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Bolívar Bordallo da Silva, juntamente com seu irmão Armando, teve uma
participação intensa nas atividades sociais e culturais de sua cidade.
Segundo dos três filhos de Maria do Céu Bordallo da Silva e Sebastião José da
Silva, nasceu na cidade de Bragança no dia 25 de Setembro de 1907, sendo o mais velho
Armando e a mais nova Almira. Estudou em Belém no Colégio Progresso Paraense do
conceituado Professor Artur Porto e formou-se como Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais
(Direito). Foi Docente-Livre de História da Civilização no Ginásio Paraense em Belém,
aprovado em concurso para o exercício da função de Docente Livre com a tese “Gênese da
Ideologia Republicana no Brasil” em 1939; e Catedrático de História Geral do Colégio
Estadual "Paz de Carvalho", aprovado em concurso para provimento efetivo dessa cátedra em
1946, com a tese intitulada "Fatores do Descobrimento e Conquistas no Séc. XV". Foi sócio
correspondente da Sociedade de Estudos de História - La Paz - Bolívia, sócio efetivo do
Instituto de Antropologia e Etnologia do Pará, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico
do Pará e membro da Comissão Regional de Folclore do Pará.
Vavá (como era chamado) era uma pessoa alegre e carinhosa com todos os
seus sobrinhos. A paralisia não lhe tirou a doçura e a alegria de viver. Quando alguém se
machucava, era com ele que se fazia os curativos, pois ele dava um jeitinho de "não doer".
Eu diria que ele era uma pessoa onomatopáica. Adorava brincar com os sons
das palavras, muitas vezes, até mesmo sem se preocupar se elas fariam sentido ou não, como
era o caso de uma frase que ele sempre repetia, por brincadeira: -"All right, good-morning com
batatas". Ele dizia isso cantarolando e batucando com os dedos na mesa na hora do almoço.
Esse gosto pelo som das palavras levou-o a escrever poesias ritmadas, cheias de colorido de
sons e graça, que se não fossem por seu conteúdo original e interessante, ainda assim dão
imenso prazer ao serem lidas. Infelizmente, muitas das “quadrinhas” que ele fazia diariamente,
ele não se lembrou de registrar, e assim, se perdeu uma grande parte da sua “alma de poeta”.