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Dr.

Edwin Scheller

Nutrição do Solo e do Ser Humano


Pensamentos relacionados à quarta palestra do Curso para Agricultores
de Rudolf Steiner

A quarta palestra do Curso Agrícola proferida por Rudolf Steiner em


Pentecostes em 1924 para agricultores antroposóficos se divide em três temas
principais:
 O processo nutritivo humano;
 Vivificação do solo e adubação;
 A elaboração dos dois preparados de aspersão: Chifre-esterco e
Chifre silício.

Usando o exemplo de como a avaliação acadêmica muda em relação às


necessidades diárias na alimentação, Rudolf Steiner chama atenção ao fato de
que a doutrina da nutrição numa época ensina algo, o que depois se evidencia
não somente como errado, mas sim até como maléfico. Isto Rudolf Steiner
toma como ponto de partida ao explanar detalhadamente como para o ponto de
vista da ciência espiritual se apresenta o processo nutritivo do ser humano. As
substâncias nutritivas absorvidas por meio dos intestinos têm, segundo a sua
concepção, seu ponto central na construção dos nervos e suprem o
metabolismo do sistema nervoso. Para o restante do organismo o que importa
são as f o r ç a s contidas nos alimentos. Os músculos, os ossos, cabelos etc., o
ser humano edifica principalmente a partir de substâncias existentes em
distribuição muito fina no ar por meio dos pulmões, da pele e dos órgãos dos
sentidos. Na 8a palestra Rudolf Steiner complementa os três caminhos
indicados ainda pela absorção de substâncias a partir do calor. Ele designa a
forma desta substância como “substância cósmica”.

Estes pareceres de Steiner devem ser compreendidos, mas não a partir


da imagem do seu tempo, nem da atual. As experiências com substâncias
marcadas radioativamente refutam aparentemente as informações de Steiner.

Naturalmente cabe a pergunta, se existem fenômenos da alimentação


inexplicáveis pela atual imagem mundial da ciência da natureza, mas que
apóiam os pareceres de Steiner. Como Steiner cita a alimentação como forma
mista entre absorção de substancias nutritivas e ‘substâncias cósmicas”, então
a forma extrema seria vida sem absorção de alimentos por meio do sistema
metabólico. Existem seres humanos que sobrevivem durante anos sem
absorção de nutrientes físicos?

Um dos casos mais conhecidos e o de Santo Nikolaus von der Flue


(1417-1487) que viveu durante anos sem comida. No século passado,o caso
de Therese Neumann de Konnersreuth tornou-se muito conhecido. Ela viveu só
de hóstias,não bebendo água, durantemais de 35 anos; do ano 1926 até 1962.
Já no ano 1927 o fenômeno foi examinado com rigor científico durante 15 dias,
já que segundo parecer médico, o mais tardar após 11 dias sem água a morte
dela sobreviria. Em época mais recente a australiana Lasmuheeen divulgou
uma técnica com a qual um maior número de pessoas puderam alcançar a
capacidade de viver sem ingestão de alimentos.i[i] Yogananda descreve o caso
da hindu Giri Bala que trabalhou durante 56 anos sem comida e água
cozinhando para uma família numerosa. No ano 1935 Yugananda visitou
Therese Neumann perguntando a ela de que estaria vivendo. Therese
respondeu: ”Eu Vivo da Luz divina.” “Eu compreendo! A senhora sabe que está
sendo mantida pela força que flui ao seu corpo do éter do ar e dos raios
solares.” Neste contexto Yogananda menciona que a Bagavad Gita descreve a
técnica, como se pode reforçar o fluxo nutritivo do éter ou prana.

Os casos descritos são indicações de que existem fenômenos da


nutrição que não podem ser explicados a partir do materialismo, com sua visão
do mundo natural-científico. Os depoimentos de Steiner poderiam fornecer
uma explicação para tal. Contudo exigem uma ampliação essencial da visão do
mundo e uma boa medida de pesquisas básicas ainda não executadas.
Levanta-se a questão, porque Steiner começa a falar, sem qualquer passagem,
sobre esta forma especial da alimentação de “substância cósmica”, antes de
abordar os problemas da vivificação do solo e da adubação? E em que relação
está este fenômeno com os dois preparados, cuja receita ele transmite?

