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Apresentação:
«Depois da gigantesca recolha e da morosa transcrição das conversas estarem concluídas, fal-
tava arrumar aquilo tudo (e dou graças a Deus por não ter sido eu a fazê-lo). A Ana tinha tudo
planeado, as peças do puzzle, por mais que variadas e de interligação difícil, encaixavam resul-
tando num livro ágil, rápido e aliciante de se ler, digno duma banda de vivência nua e crua,
digno dos Xutos & Pontapés.
Porque se tratava não duma banda qualquer mas sim da maior banda de rock portuguesa,
um punhado de músicos que munidos de inegável talento, com uma bagagem de canções notá-
veis e sempre capazes de comunicar com as sucessivas gerações de portugueses num simples pis-
car de olhos cúmplice, que pegaram a carreira de caras, cheios duma energia transbordante mas
também com uma noção responsável de persistência, vinda de quem sabe que não há nem su-
cessos nem vitórias fáceis!
A crítica musical recebeu o livro Conta-me Histórias com apreço. Manuel Falcão considerou:
“…um objecto de culto, a inauguração duma nova era do livro musical no nosso país”. Pedro
Rolo Duarte classificou-o como “um objecto Rock”.»
António Sérgio, no prefácio a este livro
Apresentação:
Maynard desfaz mitos com o mesmo escrúpulo com que dispara.
MATT WEST
Este Matt West nunca existiu. É apenas mais uma das invenções de Dinis Machado para ajudar a ven-
der o cámone, e seu irmão gémeo, Dennis McShade. Contudo, e apesar desta credibilidade acrescida de um su-
posto crítico estrangeiro, a censura estranhou o assunto e a linguagem deste Mulher e Arma Com Guitarra
Espanhola. E foi preciso convencer, com um fabuloso passe de peito, o senhor Major da Censura Prévia que este
era o último livro que tinham traduzido de um incomum autor americano de policiais de bolso. Aquele, pare-
cendo levar à letra o culto sistemático do absurdo de que fala Dinis Machado na nota de editor introdutória,
acreditou nesta improvisada patranha e o livro lá saiu sem rasuras nem cortes.
Passava-se isto em 1968 e Dinis Machado, então director da colecção Rififi, não se coibiu de teorizar, na
tal nota de editor – não falso, mas neste caso em causa própria – sobre este grande género menor que é o poli-
cial negro:
As mortas e respeitáveis receitas são isso mesmo: mortas e estimáveis.
Como se, inconsciente mas muito determinado, Dinis Machado soubesse que, se os dois primeiros eram o
prelúdio do monumental O Que Diz Molero, este Mulher e Arma Com Guitarra Espanhola seria a preparação para
o seu ainda inédito testamento literário – o perturbante e visceral Blackpot. Pequeno grande livro do grande
Dennis McShade que a Assírio & Alvim em breve publicará. Para gaúdio dos grandes leitores de todas as litera-
turas menores.
«(...) tudo escurecia dentro de mim, as palavras eram escuras, havia um movimento de escuridão à minha
volta, e depois pensei na palavra poço, e já não havia água nesta palavra, e as bolas de bilhar pararam dentro de
mim, e já não havia sangue nem som, apenas a parede que se aproximava, que crescia sobre mim. A minha nuca
escureceu e fui engolido pela parede.»
(Dos pesadelos maynardianos) P.V.P.: 14 € / ISBN: 978-972-37-1400-5
Assírio & AlvimII
Rua Passos Manuel, 67-B
editores e livreiros 1150-258 Lisboa
Apresentação:
Esta edição segue o estabelecimento de texto efectuado por Gastão Cruz e Teresa
Belo. A revisão de texto agora concluída obedece às normas ortográficas vigentes, excepto nos
casos em que as opções do autor são um desvio intencional a essas normas, passando o presente
volume a constituir a edição de referência da poesia de Ruy Belo. Respeitou-se o critério de
iniciais maiúsculas e minúsculas usado nas últimas edições de cada livro publicadas em
vida do Autor.
Os textos publicados em Os Poucos Poderes, a que o autor não atribuiu a designação de
poemas, mas de «legendas em verso», serão parte de uma edição autónoma.
«O poeta, sensível e até mais sensível porventura que os outros homens, imolou o cora-
ção à palavra, fugiu da autobiografia, tentou evitar a todo o custo a vida privada. Ai dele se não
desceu à rua, se não sujou as mãos nos problemas do seu tempo, mas ai dele também se, sem
esperar por uma imortalidade rotundamente incompatível com a sua condição mortal, não teve
sempre os olhos postos no futuro, no dia de amanhã, quando houver mais justiça, mais beleza
sobre esta terra sob a qual jazerá, finalmente tranquilo, finalmente pacífico, finalmente adorme-
cido, finalmente senhor e súbdito do silêncio que em vão tentou apreender com palavras, final-
mente disponível não já tanto para o som dos sinos como para o som dos guizos e chocalhos
dos animais que comem a erva que afinal pôde crescer no solo que ele, apodrecendo, adubou
com o seu corpo merecidamente morto e sepultado.»
Ruy Belo P.V.P.: 48 € / ISBN: 978-972-37-1417-3
Assírio & AlvimII
Rua Passos Manuel, 67-B
editores e livreiros 1150-258 Lisboa
Apresentação:
«Às vezes apetecia ao Sábio não saber qualquer coisa, poder perguntar a alguém qual-
quer coisa que não soubesse. Por exemplo, poder perguntar as horas; ou “Que dia é hoje?”; ou
“Tem passado bem?” a alguém. Mas vivia fechado na sua Biblioteca e não tinha ninguém a
quem perguntar nada. E, mesmo se tivesse, mal acabava de pensar numa pergunta, já sabia a
resposta antes que lhe respondessem.»
Apresentação:
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