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Além de Noé, sua família e os animais ninguém mais entrou na arca. Por mais
que Noé falasse, insistisse, tentasse mostrar às demais pessoas de sua época o que
havia de vir, elas não se importaram. Todas perderam o barco.
Vendo o Senhor Deus que a corrupção do gênero humano chegara a tal ponto
que não havia mais o que fazer, Ele decidiu “dar cabo” de toda carne. A terra estava cheia
da violência dos homens e Deus decidiu fazê-los perecer junto com ela.
Noé, porém, era um homem justo e bom, ele andava com Deus. Seguindo as
orientações do Senhor, construiu um grande barco para salvar a todos quantos se
arrependessem de seus maus caminhos. Ninguém, entretanto, se importou. Todos
perderam o barco.
A humanidade, no presente século, não está muito diferente da que existia na
época de Noé. Há violência, marginalidade, cobiça, inveja, desrespeito à vida, ao próximo,
ambição desenfreada, criminalidade, prostituição e inúmeras outras coisas negativas que
ainda poderiam ser citadas.
O Senhor mandará outro dilúvio para dizimar novamente o homem? Não, mas o
castigo virá. E que grande barco poderá salvar àqueles que se arrependerem de seus
maus caminhos? JESUS.
Ah! Não perca o barco, querido! Está desanimado de viver em meio às
tribulações, dificuldades, desencantos? Não desanime. Se Noé desistisse da construção
da arca mediante a zombaria de seus contemporâneos, ele e sua família também teriam
perecido.
Não se esqueça das promessas para aqueles que perseverarem. Deixe que a
voz do Espírito Santo de Deus ecoe em sua mente, arda em seu coração e permaneça
firme.
Agarre todas as oportunidades de honrar o nome do Senhor Jesus com suas
palavras e atitudes. Seus queridos, familiares e amigos, estão observando o que você faz
e talvez eles “entrem no barco” por causa de seu exemplo.
Mais uma vez eu digo: NÃO PERCA O BARCO, pois cada oportunidade pode
ser única em sua vida.
Não estava chovendo quando Noé construiu a arca. Não podemos adivinhar o
futuro, mas devemos aprender a ouvir e a confiar em Deus. Foi o que ele fez.
A arca não foi construída da noite para o dia. Não foram necessários apenas
alguns meses para que aquele projeto grandioso ficasse pronto. Noé investiu 120 anos de
sua vida nesse empreendimento divino. Será que no decorrer dos anos, sem um indício
sequer de chuva e mediante o escárnio das pessoas que o cercavam, rotulando-o de
louco, Noé não foi tentado a desistir? Não sabemos. Provavelmente sim. O fato é que ele
não desistiu e fez tudo conforme Deus ordenara.
A arca deveria ser feita de tábuas de cipreste, calafetada com betume por dentro
e por fora. Seu comprimento deveria ser de trezentos côvados, a largura de cinqüenta e a
altura de trinta. Em seu interior deveria haver vários compartimentos, três pavimentos,
uma abertura de um côvado de altura ao seu redor para ventilação e uma porta que seria
colocada lateralmente.
Um projeto majestoso desses não poderia ser feito sem planejamento. E foi o
que Noé fez. A chave-mestra do planejamento e do sucesso de Noé em tão grande
empreendimento foi a sabedoria divina. Deus não só deu a ele a tarefa, mas capacitou-o
a executá-la.
Provérbios 24.14 diz: “... assim é a sabedoria para a tua alma; se a achares,
haverá bom futuro, e não será frustrada a tua esperança.” Noé buscou sabedoria em
Deus para planejar para o futuro e não teve sua esperança frustrada. Ele ouviu
diretamente de Deus as instruções as quais deveria seguir. Hoje também podemos
encontrar as diretrizes vindas da parte do Senhor para orientar nossos projetos; elas
estão na Bíblia, a Palavra Divina. Através dos preceitos divinos podemos planejar nosso
futuro, sem medo de errar. A Palavra de Deus é viva e eficaz, é a fonte de toda sabedoria
e aquele que a encontrar, achará o conhecimento de Deus.