Segundo Steiner e outros autores que pesquisam com as mesmas


faculdades, a vivificação de um ser de vida ocorre por meio de um fluxo sutil
energético que o ser humano absorve por meio da respiração ou por meio dos
assim chamados chacras ou centros de flor de lótus. No círculo cultural do
ocidente este fluxo é chamado “éter”, no do Hindu “prana”. Diferentemente, das
energias físicas, o fluxo de energias etéricas é simultaneamente ligado a
inteligências o que, por exemplo, se expressa nos processos metabólicos.

Se Steiner define então: “Adubar quer dizer vivificar o solo” ele não fala
de bactérias, mas sim do solo entremeado com as assim chamadas “forças
etéricas” fluindo, vindas da circunferência cósmica. Durante este processo as
forças etéricas são influenciadas pelas diferentes posições planetárias. O
sistema do húmus transfere uma parte deste fluxo energético para as plantas.
Para este processo Steiner dá duas indicações: “O solo se vivifica, quando
substâncias de húmus são decompostas, ou quando substancias orgânicas se
desfazem,”. Isto acontece na primavera e no outono quando ocorrem as
conhecidas fases de decomposição do húmus. Neste processo, provavelmente
a decomposição da proteína seja a etapa essencial que conduz para uma
sucção destas forças para dentro do sistema do húmus e sua condução
adiante. Terra amontoada em pilhas deveria ser vivificada de forma mais
efetiva.

Steiner considera os solos de terra preta como ideais, por estes terem
uma consistência que permite de maneira adequada que o solo se vivifique por
si mesmo. Para outros solos ele vê a necessidade do apoio da adubação
orgânica (composto ou esterco de estábulo compostado), já que sua vivificação
a partir da conversão metabólica de substâncias já existentes, não seria
suficiente. Para tal ele diferencia dois passos:

 Vivificação do próprio solo por meio da conversão metabólica;


 A ligação da planta com o fluxo vital do solo por meio do
nitrogênio que conduz a vitalização delas.

Steiner descreve então a seguir que a planta comporta-se em relação à


vida do solo como uma espécie de parasita; ela suga a força vital do solo
fortalecendo sua própria organização vital. Isto vale principalmente para o
desenvolvimento juvenil. Este processo depende da disponibilidade quantitativa
de compostos químicos solúveis de nitrogênio como o nitrato. Tanto mais
plantas por metro quadrado devem ser alimentadas, tanto menos recebe cada
planta deste fluxo de forças que são conduzidas pelo sistema dos aminoácidos
do húmus para as plantas. Tanto mais fraco é o metabolismo protéico do solo,
tanto mais fraca é a vivificação. Esterco de estábulo é adubação protéica e por
isso estimula a vivificação do solo. Isto se torna visível pelos métodos
formadores de imagens e se expressou extraordinariamente no ensaio DOK na
Suíça. Todos os resultados obtidos por Ursula Balzer-Graf tiveram a seguinte
seqüência ascendente de qualidade: adubação mineral → mineral + esterco de
estábulo → orgânico → biodinâmico.

No fim da 4ª palestra, Steiner então fala da capacidade dos chifres da


vaca as quais absorvem e refletem não só forcas vitais, mas também forças
anímicas. Ele então faz uso desta capacidade dos chifres da vaca para
incrementar no Chifre-esterco as forças vitais do solo durante a época do
inverno e no Chifre-silício durante o verão no uso dos preparados de aspersão
para o solo e as culturas.

Bibliografia

Rudolf Steiner: Geisteswissenschaftliche Grundlagen zum Gedeihen der


Landwirtschaft GA 327 (Fundamentos da Agricultura
Biodinâmica); Editora Antroposófica São Paulo (1999);

Ilse Oehlschläger: Denken und Düngen (Pensar e Adubar) Verlag die Pforte
Dornach 2001;

Wolfgang Schaumann: Rudolf Steiners Kurs für Landwirte, eine Einführung, (O


Curso de Rudolf Steiner para Agricultores, uma Introdução)
SÖL, edição especial nr. 46 Verlag Deukalion, Holm 1996;

Wolfgang Schaumann: Das Lebendige in der Landwirtschaft, editora Lebendige


Erde 2002

Extraída da Lebendige Erde, 4/2005

Tradução autorizada: Bernardo Thomas Sixel

Revisão: Maria Bertalot

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