mérito, incentivo). Indica, ainda, que, apesar da
conscientização da validade de efetuar-se as avaliações, pouco tempo é despendido na atividade.
Em média, gasta-se por empregado, por ano, oito horas. A razão básica para tal, deve-se ao fato
de os gerentes, mesmo entendendo a importância da Avaliação de Desempenho, a terem como
uma “tarefa desagradável”.
Os resultados da pesquisa citada, por outro lado, apontam que apenas 10% dos empregados não
recorrem dos procedimentos. A tabela 2.2 apresenta as razões pelas quais empregados e gerentes
antipatizam com o processo de Avaliação de Desempenho.
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1 Raramente eles possuem qualquer senso de propriedade. Eles não são envolvidos do design
ou na administração do sistema, não são treinados para usá-lo e tampouco para fornecerem
um feedback.
2 Os gerentes não gostam não gostam de “entregar” mensagens negativas às pessoas com
quem trabalham. Mensagens negativas tendem a gerar reações defensivas e hostilidades
antes de servir como resposta sobre o desempenho
3 Empregados e gerentes reconhecem que entregando mensagens negativas afetam-se as
relações pessoais.
4 Há poucas recompensas formais para tornar o processo de avaliação sério. Há maiores
recompensas informais para não entregar mensagens impopulares.
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5 Os gerentes hesitam em dar avaliações desfavoráveis por medo da aparência que um
insatisfatório trabalho possa refletir mal na habilidade de selecionar e desenvolver os
empregados. A falta de candor na Avaliação é o único caminho de “esconder a roupa suja”.
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Tabela 2.2 Razões para Aversão ao Processo de Avaliação (adaptada de Thomas e Bretz, Jr./94)
Bergamini (1992, p. 26) salienta que a Avaliação de Desempenho deve ser vista “apenas como
instrumento de levantamento de dados que caracterizem as condições que, dentro da organização
empresarial, estejam, num dado momento, dificultando ou impedindo o completo e adequado
aproveitamento dos seus recursos humanos”. Atestar que, “como instrumento que deve ser capaz
de retratar tão fielmente quanto possível o comportamento do indivíduo em situação de trabalho, o
primeiro objetivo da avaliação de desempenho é conhecer”. Esse conhecer refere-se a
organização como um todo, além de suas relações com o meio ambiente e com seus recursos
humanos.
Bergamini (1992) aponta como principais resultados das aplicações da Avaliação, como sendo:
Subsídios para a seleção de pessoal.
Subsídios para o treinamento e desenvolvimento de pessoal.
Subsídios para a administração salarial.
Subsídios para a movimentação de pessoal.
Henemam III (1981, p.78), observando que um singular resultado dos trabalhos das pessoas é a
contribuição para o alcance das metas da organização, apresenta como principais propósitos das
“prática de medição de desempenho”, os seguintes aspectos:
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Oportunizar o “crescimento” e fornecer “condições de efetiva participação” na obtenção dos
objetivos organizacionais e individuais.
Lucena (1992, p. 18) relaciona alguns pontos que, no seu entendimento, evidenciam a importância
da gerência do desempenho:
Tem-se com isso, uma concordância com relação aos propósitos da Avaliação de Desempenho e,
por conseqüência, as razões do seu uso. Pode-se observar, de antemão, que os aspectos
mencionados por Bergamini (1992), Chiavenato (1994 e 1998) e Lucena (1992), estão
contemplados nas informações destacadas na pesquisa apresentada por Thomas e Bretz, Jr.
(1994). A aplicação da Avaliação de Desempenho resulta prioritariamente para ações sobre os
empregados, caracterizando-se, dessa forma, como instrumento típico de ARH, para mostrar-se,
eventualmente, um instrumento de apoio à gestão dos negócios.
As constatações da pesquisa citada, quanto à rejeição ao processo de avaliação, têm sentido ao
se observar às destinações apresentadas.
3 - AS RAZÕES PARA MEDIR O DESEMPENHO
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A medição traduz, sob uma forma escolhida, o desempenho do sistema. Num ambiente em que as
transformações dos negócios ocorrem de modo intenso, um desempenho satisfatório, em
determinado período, pode se transformar, se não houver mudanças, em fator de perda de
competitividade ou em manutenção de processos onerosos (pouco eficientes) para os clientes logo
a seguir.
Outro aspecto, capaz de justificar a necessidade das medições de desempenho, reside no fato das
estratégias serem mutáveis ao longo do tempo. Isto é, os sistemas organizacionais podem manter
suas missões, todavia as formas, os métodos e os meios, para atendê-las, podem ser alterados e a
organização dos recursos modificada. A máxima “o que não é medido não é gerenciado”, tem aqui
sua justificativa.
Kaplan e Norton (1997, p. 25) observam que medidas e indicadores são tomados
inadequadamente como “ferramenta para controle do comportamento e avaliação do desempenho
passado”, quando deveriam servir de mecanismo para “articular a estratégia da empresa, para
comunicar essa estratégia e para ajudar alinhar iniciativas individuais, organizacionais e
interdepartamentais, com a finalidade de alcançar uma meta comum”.
Moreira (1996, p. 19) informa que “a rigor, então, qualquer sistema de medidas deveria partir de
uma visão de futuro que a organização tenha fixado para si”. Antepondo-se a essa consideração,
observa que:
“A tendência que se desenha para o futuro é colocar no centro de um sistema de medidas a visão
e a estratégia que orientam a empresa, sem a especificação de comportamentos. A alta gerência
sabe qual o resultado final buscado, mas não pode dizer aos empregados como chegar
exatamente àquele resultado, no mínimo porque as condições nas quais os empregados estão
operando mudam constantemente” (Moreira, 1996. p. 18).
35
a) Relatórios Verbais: descreve-se o comportamento de cada indivíduo no trabalho.
b) Relatórios Escritos: descreve-se o "comportamento" de cada indivíduo, sob forma de
relatório.
c) Composição de Gráficos Analíticos: a partir de um conjunto de critérios pré-estabelecidos,
o avaliador apenas identifica onde se enquadra o avaliado. Liga-se os pontos e tem-se uma
descrição do perfil do avaliado.
d) Padrões Descritivos: a partir de um conjunto de características de cargos específicos, o
avaliador deverá apontar a afirmativa que "melhor descreve o avaliado".
e) Lista de Verificação: a partir de uma série de frases, o avaliador deverá identificar as que
"melhor descrevem o avaliado".
Sistema de Classificação: o avaliador terá que identificar no grupo o melhor e o pior dos indivíduos,
dentro de uma escala.
Comparação Binária ou por Pares: o avaliador compara o avaliado com outro do grupo, fiem cada
traço ou característica de desempenho".
c) Sistema de Avaliação Forçada: utilizada especialmente com grandes grupos e pela
dificuldade de se usar a Comparação Binária. O avaliador deve agrupar os avaliados em conjuntos
semelhantes e a partir de uma escala, compará-los.
Com relação aos métodos possíveis de serem usados pelas organizações, Chiavenato, com base
em Huse e Bowditch, divide em dois grupos, a exemplo de Lucena(1992), com as seguintes
características: os de medidas objetivas e os de medida subjetiva.
36
Uma outra técnica, distinta das apresentadas nos dois grupos citados é sugerida e refere-se a
Simulações. Nesse método, avalia-se o indivíduo a partir de exercícios de simulação.
Thomas e Bretz, Jr. (1994), a partir da pesquisa da Cornell University, apresentam a estratificação
constante da tabela a seguir:
37
38
ESCALAS
CARGOS GERENCIAMENTO ESCALAS BASEADAS EM OUTRAS FORMAS
POR OBJETIVOS GRÁFICAS COMPORTAMENTOS
GERENTES 80 16 SR 4
PROFISSIONAIS 70 23 SR 7
39
NÃO
EXEMPLIFICADO 31 32 14 23
40
SR = Sem Referência
A multianálise tem como base todos os elementos da arquitetura organizacional. Sua metodologia
está orientada ao atendimento dos clientes interno e externo e passa pela consideração dos
fatores organizacionais das instituições promotora e cliente de um determinado produto (bens e
serviços). Sua visão é sistêmica e multifatorial. Ao se definir o contrato de desempenho, a equipe
de multianálise delineará seus objetivos em consonância com os fatores organizacionais mais
estáveis - valores, crenças, missão, objetivos, políticas e estratégias gerais, bem como com os
componentes organizacionais menos estáveis estruturas formal e informal, trabalho, tecnologias,
informações, sistemas, capacidades e estilos de lideranças.
Recomenda-se que a comissão seja enxuta, isto é, entre cinco a oito membros. É importante que
as representações, tanto dos professores como a dos alunos, estejam em sintonia com seus
representados em todo o percurso.
Os principais objetivos e atividades que podem ser traçados para que a relação ensino-
aprendizagem se fortaleça, em termos de expectativas e de sua efetivação, são:
(a) percentual de assimilação de conhecimentos;
41
(b) ponderação do desenvolvimento de habilidades e atitudes;
(c) freqüência e tempo para revisão do plano de trabalho;
(d) percentuais, atualidade e relevância do conteúdo trabalhado em sala de aula e extra sala de
aula;
(e) volume de trabalhos e pesquisas sob a responsabilidade dos alunos;
(f) volume mínimo de leitura;
(g) participação ativa em sala de aula;
(h) assiduidade e pontualidade;
(i) adequação das técnicas de ensino;
(j) conteúdo do material disponibilizado-indicado;
(k) qualidade das explicações;
(l) aplicação do planejamento;
(m) propriedade das estratégias de avaliação;
(n) disponibilidade e qualidade dos recursos didáticos;
(o) adequação da carga horária;
(p) qualidade das instalações e
(q) outros fatores que interferem favorável ou desfavoravelmente na relação ensino-prendizagem.
A rigor, quando se trata de medir desempenho, procura-se informações sobre um período passado
e de acordo com Sink e Tuttle (1993), esbarra-se em uma série de "paradigmas" e "barreiras". As
considerações levantadas pelos dois autores e que, de forma comum, são referenciadas por
aqueles que tratam da ADRH, dizem que:
42
De certa forma, como mostram Thomaz e Bretz, Jr. (1994), com os relatos da pesquisa (Ver
Tabela), o processo de medição de desempenho caminha sobre uma linha tênue, onde os agentes
envolvidos apresentam-se em lados opostos. Essa característica, como pode-se observar ao
longo deste Capítulo, marca de forma crítica o processo de avaliação e concorre para o insucesso.
A propósito, as observações apontadas na Tabela, mostram tal viés. A falta de "sintonia" entre
gerentes e suas equipes, transforma o processo em "ajuste de contas", como já mencionado.
A razão básica dessa situação, a principio, é óbvia, porém, as diferenças entre os métodos
utilizados para a medição do desempenho são determinantes para a confusão.
Nesse sentido, é lamentável a pouca evolução dos estudos da ARH. A letargia verificada não
condiz com as transformações das formas de administração dos negócios, tampouco com as
tecnologias que cercam os trabalhadores de um modo geral.
Sink e Tuttle (1993) apresentam algumas idéias que, tratando-se da medição de desempenho,
necessitam ser analisadas e, tanto quanto possível, usadas como referência ao desenvolver-se um
processo de Avaliação de Desempenho de Recursos Humanos. As principais são relacionadas a
seguir:
a) Os processos de medição devem apontar para atividades desenvolvidas pelas pessoas,
sem que permita dúvidas ou interpretações equivocadas;
b) Mesmo quando tratar-se de medidas objetivas não significa que a precisão deva estar
presente. A preocupação reside na confiabilidade das informações, sobretudo pelas diferenças
existentes nos processos de trabalho e nos resultados;
c) Não se deve dar ênfase a um indicador apenas. Tal aspecto deve ser considerado,
evitando-se que, ao enfatizar-se apenas um indicador, outros aspectos relevantes sejam
negligenciados e transformem ainda mais o desempenho do sistema. Além disso, se o fator
destacado não tiver significado considerável para o processo, há um deslocamento de foco e as
informações obtidas serão inservíveis para a Avaliação de Desempenho.
PADRÕES DE DESEMPENHO
43
Uma vez que as organizações caminhem no sentido de avaliar o desempenho de seus recursos,
entende-se a etapa de medição como algo inerente. Contudo, o simples fato de medir pode tornar-
se algo pouco significativo ou sem valor.
O padrão de desempenho pode ser entendido como "um valor escolhido para uma grandeza, o
qual deverá servir como um referencial para comparação", proporcionando condições para a
efetiva Avaliação de Desempenho. Um padrão representa um bom nível ou o melhor nível de
desempenho.
Ao se estabelecer uma meta, não se deve oferecer um valor que pareça impossível, tampouco,
algo que não represente um desafio aos que devem persegui-la. Um padrão de desempenho, com
isso, pode ser obtido nas próprias práticas organizacionais, levando-se em conta a capacidade dos
recursos. Não há a necessidade de se buscarem padrões nas mesmas práticas de trabalho,
porém, os critérios para tal devem ser os mesmos.
44
Ao tratar-se de sistemas organizacionais, com o uso de recursos diversos, o melhor desempenho
está relacionado com o melhor aproveitamento dos recursos para a obtenção dos resultados
esperados. Reduzindo-se a questão somente para o âmbito das pessoas, os padrões de
desempenho definem-se a partir da associação entre habilidades e exigências das atividades
desempenhadas. "A linha básica usada pelo gerente é o nível de desempenho exigido pela
descrição do cargo e/ou pelo cliente do empregado. (... ) o conceito de desempenho médio é
completamente ignorado" (Harrington, 1997, p.279).
Visto dessa forma, torna-se vital para os sistemas organizacionais, a forma de medição dos
resultados das atividades e, sobretudo, da capacidade dos recursos.
CONCLUSÃO
7 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
INTRODUÇÃO
45
• Elaborar sua metodologia de forma simples, descomplicada,
acessível a todas as pessoas da organização, possibilitando, assim, transformá-lo em fonte
constante de aprendizado organizacional.
46
É possível explicar tal resistência dos empregados seja proveniente do fato de gerentes e
estudiosos ainda terem em mente os conceitos da teoria X acerca da reação dos empregados e
que o comportamento destes seja conseqüência de tal forma de pensar. O livro The Human Side of
Enterprise, clássico escrito por McGregor em 1960, expõe que o comportamento gerencial
depende das nossas suposições sobre as pessoas e caso estas sejam consideradas predispostas
a não gostar do trabalho, então o estilo gerencial as força a se comportarem conforme suas
expectativas.
Resumindo : no contexto de mudança estratégica, as pessoas são vistas como favoráveis à
estabilidade e portanto resistirão e terão medo das mudanças.
Em contrapartida temos a teoria Y e teoria cultural Z. Estas tendem a sobrevalorizar o lado
humano em detrimento do lado empresarial. Logo, nenhuma das três teorias sozinha é suficiente
para permitir o estudo da reação das pessoas diantes de mudanças estratégicas.
O grande desafio, em termos de fator humano, relacionados ao planejamento da estratégia de
uma organização é integrar os lados humano e empresarial através da motivação de seus
funcionários, de tal forma que a companhia obtenha ganhos desenvolvendo e sendo desenvolvida
por seus empregados.
O que é Estratégia
O conceito de estratégia pode ser definido de pelo menos duas perspectivas diferentes :
pela perspectiva do que a organização pretende fazer e pela perspectiva do que a organização
realmente faz. Pela primeira perspectiva, estratégia é o programa amplo para definir e alcançar os
objetivos de uma organização e implementar sua missão. Pela segunda, estratégia é um padrão,
isto é, a consistência de um comportamento medido em um período de tempo.
A estratégia não pode ser definida através de processos sistemáticos. Conforme explica Henry
Mintzberg, estratégia diz respeito a Preferências, Escolhas e Competição, e não um exercício de
lógica aplicada. É uma perspectiva compartilhada a respeito de intenções futuras.
Michael Porter define estratégia como a adequação entre as atividades da empresa, de forma que
tal conjunto de atividades proporcione ao cliente um pacote de valor exclusivo. A visão de Porter
procura posicionar a empresa em seu ambiente competitivo. A maior crítica que se faz ao modelo
de Porter no planejamento estratégico é a não consideração dos interesses dos stakeholders.
47
O contrato psicológico, que pode ser definido como as expectativas mútuas do indivíduo e da
organização, é a base deste relacionamento. O quadro abaixo mostra alguns exemplos de
expectativas.
Estima-se que noventa porcento das estratégias de mudança organizacional falham porque
os fatores humanos não foram bem avaliados. No caso de uma empresa onde esteja ocorrendo
48
corte de pessoal, por exemplo, é comum se esquecer do impacto psicológico nos empregados
remanescentes. Apesar destas organizações aparentarem ser mais enxutas e eficientes, os efeitos
colaterais na força de trabalho podem resultar na perda dos benefícios.
Uma abordagem interessante do problema é não considerar a produtividade somente em
termos de entradas e saídas, mas também no relacionamento humano. Por exemplo, uma
empresa que tenha acabado de realizar demissão de funcionários pode aparentemente estar mais
saudável. Mas uma das conseqüências possíveis é que aumente a sobrecarga horizontal ( maior
número de atividades) sobre os empregados e que aumente a rotatividade da mão-de-obra na
empresa. Com a saída de funcionários a organização muitas vezes perde parte importante de suas
competências básicas.
O desafio de se elaborar uma estratégia clara é, antes de tudo, um problema
organizacional fortemente associado à liderança. Conforme pesquisa publicada em "Personnel
Management" em outubro de 1994, as características mais comuns encontradas no
desenvolvimento estratégico foram :
• Liderança Estratégica proveniente dos escalões mais altos, com objetivo de criar a
visão, estabelecer valores e mostrar o direcionamento.
• Uma equipe de executivos que compartilhe de valores comuns.
• Uma visão nítida dos fatores críticos de sucesso no que diz respeito às pessoas
que avaliam o desempenho da empresa.
• "Você não pode se mover em qualquer direção sem levar em consideração o
impacto resultante nos indivíduos, grupos, estruturas e performance. Eu diria então
que não se deve fazer nada sem levar em consideração os efeitos sobre os recursos
humanos"- diz o diretor de uma empresa citado nesta pesquisa.
49
A teia cultural de uma organização é composta das rotinas, símbolos, estruturas de poder,
estruturas organizacionais, sistemas de controle, e de seus rituais e mitos. Apesar de não ser
estática, tende a evoluir lentamente e é basicamente uniforme para os membros da organização
(devido ao contrato psicológico).
Influências Externas
Natureza da Organização
Cultura Organizacional
50
b) Liderança e Estilo Gerencial : a liderança é um fator indispensável para o
desenvolvimento da estratégia. Pessoas que compartilham de valores comuns são
levados a posições de liderança de modo que possam difundir tais valores e
crenças pelos demais membros da organização.
c) Estrutura e Sistemas : a estrutura da organização é importante no
desenvolvimento estratégico, pois a direção favorecerá a adoção de objetivos que
fortaleçam a estrutura da qual faz parte. O sistema de controle é importante pois
os indivíduos tendem a elaborar estratégias que melhorem os parâmetros medidos
por tais sistemas.
51
Implementação da Estratégia.
Líderes
Motivação.
Uma vez escolhida a estratégia da empresa, cabe ao gerente a seguinte pergunta : " Como
posso conseguir que um funcionário faça o que eu quero ? ".
Sabe-se hoje que os fatores envolvidos na produção da satisfação ( e motivação) no
trabalho são separados e distintos dos fatores que levam à insatisfação no trabalho. Segue-se que
satisfação e insatisfação no trabalho não são eventos antagônicos.
Devemos considerar dois conjuntos de necessidades humanas. Um conjunto de
necessidades pode ser visto como da própria natureza animal humana - a pulsão interna em evitar
a dor causado pelo ambiente, associada às pulsões aprendidas que ficam condicionadas às
necessidades fisiológicas básicas. Outro conjunto está relacionado a uma característica humana
singular, a capacidade humana de experimentar o crescimento psicológico.
Os fatores de crescimento ou motivadores que são intrínsecos ao trabalho são :
execuções, reconhecimento pelas execuções, o trabalho em si, responsabilidade e crescimento ou
progresso. Os fatores que evitam a insatisfação extrínsecos ao trabalho são : política e
administração da empresa, supervisão, relacionamentos interpessoais, condições de trabalho,
salário, status e segurança.
52
Para se desenvolver com sucesso o planejamento de gestão de pessoas em consistência
com o planejamento estratégico da organização, duas metodologias de planejamento podem ser
utilizadas: Fatores Críticos de Sucesso (FCS) e Planejamento de Sistemas de Negócios (PSN).
O FCS é uma abordagem metodológica para a identificação dos fatores que possam ser
críticos e decisivos para o sucesso da gestão de pessoas da organização. A metodologia FCS
pode e deve encorajar os executivos a identificar o que é ou não prioritário ou importante para suas
decisões com relação às necessidades prioritárias da organização, através da montagem de um
diálogo sobre a identificação de que sistemas de informação podem ser realmente necessários. Os
FCSs estão freqüentemente ligados a dois tipos de atividade executiva, quais sejam,
monitoramento e desenvolvimento (3). Os relativos ao monitoramento se referem ao rastreamento
contínuo de operações em andamento, tipicamente exemplificados pela produtividade de
vendedores e qualidade de produto. Os relativos ao desenvolvimento envolvem o rastreamento
contínuo de grandes mudanças diretamente voltadas a um futuro novo ambiente,. Para tanto, o
FCS exige o seguimento das seguintes etapas:
53
mensurados em função de suas disponibilidades, para que possam ser utilizados no planejamento
de gestão de pessoas. No caso específico de um FCS, o relacionamento com clientes por
exemplo, os indicadores podem ser os seguintes, entre outros:
• evolução do número de pedidos
• evolução dos volumes de entrega
• índice de reclamações / rejeições nas entregas
• relação pedidos / ofertas
• turnover de clientes
• índice de entregas em dia
• tom de voz do cliente (na última entrega)
3.2. Riscos
54
atividade essencial e acabam provavelmente atingindo menos e menores benefícios dos sistema
do que se poderia obter. Um forma estruturada de se avaliar os riscos de um projeto, é a de
identificar inicialmente os fatores de risco específico, criar um questionário para a avaliação do
projeto em termos de cada fator específico de risco, e então calcular o risco global do projeto
através da soma ponderada da pontuação dos riscos específicos, conforme sugerido por McFarlan.
55
8 - ESTRUTURA DO PLANEJAMENTO DE RECURSOS HUMANOS
(1) Avaliação Estratégica das condições internas e externas da empresa para desenvolvimento
de pessoas, recrutamento, seleção e questões de trabalho;
56
'pacotes prontos' são a melhor resposta para quem busca capacitar-se
profissionalmente.
• Recrutamento e Seleção – buscar métodos e programas que tenham por objetivo
localizar e facilitar a escolha dos melhores profissionais do mercado, os quais
possuam o potencial para cumprir as exigências da função requerida e se adaptar
aos valores da empresa.
• Questões de Trabalho – localizar e aplicar formas mais avançadas de emissão de
folha de pagamento e questões afins, como processos informatizados e pessoas
capacitadas para realizar as tarefas.
• Cargos e Salários – definir políticas que gerenciem posições; que controlem
habilidades e hierarquias; que identifiquem trajetórias; que faça avaliação e
controle de desempenho.
57
Ao levantarmos as
necessidades de treinamento
para uma organização
não estamos tendo uma medida
corretiva para um problema, estamos
evitando problemas futuros.
• Questionário
• Avaliação de desempenho
• Discussão em grupo
• Reuniões inter-departamentais
• Entrevista estruturada
• Pesquisa de clima
Seja qual for o instrumento utilizado não podemos abrir mão da criatividade, tendo
sempre em mente os objetivos da empresa.
58
Diagnosticar o problema: nesta etapa o profissional de treinamento, irá analisar o
desvio encontrado e assim verificar se o problema é solucionável através de um programa de
treinamento.
59
• Sala de aula: esta é a metodologia mais utilizada, e uma das mais ricas e
eficientes, pois exige a presença constante de um instrutor, onde técnicas
farão com que os treinandos possam trocar e vivenciar as experiências
ocorridas. O sucesso deste método depende além das necessidades desta
reunião, da preparação e das qualificações do instrutor.
• Internet: a grande rede nos coloca em contato com o mundo inteiro sem
levar em consideração a distância. Citaremos alguns recursos da Internet
que facilitará o aprendizado do treinando: E-mail (o treinando recebe o
conteúdo da aula pelo correio eletrônico e se comunica, com o instrutor),
Boletins e Fóruns Eletrônicos, Dowloading (baixam no seu computador
programas, documentos, tutoriais ou softwares que o auxiliará no
treinamento), Tutoriais Interativos, Conferências em tempo real, Salas de
bete-papo entre outros recursos.
60
• Conferências ou palestras: exposição oral sobre um assunto
para um grande número de participantes, sendo mínima a
interação com o palestrante.
61
motivar o grupo para uma reflexão e favorece a memorização dos assuntos apresentados.
Vejamos agora quais são os recursos mais conhecidos:
62
treinamento. No plano devem conter as seguintes informações: tema central do
treinamento, assuntos a serem abordados, horários, técnicas e recursos didáticos.
O custo deve ser levado em consideração, e este deve ser confrontado com os
benefícios que o treinamento irá proporcionar ao cliente.
63
treinandos terão com a realização deste treinamento.
Os instrutores
São aquelas pessoas que irão atuar na transmissão do conteúdo teórico e prático do
programa de treinamento.
O instrutor deve possuir algumas características básicas para que ele possa obter
sucesso na transmissão de conhecimento. Vejamos algumas:
• conhecimento do assunto;
• criativo;
AVALIANDO OS RESULTADOS
64
O que mais importará para a organização é estar ciente do tipo de retorno que o
programa de treinamento irá trazer para a empresa. Portanto, ao terminar um treinamento
devemos avalia-lo junto com os treinandos e checar posteriormente se ele trouxe realmente
benefícios para a empresa.
6. CONCLUSÃO
Logicamente esta postura não será alcançada de uma hora para outra nas
organizações, cabe aos profissionais de Recursos Humanos e verdadeiros agentes de
mudança, fazer desse princípio uma realidade imprescindível para o sucesso das empresas.
O responsável pelo planejamento deve empenhar-se ao máximo para fazer com que o
mesmo se torne um investimento feito pela empresa e que após o seu término traga reais
benefícios para a organização e seus funcionários.
9 - ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL
65
CAPÍTULO 1 – ADMISSÃO DE EMPREGADOS
Depois de concluído o recrutamento e a seleção de pessoal, o candidato aprovado é admitido, e
para tal, devem ser respeitadas algumas formalidades exigidas por lei, as quais protegem o
empregado e o empregador. Definiremos empregador e empregado:
1.1. – Empregador
• os profissionais liberais;
• as instituições de beneficência;
• as associações recreativas;
• outras instituições sem fins lucrativos.
1.2. – Empregado
Considera-se empregado toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a
empregador, sob dependência deste e mediante salário.
• pessoalidade;
• serviço não eventual;
• subordinação jurídica e hierárquica;
• pagamento de salário.
A pessoa física que exerce habitualmente, e por conta própria, atividade profissional remunerada
e/ou presta, sem relação de emprego, serviço remunerado de caráter eventual a empresas e/ou
pessoas físicas.
Principais características:
66
Como essas situações são transitórias, a empresa, ao invés de admitir novos empregados, poderá
lançar mão do trabalho temporário, visto ser esse pessoal treinado para o exercício da função de
que a empresa necessita, evitando perda de tempo na seleção e treinamento dos empregados e,
ainda, por ser este procedimento menos oneroso.
Note-se que a princípio a empresa tomadora de serviço não tem, com esse procedimento, outra
despesa que não o valor contratado com a agência de emprego.
Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva que proíba a contratação do mesmo pela
empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição.
Nota: Deverá ser efetuado registro na CTPS pela empresa de trabalho temporário. Referida
anotação será feita na parte destinada a “Anotações Gerais”, podendo conter os seguintes dizeres:
“O titular desta Carteira de Trabalho presta serviço temporário, de conformidade com a Lei n.º
6.019/74 e Decreto n.º 73.841/74, conforme contrato escrito em separado”; data e assinatura do
empregador ou seu representante legal.
Poderá ser exigida pela Fiscalização do Trabalho, da empresa tomadora ou cliente, a apresentação
do contrato firmado com a empresa de trabalho temporário e, desta última, o contrato firmado com
o trabalhador, bem como a comprovação do respectivo recolhimento das contribuições
67
previdenciárias.
Notas:
1. A Portaria n.º 66/74, no item 6 (com a redação da Portaria n.º 02/96), determina que o período
total com a prorrogação não poderá exceder a 6 (seis) meses. As dúvidas na aplicação dessa
Portaria serão dirimidas pela Secretaria das Relações do Trabalho.
2. A Instrução Normativa n.º 100/92 dispõe sobre o registro das empresas de Trabalho
Temporários.
1.6. – Estagiário
Estágio é o período de tempo em que o estudante exerce sua profissão, enquanto ainda estuda,
com a finalidade de aprimoramento dos ensinamentos teóricos ministrados na escola.
A Lei n.º 6.494/77, com redação da Lei n.º 8.859/94, regulamentada pelo Decreto n.º 87.497/82,
estabelece normas sobre o estágio de estudante de ensino superior, de cursos profissionalizantes
do ensino médio, (antigo 2º grau), e de supletivo, hoje denominado Educação Profissional e
Educação de Jovens e Adultos, conforme a Lei n.º 9.394 – LDB promulgada em 20.12.1996.
1.6.1. – Características:
a) Instrumento Jurídico
Para que o estágio fique caracterizado e definido é necessária a existência de instrumento jurídico,
firmado entre a instituição de ensino e pessoas jurídicas de direito público e privado, reexaminado
periodicamente, no qual estejam acordadas todas as condições de realização daquele estágio,
inclusive transferência de recursos à instituições, quando for o caso.
A realização do estágio curricular não acarreta vínculo empregatício de qualquer natureza,
devendo, contudo, constar da CTPS, na parte destinada as anotações gerais, o termo de
compromisso firmado entre o estudante e a parte concedente (empresa).
O comprovante da existência desse vínculo, exigível pela autoridade competente, será constituído
de termo de compromisso, a ser celebrado entre o estudante e a parte concedente do estágio
(empresa) com interveniência da instituição de ensino, devendo mencionar, necessariamente, o
instrumento jurídico a que se vincula (firmado entre a instituição de ensino e pessoas jurídicas de
direito público e privado).
68
Estão isentos da celebração do referido Termo de Compromisso os estágios realizados sob a
forma de ação comunitária.
b) Seguro de Acidentes
c) Bolsa de Treinamento
Sendo ou não remunerado, o estágio não cria o vínculo de emprego entre empresa e estagiário e,
em decorrência, este não deverá ser registrado nos livros ou fichas de registro de empregados,
nem constará de quadros de horários, folhas de pagamento, cadastro de admitidos e demitidos,
etc.
Como se viu, dentre as atribuições de competência da instituição de ensino, está a de dispor sobre
a carga horária, duração de estágio curricular, sendo que, no tocante à duração, não poderá ser
inferior a um semestre letivo.
Quanto aos encargos sociais, sobre o pagamento realizado ao estagiário (estágio remunerado)
haverá apenas incidência do Imposto de Renda na Fonte, quando o valor pago ultrapassar ao
mínimo de isenção prevista na tabela de rendimentos do trabalho assalariado.
69
Previdência Social para proceder as anotações referentes ao Contrato de Trabalho (art. 13 da
CLT).
• Dados do Empregador:
Razão Social;
Endereço completo;
CGC;
Ramo de atividade.
• Dados do Empregado:
cargo do empregado;
Data de admissão;
Número do registro na ficha/livro;
Remuneração, seja qual for a forma de pagamento e
circunstâncias especiais se houver;
Carimbo e assinatura da empresa.
70
• por ocasião do afastamento por doença e/ou acidente do trabalho;
• a qualquer tempo por solicitação do empregado;
• na rescisão do contrato de trabalho.
Observação:
As anotações, bem como as atualizações da Carteira de Trabalho e Previdência Social poderão ser
feitas mediante o uso de etiquetas gomadas, autenticadas pelo empregador ou seu representante
legal.
O empregador está obrigado a efetuar o registro de seus empregados tão logo os mesmos iniciem
a prestação de seus serviços. Esse registro poderá ser feito em livro ou fichas.
O livro ou ficha de registro de empregados deverá conter as seguintes informações:
Referência Legal: Legislação aplicável, art. 13 e 56 da CLT e Portaria n.º 3626/91 do MTPS, com
as alterações da Portaria MTPS nº 3.024/92.
• Autenticação
Os livros ou fichas de registro deverão ser autenticados junto à DRT ou por outros órgãos
autorizados.
Quando o lote de fichas ou o livro estiver se esgotando, deverão ser autenticadas novas fichas ou
livros com numeração subsequente, devendo a empresa apresentar a ficha mestra do lote anterior
ou o livro.
As empresas que estiverem iniciando as suas atividades terão o prazo de 30 dias para
autenticação, a partir da admissão do primeiro empregado.
71
1.9.2. – Centralização dos Documentos
A empresa poderá utilizar controle único e centralizado dos documentos, sujeitos à inspeção do
trabalho, salvo quanto ao registro de empregados, registro de horário de trabalho e livro de
inspeção do trabalho, que deverão permanecer em cada estabelecimento.
1.10. – Contrato de Trabalho
É o instrumento usado para ratificar a relação de emprego existente, sendo emitido em duas vias
de igual teor, onde obrigatoriamente consta:
• Dados do empregado:
nome completo e endereço;
salário e forma de pagamento;
cargo;
horário e local de trabalho;
vigência do contrato (prazo máximo de 90 dias), após – prazo indeterminado.
• Dados do empregador:
Razão Social;
Número do CGC;
Endereço completo.
72
Em nosso entendimento, a prorrogação indiscriminada do contrato de experiência é inaceitável. Ao
analisar-se a origem do disciplinamento legislativo do contrato de experiência, conclui-se,
inexoravelmente, pela inaplicabilidade do artigo 451 da CLT quanto à possibilidade de prorrogação.
Com efeito, referido dispositivo legal regula somente os outros contratos de prazo determinado,
que não os de experiência, porque este apenas surgiu como forma de contrato a prazo com o
Decreto-Lei nº 229, de 28.2.1967.
Mesmo que assim não fosse, por mais um motivo seria inadmissível a prorrogação indiscriminada
do contrato de experiência, em vista do disposto no artigo 452 da CLT, que considera por prazo
indeterminado todo contrato que suceder, dentro de seis meses, a outro por prazo determinado,
salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de
certos acontecimentos.
A Legislação Trabalhista é regida em grande parte pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
que foi instituída pelo Decreto Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943, pelo Presidente Getúlio Vargas.
O referido Decreto Lei foi publicado no DOU de 09/08/43, vigorando a partir de 10 de novembro de
1943.
Também podemos citar a Constituição Federal de 1988, a qual trouxe muitas inovações no âmbito
do trabalho, como o reconhecimento da igualdade entre os homens e as mulheres, redução da
jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais, entre outras.
73
da Lei, outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como os litígios que tenham
origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive coletivas.
Assim, para se ver apreciada uma lide pela Justiça do Trabalho, é necessário que entre as partes
exista o elo da relação de emprego.
Todavia, há caso específico em que, embora não exista a vinculação empregatícia, a competência,
para apreciar e julgar, será da Justiça do Trabalho. Trata-se dos dissídios resultantes dos contratos
de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
A Justiça do Trabalho é competente também para apreciar os dissídios resultantes do trabalho
doméstico.
As questões relativas a acidentes do trabalho são da competência da Justiça Comum, dos
Estados, dos Territórios e do Distrito Federal.
As ações movidas contra a Previdência Social, relativas a benefícios pleiteados pelos segurados,
por sua vez, são tratadas pela Justiça Federal, salvo se esta não se encontrar instalada na
localidade, caso em que será competente a Justiça Comum Estadual.
De resto, cumpre ressaltar, ainda, que conforme se disse anteriormente, a relação de emprego
existente entre as partes é condição necessária à apreciação da lide pela Justiça do Trabalho.
Assim sendo, as controvérsias resultantes do trabalho autônomo, cuja caracterização se dá pela
inexistência da referida relação, são dirimidas pela Justiça Ordinária. As controvérsias relacionadas
com os trabalhadores avulsos, desde 05.10.88, competem à Justiça do Trabalho, tendo em vista
que passaram a ter assegurados direitos trabalhistas idênticos aos trabalhadores com vínculo
empregatício permanente - CF/88, art. 7º XXXIV.
Referência Legal: CF/88, art. 114; CLT, arts. 643, parág. 2º, e 652, “a”, III; Lei nº 5.010/66, arts. 10,
I, 13, I, e 15, III, e Decreto nº 71.885/73, art. 2º, parágrafo único.
A composição do TRT varia de acordo com a Região, havendo em todas elas, no entanto, juizes
togados e juizes classistas, representantes de empregados e empregadores.
74
3) Varas do Trabalho - Antigas Juntas de Conciliação e Julgamento (JCJ)
Órgão de primeira instância da Justiça do Trabalho. A Jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange
todo o território da Comarca em que estiver situada.
Referência Legal: CLT, art. 628, parágrafos 1º e 2º, Decreto nº 90.880/85, art. 7º; e Portarias
MTPS nº 3.158/71 e Mtb nºs 3.035/85 e 402/95
75
Os agentes de inspeção utilizam-se de formulário próprio denominado “Notificação para
Apresentação de Documentos” para indicar os documentos necessários à realização da inspeção.
Por meio desse documento, a empresa é notificada para que apresente os documentos indicados,
no dia e hora ali estabelecidos.
Convenção coletiva de trabalho é o acordo de caráter normativo pelo qual dois ou mais sindicatos
representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho
aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.
É facultado aos sindicatos representativos de categorias profissionais celebrarem acordos coletivos
com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica que estipulem condições de
trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às relações de trabalho.
As Federações e, na falta destas, as Confederações representativas de categorias econômicas ou
profissionais, podem celebrar convenções coletivas de trabalho para reger as relações das
categorias a elas vinculadas, inorganizadas em sindicatos, no âmbito de suas representações.
Os sindicatos só podem celebrar convenções ou acordos coletivos de trabalho por deliberação de
Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos
estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira
convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se tratar de convenção, e dos
interessados, no caso de acordo, e, em segunda, de 1/3 (um terço) dos mesmos.
As convenções e os acordos devem ser celebrados por escrito, sem emendas nem rasuras, em
tantas vias quantos forem os sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, além de uma
destinada a registro.
As convenções e os acordos entram em vigor 3 (três) dias após a data de sua entrega no órgão
referido anteriormente.
Não é permitido estipular duração de convenção ou acordo superior a 2 (dois) anos.
O processo de prorrogação, revisão, de denúncia ou revogação total ou parcial de convenção ou
acordo é subordinado, em qualquer caso, à aprovação de Assembléia Geral dos sindicatos
convenentes ou partes acordantes.
2.5. – Salário
76
regulamentação, foi fixado o salário profissional mínimo que os empregados habilitados para
exercer aquelas profissões, deverão perceber. Alguns exemplos dessas profissões são médicos,
dentistas, engenheiros etc.
2.5.4. – Tarefeiro
É o salário resultante das tarefas produzidas em determinado tempo.
Essa modalidade de salário pressupõe fixação de preço ou tarifa por unidade produzida e o
resultado mínimo produzido em determinado tempo.
Em conseqüência da economia de tempo, atribui-se vantagem ao empregado, que pode consistir
em:
2.6. – Remuneração
2.6.2. – Adicionais
É o acréscimo salarial, em função das condições mais penosas em que o trabalho é prestado.
Os adicionais previstos na legislação trabalhista são em decorrência de:
Outros adicionais podem ser convencionados entre as partes (empregador e empregado), através
de convenção, acordo ou dissídio coletivo. Dentre estes, podem-se destacar o adicional de tempo
de serviço (anuênios, quinquênios etc.) e o adicional de função.
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A periculosidade será caracterizada por meio de perícia a cargo do Engenheiro de Segurança do
Trabalho, registrado no MTb. Tal perícia poderá ser solicitada pela própria empresa, ou então por
meio do sindicato da categoria profissional respectiva.
Os empregados que trabalham em condições perigosas fazem jus ao adicional de 30% do
respectivo salário contratual, excluídas as gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa.
Contudo, somente fará jus ao adicional o empregado que tiver contato permanente com explosivos
ou inflamáveis.
Referido adicional integra o salário do empregado para todos os efeitos legais, tais como FGTS,
pagamento de hora extra, adicional noturno, férias, 13º salário, etc.
O direito à periculosidade cessa com a eliminação do risco à integridade física do empregado.
A Lei nº 7.369/85 estendeu o adicional de periculosidade aos trabalhadores do setor de energia
elétrica, desde que expostos a situação de risco.
Base de Cálculo
O trabalho executado nestas condições assegura ao empregado a percepção do adicional
incidente sobre o salário mínimo, equivalente a:
• 40% para insalubridade de grau máximo;
• 20% para insalubridade de grau médio;
• 10% para insalubridade de grau mínimo.
2.6.3. – Gorjeta
É a remuneração que o empregado recebe de terceiros, isto é, de clientes. Os estabelecimentos
que adotam este tipo de pagamento são bares, hotéis, motéis, restaurantes, lanchonetes etc.
A gorjeta pode ser espontânea ou compulsória.
Gorjeta espontânea é a importância dada pelo cliente diretamente ao empregado.
Gorjeta compulsória é aquela importância cobrada pela empresa, do cliente, como adicional na
nota de despesa.
Para fins de integração na remuneração do empregado e recolhimento dos encargos sociais, o
valor da gorjeta compulsória é o “quantum” determinado nas notas, rateado entre os empregados.
Se espontânea, obedece ao valor constante da tabela estimativa.
Os sindicatos das categorias profissionais, por dificuldade em estipular o total percebido pelo
empregado a título de gorjeta espontânea, têm determinado valores estimativos através de acordo,
convenção ou dissídio coletivo.
A cobrança compulsória da taxa de serviço pela empresa a exclui da aplicação da tabela
estimativa, salvo se esta for superior à importância ganha pelo empregado no rateio.
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trabalha internamente, é um pagamento incorreto, pois constitui-se como salário e é incorporado
ao mesmo para todos os efeitos legais.
2.6.5.1. – Despesas de Viagens a Serviço (quando o empregado utiliza seu próprio veículo)
O empregado que usa veículo próprio no desempenho de suas atividades pode ter reembolsadas
as despesas tais como combustíveis, lubrificação, lavagem, reparos etc., através dos pagamentos
por quilometragem rodada, reembolso de despesas e contrato de comodato modal.
• Quilometragem rodada - é o valor previamente estipulado pela empresa por quilômetro rodado.
Esse valor tem por finalidade ressarcir os gastos com combustível e desgaste do veículo do
empregado.
O entendimento quanto à sua natureza jurídica não é pacífico, uma vez que existem os que o
consideram como indenização, outros como salário e, ainda, aqueles que afirmam revestir-se de
características de diárias para viagem.
2.6.6. – Abonos
É um valor concedido pelo empregador por mera liberalidade ou através de acordo, convenção ou
dissídio coletivo e ainda, por força de dispositivo legal.
O abono integra a remuneração para todos os efeitos legais, salvo se houver legislação dispondo o
contrário.
O pagamento mensal de salários efetua-se, o mais tardar, até o 5º (quinto) dia útil do mês
subseqüente ao vencido. Caso a empresa efetue o pagamento através de cheque, deve-se
assegurar ao empregado:
Tratando-se de quinzenalista ou semanalista, o pagamento do salário deve ser efetuado até um dia
após o vencimento. Na contagem dos dias será incluído o sábado, excluindo-se o domingo e os
feriados, inclusive os municipais. (Instrução Normativa nº 01, de 07.11.89 - DOU de 13.11.89).
79
Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome
de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local
de trabalho. Há casos em que as empresas fazem contratos com os bancos e usufruem da
instalação de Postos Bancários dentro de suas dependências.
2.10.1. – Beneficiários
São beneficiários do Vale-Transporte os empregados definidos no art. 32 da CLT, o empregado
doméstico, trabalhador temporário, trabalhador em domicílio, o sub-empreiteiro, atletas
profissionais e servidores públicos da União, do Distrito Federal e suas autarquias.
2.10.2. – Benefício
O Vale-Transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para utilização
efetivo em despesas de deslocamento residência - trabalho e vice-versa, devendo ser fornecido
através de recibo.
2.10.8. – Custeio
O Vale-Transporte será custeado da seguinte forma:
80
• pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou o valor
real do benefício, levando-se em consideração o menor valor;
• pelo empregador, no que exceder a parcela referida no item anterior.
Na admissão e demissão, a base de cálculo será proporcional aos dias trabalhados. Quando o
empregado recebe remuneração fixa mais comissões, a base de cálculo será a parte fixa acrescida
da parte variável.
O Vale-Transporte não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração do empregado para
qualquer fim.
81
A suspensão, embora muito utilizada, é um procedimento que implica prejuízo para o empregado
(perda do salário) e ao empregador (ausência da prestação de serviços). Essa penalidade é
sempre aplicada na reiteração da falta pelo empregado já advertido, precedendo a dispensa por
justa causa.
A suspensão não é facilmente aceita pelo empregado, que, geralmente ajuiza reclamação
trabalhista, pleiteando a sua anulação, o que evidentemente implicará o comparecimento do
empregador à Justiça a fim de provar a procedência da suspensão em razão do ato praticado pelo
empregado.
Esclareça-se que a caracterização da justa causa independe da aplicação de suspensão, pois em
alguns casos as advertências bastam para a dispensa do empregado.
O art. 482 da CLT elenca os motivos que autorizam a dispensa por justa causa, sendo que dentre
os motivos citados, como já comentamos anteriormente, alguns autorizam a despedida imediata
dada a gravidade do ato faltoso, enquanto que outros exigem para sua caracterização a reiteração
do procedimento.
Exemplo:
Falta Grave – Apropriação de dinheiro da empresa, ou seja, ato cometido contra o patrimônio do
empregador (letra “a”, art. 482 da CLT) que constitui ato de improbidade.
Falta Leve – Atrasos na entrada ao serviço que se traduz pela negligência ou falta de interesse na
prestação dos serviços. (letra “e”do art. 482 da CLT).
• Atualidade da punição: a sanção ao empregado deve ser imediata ao ato faltoso. A demora na
aplicação da penalidade pode caracterizar o perdão tácito do empregador.
Evidente que em se tratando de causas complexas, é admitido o decurso de certo período de
tempo, destinado à apuração dos fatos ocorridos, assim como das responsabilidades.
• Unicidade da pena: a falta cometida pelo empregado enseja ao empregador o direito de
aplicar, apenas, uma determinada penalidade. Assim, não se pode aplicar uma advertência e,
depois, uma suspensão, por uma única falta cometida.
Por outro lado, nada impede que ao aplicar a sanção o empregador faça referência a penalidades
anteriormente aplicadas, para se caracterizar a reiteração do ato faltoso.
• Proporcionalidade: entre a penalidade e a falta cometida deve haver proporcional idade, isto é,
o empregador deverá, usando o bom senso, verificar, diante da falta cometida, qual é a
dosagem de pena merecida pelo empregado. São causas que devem ser levadas em conta: a
condição pessoal do empregado (grau de instrução, por exemplo), o passado funcional (o
empregado nunca cometeu faltas), os motivos que determinaram a prática da falta etc.
Observe-se que o rigor excessivo na aplicação da sanção ou o emprego de meios vexatórios
(advertir o empregado, humilhando-o na presença de colegas ou clientes, por exemplo) implicam
falta grave pelo empregador (letra “b” do art. 483 da CLT), ensejando rescisão indireta do contrato
de trabalho.
• prazo de duração da suspensão pode ser, no máximo, de 30 dias corridos. Quando superar
esse limite, ensejará da mesma forma a rescisão do contrato de trabalho, com justa causa,
pelo empregado (art. 474 da CLT).
• Por fim, não se admite as penalidades pecuniárias (multa) salvo em relação aos atletas
profissionais.
Havendo a recusa, sem justo motivo, por parte do empregado, em receber a comunicação da
penalidade, o empregador ou quem o estiver representando, deverá ler ao empregado o teor da
comunicação na presença de duas testemunhas. Após a leitura, inserirá no rodapé da
comunicação, a seguinte observação: “ em virtude da recusa do empregado em dar ciência do
recebimento desta comunicação, seu conteúdo foi lido por mim, na sua presença e na das
testemunhas abaixo, em (data)”. Segue-se a assinatura do enunciador da penalidade e das
82
testemunhas.
O empregado que, ao receber a comunicação, praticar agressão física ou verbal contra o
responsável pela entrega, praticará ato faltoso, que ensejará sua dispensa por justa causa.
A marcação de ponto pelo sistema manual é feita em livro de ponto ou em folha individual, sendo
geralmente utilizada para empregados de condição e função mais elevadas. As empresas poderão
adotar sistemas alternativos de controle de jornada de trabalho ( Portaria Mtb-1 120 de
08/11/1995).
Estão desobrigados da marcação de ponto aqueles que ocupam cargos de confiança, bem como
os que trabalham em serviços essencialmente externos e que não estão sujeitos a horário.
O art. 62 da CLT determina a referida exclusão exigindo que a condição da execução de cargo de
confiança ou do trabalho externo seja explicitamente anotadas na CTPS e na Ficha ou Livro de
Registro de Empregados.
O horário de trabalho constará de quadro, conforme modelo aprovado pelo Ministério do Trabalho,
e afixado em lugar bem visível; contudo, a empresa que adotar registros manuais, mecânicos ou
eletrônicos, individualizados de controle de horário de trabalho, contendo a hora de entrada e
saída, bem como a pré assinalação do período de repouso ou alimentação, fica dispensada do uso
de quadro de horário.
Esclareça-se que a Portaria nº 3.626/91 permite a substituição do quadro de horário pelo cartão de
ponto, desde que conste do mesmo horário de entrada e saída e os intervalos para descanso.
Quanto à marcação de ponto do horário destinado às refeições (intervalos na jornada), o art. 74, §
2º, da CLT, tornou facultativa tal anotação, desde que referidos intervalos sejam pré-assinalados no
próprio cartão.
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Quando o trabalho for executado integralmente fora do estabelecimento do empregador, o horário
constará de ficha, papeleta ou registro de ponto, que ficará em poder do empregado.
As empresas deverão ter afixado, em lugar visível, o quadro de horário, conforme modelo expedido
pelo Ministério do Trabalho.
Para facilitar o cálculo de horas extras, faltas, atrasos, adicional noturno e de DSR, é
imprescindível que saibamos converter as horas normais em horas centesimais. Veja exemplo
abaixo:
0,30 minutos (+)
0,30 minutos
(=) 0,60 minutos ou seja, 1 (uma) hora.
Para conversão de horas normais para centesimais, basta dividir o número que está após a
vírgula por 6 (seis), lembrando que o resultado também é um múltiplo de 6 (seis), conservando-se
a hora inteira (cheia). Vejamos:
0,30 minutos ÷ 6 = 0,50 minutos centesimais
0,30 minutos ÷ 6 = 0,50 minutos centesimais
0,60 minutos 1,00 hora
H. Normais H. Centesimais
8,48 dividir 48 min por 6 = 8,80 = 1 dia de trabalho em horas
8,48 dividir 48 min por 6 = 8,48 = 1 dia de trabalho em horas
16,96 17,60 = 2 dias de trabalho em horas
Portanto, é ressaltada a importância da hora centesimal para quaisquer cálculos, sejam eles para
cálculos de horas acumuladas ou para pagamento de valores. Para facilitar a conversão, segue
tabela abaixo:
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48 0,80
54 0,90
60 1,00
O pagamento do trabalho realizado em dia de repouso será efetuado em dobro, salvo se for
determinado outro dia de folga.
Esclarecemos que a expressão “em dobro” significa valor das horas trabalhadas no repouso,
acrescido do valor do repouso incluso na remuneração do empregado, ou por cumprimento integral
da jornada semanal (conforme o caso).
Os adicionais por trabalho noturno e extraordinário, bem como a quantidade de horas corres-
pondentes, devem vir destacados (discriminados à parte) nos recibos de pagamento a fim de que
possam servir de prova de efetivo pagamento, afastando a ocorrência do mencionado “salário
complessivo”.
85
Notas:
1) Os valores apurados em função dos coeficientes acumulados têm a finalidade exclusiva de
facilitar os cálculos pelas empresas, ou mesmo, como forma alternativa para confirmação dos
critérios legais, não devendo, entretanto, serem mencionados nos recibos de pagamento dos
empregados.
2) Há quem entenda que, no cálculo do valor das horas extras noturnas, os adicionais noturno
e extraordinário devem ser apurados separadamente para não ocorrer a cumulatividade, ou seja,
adicional sobre adicional.
Importante
Salário complessivo - Nulidade da cláusula contratual
“Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender en-
globadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.”
Inicialmente, temos que saber em quantos dias da semana o empregado prestará serviços, qual o
período de refeição e descanso e qual o horário de entrada, para definir-mos a jornada total.
Exemplo:
Um empregado deve trabalharar de segunda a sexta-feira, entrar as 7h00m e parar 1 hora para
refeição e descanso.
Vejamos:
Se a jornada de trabalho é de 44 horas semanais e o empregado trabalhará de segunda a sexcta-
feira (05 dias por semana), devemos dividir 44 horas por 5 dias.
44 horas ÷ 5 dias = 8,80 horas (centesimais), ou 8h48m, que devem ser cumpridas diariamente.
Sendo assim, temos:
Mediante acordo individual ou coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, poderá haver
86
compensação de horas dos empregados maiores, do sexo masculino ou feminino.
Todavia, tratando-se de menores de 18 (dezoito) anos, a compensação somente poderá ser feita
mediante a assistência do sindicato da categoria profissional à qual pertencer o empregado.
Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de l1 horas consecutivas para
descanso. Este intervalo entre jornadas deve ser contado do término da jornada de um dia ao início
da jornada seguinte. Além desse descanso, será assegurado a todo empregado um descanso
semanal remunerado (DSR) de 24 horas consecutivas, o qual deverá coincidir, preferencialmente,
com o domingo, no todo ou em parte.
Por outro lado, independente desses descansos destinados ao repouso, a legislação obriga a
concessão de intervalos variáveis para alimentação do trabalhador, dependendo da duração do
trabalho.
Notas:
1º) Somente o Ministério do Trabalho (MTb), ouvida a Secretaria de Segurança e Medicina do
Trabalho (SSMT), poderá reduzir o intervalo mínimo de 1 hora, devendo, contudo, remunerar a
hora reduzida com pelo menos 50% sobre o valor da hora normal de trabalho.
2º) A Convenção Coletiva do Trabalho poderá, em casos especiais, ampliar o intervalo máximo de
2 horas. (Art. 71 da CLT com a redação da Lei nº 8.923/94, que acrescentou o § 40 e a Portaria n º
3.118/89, que normatiza os pedidos de autorização).
1 - Empresas Autorizadas
As empresas que, por exigências técnicas, executam serviços nesses dias, têm, em caráter
permanente, permissão para o trabalho em dias de repouso. Para tanto, a atividade da empresa
deverá estar relacionada no Quadro Anexo ao Decreto n º 27.048/49
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2 - Empresas não Autorizadas
Existem algumas atividades não relacionadas no referido Quadro e que, por suas características,
tornam necessário o trabalho nesses dias, podendo-se obter permissão para tanto. Todavia, deve-
se solicitar à Delegacia Regional do Trabalho autorização transitória, com discriminação do período
autorizado, o qual não dever exceder de 60 (sessenta) dias.
O empregado que for admitido no decorrer da semana fará jus ao DSR integral. Tratando-se,
porém, de rescisão contratual, caso o último dia do aviso prévio trabalhado recaia em qualquer dia
da semana, o empregado perderá o DSR.
O intervalo entre jornadas deverá ser adicionado ao descanso semanal remunerado. Portanto, o
intervalo de 11 horas acrescido das 24 horas de DSR deverá totalizar 35 horas de paralisação no
trabalho.
Quando o feriado recair em domingo ou dia de repouso durante a semana, para os que trabalham
em regime de escala de revezamento, o pagamento do DSR corresponderá a um só dia, não
sendo cumulativas as remunerações.
Conforme artigo 473 da CLT, o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo
do salário:
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exercícios ou manobras de guerra. Não é citado o período em que o cidadão comum vai
alistar-se no Serviço Militar.
Com relação aos empregados horistas, diaristas e semanalistas, os mesmos têm direito ao
repouso, caso trabalhem integralmente durante toda a semana, isto é, desde que tenham cumprido
sua jornada semanal. Assim, faltando ou atrasando injustificadamente perderão a remuneração do
DSR.
3.20.1. – Mensalista
Já nos casos de mensalista e quinzenalista, a matéria é polêmica quanto ao desconto ou não do
DSR quando estes empregados faltam ao serviço sem justificativa legal. Assim sendo, há os que
entendem que o DSR dos mensalistas e quinzenalistas já se encontra incluso no salário dos
mesmos e, mesmo que não cumpram sua jornada semanal integralmente, não perderão o DSR.
Entretanto, há os que entendem que, independentemente de ser horista, diarista, mensalista etc.,
caso não cumpra integralmente a jornada semanal, o empregado perderá o DSR.
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Os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, o percentual de 8%
da remuneração paga ou devida no mês anterior, inclusive o 13º salário. No que se refere às
entidades filantrópicas, não trouxe a Lei n° 8.036, de 11.05.90, disposição especial. Contudo, o
Decreto n° 99.684, de 08.11.90, que a regulamentou, dispôs expressamente estarem as entidades
filantrópicas obrigadas ao depósito mensal de FGTS (art. 27).
No período de vigência da legislação anterior, Lei n° 7.839, de 12.10.89, regulamentada pelo
Decreto n° 98.813, de 10.01.90, já se sujeitavam as entidades filantrópicas ao recolhimento dos
depósitos para o FGTS.
• serviço militar;
• por motivo de licença para tratamento de saúde, até quinze dias;
• acidente do trabalho;
• licença- maternidade;
• depósito é obrigatório quando o trabalhador passar a exercer cargo de diretoria, gerência ou
outro cargo de confiança imediata do empregador.
• Conceito de empregador - Estão incluídos os fornecedores ou tomadores de mão-de-obra.
Assim, o trabalhador temporário tem direito ao FGTS.
• Estão excluídos os eventuais, autônomos, servidores públicos civis e militares sujeitos a
regime jurídico próprio.
• Trabalhador doméstico poderá ter acesso ao regime do FGTS - dependerá de lei.
4.2.1. – Histórico
O objetivo da Seguridade Social é assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à
assistência social. Ela é regida pelo princípio de Justiça de que todo homem tem direito à proteção
contra os riscos de vida.
Historicamente, a primeira data de que se tem notícia da preocupação do homem com relação ao
infortúnio é 1.344. É desse ano o primeiro contrato de seguro marítimo, surgindo mais tarde a
cobertura contra os riscos de um incêndio. Nos tempos modernos, em 1.844, aparecem as
primeiras formas de seguro social, não obrigatório, no Império Austro-húngaro e na Bélgica,
adquirindo o sentido de obrigatoriedade em 1.833, na Alemanha de Bismarck.
No Brasil, o marco inicial da Previdência Social surge com a Lei nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923.
Essa Lei chamou-se Eloy Chaves e dispõe sobre a instituição das primeiras caixas de
aposentadoria, restrita sua proteção a determinadas categorias profissionais, como os ferroviários,
inicialmente. Ainda na década de 20, o seguro social estende-se aos empregados das empresas
de navegação.
Com a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em 1930, por toda essa década a
Previdência se consolidaria no País com a constituição de numerosos institutos - IAPC, IAPB, IAPI,
IAPM e IAPETEC -, estendendo sua proteção aos comerciários, bancários, industriários, marítimos
e trabalhadores em transportes e cargas. Essa proteção era custeada pela contribuição do
segurado, do empregador e da União.
90
Com a Lei Orgânica da Previdência Social nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, foi padronizado o
sistema assistencial. Ela ampliou os benefícios e dela surgiram os seguintes auxílios: auxílio-
natalidade, funeral e reclusão, e ainda estendeu a área de assistência a outras categorias
profissionais.
Por meio do Decreto-lei nº 72, de novembro de 1966, houve a unificação de todos os antigos
institutos com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), efetivamente
implantado a 2 de janeiro de 1967.
A Lei nº 6.439, de 1º de setembro de 1977, instituiu o Sistema Nacional de Previdência e
Assistência Social (SINPAS). Tinha como objetivo a reorganização da Previdência Social.
O SINPAS destinava-se a integrar as atividades de Previdência Social, Assistência Médica,
Assistência Social e de gestão Administrativa, Financeira e Patrimonial, executadas em cada uma
das entidades vinculadas ao Ministério da Previdência e Assistência Social. Era dividido entre as
seguintes entidades:
I. Instituto Nacional de Previdência Social - INPS -, com a competência de conceder e manter
os benefícios e outras prestações em dinheiro.
II. Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social - INAMPS -, com a
competência de prestar assistência médica.
III. Fundação Legião Brasileira de Assistência - LBA -, com a competência de prestar assistência
social à população carente.
IV. Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor - FEBEM -, com a competência de promover a
execução da política nacional do bem-estar do menor.
V. Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social - DATAPREV.
VI. Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social - IAPAS -, com a
competência de promover arrecadação, fiscalização e cobrança das contribuições e demais
recursos destinados à Previdência e Assistência Social.
91
categorias de seus segurados e contribuintes obrigatórios e facultativos, e ainda define de forma
explícita as fontes de financiamento e a competência dos órgãos arrecadadores
Observando os princípios da racionalidade e eficiência na administração dos recursos públicos,
doravante “cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS - a competência para arrecadar,
fiscalizar e normatizar a Contribuição Social dos Empregados e Trabalhadores para a Seguridade
Social, incidente sobre a folha de salários. Ao Departamento da Receita Federal - DRF -, do
Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, continua cabendo a competência sobre as
demais contribuições sociais”(Exposição de Motivos nº 040, de 25.4.91).
Segundo a nova Lei, os valores de salário-de-contribuição devem ser reajustados na mesma época
e com os mesmos índices de reajustamento dos benefícios.
Cabe ressaltar que a nova Lei penaliza o descumprimento das responsabilidades das empresas e
dos indivíduos em relação às contribuições sociais. São vários os instrumentos que elevam as
multas e discriminam os crimes por sonegação fiscal, falsidade ideológica e estelionato.
Ao Conselho Nacional da Seguridade Social, recém-criado com a nova Lei, compete estabelecer
as diretrizes gerais e políticas de integração entre as áreas que compõem a Seguridade Social. A
ele também cabe acompanhar e avaliar a gestão econômica, financeira e social dos recursos e
aprovar e submeter ao Presidente da República os programas anuais e plurianuais.
• saúde;
• previdência;
• assistência social
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contribuitivo
e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, nos termos da lei, a:
I. cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II. proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III. proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV. salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V. pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes.
92
4.2.2.2. – Organização da Previdência Social
A organização da Previdência Social obedecerá aos seguintes princípios:
4.2.3.1. – Saúde
Cabe ao Estado reduzir o risco de doença e de outros agravos. Cabe também ao Estado garantir o
acesso universal e igualitário a ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
A organização das atividades de saúde obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes:
93
acrescentou os parágrafos 9° ao 11° ao art. 195 da Constituição Federal, que transcrevemos
abaixo:
“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I. do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, á
pessoas física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou faturamento;
c) o lucro;
II. do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o
art. 201;
III. sobre a receita de concursos de prognósticos.
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade
social, constarão dos respectivos orçamentos, não integrando ao orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e
prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de
seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social, como estabelecido em lei
não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios.
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido
sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma
alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos
da lei.
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de
cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra.
§ 10º A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações
de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observada a
respectiva contrapartida de recursos.
§ 11º É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os
incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.”
94
4.2.5. – Contribuições à Previdência Social
As empresas, empregador doméstico, produtor rural, pescador, garimpeiro, prognósticos e outras
receitas tem suas contribuições preceituadas nos arts. 22 a 27 da Lei n° 8.212, de 24/07/91, com
algumas alterações posteriores, como vemos a seguir:
“Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no
art. 23, é de:
I. vinte por cento (20%) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados que lhe prestem serviços, destinadas a
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a
forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços
efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença
o
normativa (Redação dada pela Lei n 9.528, de 10/12/97)
II. para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de
incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, conforme dispuser o
regulamento, nos seguintes percentuais, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no
decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
a) um por cento (1%) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes
do trabalho seja considerado leve;
b) dois por cento (2%) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado médio;
c) três por cento (3%) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado grave.
§1º No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência
privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste artigo e no art. 23, é devida a
contribuição adicional de dois e meio por cento (2,5%) sobre a base de cálculo definida no inciso I
deste artigo.
§2º Não integram a remuneração as parcelas de que trata o §9º do art. 28.
§3º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social poderá alterar, com base nas estatísticas
de acidentes do trabalho, apuradas em inspeção, o enquadramento de empresas para efeito da
contribuição a que se refere o inciso II deste artigo, a fim de estimular investimentos em prevenção
de acidentes.
§4º O Poder Executivo estabelecerá, na forma da lei, ouvido o Conselho Nacional da
Seguridade Social, mecanismos de estímulo às empresas que se utilizem de empregados
portadores de deficiências física, sensorial e/ou mental com desvio do padrão médio.
§5º O disposto neste artigo não se aplica à pessoa física de que trata a alínea ‘a‘ do inciso V
do art. 12 desta Lei (parágrafo acrescentado pela Lei n° 8.540, de 22/12/92).
§6º A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional
destinada à Seguridade Social, em substituição à prevista nos incisos I e II deste artigo,
corresponde a cinco por cento (5%) da receita bruta, decorrente dos espetáculos desportivos de
que participem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos
internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos,
publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos.
§7º Caberá a entidade promotora do espetáculo a responsabilidade de efetuar o desconto de
95
cinco por cento (5%) da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos e o respectivo
recolhimento ao INSS, no prazo de até dois dias úteis após a realização do evento.
§8º Caberá à associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional informar à
entidade promotora do espetáculo desportivo todas as receitas auferidas no evento, discriminando-
as detalhadamente.
§9º No caso de a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional receber
recursos de empresa ou entidade, a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e
símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos, esta última ficará com a
responsabilidade de reter e recolher o percentual de cinco por cento (5%) da receita bruta
decorrente do evento, inadmitida qualquer dedução, no prazo estabelecido na alínea ‘b’, inciso I, do
art. 30 desta Lei.
§10ºNão se aplica o disposto nos §§ 6º ao 9º às demais associações desportivas, que devem
contribuir na forma dos incisos I e II deste artigo e do art. 23 desta Lei.
§11ºO disposto nos §§ 6º ao 9º aplica-se à associação desportiva que mantém equipe de futebol
profissional e que se organize na forma da Lei n° 9.615, de 24/03/98.”
“Art. 23. As contribuições a cargo da empresa provenientes do faturamento e do lucro, destinadas à
Seguridade Social, além do disposto no art. 22, são calculadas mediante a aplicação das seguintes
alíquotas:
I. dois por cento (2%) sobre sua receia bruta, estabelecida segundo o disposto no §1º do art.
1º do Decreto-lei n° 1.940, de 25/05/82, com a redação dada pelo art. 22, do Decreto-lei n° 2.397,
de 21/12/87, e alterações posteriores;
II. dez por cento (10%) sobre o lucro líquido do período-base, antes da provisão para o
Imposto de Renda, ajustado na forma do art. 2° da Lei n° 8.034, de 12/04/90.
§1º No caso das instituições citadas no §1º do art. 22 desta Lei, a alíquota da contribuição
prevista no inciso II é de quinze por cento (15%).
§2º O disposto neste artigo não se aplica às pessoas de que trata o art. 25.
96
• trabalhadores avulsos (estivadores, conferentes etc.).
4.3.1. – Dependentes
Como dependentes entende-se:
97
• ascendentes e irmãos incapazes para o trabalho;
• descendentes até 21 anos ou inválidos de qualquer idade, sem recursos.
Cada cônjuge poderá deduzir seus dependentes, sendo vedada a dedução concomitante de um
mesmo dependente na determinação da base de cálculo mensal.
Para fins de desconto do imposto na fonte, os beneficiários deverão informar à fonte pagadora os
dependentes que serão utilizados na determinação da base de cálculo. No caso de dependentes
comuns, a declaração deverá ser firmada por ambos os cônjuges.
Fica vedada a dedução de dependentes que aufira rendimento tributável no curso do mês de
apuração.
Serão abatidos da renda da esposa os encargos relativos a todos os dependentes do casal,
quando a renda do marido não ultrapassar o limite de isenção do imposto.
Da mesma forma, compete à esposa abater de sua renda o encargo relativo a todos os
dependentes do casal, quando considerada cabeça do casal, nos termos da lei civil, quando o
marido:
Consideram-se também como dependentes, desde que vivam sob a dependência econômica do
contribuinte, os parentes afins, no mesmo grau e condições daqueles aos quais se equiparam,
como: sogro, sogra (equiparados aos pais) etc.
A fim de comprovar a existência de dependentes, o empregado deve firmar, perante a empresa, a
“Declaração de Dependentes para fins de IR”, que deverá ser conservada pela empresa para efeito
de fiscalização. Os dados contidos nessa declaração serão de inteira responsabilidade do
empregado.
4.3.3. – Recolhimento
O recolhimento do IRF sobre os rendimentos do trabalho assalariado é feito por meio do DARF,
com código da receita 0561, em duas vias.
98
Fatos Geradores ocorridos a contar de 01.01.92 consoante o disposto na Lei nº 8.383, de 30.12.91,
os recolhimentos referentes ao Imposto de Renda Retido na Fonte observam os seguintes prazos:
Estão também sujeitos à incidência do Imposto de Renda na Fonte os rendimentos auferidos pela
prestação de serviço sem vinculação empregatícia. Integram tais rendimentos as importâncias
pagas ou creditadas por pessoa jurídica a pessoa física, a título de comissões, honorários,
gratificações, corretagens, direitos autorais ou remuneração por qualquer outro serviço prestado,
bem como os rendimentos pagos ou creditados a vendedores, viajantes comerciais, corretores ou
representantes comerciais. Calculados de acordo com a tabela progressiva unificada, ou seja, a
mesma aplicada aos rendimentos do trabalho assalariado.
A retenção é feita no ato do pagamento ou do crédito e os prazos de recolhimento são os mesmos
previstos anteriormente. O recolhimento é feito por meio do DARF, em duas vias, utilizando-se o
código da receita 0588.
Pode ocorrer que a mesma pessoa preste serviço duas ou mais vezes durante o mesmo mês a
uma determinada empresa. Neste caso, tendo em vista que a tabela progressiva diz respeito a
rendimentos mensais, a empresa somará todos os rendimentos do mês para verificação do
imposto a reter.
99
CAPÍTULO 5 – CÁCULO DE FÉRIAS
5.1. – Apuração
Todo empregado fará jus a férias anuais, obedecendo à escala abaixo, que leva em consideração
as faltas injustificadas do empregado nos 12 meses que constituem o período aquisitivo.
A interrupção da prestação de serviços pelos motivos acima mencionados deverá ser anotada na
CTPS e no Livro ou Ficha de Registro dos Empregados. Quando o empregado retornar aos
serviços, iniciar-se-á um novo período aquisitivo.
100
Neste caso, a remuneração em dobro será acrescida do terço constitucional - Enunciado do TST nº
81.
Excepcionalmente, o período de férias poderá ser fracionado em dois períodos, um dos quais não
poderá ser inferior a 10 dias. Tratando-se de procedimento excepcional, fica evidente a obrigação
de a empresa justificar o fracionamento em dois períodos, o que poderá ocorrer a pedido do
trabalhador ou por necessidade da empresa.
Os empregados menores de 18 anos e maiores de 50 anos deverão gozar suas férias em um único
período, sendo, portanto, vedado o fracionamento, inclusive em se tratando de férias coletivas.
O empregado menor estudante tem direito de fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
Nesta situação, inclui-se o menor aprendiz que deverá ter seu período de gozo coincidente com as
férias do SENAC ou do SENAI.
Quando os membros de uma mesma família prestarem serviços ao mesmo empregador, poderão
solicitar suas férias em um mesmo período. Entretanto, esta possibilidade depende da vontade do
empregador, que poderá negá-la se a ausência destes empregados resultar em prejuízos para os
serviços.
Deve-se considerar, finalmente, que a época da concessão das férias será sempre a que melhor
consulte os interesses do empregador, ressalvada a hipótese do estudante menor.
A concessão de férias será participada por escrito ao empregado, com antecedência mínima de 30
dias, devendo o interessado tomar ciência do recebimento da participação.
• As férias deverão ser pagas com base no salário da época em que foram concedidas.
• Se, eventualmente, ocorrerem reajustes salariais na empresa, com início de vigência durante
as férias do empregado, este fará jus ao complemento do valor por ocasião da concessão.
• Salário por hora, com jornada variável: apura-se a média aritmética do número de horas do
período aquisitivo, aplicando-se o valor da remuneração à data da concessão.
• Salário por tarefa: apura-se a média aritmética da produção, dentro do período aquisitivo,
aplicando-se no resultado o valor da tarefa na data da concessão.
• Salário por comissão: apura-se a média percebida pelo empregado, dentro dos 12 (doze)
meses que antecedem a data da concessão das férias.
101
5.9. – Adicionais / Cômputo
Devem integrar o salário para efeito de pagamento das férias. Se, na época da concessão, o valor
pago a título de adicional não for o mesmo do período aquisitivo, ou se os pagamentos não tiverem
sido uniformes, deverá ser apurada a média duodecimal percebida naquele período, após a
atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais de reajustes salariais
supervenientes.
O pagamento das férias e do abono, se for o caso, deverá ser feito até 2 (dois) dias antes de o
empregado entrar em férias.
Quando o empregado faz horas extras, as mesmas também são consideradas para os cáculos de
férias, levando-se em consideração a média duodecimal, conforme exposto no último exemplo
deste capítulo (pg XX)
O empregado não poderá entrar em gozo de férias sem que apresente ao empregador sua Carteira
de Trabalho e Previdência Social, para as anotações regulares, devendo referidas anotações
serem feitas na Ficha ou no Livro de Registro de Empregados.
Nossa legislação permite ao empregado, quando não concedidas as férias no período legal,
pleitear na Justiça do Trabalho a marcação de suas férias, oportunidade em que o Juiz determinará
através de sentença a época de gozo das mesmas.
O não cumprimento pela empresa implicará o pagamento ao empregado de 5% do salário mínimo,
por dia de atraso que ultrapassar a data determinada pelo Juiz para o início das férias.
Cópia da decisão da Justiça do Trabalho será enviada ao Ministério do Trabalho, para que a
empresa seja autuada administrativamente.
Empregado em gozo de férias não pode prestar serviços a outro empregador, salvo se obrigado a
fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.
5.13.1. – Conceito
Podem ser concedidas a todos os empregados da empresa ou a determinados estabelecimentos
ou setores.
102
empresa deve:
• comunicar à DRT as datas de início e fim das férias com antecedência mínima de 15 dias, indi-
cando quais os setores ou estabelecimentos atingidos;
• enviar, ao sindicato representante da categoria profissional, cópia da comunicação feita à DRT
no mesmo prazo;
• afixar, nos locais de trabalho, aviso da medida tomada.
Exemplo:
Quando foram concedidas as coletivas, o direito adquirido do empregado era de apenas 15 dias
(30 dias:12 x 6 meses).
• Remuneração
15 dias - férias proporcionais acrescidas de 1/3 (vide item 22.3.2)
05 dias - licença remunerada
20 dias - total de férias coletivas/licença remunerada
103
aquele que tiver direito a 30 dias de férias poderá optar por descansar todo o período, ou apenas
durante 20 dias, recebendo os 10 dias restantes (1/3 de 30 dias) em pecúnia.
O abono deverá ser requerido pelo empregado, por escrito, até 15 dias antes do término do
período aquisitivo. Após esse prazo, a concessão do abono ficará a critério do empregador.
5.14.3. – Penalidades
Os infratores aos dispositivos relativos a férias são punidos com multa, por empregado em situação
irregular.
Aplica-se multa em dobro nos seguintes casos:
• reincidência;
• embaraço ou resistência à fiscalização;
• emprego de artifício ou simulação objetivando fraudar a lei.
RECIBO DE FÉRIAS
104
RECIBO DE FÉRIAS
RECIBO DE FÉRIAS
105
Mês Hora Extra 50% Hora Extra 100%
De posse dos valores totais, transformamos as horas extras em horas normais, atribuindo-lhes os
devidos percentuais:
Total 306,40
RECIBO DE FÉRIAS
106
CAPÍTULO 6 – CÁCULO DO 13º SALÁRIO
A Constituição Federal, Capítulo II - Dos Direitos Sociais, dispõe em seu art. 7 inciso VIII, que os
trabalhadores urbanos e rurais, inclusive os domésticos, fazem jus ao “décimo terceiro salário com
base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria”.
A gratificação de Natal (13º salário), instituída pela Lei nº 4.090/62, é devida a todo empregado e
aos trabalhadores avulsos, independentemente da remuneração a que fizerem jus.
Esta gratificação corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro ao empregado, por
mês de serviço, entendido como tal a fração igual ou superior a 15 dias.
O 13º salário é pago em duas parcelas: a primeira entre os meses de fevereiro e novembro e a
segunda, até 20 de dezembro.
Nota : Não há incidência de encargos (INSS e IR) sobre a primeira parcela do 13º, apenas o
recolhimento do FGTS.
Exemplos:
a) mensalista que percebe o salário de R$ 600,00 : 2 = R$ 300,00 (1ª parcela)
Nestes casos, o cálculo da 1ª parcela do 13º salário será feito na forma do exemplo anterior,
considerando-se, porém, 1/12 do salário mensal por mês de serviço, a partir da admissão, até o
mês de outubro, sendo que as frações iguais ou superiores a 15 dias serão tidas como mês
integral.
Após a apuração do 13º salário integral, deduz-se o valor pago por ocasião da 1ª parcela.
Exemplo:
Empregado que tem o salário mensal de R$ 1500,00 e recebeu a primeira parcela do 13° no mês
de novembro.
107
13° Salário 1.500,00
(-) INSS s/ 13° Salário 138,09
(-) IRRF s/ 13° Salário 69,28
(-) 1ª Parcela do 13º Salário 750,00
Nota: O recolhimento do FGTS deve ser feito com base no valor do 13º total ( - ) o valor da primeira
parcela, pois conforme ítem 7.1.2., o recolhimento da primeira parcela já deve ser considerado.
No cálculo do 13º salário integral, são considerados, nos casos de salário variável, para apuração
da média salarial, os valores recebidos até o mês de novembro. Isto se justifica, pois nessa
ocasião é impossível saber o valor devido a esse título (comissão) no mês de dezembro.
Assim, até o 5º dia útil de janeiro do ano seguinte deve-se efetuar o ajuste da diferença que
eventualmente tenha ocorrido no cálculo do 13º salário. Para tanto, a empresa recalculará a média
salarial desses empregados, computando-se, agora, o valor percebido no mês de dezembro.
Se a diferença encontrada for favorável ao empregado, deverá ser paga até aquela data. Caso
contrário, o valor será descontado.
O acerto até 5º dia útil decorre da Lei nº 7.855/89, muito embora o regulamento do 13º salário men-
cione o 10º dia de janeiro do ano seguinte.
Para os empregados admitidos no curso do ano, adota-se idêntico critério dos exemplos citados
atribuindo-se, porém, 1/12 por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias dentro do mês
civil, a partir da admissão até 31.12. Nestes casos, tratando-se de salário variável, a média será
apurada no período compreendido entre a admissão até o mês de novembro.
Tratando-se de acidente do trabalho, a empresa deverá pagar 13º salário integral, isto é, as
ausências decorrentes de acidente do trabalho não reduzem o cálculo do 13º salário. Contudo, se
o INSS pagou o abono anual, existe entendimento no sentido de que caberá à empresa pagar tão-
somente a diferença entre o abono anual recebido e o 13º salário, evitando-se, assim, a
duplicidade de pagamento.
No caso de convocação para prestação do serviço militar obrigatório, o empregado não faz jus ao
13º salário correspondente ao período de afastamento.
Nota: Quando do pagamento do 13º salário na rescisão do contrato de trabalho, não haverá
incidência do INSS sobre a parcela calculada sobre o aviso prévio indenizado (Dec. N.º 612/92 -
art. 37, § 9º)
108
CAPÍTULO 7 – CÁCULO DE RESCISÃO CONTRATUAL
7.1.1. – Finalidade
A relação de emprego se estabelece, em regra mediante acordo bilateral denominado contrato de
trabalho. Contrato de trabalho é, portanto, um acordo espontâneo firmado entre empregador e
empregado, em razão do qual este se obriga a prestar trabalho em caráter permanente e habitual,
mediante pagamento de salário e subordinação hierárquica.
Ocorrendo rescisão de contrato de trabalho, por manifestação de vontade de ambas as partes
(bilateral), teremos configurado um distrato. Se a rescisão ocorrer por iniciativa de uma das partes,
teremos:
O aviso prévio é necessário nos contratos de trabalho firmados por prazo indeterminado, inclusive
os dos trabalhadores rurais. É necessário tanto para o empregado demitido, que precisa procurar
outro emprego, como para o empregador, que precisa de um substituto para o lugar do empregado
demissionário.
Nota: Havendo recusa do empregado em receber o aviso, a empresa deve solicitar a duas
pessoas que assinem como testemunhas. Esse procedimento é legal e o prazo corre normalmente.
Pode-se também enviar o aviso prévio por intermédio de telegrama com Aviso de Recebimento ou,
ainda, por carta com AR (Aviso de Recebimento).
Empregado Rural
Durante o prazo do aviso, se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador rural, o empregado
tem direito a 1 dia por semana, sem prejuízo do salário integral, para procurar outro emprego.
109
obtido o valor da tarefa vigente à época da rescisão.
7.1.6. – Reconsideração
É facultado à parte notificada aceitar ou não a reconsideração. Em caso afirmativo ou continuando
a prestação de serviço após o término do prazo de aviso prévio, o contrato continuará a vigorar,
como se o aviso prévio não tivesse sido dado. Posteriormente, mediante novo aviso o contrato
será rompido.
Ilmo ( a ). Sr. ( a ).
<NOME>
Prezado ( a ) Senhor ( a ).
Vimos pela presente comunicar-lhe que, não sendo mais necessários os seus serviços à nossa
Empresa, ficam os mesmos dispensados a partir desta data.
V. Sa. deverá comparecer no dia <DATA_HOMOL> às <HORA_HOMOL> horas, no
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel de São Paulo, sito a Rua Direita, 152 - Centro
- São Paulo/SP, para receber suas verbas rescisórias.
Atenciosamente,
Ciente:
<NOME>
110
7.1.9. – Modelo – Pedido de Demissão
À
Cia. Paulista de Papel S/A
Através desta venho solicitar meu pedido de demissão a esta conceituada empresa, a qual faço
parte do quadro de funcionários desde 06 de fevereiro de 1995.
O motivo que me leva a tal decisão é de ordem particular, pelos quais peço também a V. Sa. o
obséquio de dispensarem-me do cumprimento do período de 30 ( trinta ) dias de Aviso Prévio
previsto em lei, dando-me assim saída a partir de hoje.
Sendo só para o momento, desde já agradeço.
Atenciosamente,
<NOME>
111
7.1.10. – Modelo – Demissão por Justa Causa
<NOME>
Setor: <NOME>
Cia. Paulista de Papel S/A, vem pela presente informá-la que seu contrato de trabalho fica
rescindido a partir desta data;
Ademais, salientamos que os motivos que ensejaram a presente medida, em relação a V. Sa., se
enquadram nos exatos termos do Art. 482 , alínea “a ” ( improbidade ) da Consolidação das
Leis do Trabalho;
Portanto, fica designada a data de XX / XX / XX, às XX:00 horas, a fim de receber seus haveres
rescisórios, no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel de São Paulo, sito a Rua
Direita, 152 - Centro - São Paulo/SP.
Sem mais, solicitamos sua assinatura, dando ciência na cópia anexa.
Atenciosamente.
Cia. Paulista de Papel S/A
Ciente e de acordo:
<NOME>
TESTEMUNHAS:
1) _______________________
2) _______________________
112
7.2. – Tabela de Verbas Rescisórias
VERBAS RESCISÓRIAS
SALDAVIS FÉRIAS 13º FGTS I
O O S N
A D
EXTINÇÃO / MOTIVO D P L E
E R Á N
SALÁ É R I
R V I Z
I I O A
O O Ç
S Ã
O
ART.
4
7
9
V P A 8 M
E R D % U
N O I L
C P C M T
I O I Ê A
D R O S D
A C N D E
S I A A 4
Extinção Antecipada do Contrato à Prazo
Determinado Sem Previsão de Aviso
Prévio
Por iniciativa do empregador
113
Antes de completar 1 ano de sim não não não não não sim não não
serviço......................
Após 1 ano de sim não sim não sim não sim não não
serviço............................................
(*) Quando houver cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão, na sua utilização,
aplicar os princípios da rescisão dos contratos a prazo indeterminado, inclusive com direito
ao aviso prévio.
... continuação
VERBAS RESCISÓRIAS
SALDAVIS FÉRIAS 13º FGTS I
O O S N
A D
EXTINÇÃO / MOTIVO D P L E
E R Á N
SALÁ É R I
R V I Z
I I O A
O O Ç
S Ã
O
ART.
4
7
9
V P A 8 M
E R D % U
N O I L
C P C M T
I O I Ê A
D R O S D
A C N D E
S I A A 4
Pedido de demissão
Antes de completar 1 ano de sim não Nã não não não sim não não
serviço...................... (**) o
Após 1 ano de sim não Sim sim sim sim sim não não
serviço............................................ (**)
114
falecimento do empregado
(**) No pedido de demissão é devido o aviso prévio pelo empregado sob pena de desconto
do valor correspondente, pelo empregador, das verbas rescisórias.
7.3. – Homologação
Operada a rescisão do contrato de trabalho do empregado, devem ser obedecidas pela empresa
as formalidades legais no que tange ao documento que representa o acerto final e definitivo de
contas com o empregado.
No caso de contar o empregado menos de ano de serviço, o acerto final de contas não depende de
homologação, podendo ser feito no próprio local de trabalho, contudo, contando o empregado mais
de ano de serviço, o pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão de contrato de
trabalho, por ele firmado, só será válido quando feito a homologação junto aos órgãos
competentes.
Transcrevemos a seguir, o art. 477 da CLT, que disciplina as formalidades a serem observadas
quando do acerto final de contas decorrente da rescisão do contrato de trabalho.
115
São competentes para assistir ao empregado na rescisão do contrato de trabalho, cuja vigência
tenha ultrapassado o período de 1 ano, o Sindicato da respectiva categoria profissional, a
autoridade do Ministério do Trabalho, ou, na falta destes, o representante do Ministério Público ou
defensor, onde houver, e o Juiz de Paz, na falta ou impedimento das autoridades anteriormente
descritas.
Das Partes
No ato de homologação, as partes deverão estar presentes na figura do empregador e do
empregado.
Todavia, o empregador, não podendo comparecer, poderá ser representado por um preposto
credenciado, e o empregado, excepcionalmente, poderá ser representado por um procurador com
poderes especiais (procuração pública).
Na hipótese de o empregado ser menor de idade, será obrigatória a presença e assinatura do pai
ou da mãe ou, ainda, do responsável legal, que deverá comprovar essa qualidade.
Caso se trate de empregado menor ou analfabeto, obrigatoriamente, o pagamento deverá ser feito
em moeda corrente.
Observação:
Regra geral, na rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado o empregador
tem 10 (dez) dias para efetuar o pagamento das verbas rescisórias. Todavia, se faltarem menos de
10 (dez) dias para o término do contrato, o pagamento deverá ser efetuado no 1º dia útil após o
término do referido contrato.
7.3.4. – Informações Adicionais
Na hipótese de a rescisão contratual ocorrer por justa causa, a homologação só será efetivada
quando o empregado expressamente reconhecer, perante o agente homologador, a falta praticada.
Os órgãos competentes não procederão à homologação se a dispensa de empregados ocorrer nos
seguintes casos:
• da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até o quinto mês após o parto;
• do empregado eleito para cargo de direção da CIPA, desde o registro de sua candidatura até
um ano após o final do mandato;
116
• do empregado sindicalizado, a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato;
• dos demais empregados com garantia de emprego por força de acordo, convenção coletiva,
sentença coletiva, sentença normativa ou lei;
• durante o período de interrupção ou suspensão do contrato de trabalho.
Nota: Vide íntegra das Instruções Normativas nº 2/92 e 2/94, do Enunciado TST nº 330, da Portaria
nº 3.821/90, e da Circular nº 5/90.
7.4. . – Seguro-Desemprego
7.4.1. – Finalidade
O programa do seguro-desemprego tem por objetivo promover assistência financeira temporária ao
trabalhador desempregado em virtude de despedida sem justa causa e, ainda, auxiliar o mesmo na
busca de novo emprego, podendo, a esse efeito, promover a sua reciclagem profissional.
7.4.1.1. – Habilitação
Somente fará jus ao seguro-desemprego o trabalhador despedido sem justa causa que comprovar:
Nota: A Lei nº 8.669, de 30.06.93, dispensou até 31.12.93 a exigência do requisito acima.
7.4.3. – Pagamento
O benefício será recebido pessoalmente pelo segurado, no domicílio bancário por ele indicado,
mediante a apresentação dos seguintes documentos: CTPS, PIS/ PASEP, CD, Termo de Rescisão
do Contrato de Trabalho e Documento de levantamento do FGTS.
Cabe ao agente pagador conferir os critérios de habilitação e registrar o pagamento da parcela na
CTPS.
7.4.3. – Suspensão
O pagamento do benefício será suspenso nas seguintes situações:
117
• admissão do trabalhador em novo emprego;
• início de percepção de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto o auxí-
lio acidente e o abono de permanência em serviço;
• início de percepção de auxílio-desemprego.
7.4.4. – Cancelamento
O benefício será cancelado por dois anos, dobrando-se na reincidência, caso haja a recusa por
parte do trabalhador desempregado em aceitar outro emprego condizente com a sua qualificação e
remuneração anterior, bem como se comprovada a fraude visando a percepção indevida do
benefício e por morte do segurado.
118
Base INSS s/ Saldo de Salários (Empresa) 64,33
Base IRRF s/ Saldo de Salário 59,81
Base INSS s/ 13º Salário Indenizado (Empregado) 964,99
Base INSS s/ 13º Salário Indenizado (Empresa) 964,99
Base IRRF s/ 13º Salário Indenizado 929,69
Base IRRF s/ Férias Indenizadas 2.912,21
Base FGTS s/ Saldo de Salários 64,33
Base FGTS s/ 13º Salário (Indenizado + Proporcional) 1.125,82
Base FGTS s/ Aviso Prévio 1.930,00
O FGTS será reclhido junto `a Caixa Econômica Federal na Guia de Recolhimento Rescisório do
FGTS e Informações à Previdência Social – GRFP, ou Guia de Recolhimento Rescisório – GRR
(caso a empresa tenha o Sistema Informatizado fornecido pela CEF). O demitido fará o saque do
valor depositado juntamente com o saldo do FGTS, apresentando para tal as guias acima citadas,
a CTPS e o TRCT devidamente autenticado pelo órgão homologador.
119
CAPÍTULO 8 – FOLHA DE PAGAMENTO
8.1. – Obrigatoriedade
“A empresa é obrigada a:
Desta forma, serão lançados mensalmente na folha de pagamento todos os créditos a que o
empregado faz jus, em razão da prestação de serviços.
A remuneração paga ao empregado deverá discriminar todas as verbas que a compõem, ou seja,
salário, horas extras, adicional noturno, adicional de periculosidade, insalubridade, considerando
que a legislação trabalhista proíbe o chamado salário complessivo, isto é, aquele que engloba
vários direitos legais ou contratuais do empregado. Nesse sentido, manifestou-se o Tribunal
Superior do Trabalho, por meio do Enunciado nº 91:
“Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender
englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.”
Competência : Setembro/1999
Empregado : João José da Silva
Registro nº : 005584
Nº dependentes p/ IR: 01
Nº dependentes p/ SF:00
Salário Mensal : R$ 1930,00
Horas extras 50% 15,00
Horas extras 100% 8,00
Faltas / Atrasos 8,80
Folha de Pagamento
120
30 dias Salário 1.930,00
15,00 Hora Extra 50% 197,38
8.00 Hora Extra 100% 140,36
7,70 Adicional DRS s/ Horas Extras 67,54
INSS s/ Salário 138,09
IRRF s/ Salário 198,25
8,80 Faltas / Atrasos 77,19
A empresa deverá descontar de seus empregados a contribuição previdenciária que incidirá sobre
a remuneração efetivamente paga ou creditada no mês, recolhendo o produto no dia 02 do mês
seguinte ao da competência, prorrogado o prazo para o primeiro dia útil subseqüente se o
vencimento cair em dia em que não haja expediente bancário.
O desconto será efetuado mediante a aplicação das alíquotas apontadas pela Previdência Social,
de forma não cumulativa, sobre o salário-de-contribuição, de acordo com tabela divulgada pela
Previdência Social, PG XXXX.
121
Federação, deverá preencher o formulário referente a cada um, separadamente, com os dados
suficientes à identificação e localização do estabelecimento que teve movimentação de
empregados.
8.5.4. – Preenchimento
O formulário deverá ser preenchido conforme as instruções impressas no anverso da sua 2ª via,
sendo que para o preenchimento das informações inerentes aos “códigos e títulos ocupacionais” e
“códigos e títulos de atividades econômicas” deverão ser utilizadas as informações constantes da
Estrutura Agregada da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) – VIDE TABELAS – PG xxxx
e da Classificação de Atividades Econômicas - IBGE, VIDE TABELAS – PG xxxx divulgadas,
respectivamente, conforme Portaria nº 03, de 23.01.92, do Secretário Nacional do Trabalho, e
Resolução nº 54, de 19.12.94, do IBGE.
O CAGED também poderá ser entregue em disquete, onde a exatidão das informações serão
checadas por um validador.
122
CAPÍTULO 9 – TABELAS
Deduções :
OBSERVAÇÕES:
• IRRF será recolhido à Receita Federal através do DARF – Documento de Arrecadação das
Receitas Federais.
• A data do recolhimento é no terceiro dia útil da semana subsequênte ao fato gerador, ou seja
no terceiro dia da semana seguinte à operação.
OBSERVAÇÕES:
• O recolhimento à Previdência será feito na GPS – Guia da Previdência Social, com vencimento
do dia 02 de cada mês.
123
9.4. – Tabela de Incidência de Encargos
Nota:
124
sindicato da respectiva categoria profissional, a fim de certificar-se
do correto procedimento a ser adotado nessa questões.
02 Adicionais (insalubridade, periculosidade, noturno, transferência e Sim Sim Sim
de função)
125
alínea "b" do parág. 8º do art.28 também da Lei nº 8.212/91, no
Projeto de Lei de Conversão nº 13/97, que culminou na Lei nº
9.528/97. Assim, com base nesse vetos não há, ate o presente
momento, uma posição oficial dos órgãos previdenciários no que
tange à incidência previdenciária ou não sobre a parcela do 13º
salário proporcional relativo ao período do aviso prévio
indenizado.
3º) O valor integral do 13º salário submete-se ao IR no ato da sua
quitação (no mês de dezembro ou por ocasião da rescisão do
contrato de trabalho), separadamente dos demais rendimentos
pagos ao beneficiário no mês, podendo ser feitas no rendimento
bruto todas as deduções permitidas para fins de determinação da
base de cálculo do imposto (RIR/94 - art. 654).
08 Comissões Sim Sim Sim
09 Diárias para viagem
Não Não Não
a) até 50% do salário
Sim Sim Sim
b) superiores a 50% do salário (sobre o total)
Notas:
1ª) A Isenção do IR beneficia, exclusivamente, as diárias, não
superiores a 50% do salário, destinadas ao pagamento de
despesas de alimentação e pousada, por serviço eventual realizado
em município diferente do da sede de trabalho (RIR/94 - art. 40,
XII, e PN CST Nº 10/92).
2ª) A incidência do IRRF (Letra "b") não se aplica à hipótese de
reembolso de despesas condicionado à prestação de contas
mediante apresentação dos documentos comprobatórios dos
gastos realizados, porque esse tipo de reembolso não caracteriza
rendimento para quem o recebe.
3ª) Para fins previdenciários, tanto a Lei nº 8.212/91 como seu
regulamento (Decreto nº 2.173/97), estabelecem o limite de 50%
em função da remuneração mensal do empregado e não do seu
salário.
10 Estagiários (admitidos na forma das Leis nº 6.494/77 e 8.859/94) Não Não Sim
11 Férias Normais gozadas na vigência do contrato de trabalho Sim Sim Sim
(inclusive o terço constitucional)
Nota:
O cálculo do IR efetua-se em separado do salário, computando-se
o valor das férias, acrescido abonos previstos no inciso XVIII do art.
7º da Constituição Federal e no art. 143 da CLT (RIR/94, art. 634).
12 Férias em dobro na vigência do contrato de trabalho Sim Sim Sim
(1º) (2º) (3º)
(CLT, art. 137)
Notas:
1ª) Lembra-se que, com base no art. 28, parág. 9º, alínea "d", da
Lei nº 8.212/91, na redação dada pela Lei nº 9.528/97, ficou
definido que não integram o salário-de-contribuição "as
importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo
adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da
remuneração de férias de que trata o art. 137 da CLT".
126
2ª) o valor correspondente à dobra da remuneração das férias não
integra a remuneração para efeito de incidência do FGTS (IN SFT
nº 03/96 – Parte II, ítem 2, "q"). A base de cálculo é a
remuneração simples.
3ª) Na base de cálculo do IRRF computa-se o total pago,
efetuando-se as deduções cabíveis (dependentes, contribuição ao
INSS e pensão judicial).
13 Férias Iindenizadas Pagas na Rescisão Contratual Não Não Sim
(simples, em dobro e proporcionais)
Notas:
1ª) Aos trabalhadores urbanos, rurais e Domésticos assegura-se o
"gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a
mais do que o salário normal" (CF, art. 7º XVII e XXXXIV e
parágrafo único). Quanto às incidências, o referido terço
constitucional não integra o salário-de-contribuição Quando pago
em rescisão contratual, conforme conclui-se do disposto no art. 28,
parág. 9º, alínea "d", da Lei nº 8.212/91, na redação dada pela Lei
nº 9.528/97 (veja 1ª 'nota da rubrica do ítem 12). Relativamente ao
FGTS, vale lembrar que o parág. 6º do art. 15 da Lei nº 8.036/90,
inserido pelo art. 22 da Lei nº 9.711/98, prevê que não se incluem
na remuneração, para os fins da Lei nº 8.036/90, as parcelas
elencadas no parág. 9º do art. 28 da Lei nº 8.212/91. Nesse
aspecto, tendo em vista que o adicional de 1/3 de férias pago em
rescisão contratual não sofre a incidência previdenciária, também
não sofrerá a incidência do encargo de FGTS.
2ª) O cálculo do IR efetua-se em separado do salário, computando-
se o valor das férias, acrescido dos abonos previstos no inciso XVII
do art. 7º da CF e no art.143 da CLT (RIR/94, ART. 634).
14 Fretes, carretos ou transporte de passageiros pagos a pessoa Não Não Não
jurídica
15 Fretes, carretos ou transporte de passageiros pagos a pessoa
física autônoma
Notas:
1ª) O rendimento tributável pelo IR corresponderá a 40% do
rendimento bruto pago, quando decorrente do transporte de cargas,
e a 60% do rendimento bruto pago, quando decorrentes do
transporte de passageiros 9RIR/94 - art. 48)
2ª) Até que o MPAS estabeleça os percentuais de que trata o parág.
4º do art. 25, será utilizada a alíquota de 11,71% sobre o valor bruto
do frete, carreto ou transporte de passageiros (ROCSS, art. 146).
16 Gorjeta
Sim Sim Sim
a) espontânea (estimativa)
Sim Sim Sim
b) compulsória
17 Gratificações ajustadas ou contratuais Sim Sim Sim
18 Horas extras Sim Sim Sim
19 Indenização adicional (empregado dispensado sem justa causa no Não Não Não
período de 30 dias que antecede a data de sua correção salarial -
Lei n7 7.238/84, art. 9º).
20 Indenização por tempo de serviço Não Não Não
127
21 Indenização do art. 479 da CLT (metade da remuneração devida Não Não Não
até o término do contrato a prazo determinado, rescindido
antecipadamente)
22 Licença-paternidade (CF/88, art. 7º, XIX) Sim Sim Sim
23 Participação nos lucros Não Não Sim
Nota:
Desde que concedida nos termos da MP nº 1.698-51/98 e das Leis
nºs 9.528/97 e 9.711/98, não haverá incidência previdenciária nem
do FGTS sobre a participação no lucros. Somente haverá tributação
na fonte, em separado dos demais rendimentos, como
antecipação do Imposto de Renda devido na declaração de
rendimentos da pessoa física.
24 Prêmios Sim Sim Sim
Nota - Quanto ao IRRF, observar que:
I - os prêmios em bens dados a funcionários ou a representantes
comerciais autônomos, como estímulo à produtividade, sem
sorteio, concurso ou vale-brinde, são considerados
rendimentos do trabalho e submetem-se ao desconto do imposto
mediante aplicação da tabela progressiva, juntamente com os
demais rendimentos pagos ao beneficiário no mês (arts. 633 e 636
do RIR/94 e PN CST nº 93/74);
II - os prêmios distribuídos em bens ou serviços por meio de
concursos ou sorteios de qualquer espécie sujeitam-se à incidência
do imposto, exclusivamente na fonte, à alíquota de 20%, aplicada
sobre o valor de mercado dos bens na data da distribuição
(arts. 63 da Lei nº 8.981/95 e 1º da Lei nº 9.065/95);
III - os prêmios em dinheiro obtidos em loterias, concursos
desportivos ou sorteios de qualquer espécie submetem-se à
incidência do imposto, exclusivamente na fonte, à alìquota
de 30% (art. 740 do RIR/94).
25 Quebra de caixa Sim Ver Sim
Notas
Notas:
1ª) No que concerne à incidência ou não do depósito do FGTS
sobre o valor pago a título de "quebra de caixa", vale ressaltar que
o parág. 6º do art. 15 da Lei nº 8.036/90, na redação dada pelo art.
22 da Lei nº 9.711/98, prevê que "não se incluem na remuneração,
para os fins desta lei, as parcelas elencadas no parág. 9º do art. 28
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991". Como na relação de
parcelas que não integram o salário-de-contribuição para
fins previdenciários não consta a verba intitulada "quebra de caixa",
há quem entenda que a contrario sensu, tal parcela sujeita-se ao
FGTS. Na esfera administrativa, o Presidente do INSS ao baixar a
Resolução nº 637/98, que trata do manual da Guia de Recolhimento
do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), confirma sua
incidência, quando paga ao bancário e comerciário (subitem 1.12.1,
rubrica XVII).
Não obstante os comentários acima, vale destacar que antes da
citada Lei nº 9.711/98 surgiu a Instrução Normativa nº 03/96, da
128
Secretaria de Fiscalização do Trabalho, cujo item 2, alínea "i", da
Parte II prevê que não integra a remuneração para efeito da
incidência do FGTS a parcela denominada "quebra-de-caixa,
exceto para bancário (Enunciado nº 247 do TST)". Desta forma,
como não houve até o presente momento qualquer revogação ou
modificação oficial na mencionada IN nº 03/96 por parte do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), órgão competente para a
prática de tais atos, há também quem entenda que a quebra de
caixa não passou, automaticamente, a sofrer incidência do FGTS.
Diante dessa linha de entendimento, observa-se que enquanto não
houver a publicação de um ato oficial do próprio TEM, adaptando
ou revogando a citada IN nº 03/96, recomenda-se, como medida
preventiva, que a empresa ou o interessado consulte
antecipadamente o órgão regional do TEM sobre a incidência ou
não do FGTS sobre aquela parcela.
2º) O Enunciado nº 247 do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
dispõe:
"247 - Quebra-de-caixa – Natureza jurídica
A parcela paga aos bancários sob a denominação quebra-de-caixa
possui natureza salarial, integrando o salário do prestador dos
serviços, para os efeitos legais."
26 Retiradas (pro-labore) de diretores-empregados Sim Sim Sim
27 Retiradas (pro labore) de diretores-proprietários (empresários) Sim Não Sim
Nota:
A estes, facultativamente, o regime do FGTS pode ser estendido
(Leis nº 6.919/81) e 8.036/90).
28 Retiradas (pro-labore) de titulares de firma individual (*) Não Sim
(*) Não há ato específico na área previdenciária. Consultar o INSS
local.
29 Salário-família sem exceder o valor legal Não Não Não
30 Salário in natura ( utilidades ) - CLT - art. 458 Sim Sim Sim
Notas:
1ª) Não integra o salário-de-contribuição nem constitui base de
cálculo para a incidência do FGTS e INSS a parcela in natura
recebida pelo empregado de acordo com os programas de
alimentação (PAT) aprovados pelo TEM, nos termos da Lei nº
6.321/76 (Lei nº 8212/91, art. 28, parág. 9º, 'c' e IN SFT nº 03/96 -
Parte II, item 2, "m").
2º) Sobre habitação fornecida por empresa agroindustrial, veja
incidência na Circular IAPAS/SAF nº 258/86.
3º) Não são considerados como salário os vestuários,
equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e
utilizados no local de trabalho para a prestação dos respectivos
serviços (CLT, art. 458, parág. 2º, e Lei nº 8.212/91, art. 28, parág.
9º, "r", na redação da Lei nº 9.528/97).
4º) Os valores correspondentes a transporte, alimentação e
habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para
129
trabalhar em localidade distante da sua residência em canteiro de
obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e
estada, observadas as normas específicas estabelecidas pelo TEM,
não integram o salário-contribuição (Lei nº 8.212/91, art. 28, parág.
9º, "m", na redaçào da Lei nº 9.528/97).
5º) O IRRF não incide sobre alimentação, o transporte e os
uniformes ou vestimentas especiais de trabalho, fornecidos
gratuitamente pelo empregador a seus empregados ou mediante
cobrança de preço inferior ao valor de mercado (art. 40, inciso IV,
do RIR/94).
31 Salário-maternidade Sim Sim Sim
32 Saldo de salário Sim Sim Sim
salários atrasados, pagos acumuladamente:
Sim Sim Sim
correspondentes ao ano-base Sim Sim Sim
relativos a exercícios anteriores
Nota:
O desconto do IR sobre rendimentos pagos acumuladamente
efetuase no mês do pagamento, sobre o total dos rendimentos,
diminuido do valor das despesas com ação judicial necessária ao
seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas
pelo contribuinte.
33 Serviços autônomos de prestador inscrito na Previdência Sim Sim Sim
Social
34 Serviços eventuais sem relação de emprego Sim Não Sim
35 Vale Transporte (Lei nº 7.414/85 e Decreto nº 95.247/87) Não Não Não
36 Remuneração indireta (fringe benefits) concedida a diretores, ( 2ª ) ( 2ª ) Sim
administradores, sócios e gerentes e aos assessores dessas
pessoas.
Notas:
1ª) Se a empresa identificar o beneficiário, a remuneração indireta
deve ser adicionada à sua remuneração normal, incidindo o IR,
mediante aplicação da tabela progressiva, sobre o total dos
rendimentos. Caso não seja identificado o beneficiário, a
remuneração indireta sujeita-se à incidência do IR, exclusivamente
na fonte, à alíquota de 25% (art. 61 da Lei nº 8.981/95.
2ª) INSS - Na área previdenciária, o subitem 6.1 da Ordem de
Serviço INSS/DAF nº 151/96 prevê constituírem remuneração do
segurado empresário, dentre outros, para fins de inci
dência, os ganhos habituais, sob a forma de utilidades.
FGTS - Quanto ao FGTS, as empresas sujeitas ao regime de CLT,
que equipararem seus diretores (administradores) não empregados
aos demais trabalhadores, para fins do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, sujeitam-se ao depósito de 8% da remuneração
devida, incluindo as parcelas de que tratam os arts. 457 e 452 da
CLT (remuneração indireta) Lei nº 8.036/90, arts. 15 e 16.
37 Salário-educação (pagamento de indenização de despesas com Não Não Não
ensino de 1º grau) - convênio – FNDE
Nota:
Não há incidência do INSS e do FGTS sobre o valor relativo a plano
130
educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 121 da
Lei nº 9.394/96, e a cursos de capacitação e qualificação
profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa,
desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e
que todos os empregados e dirigentes tenham acesso a ele (alínea
"t" do § 9º do art. 28 da Lei nº 8.212/91 e § 6º do art. 15 a Lei nº
9.711/98).
38 Importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a Não Não Sim
outras pessoas jurídicas, como remuneração pela prestação de
serviços caracterizadamente de natureza profissional.
Notas:
1ª) O desconto do IR é feito mediante aplicação:
a) da alíquota fixa de 1,5% (Lei nº 9.064/95, art. 6º); ou
b) da tabela progressiva prevista para o desconto do imposto sobre
rendimentos do trabalho (atualmente, as alíquotas progressivas de
15% e 25%), quando a pessoa jurídica prestadora dos serviços for
sociedade civil controlada, direta ou indiretamente, por pessoas
físicas que sejam diretores, gerentes ou controladores da pessoa
jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo
cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas (RIR/94
- art. 664).
2ª) Não incide o IR na fonte quando o serviço for prestado por
pessoas jurídicas imunes ou isentas (IN SRF nº 23/86).
3ª) Se a prestação de serviços estiver enquadrada, nos termos da
Ordem de Seviço INSS/DAF nº 203/99, como base de incidência,
reter e recolher 11% do valor bruto na NF ou Fatura, a título de
contribuição para a seguridade social, nos termos do art. 31 da Lei
nº 8.212/91, na redação do art. 23 da Lei nº 9.711/98.
39 Pagamentos ou créditos feitos por pessoas jurídicas a outras Não Não Não
pessoas jurídicas, a título de comissões, corretagem ou qualquer
outra remuneração por representação comercial ou mediação na
realização de negócios civis ou comerciais.
Nota:
A beneficiária dos rendimentos efetua o recolhimento do imposto,
desobrigando-se a fonte pagadora da retenção, nos casos de
comissões e corretagens relativas a:
- colocação ou negociação de títulos de renda fixa; operações
realizadas em Bolsas de Valores e em Bolsas Mercadorias,
distribuição de emissão de valores mobiliários, quando a pessoa
jurídica atuar como agente da companhia emissora; operações de
câmbio; venda de passagens, excursões ou viagens; administração
de cartão de crédito; prestação de serviços de distribuição de
refeições pelo sistema de refeições-convênio e de administração de
convênios (INs SRF nº 153 e 177/87 e IN DRF nº 107/91).
40 Seviços de propaganda e publicidade, pagos ou creditados por Não Não Sim
pessoas jurídicas a agências de propaganda
Nota:
A agência de propaganda recolhe o imposto devido na fonte, por
131
conta e ordem do anunciante observadas as normas contidas na
IN SRF nº 123/92.
41 Importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a Não Não Sim
( 2ª ) ( 1ª )
outras pessoas jurídidicas pela prestação de serviços de limpeza e
conservação de bens imóveis, segurança, vigilância e por locação
de mão-de-obra.
Notas:
1ª) O Imposto de Renda incide à alíquota de 1% (RIR/94 - art. 665).
2ª) Se a prestação de serviços estiver enquadradas nos termos da
Ordem de Serviço/DAF nº 203/99, como base de incidência, reter e
recolher 11% do valor bruto na NF ou Fatura, a título de
contribuição para a seguridade social, nos termos do art. 31 da Lei
nº 8.212/91, na redação do art. 23 da Lei nº 9.711/98.
42 Importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a Não Não Sim
( 3ª )
cooperativas de trabalho, associações e assemelhadas, relativas a
serviços pessoais que lhes forem prestados ou colocados à
disposição por associados destas.
Notas:
1ª) Em relação aos fatos geradores ocorridos a parti de 1º.01.95, o
desconto do imposto deverá ser efetuado à alíquota de 1,5% (art.
64 da Lei nº 8.981/95).
2ª) O imposto retido será compensado pelas cooperativas de
trabalho com aquele que tiver de reter por ocasião do pagamento
dos rendimentos ao associado.
3ª) Se a prestação de serviços estiver enquadrada nos termos da
Ordem de Serviço INSS/DAF nº 203/99 como base de incidência,
reter e recolher 11% do valor do bruto na NF ou Fatura, a título de
contribuição para a seguridade social, nos termos do art. 31 da Lei
nº 8.212/91, na redação do art. 12 da Lei nº 9.711/98.
43 Importâncias pagas a pessoas jurídicas a título de juros e de Não Não Sim
indenização por lucros cessantes decorrentes de sentença judicial
Nota:
O desconto é feito mediante aplicação da alíquota de 5% (art. 60, I,
da Lei nº 8.981/95).
132
CAPÍTULO 10 – GLOSSÁRIO
133
RAIS RELAÇÃO ANUAL DE INFORMAÇÕES SOCIAIS
RBPS REGULAMENTO DOS BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
RH RECURSOS HUMANOS
SEBRAE SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
SENAC SEVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL
SENAI SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
SESC SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO
SESI SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA
SRF SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
SSMT SECRETARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
SUS SERVIÇO ÚNICO DE SAÚDE
TRCT TÊRMO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
TRE TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL
TRT TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
TST TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
UF UNIDADE DA FEDERAÇÃO
§ PARÁGRAFO
INTRODUÇÃO
134
Forças que reformam o ambiente de Recursos Humanos
- Competição internacional
É possível olhar todos os negócios como tendo três recurso principais: Capital, Recursos
Naturais e Recursos Humanos. Devido às semelhanças entre as tecnologias básicas aplicadas,
forçou-se o desenvolvimento de vantagens internacionais competitivas, principalmente pelo cultivo
de Recursos Humanos, por ser o único capaz de gerar sinergia.
135
A abertura dos mercados e a globalização da economia, aliadas aos movimentos de defesa do
consumidor e à disponibilidade de informações acabaram com a tranqüilidade de muitas empresas
que tinham o privilégio dos monopólios e reservas de mercados. Essa conjuntura criou o desafio da
competitividade para muitos dirigentes de organizações e os obrigou a focalizar o planejamento
estratégico em duas prioridades: satisfação do cliente e aumento da produtividade.
Foi assim que muitas empresas redescobriram os dois pilares do sistema Toyota de produção:
aumentar a qualidade do produto ou serviço e eliminar os desperdícios do sistema produtivo. A
eficácia do sistema Toyota de produção, porém, está ligada a um modelo participativo, que
depende de envolvimento e comprometimento de todos os funcionários, não de obediência e
controle.
136
Reflexos sobre os hábitos dos clientes
O conceito de empowerment
Management
System
Educational System
C S C I
UA SW R F
O M P I E O
S T N P
T I ET S R
T R AH P
O SM F I O
E A K E P
N V I F C E
R C U E
T NA T O
O M GC P
I U E
O T L
S N S E
N T
WOOD JR, Thomas. "Remuneração estratégica – A nova Vantagem Competitiva ". São Paulo,
editora atlas , 1999. 2ª edição
SEMLER, Ricardo. "Virando a Própria Mesa". São Paulo, Best Seller, 1988.
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BIBLIOGRAFIA
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http://www.canalrh.com.br/cargos/index.cfm