Lemos nos versículos 13 e 14 do capítulo 3 de Provérbios que é “feliz o homem
que acha sabedoria... porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a
sua renda do que o ouro mais fino.” Busque a sabedoria que vem do alto, planeje bem o
seu futuro e não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje, principalmente no que diz
respeito à sua vida com Deus. Não sabemos quando nos encontraremos com Ele. Temos
que estar preparados.
MANTENHA-SE EM FORMA
Vamos meditar um pouco nos dados numéricos que temos a respeito de Noé.
Acabamos de ler que ele estava com 600 anos quando o dilúvio começou. Sabemos que
trabalhou 120 anos na construção da arca. Ele não era um jovenzinho quando o Senhor o
convocou para realizar a tarefa de construir o grande barco que seria o meio de salvação
apresentado por Deus.
Como alguém com toda essa idade teria condição de enfrentar uma jornada
árdua como a que Noé enfrentou? Já imaginou por quantas horas de trabalho pesado
Noé e seus filhos passaram? O material de que precisavam não estava à sua disposição
numa loja de material de construção. A madeira deveria ser apanhada nos bosques. As
árvores deveriam ser cortadas e preparadas para transformarem-se nas peças que
seriam usadas para construir cada compartimento do grande barco. Quantas árvores
foram cortadas e preparadas? Quanto peso aqueles ombros e braços, já vividos e não
mais jovens, tiveram que carregar? Quantas marteladas! Quanto esforço muscular para
efetuar todo aquele trabalho braçal!
A fé de Noé e o desejo que ele possuía de obedecer às ordens do Senhor o
mantiveram em forma. Quando um servo de Deus se dispõe, o Senhor faz o resto. É
como cantamos: “Quando Deus escolhe alguém Ele mesmo faz tudo o que determinou
em Seu coração. Capacita os chamados, fortalece os seus braços, pois a obra é Dele e
não falhará. Quando Deus escolhe alguém, bom é obedecer. Custe o que custar é
sempre o melhor.”
É esse o grande segredo para se manter em forma: OBEDECER ao Senhor,
confiar e esperar Nele e as forças serão renovadas. Está escrito: “Não sabes, não ouviste
que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?
Não se pode esquadrinhar seu entendimento. Faz forte ao cansado e multiplica as forças
ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de
exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com
asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” - Isaías 40.31.
Assim como uma boa caminhada matinal, alongamento, natação mantêm uma
boa forma física, a leitura da Palavra, a meditação na mesma e a oração são
indispensáveis para a manutenção da boa forma espiritual. Não perca tempo, exercite-se
e mantenha a forma. Você precisa ser saudável para a execução da obra o Senhor.
Deus mesmo desenhou a arca e deu o projeto a Noé; e ela resistiu a um dos
maiores fenômenos meteorológicos da Terra. Cada pequeno ou grande compartimento
daquele barco foi idealizado, elaborado, projetado por Deus e Noé, cuidadosamente, com
extrema precisão, medida por medida seguiu o que o Senhor projetara.
Quantas vezes oramos, dizendo ao Pai que queremos que Seus projetos sejam
os nossos, mas no final resolvemos colocar nossas mãos para fazer os ajustes que
desejamos? Muitas, não é mesmo? O que Deus determina é sempre o melhor. Não há
como fracassarmos se nos mantivermos fiéis ao que Ele determinou.
Diz a Palavra: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu
próprio entendimento (...) Não sejas sábio aos teus próprios olhos...” - Provérbios 3. 5 e 7.
Quem somos nós para alterar uma vírgula sequer naquilo que Deus traçou? Os planos de
Deus são perfeitos e imutáveis. Caso ousemos modificar qualquer das “retas” traçadas
por Ele, fatalmente sucumbiremos.
Em momento algum Noé ousou modificar qualquer coisa, por menor que fosse,
no projeto dado por Deus, mas confiou de todo o coração e fez TUDO conforme o Senhor
ordenara. É isso que diz Gênesis 6.22 texto que lemos no início desse artigo. Porque
tantas vezes dizemos ao Senhor para fazer a Sua vontade em nossas vidas, em nossa
igreja e quando Ele faz, não aceitamos, nos rebelamos, nos revoltamos e até mesmo
abandonamos o barco? Temos dito com nossos lábios uma coisa, mas nosso coração
está cheio de outras intenções?
A arca foi construída por amadores; o Titanic por profissionais e sabemos bem
qual foi o fim das duas viagens. O que faz a diferença é o projeto do arquiteto e a
fidelidade dos trabalhadores. Manter-se fiel aos planos de Deus é a única garantia de
vitória e isso só depende de mim e de você.
“Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida.” - Apocalipse 2.10.
Noé e sua família entraram na arca, quatro casais, portanto entraram em pares.
Porém os pares formados não eram somente humanos, como sabemos. De todo animal
limpo o Senhor ordenou a Noé que levasse com ele sete pares: o macho e a fêmea; mas
dos animais imundos, um par: o macho e a fêmea. Também das aves dos céus, sete
pares: macho e fêmea; para conservar a semente sobre a face da terra. Foi assim que
Deus ordenou e assim fez Noé.
Que reflexão isso traz para nós? Se fizermos atentamente a leitura bíblica de
hoje mais uma vez, chegaremos a várias conclusões. Primeira: Duas pessoas juntas
podem lucrar muito mais do que uma sozinha, porque o seu trabalho vai render mais. Não
é exatamente isso de que precisamos no serviço do nosso Rei? Segunda: Se uma das
pessoas cair, a outra a ajuda a levantar-se; mas o homem sozinho, quando cai, está em
má situação. Como é bom ter uma mão amiga para nos erguer quando estamos sem
forças para nos levantar! Terceira: Quando a noite está fria, duas pessoas usando o
mesmo cobertor esquentam uma à outra. Mas, uma pessoa solitária, como vai se
esquentar? Quarta: Uma pessoa sozinha corre o risco de ser atacada, mas duas pessoas
juntas podem se defender melhor. E se forem três, melhor ainda; a corda trançada com
três fios não arrebenta facilmente.
Todas as reflexões acima nos remetem a uma palavra muito importante:
PARCERIA. Precisamos uns dos outros. Juntos podemos muito mais do que separados.
Um soldado sozinho fica vulnerável, à mercê do inimigo, mas com parceiros pode resistir
com muito mais eficiência e guerreando, vencerá.
A expressão VIAJAR EM PARES nos leva a uma outra lembrança: o Senhor
Jesus não enviava ninguém sozinho para uma missão. Por todas as razões apresentadas
acima, os discípulos não trabalhavam isoladamente. Se lermos Marcos 6.7 teremos a
confirmação dessa verdade: “Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois,
dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos.”
A Palavra de Deus ainda nos diz em Mateus 18.20 que “...onde houveram dois
ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” Conclusão: não fomos criados
para viver sozinhos, muito menos para sair para a batalha desacompanhados. Eu preciso
de você, você precisa de mim e nós precisamos de Cristo até o fim! Sigamos em frente
sempre juntos, juntos sempre!
INCONFORMISMO
Estamos no mundo, mas o mundo não deve estar em nós. É bom para o navio
estar no mar, mas é ruim quando o mar entra no navio. Na verdade o lugar do navio é o
mar, pois de que maneira ele serviria ao propósito de quem o construiu caso estivesse em
outro lugar? Como o navio seria utilizado para o que foi projetado se estivesse encalhado
em terra? Todavia é uma péssima coisa estar o mar dentro do navio. Como assim?
Quando o mar começa a inundar um navio é sinal de que alguma coisa saiu errada e tal
navio irá naufragar, não é mesmo?
Assim também é na vida do cristão. Como seríamos úteis na divulgação do
evangelho de Cristo se não estivéssemos no mundo? É no mundo que os perdidos estão
e é nesse lugar que o cristão deve ser usado como instrumento de transformação das
vidas que estão se perdendo. No entanto quando o mundo começa a entrar no coração
do cristão é um mau sinal. É indício de que algo muito errado está acontecendo e de que
a vida espiritual de tal cristão irá naufragar.
Portanto devemos viver em total inconformismo com as práticas do mundo.
Conformar-se quer dizer tornar-se conforme, concordar, ser conforme, ajustar-se.
Devemos, por isso, ser totalmente inconformados com o mundanismo, com seu estado
pecaminoso, maldade e “sujeira”. Para isso devemos ser transformados a cada dia pelo
poder da Palavra de Deus que renova a nossa mente, o nosso entendimento. Dessa
forma experimentaremos a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor.
Não nos conformemos com os padrões do mundo, ditados por Satanás, mas
busquemos a santificação sem a qual não veremos o Senhor. I Tessalonicenses 4.7 diz
que Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. Se os do mundo
não virem em nós algo diferente do que têm visto em si mesmos, não haverá como
mostrarmos a diferença que Cristo faz na vida daquele que decide segui-lo.
Para terminarmos a meditação de hoje, leiamos o que o Senhor disse a Moisés
para que ele falasse ao povo de Israel: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou
o Senhor, vosso Deus. Guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o Senhor que vos
santifico.” – Levítico 20.7 e 8. Tomemos para nós essa ordenança de Deus, pois hoje
somos também Seu povo.
Devemos buscar a santificação, sim, pois uma vida “santa” fala mais que mil
palavras.
MUDANDO DE ATITUDE
“Era uma vez uma jovem chamada Lin, que se casou e foi viver com o marido na
casa da sogra à qual não se adaptava. Os temperamentos eram muito diferentes e Lin se
irritava com os hábitos e costumes da sogra. A vida se tornou insuportável. No entanto,
segundo as tradições da China, a nora tem que estar sempre a serviço da sogra e
obedecer-lhe em tudo.
A jovem, não suportando, por mais tempo, a idéia de viver com a sogra, foi
consultar um Mestre, velho amigo de seu pai. Depois de ouvi-la, o Mestre Huang pegou
um ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe:
- Para te livrares de tua sogra, vais misturar estas ervas com a comida dela,
pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai-se envenenando lentamente. Mas para
ninguém suspeitar de ti deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade.
Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas.
Durante várias semanas Lin serviu, dia sim, dia não, uma refeição preparada
especialmente para a sogra. E tinha sempre presente a recomendação do Mestre Huang
para evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a
como se fosse sua própria mãe. Passados seis meses, toda a família estava mudada.
Nesse tempo, Lin não teve uma única discussão com a sogra, que também passou a
mostrar-se muito amável; estavam vivendo, na verdade, como mãe e filha.
Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang para lhe pedir ajuda e disse-lhe:
- Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha
sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e agora gosto dela como se
fosse minha mãe. Não quero mais que ela morra.
Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça:
-Lin, não te preocupes. As ervas que te dei são vitaminas para melhorar a
saúde. O veneno estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho
que começaste a cultivar. A tua sogra não mudou, tu mudaste.” (1)
Colhemos dos outros o que semeamos: se rancor, rancor, se amor, amor. Se
amarmos os outros como queremos ser amados, tudo fluirá bem e o Senhor abençoará
nossos relacionamentos.
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(1) Retirado da Internet – autor desconhecido
“A “lei real” é a lei do nosso grande Rei Jesus Cristo, que disse: “O meu
mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15.12).
Esta lei, originalmente resumida em Levítico 19.18, é a base para todas as leis em relação
a como as pessoas deveriam se relacionar umas com as outras. Cristo reforçou essa
verdade em Mateus 22.37 a 40 e Paulo a ensinou em Romanos 13.8 e em Gálatas 5.14”
(1)
A lei de Deus é uma e indivisível, e pode ser resumida numa palavra: amor,
primeiro a Deus e depois ao próximo. Ofender a lei do amor é transgredir tudo. Tal lei não
pode ser cumprida por quem tem um coração mau. Nossos corações devem ser tratados
e transformados pelo Senhor Jesus para que possamos agir conforme Ele manda. Falar
do amor de Deus, pregar e cantar sobre ele não é difícil, mas praticá-lo é o que interessa,
é o que faz a diferença entre o remido e o ímpio e isso não é fácil.
Devemos tratar todas as pessoas como gostaríamos de ser tratados. No artigo
de ontem a jovem chinesa Lin percebeu essa verdade quando mudou sua atitude com
relação à sogra. Podemos fazer das pessoas que nos cercam monstros ou heróis,
dependendo de como as tratamos.
Na China há uma provérbio que diz: “A pessoa que ama os outros também será
amada”. E os árabes têm outro provérbio: “O nosso inimigo não é aquele que nos odeia,
mas aquele a quem odiamos”. As pessoas que mais nos dão dor de cabeça hoje poderão
vir a ser as que mais nos darão alegrias no futuro. Invista nelas... cative-as, ouça-as,
plante boas sementes. Não espere o resultado imediato... colha com paciência.
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(1) Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal
Por que é tão importante estudar a Palavra de Deus e pedir discernimento a Ele
para que nos revele o que precisamos saber? Por que temos batido há três dias nessa
mesma tecla? Quer a resposta? Porque é muito comum nos deixarmos levar por aquilo
que os outros falam, sem examinarmos as Escrituras para verificar se cada ensinamento
que recebemos provém ou não de Deus.
“No texto para reflexão de hoje vemos que o apóstolo Paulo põe à parte o ritualismo
mosaico e avisa os colossenses contra alguns falsos mestres. O problema fundamental
com os falsos mestres era que eles não estavam ligados a Cristo, a cabeça da Igreja. Se
estivessem ligados a Ele, não teriam ensinado uma falsa doutrina. Não se deve confiar
em qualquer pessoa que ensine sobre Deus sem que ela esteja ligada a Ele pela fé.
Os falsos mestres estavam reivindicando que Deus estava longe e que só era
possível aproximar-se dEle através de vários níveis de anjos. Eles ensinavam que as
pessoas tinham de adorar os anjos em ordem hierárquica, para no final, chegarem a
Deus. Esse ensino não consta nas Escrituras. A Bíblia ensina que os anjos são servos de
Deus e nos proíbe de adorá-los (Êxodo 20.3 e 4; Apocalipse 22.8 e 9). À medida em que
você crescer em sua fé cristã, deixe que a Palavra de Deus seja seu guia, e não as
opiniões de outras pessoas”(1)
Esse alerta é importantíssimo ainda hoje. Os tempos mudam, mas a essência
pecaminosa do ser humano e a astúcia de Satanás continuam as mesmas. Quantas
linhas de pensamento heréticas surgem no meio do povo chamado evangélico! Quantos
ensinos errados, quantos desvios, quantas distorções! Só não cairemos no erro se
fizermos como os crentes de Beréia quando Paulo e Silas chegaram à cidade. Os
bereanos tinham a “mente mais aberta” que os tessalonicenses, de maneira que ouviram
com mais interesse a mensagem de Paulo e Silas. Entretanto eles investigavam dia-a-dia
as Escrituras para conferir as declarações deles, a fim de ver se realmente elas eram
como eles diziam. Como resultado, muitos deles creram, incluindo-se diversas mulheres
gregas importantes e também muitos homens.
É isso que devemos fazer: ler as Escrituras, investigar e CRESCER. Dessa forma
não seremos “presas fáceis para os falsos profetas” e o crescimento que teremos
procederá exclusivamente de Deus.
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(1) Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal
SINAL DE ALERTA
Uma das definições de unidade é “qualidade do que é um ou único”. Para que haja
unidade é preciso haver unificação. E o que é unificar? É reunir em um todo ou um só
corpo. Tornar uno. Fazer convergir para um só fim. Tornar um. Reunir-se em um só todo.
Unir-se. Se buscar em um dicionário é o que achará.
O texto de Efésios 4 fala exatamente sobre isso, sobre a unidade no corpo de
Cristo. “Nós, cristãos, formamos todos um só corpo e a unidade não acontece por acaso,
temos que trabalhar para alcançá-la. Muitas vezes as diferenças entre as pessoas levam
à dissensão, mas isso não deve acontecer na igreja. Em vez de nos concentrarmos
naquilo que nos divide, devemos nos lembrar do que nos une: um corpo, um Espírito, um
Senhor, uma fé, um batismo, um Deus.
Construir a unidade é um dos papéis mais importantes do Espírito Santo. Ele nos
guia, mas devemos estar dispostos a ser guiados e a fazer a nossa parte para manter a
paz. Podemos fazê-lo ao enfocar nossa atenção em Deus, e não em nós mesmos.”(1)
Ninguém é perfeito. Se enxergarmos imperfeições em nossos irmãos, devemos nos
lembrar de que também as possuímos. Quando percebemos defeitos em nossos
companheiros de fé, devemos ser tolerantes, compreensivos e exercer o amor. Há
alguém cuja personalidade ou cujos atos estão lhe entristecendo, aborrecendo ou
incomodando? Ore por essa pessoa.
Você já observou que um animal selvagem nunca ataca sua presa se ela estiver em
bando? Ele só ataca quando a presa está sozinha ou se ficar para trás, enquanto o bando
continuar seguindo. Satanás age da mesma forma. Se algum cristão se afasta do convívio
da comunidade cristã, vira presa fácil para o inimigo.
Não pense que você pode viver sozinho, isolado de uma igreja, fora do arraial do
povo de Deus, pois isso irá enfraquecê-lo e sua vida ficará à mercê do diabo. Precisamos
nos esforçar para preservar a unidade e a paz, porque, dessa forma, as estratégias de
Satanás serão frustradas e os projetos de Deus para nós se concretizarão.
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(1) Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal.
Guias cegos! É esse o título que os líderes religiosos, os fariseus estão recebendo
nesse versículo. Guias que estavam trocando o todo pela parte.
Fica claro, após a leitura do texto, que eles não viam problema em se quebrar um
voto pelo templo de Deus ou pelo altar. Porém, caso o juramento fosse feito pelo ouro do
templo ou pelas ofertas que estavam sobre o altar, aí sim, de forma alguma deveria ser
quebrado ou descumprido. Que distorção de valores é essa? O que é mais importante o
templo e o altar ou o ouro e as ofertas? Mais uma vez percebemos que esses homens
supervalorizavam o que era material, o que poderia dar lucro e desvalorizavam o que
realmente importava, que é o espiritual.
Vejamos o que outros textos bíblicos dizem sobre juramento. Levítico 5.4, por
exemplo, nos mostra que o povo de Deus deve manter sua palavra, mesmo que seja
difícil cumpri-la. O Senhor faz um alerta em Mateus 5.37 no que diz respeito a fazer votos
e promessas, dizendo que o nosso falar deve ser sim, sim; não, não, porque o que passa
disso é de procedência maligna. O que isso quer dizer? Que nossa palavra deve ser
suficiente; se há necessidade de reforçá-la com juramentos, então, existe algo errado com
a nossa sinceridade. Tiago 5.12 também aborda essa questão. Há pessoas que, por
terem uma reputação de exagero ou mentira, não conseguem credibilidade.
Os cristãos jamais devem ser como essas pessoas. Devemos ser honestos para
que os outros acreditem em nós apenas diante de um sim ou não, sem necessidade de
jurarmos. Porém, se jurarmos, não quebremos o juramento, como os fariseus diziam que
pelo templo e pelo altar se poderia quebrar, mas cumpramos até o final, para não
recebermos a maldição de Deus.
O grande problema dos fariseus é que eles levavam à risca pequenas observâncias
da lei, mas falhavam no juízo, na misericórdia e na fé. Não é difícil incorrermos no mesmo
tipo de erro. Às vezes somos demasiadamente zelosos com alguns detalhes, com liturgia
dos cultos, com “rituais” dentro de nossas igrejas, no entanto não colocamos em prática o
que o Senhor deseja, que é exercitar o amor ao próximo e vivenciar o evangelho genuíno
de Cristo.
“É possível obedecermos a detalhes da Palavra, mas negligenciarmos a Sua
essência com nosso comportamento. Por exemplo, podemos fielmente contribuir com dez
por cento de nossa renda a Deus e, por outro lado, não termos disposição de doarmos um
minuto do nosso tempo para ajudar os outros.”(1) Entregarmos o dízimo é muito
importante, pois é o Senhor que nos ordena fazer isso. Em Malaquias 3.10 lemos: “Trazei
todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois
fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e
não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.”
Acabamos de ver uma ordenança: TRAZEI. O verbo está no imperativo. E tal ordenança
vem acompanhada de promessa. Mas devemos nos lembrar de que há mais coisas a
observar, igualmente importantes.
“Os fariseus coavam a água para evitar engolirem, acidentalmente, um mosquito,
um inseto impuro, de acordo com as leis. Embora fossem muito meticulosos com detalhes
sobre o asseio nas cerimônias, haviam perdido a perspectiva de sua pureza interior.
Estavam limpos externamente, mas abrigavam corações corruptos.”(2)
Deus vê nossos corações, nossas intenções e não o cerimonial de nossos
ajuntamentos. Que o Pai nos auxilie a observar e exercitar o que é fundamental,
indispensável para agradar o coração Dele, que é o exercício do amor.
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(1 e 2) – Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal
Esse último “ai” fala de quê? Fala do fingimento dos fariseus de dizerem ter
aprendido com a experiência passada, enquanto seu comportamento presente mostrava o
contrário.“Eles construíam monumentos aos profetas mortos pelos seus pais,
depositavam flores nos túmulos dos homens bondosos que eles destruíam e diziam que
nunca agiriam da mesma forma. Na verdade, estavam agindo de igual modo, seguindo os
passos de seus pais, enchendo até em cima a medida completa da maldade deles.”(1)
“Provavelmente o Senhor Jesus estava se referindo aos líderes da Igreja Primitiva
que foram perseguidos, flagelados e mortos, como Cristo havia predito. A geração de
Jesus dizia que não agiria como seus antepassados, que derramaram o sangue dos
profetas que Deus lhes havia enviado, mas estavam prestes a matar o próprio Messias e
seus fiéis seguidores.”(2)
Esse tipo de reverência fingida que zela os túmulos dos profetas falecidos enquanto
quer matar os profetas vivos pode ser vivenciada no meio do povo de Deus hoje em dia?
Sim. Como podemos “matar os profetas vivos”? Através de nossas críticas, de acusações
sem fundamento, da depreciação do trabalho dos outros dentro da Obra de Deus.
Medimos os que estão ao nosso redor com uma medida que não suportaríamos.
Pesamos o desempenho dos servos do Senhor espalhados nos mais diversos ministérios
com pesos e medidas aos quais jamais nos submeteríamos. Matamos com a língua, com
a maledicência e com a murmuração.
Sejamos colaboradores, edificadores, construtores da Grande Obra e não
derribadores de seus muros.
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(1) - Bíblia Viva
(2) - