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PRÓPTIA

Retalhos do
Evangelho
Injúrias e violências

António Martinho Fernandes


01/07/2009

O medo de morrer, é mais pelo medo do desconhecido, porém a Doutrina Espírita não tem dúvida nenhuma
sobre a continuação da vida de uma forma natural em seqüência
INJÚRIAS E VIOLÊNCIAS. 1

Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo, IX: 1-5.

SÍNTESE:

1)- Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra. (Mateus., 5:4).

2)- Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Mateus., 5: 9).

3)- Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás, e quem matar será réu no juízo; e o que disser a seu
irmão: Raça, será réu no conselho; e o que disser: és louco, merecerá a condenação do fogo do inferno. (Mateus.,
5: 21-22).

4)- Por estas máximas, Jesus estabeleceu como lei a doçura, a moderação, a mansuetude, a afabilidade e
a paciência.

E, por conseqüência, condenou a violência, a cólera, e até mesmo toda expressão descortês para com os
semelhantes.

Raça era entre os hebreus uma expressão de desprezo, que significava homem reles, e era pronunciada
cuspindo-se de lado.

E Jesus vai ainda mais longe, pois ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.
É evidente que nesta, como em qualquer circunstância, a intenção agrava ou atenua a falta.

Mas por que uma simples palavra pode ter tamanha gravidade, para merecer tão severa reprovação?

É que toda a palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e caridade, que deve regular
as relações entre os homens, mantendo a união e a concórdia.

É um atentado à benevolência recíproca e à paternidade, entretendo o ódio e a animosidade.

Enfim, porque depois da humildade perante Deus, a caridade para com o próximo é a primeira lei de todo o
cristão.

5)- Mas o que dizia Jesus por estas palavras: “bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a
Terra”? Não ensinou ele a renuncia aos bens terrenos prometendo os do Céu?

Ao esperar os bens do Céu, o homem necessita dos bens da Terra para viver. O que ele recomenda,
portanto, é que não se dê a estes últimos mais importância que os primeiros.

Por estas palavras, ele quer dizer que até agora os bens da Terra foram açambarcados pelos violentos, em
prejuízo dos mansos e pacíficos. Que a estes falta freqüentemente o necessário, enquanto os outros dispõem do
supérfluo.

E promete que justiça lhes será feita, assim na terra como no Céu, porque eles serão chamados filhos de
Deus.

Quando a lei de amor e caridade for a lei da humanidade, não haverá mais egoísmo; o fraco e o pacífico n
ao serão mais explorados nem espezinhados pelo forte e o violento.

Será esse o estado da Terra, quando segundo a lei do progresso e a promessa de Jesus, ela estiver
transformada num mundo feliz pela expulsão dos maus.

1
Estudo feito no Centro Espírita, Joana d’Arc a 03/06/2008.

2
**********

PONDERAÇÕES:

Jesus Cristo foi o maior interprete das leis de Deus, e entendeu as leis de causa e efeito minuciosamente,
se vê na minúscula observação, que Jesus consegue ver: que os pacíficos só tinham a ganhar, porque no
finalzinho são chamados filhos de Deus; porque suportam as ofensas do mundo, porque resistem à tentação de
retribuir ofensa por ofensa, são cristãos automaticamente, pois por serem pacíficos dão a outra face, quando
ofendidos.

Veja-se que Jesus não diz:

Serão filhos de Deus, por freqüentarem Igrejas, Instituições ou agregações de seitas, mas Jesus vê na
condição de ser da pessoa:

Ser pacífico, neste caso Jesus não vê como privilégio de Deus dar a uns e não a outros essa condição,
mas pela condição em que a pessoa é, ou seja:

Vejamos, nós se analisarmos uma causa, podemos tirar conclusões de quais serão os efeitos de tal causa,
mas somos de vista curta, não temos muita condição de ir muito além, mas Jesus penetra tão profundo em
‘causas espirituais’, que nos traz o ensino das bem-aventuranças, que são resultados finais:

Mansos herdarão a Terra - Pacíficos, serão chamados filhos de Deus.

Quem foi que Jesus disse que herdará a Terra:

Não foram os guerreiros,


Não foram os conquistadores,
Não foram os valentes,
Não foram os audaciosos,
Não foram os heróis,
Não foram os aventureiros,
Nem... foram os poderosos.

Mas quem? Os mansos!

Quem foi que Jesus disse que será chamado filho de Deus:

Não foram os mais nobres, Não foram os mais inteligentes,


Não foram os Reis, Presidentes ou responsáveis,
Não foram os chefes de Estado, ou de Igrejas, ou de religiões.

Mas quem? Os pacíficos!

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Vejamos que Jesus nas bênçãos trata muito especificamente da moral e da lei de Causas e Efeitos, de
uma maneira nunca tida sido explicada antes, Jesus com autoridade doutrinária, não teve medo de abordar as
leis que nos regem, nomeadamente as de Causas e Efeitos, tanto no lado positivo como do lado negativo, as
palavras: “Bem-aventurados os mansos, ou bem-aventurados os pacíficos”, soa bem em quaisquer ouvidos, mas
eis que Jesus também fala rigorosamente:

“Quem matar será réu no Juízo”,


“Quem disser a seu irmão Raca, será réu no conselho”,
“O que disser louco, merecerá condenação do fogo do inferno”.

3
Esta lição é tida como difícil de entender, mas eis que aqui vem a Doutrina Espírita nos trazer
entendimento, quando nos explica:

“É evidente que nesta, como em qualquer circunstância, a intenção agrava ou atenua a falta. Mas por que
uma simples palavra pode ter tamanha gravidade, para merecer tão severa reprovação? É que toda palavra
ofensiva exprime um sentimento contrário à lei de amor e caridade, que deve regular as relações entre os
homens, mantendo a união e a concórdia. É um atentado à benevolência recíproca e à fraternidade, entretendo o
ódio e a animosidade. Enfim, porque depois da humildade perante Deus, a caridade para com o próximo é a
primeira lei de todo cristão”.

**********

E, explica a Doutrina Espírita que no caso das palavras de Jesus: “Bem-aventurados os mansos e os
pacíficos”:

“Por estas palavras, ele quer dizer que até agora os bens da Terra foram açambarcados pelos violentos,
em prejuízo dos mansos e pacíficos. Que a estes falta freqüentemente o necessário, enquanto os outros
dispõem do supérfluo. E promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no Céu, porque eles serão
chamados filhos de Deus. Quando a lei de amor e caridade for a lei da humanidade, não haverá mais egoísmo; o
fraco e o pacífico não serão mais explorados nem espezinhados pelo forte e o violento. Será esse o estado da
Terra, quando, segundo a lei do progresso e a promessa de Jesus, ela estiver transformada num mundo feliz,
pela expulsão dos maus”.

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Veja-se que aqui neste estudo, Jesus não trata de esconder as realidades espirituais, mas abre o jogo
totalmente, não há dúvida que o tema abordado por Jesus, sem que o povo se apercebesse foi o de Causas e
Efeitos, que abrangia o futuro e as condições do grau espiritual em que as pessoas se encontravam, ou seja, a
condição da pessoa, aqueles com virtudes conquistadas e aqueles mais em estado inferior, que matam que
maltratam seu irmão, e por isso até que tenham progresso e sejam burilados, terão de aceitar suas
conseqüências e enfrentar se for o caso, juízos e conselhos; mas para que isso seja evitado Jesus adverte com
rigor e o Espiritismo exorta-nos ao esforço, para que vençamos impulsos inferiores, daí o progresso, daí nosso
burilamento em acompanhamento na nossa evolução.

Com o conhecimento das regras das leis, seja a do amor, seja a de causas e efeitos, somos chamados a
nos restringir, por exemplo: para não ofender alguém. Daí, esforços que nos traz benefícios e o amadurecimento
de nosso caráter.

Muitos casos que acontecem na vida das pessoas, elas dizem:

Oh, eu não sabia, se eu soubesse isso não acontecia, pois bem, como Jesus sabia que somos Espíritos
imortais, ele não deixou de falar em méritos ou castigos futuros, para que saibamos que somos responsáveis por
nós e por nosso futuro; e, o Espiritismo, não deixa de apontar também a necessidade de nós nos conhecermos,
muito especialmente que somos Espíritos e não um montão de carne com diferenças de tamanho e peso, fortes
ou fracos, machos ou fêmeas, mas Espíritos.

Espíritos imortais com capacidade de evoluir e progredir incessantemente, que em virtude de sermos
imortais, fica claro e obvio que se a vida mortal é de pouca duração, o corpo ao morrer, sai dele o espírito imortal
e continua vivendo, e, que ao vir novamente ao mundo noutro corpo, traz consigo as suas virtudes ou atrasos, no
que ele é, e continuará seu progresso de ascensão para Deus.

Portanto, sendo o Espírito imortal ao reencarnar ele é pré-existente à reencarnação e sobrevivente à


desencarnação e responsável pelo seu progresso.
O Espírito é um ser moral, racional, e inteligente; portanto, em estado mais evoluído ou progressivo ele é:
dócil, tolerante, carinhoso,

4
misericordioso, bondoso,
inofensivo, pacífico,
manso e humilde.

O Espírito em estado mais inferiorizado é:

rebelde, maldoso,
extremamente egoísta,
exigente, inconformável,
instintivamente impulsivo.

Difícil de conviver com pessoas de cultura ou educadas. Mas, não ficará sempre nesse estado, em cada
vida ele progredirá um pouco, pois a lei do progresso institucionada por Deus, visita toda gente e, todos respiram
dessa lei, do mesmo jeito que todos respiram o ar que nos cerca, é uma lei de Deus à qual podemos confiar
nosso crescimento espiritual de grau em grau, cada vez mais purificado, (leia-se no Livro dos Espíritos a escala espírita,
nas questões, n°s 100 a 113).

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Vejamos agora a questão n° 785:

Qual o maior obstáculo ao progresso?

“Os maiores obstáculos são o orgulho e o egoísmo; referindo-nos ao progresso moral, porque o intelectual
se efetua sempre. À primeira vista, até parece que o progresso intelectual multiplica os vícios, desenvolvendo a
ambição e o amor às riquezas, que por sua vez incitam o homem às pesquisas que lhe esclarecem o espírito. Na
verdade, tudo se relaciona, tanto no mundo físico quanto no moral, e do próprio mal pode surgir o bem. Não
obstante, a duração deste estado é breve, modificando-se à medida que o homem melhor compreende a
existência, além dos gozos dos bens terrenos, de uma felicidade bem maior e infinitamente mais duradoura. (ver
egoísmo, cap., 12)

Há duas espécies de progresso que mutuamente se apóiam e, entretanto não marcham juntos: O
progresso intelectual e o progresso moral. Entre os povos civilizados o primeiro recebe em nosso século todos os
estímulos desejáveis, e por isso atingiu um grau até hoje desconhecido. Seria necessário que o segundo
estivesse no mesmo nível. Não obstante, se compararmos os costumes sociais de alguns séculos atrás com os
de hoje teremos de ser cegos para negar que houve progresso moral. Por que, pois, a marcha ascendente da
moral deveria mostrar-se mais lenta que a da inteligência? Por que não haveria entre o século décimo - nono e o
vigésimo quanto tanta diferença nesse terreno como entre o décimo quarto e o décimo - nono? “Duvidar disso
seria pretender que a Humanidade tivesse atingido o apogeu da perfeição, o que é absurdo, ou que ela não é
moralmente perfectível, o que a experiência desmente.”

**********

Bem, então temos que há o progresso intelectual e há o progresso moral, mas que embora um influi o
outro, não marcham juntos, e que então pelos vistos, o progresso intelectual devido aos estímulos da sociedade
é mais rápido e o do moral é mais lento, mas não deixa nem por isso de progredir, porque na verdade tudo se
relaciona tanto no mundo físico quanto no moral, e que pela experiência sabemos que a Humanidade é
moralmente perfectível; ao que nos faz ter cada vez melhor esperança no futuro, não só da sociedade, mas de
nós mesmos, e cada um contribuindo um pouco na moralização da Humanidade, com o tempo a moralidade total
chegará a todos, e o mundo ficará ‘Regenerador’, ao máximo que a perfeição o possa ajustar, e os Espíritos do
Senhor que estejam em grau mais superior de que o mundo possa admitir, serão retirados para mundos mais
superiores cujos merecimentos os mundos possam admitir, e assim por adiante de degrau em degrau sua
felicidade é completada, daí sua fé em Deus é justa, e é então que será dito com convicção: “Os justos viverão
pela fé”, não mais por dogmas, leis, medos ou aflições, porque Deus lhes será o Pastor, e jamais eles se
arredarão do rebanho no sempre e sempre.

5
Pois então, Bem-aventurados os mansos porque herdarão a Terra e Bem-aventurados os pacíficos porque
serão chamados filhos de Deus.

Bem, que Deus seja conosco, assim como outrora, hoje e sempre!

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a)- AFABILIDADE E A DOÇURA 2


b)- A PACIENCIA
Fonte: Evang. Seg. O Espiritismo., IX: 6 & 7

A AFABILIDADE E A DOÇURA

6. A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a
doçura, que lhe são as formas de manifestar-se. Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências. A educação
e a frequentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades. Quantos há cuja fingida bonomia
não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades
interiores! O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno; que são
brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam
pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás

A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que
suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-
se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos. Não se atrevendo a usar de autoridade para
com os estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que
lhes não podem resistir. Envaidecem-se de poderem dizer: "Aqui mando e sou obedecido", sem lhes ocorrer que
poderiam acrescentar: "E sou detestado."

Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum lhes está associado, só há
hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em
sociedade, como na intimidade. Esse, ao demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os
homens, a Deus ninguém engana. - Lázaro. (Paris, 1861.)

A paciência

7. A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes,
bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.

Sede paciente. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo
Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há,
porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou
em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que
acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações
que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as
dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.

2
Estudo feito no Centro Espírita, Joana d’Arc, a 02/ 09/ 2008.

6
Coragem, amigos! Tende no Cristo o vosso modelo. Ele sofreu mais do que qualquer de vós e nada tinha
de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro.
Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. - Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)

PONDERAÇÕES:

Jesus sugeriu: ‘sede perfeitos’,3 que quer dizer na realidade que procuremos nos esforçar para a perfeição,
para o progresso e evolução espiritual e a nossa transformação interior para o bem, pois o que interessa, não é o
valor que os outros dêem a nós, mas o valor que o espírito em nós tenha; não o parecer ser uma pessoa de bem,
mas ser realmente uma pessoa de bem e transformada, de caráter moral e ser pacífico no nosso viver.

O cristão é uma pessoa de paz, pois recebe de Jesus a representação da paz, pois Jesus disse: ‘Minha
paz eu vos dou’,4 somos herdeiros dessa paz, pois sabemos que não somos deste mundo, pois se o fossemos,
só pensaríamos na vida material e não teríamos esperança básica da vida espiritual do futuro de nossa alma,
pois isso pouco nos interessaria, pois que só da matéria sem o interesse espiritual viveríamos, viveríamos
cegamente na matéria, da matéria, pela matéria até a morte nos vir buscar.

Mas, isto não é o caso do espírita, pois que ser espírita ou cristão é a mesma coisa, 5 concordando-se que
a moral espírita é a do Cristo Jesus e o modelo da nossa vida é obviamente também Jesus.

A diferença de sermos espíritas, é porque aceitamos a reencarnação, a graduação espiritual, assim como
a graduação dos mundos na sua multiplicidade, etc.

O Espiritismo também aceita a evolução do espírito que ascende de grau em grau, ao passo que muitos
pensam diferentemente.

Ora se fosse para continuarmos na mesma graduação, Jesus não sugeria: ‘sede perfeitos’.

Nós sabemos que as instituições religiosas acreditam que estamos perdidos e que precisamos de
salvação; essa salvação o Espiritismo sugere, que é devido à ignorância; daí a necessidade de sair de um
estado inferior para um estado superior, por esforço e merecimento, pois é: ‘a cada um segundo suas obras’, ‘o
pai não pagará pelos pecados dos filhos’.

Mas diz-se: Por que nos pedem afabilidade e a doçura, a benevolência para com os semelhantes, quando
há tanta maldade no mundo, e hoje em dia está na moda a televisão mostrar muitas maldades, que houve no
mundo, tais como: Inquisição religiosa, torturas políticas, torturas de prisioneiros na segunda guerra etc.

Onde está o amor que Jesus ensinou! O que vai acontecer aos homens que fizeram ou fazem outros
sofrer! Difícil de entender, e como entender!

Bem, cada um responderá por si, Jesus disse que: ‘haverá muitos que receberão muitos açoites e muitos
que receberão poucos açoites’,6 é em conformidade com a lei de causas e efeitos, todos sejam bons ou maus
respondem pela lei de causas e efeitos.

Jesus falou que: ‘a medida que dermos é a medida que nos será dada’.7

Não é que Deus seja como um vigilante a nos observar e anotar os detalhes de nossa vida, embora nós
digamos: ‘Deus está vendo’, não necessariamente, pois tudo o que nos acontece é registrado em nossa
consciência ou perispírito e não é esquecido. Hoje em dia já temos como compreender um pouco sobre esse

3
Mateus, V: 48.
4
João, XIV: 27.
5
Evangelho Segundo o Espiritismo, V: 10.
6
Lucas, XII, 47,48.
7
Mateus, VII: 20.

7
enigma, vendo como um computador grava num CD alguns dados e passado tempo de esquecimento o CD
mostra todos os detalhes da gravação.

O porquê dos homens reagirem em maldade ou de mal agrado uns para com os outros em vez de amarem
uns aos outros; a doutrina Espírita nos adianta que o egoísmo e o orgulho são as mazelas do mundo, que
contribuem para a ganância, para a intolerância, para a inveja, para o egoísmo em multiforme, para o ódio, para
a vingança, para muitos males em que a ambição conduz etc.

**********

Vejamos o XV capitulo do Evangelho Segundo o Espiritismo, item, 3

3. “Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao
egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem
à eterna felicidade: Bem-aventurados, disse, os pobres de espírito, isto é, os humildes, porque deles é o reino
dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-
aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que
quereríeis vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o
bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros. Humildade e caridade, eis o que
não cessa de recomendar e o de que dá, ele próprio, o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de
combater. E não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente e em termos explícitos como condição
absoluta da felicidade futura.

No quadro que traçou do juízo final, deve-se, como em muitas outras coisas, separar o que é apenas
figura, alegoria. Aos homens como os que, a quem falava ainda incapazes de compreender as questões
puramente espirituais, tinha ele de apresentar imagens materiais chocantes e próprias a impressionar. Para
melhor apreenderem o que dizia, tinha mesmo de não se afastar muito das idéias correntes, quanto à forma,
reservando sempre ao porvir a verdadeira interpretação de suas palavras e dos pontos sobre os quais não podia
explicar-se claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da
felicidade reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau.

Naquele julgamento supremo, quais os considerados da sentença? Sobre que se baseia o libelo?
Pergunta, porventura, o juiz se o inquirido preencheu tal ou qual formalidade, se observou mais ou menos tal ou
qual prática exterior? Não; inquire tão-somente de uma coisa: se a caridade foi praticada, e se pronuncia assim:
Passai à direita, vós que assististes os vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles.
Informa-se, por acaso, da ortodoxia da fé? Faz qualquer distinção entre o que crê de um modo e o que cru de
outro'? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do
ortodoxo que falta com a caridade.

Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a
condição única. Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. “Desde que coloca a caridade
em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a
indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.”

*********

A compreensão da vida espiritual modifica o homem, no entendimento de que sua vida futura é espiritual;
sim, morre o homem, mas sua vida continua o modo com que viveu ou que viva influi no seu futuro espiritual,
pois nossas obras nos seguem.
“Para nossa compreensão e advertência futura, Jesus explicou: ‘Havia um homem rico que viveu
egoisticamente e ignorava um pobre coitado que mendigava à sua porta, ambos morreram e o rico sofreu as
conseqüências na vida espiritual de uma vida mal vivida”.8

8
Lucas, XVI: 19-31

8
Sim, vivamos ao melhor que se possa, por que esta vida exige muitíssimo de nós para nossa
sobrevivência no que este mundo requer, tais como: olhar pelo corpo, pela alimentação, pelo vestir
agasalhadamente e abrigar-se das intempéries e meio ambientes difíceis. Porém, vivamos em concordância com
a noção de que somos espíritos que estamos aqui neste mundo temporariamente, e que moralmente somos
responsáveis uns pelos outros, daí, já de longe vem: ‘Não roubarás, não matarás’; 9 e, obviamente, não fazer ao
próximo o que não queremos que outros nos façam, vivendo em paz e amor, porque ‘fora da caridade não há
salvação’.

Perguntaram a Jesus, que fazer para ganhar a vida eterna; Jesus respondeu que é: ‘amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a si mesmo’. Certamente isso quer dizer que cada qual é responsável por si.

No entanto, como fica complicado a vida futura por medo de encararmos esse futuro, esse além em virtude
de tantos neste mundo pregando ‘o céu e o inferno’ e, sobretudo o inferno é o mais pregado com muitas cores e
pinceladas, ao que o povo em geral fica apavorado e condicionado nesses medos, que faz com que até hoje não
gostam muito d religião, nós sabemos disso; e também que o medo do futuro produz o medo da morte.

*******

Vejamos no livro ‘O céu e o Inferno’, I parte, capitulo, II: item,, 3:

TEMOR DA MORTE

3. – “À proporção que o homem compreende melhor a vida futura, o temor da morte diminui; uma vê esclarecida
a sua missão terrena, aguarda-lhe o fim calma, resignada e serenamente. A certeza da vida futura dá-lhe outro
curso às idéias, outro fito ao trabalho; antes dela nada que se não prenda ao presente; depois dela tudo pelo
futuro sem desprezo do presente, porque sabe que aquele depende da boa ou da má direção deste. A certeza de
reencontrar seus amigos depois da morte, de reatar as relações que tivera na Terra, na perder um só fruto do
seu trabalho, de engrandecer-se incessantemente em inteligência, perfeição, dá-lhe paciência para esperar e
coragem para suportar as fadigas transitórias da vida terrestre.

“A solidariedade entre vivos e mortos faz-lhe compreender a que deve existir na Terra, onde a fraternidade
e a caridade têm desde então um fim e uma razão de ser, no presente como no futuro”.
**********
Certamente o medo da morte ajuda o homem a frear suas más tendências e procurar ser melhor pessoa,
no entanto no livro de Allan Kardec, ‘O Céu e o Inferno’ I parte, capitulo, II: item, 10. diz:

Por que os espíritas não temem a morte

10. – “A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma
hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da
observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram
os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse
mundo que nos vêm descrever a sua situação; aí os vemos em todos os graus da escala espiritual, em todas as
rases da felicidade e da desgraça, assistindo, enfim, a todas as peripécias da vida de além-túmulo. Eis aí por que
os espíritas encaram a morte calmamente e se revestem de serenidade nos seu últimos momentos sobre a
Terra. Já não é só a esperança, mas a certeza que o conforta; sabem que a vida futura é a continuação da vida
terrena em melhore condições e aguardam-na com a mesma confiança com que aguardariam o desponta do Sol
após uma noite de tempestade. Os motivos dessa confiança decorrem outrossim, dos fatos testemunhados e da
concordância desses fatos com a lógica com a justiça e bondade de Deus, correspondendo às íntimas
aspirações da Humanidade

Para os espíritas, a alma não é uma abstração; ela tem um corpo etéreo que define ao pensamento, o qu
muito é para fixar as idéias sobre a sua individualidade aptidões e percepções. A lembrança dos que nos são
caros repousa sobre alguma coisa de real. Não se nos apresentam mais como chamas fugitivas que nada falam
9
Êxodo, XX.

9
a pensamento, porém sob uma forma concreta que antes no-los mostra como seres viventes. Além disso, em vez
de perdidos nas profundezas do Espaço, estão ao redor de nós; o mundo corporal e o mundo espiritual
identificam-se em perpétuas relações assistindo-se mutuamente.

“Não mais permissível sendo a dúvida sobre o futuro, desaparece o temor d morte; encara-se a sua
aproximação a sangue-frio, como quem aguarda a libertação pela porta da vida e não do nada.”

**********

O medo de morrer, é mais pelo medo do desconhecido, porém a Doutrina Espírita não tem dúvida
nenhuma sobre a continuação da vida de uma forma natural em seqüência.

Também todas as religiões apontam que a alma não morre com o corpo, mas o sobrevive, só que a
Doutrina Espírita, nos instrui que realmente o espírito não só sobrevive à morte do corpo, como pré-existe à sua
encarnação, enfatizando que a reencarnação é necessária à evolução e progresso do Espírito.

Sendo assim, se pergunta: ‘Como pode o Espírito que é imortal viver em harmonia no seu Universo entre
dois Mundos: O material e o espiritual!’

Sim, muito depende de si mesmo a sua integração feliz, seja no mundo material, seja no mundo espiritual;
de modo que para conviver em harmonia com todos os seres nos dois mundos ele precisa de uma chave, e por
melhor, ele precisa de uma ‘chave-mestra’ , daí, poder entrar em todas as Igrejas, Centros Espirituais, Templos,
Congregações Espirituais ou o equivalente nos dois mundos; revelando-se que essa chave é ‘o amor’.

Falando-se de o amor; a água seja em que país for, é sempre água – não há água brasileira nem água
deste ou daquele país, pois água é água, é a água que refresca, é a água que mata a sede, é a água que lava, a
água propriamente dita é a vida, assim é o amor. 10

Do mesmo jeito os fluidos que nós passamos uns aos outros são por essência igual, e os fluidos dos
médiuns são iguais a quaisquer outros, só que recebem a influencia da fé ou vontade do médium, assim como
recebe a influencia própria de cada um, pois somos todos mais ou menos médiuns, embora haja uma vasta
variedade, 11 assim é o amor.

No amor a mãe passa a seus filhos esse fluido de amor e carinho, o filho também passa para a mãe esse
mesmo fluido de carinho e amor que é aumentado quando peça a ajuda do além. 12

O amor é vida, e, como Jesus era o maior exemplo do amor, Ele disse: ‘eu sou o caminho, a verdade e a
vida’.13 Sim, o amor é vida, e constante disso Jesus disse: ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei’, 14 eis a
chave! ‘Chave-mestra’, diremos, pois que com o amor todo o Universo se abre, e no amor está nossa salvação,
pois como diz Allan Kardec: ‘Fora da caridade não há salvação’.15

Pois então já temos a chave, e por melhor ainda, já temos a chave-mestra, que é o amor; vamos usá-la?
Pois seja, por pouco que nós amemos, estamos a usá-la, e se não amarmos a chave enferruja, e se isso
acontecer, só o óleo de amor que vem de Deus a pode desenferrujar, e para isso temos que orar e expor a Deus
com sinceridade nosso coração.

Vivamos, pois, então, poupando tudo na vida, mas não poupemos o amor uns pelos outros, nisso sejamos
extravagantes e temos um bom incentivo: ‘é dando que se recebe’.16
10
Livro dos Médiuns, IX: 131.
11
Livro dos Médiuns, XV: 159-177.
12
Livro dos Médiuns, XIV: 176/2
13
João, XIV: 6.
14
João, XV: 12.
15
Evang. Seg. O Espiritismo, XV: 10.
16
Lucas, VI: 38. – Mateus, XIII: 12; 25:29.

10
Oh que fé e esperança o espírita deve ter, louvado seja Deus!
A afabilidade e a doçura e a paciência estão imbuídas no amor, pergunta-se?
Sim! São virtudes pertinentes ao amor, e de virtude em virtude o nosso amor se completa relativamente
O Sol é grande mas faz brotar uma pequena flor.
Deus é infinito em amor,17 mas faz brotar nosso pequeno amor!

Que Deus seja conosco assim como outrora, hoje e sempre.

Veja-se que aqui neste estudo,


Jesus não trata de esconder as realidades
espirituais,
Mas abre o jogo totalmente, não há dúvida que o
tema abordado por Jesus, sem que o povo se
apercebesse foi o de Causas e Efeitos, 18
Que abrangia o futuro e as condições do grau
espiritual,
Em que as pessoas se encontravam, ou seja, a
condição da pessoa,
Aqueles com virtudes conquistadas e aqueles mais
em estado inferior,
Que matam, que maltratam seu irmão, e por isso
até que tenham progresso,
E sejam burilados, terão de aceitar suas
conseqüências,
E enfrentar se for o caso, juízos e conselhos;
17
I João, IV: 8.
18
Evangelho Segundo o Espiritismo, 5: 4-10.
Extrato do estudo ‘Injúrias e Violências’, dado por Martinho no Centro Espírita Joana
d’Arc,
Situado à Rua Capitão Salustiano, RJ. a 03/ 06/ 2008

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Mas para que isso seja evitado Jesus adverte com
rigor,
E o Espiritismo exorta-nos ao esforço,
Para que vençamos impulsos inferiores, daí o
progresso, daí nosso burilamento em
acompanhamento na nossa evolução.
Com o conhecimento das regras das leis, seja a do
amor,
Seja a de causas e efeitos, somos chamados a nos
restringir,
Por exemplo: para não ofender alguém. Daí,
esforços que nos traz benefícios e o amadurecimento
de nosso caráter.

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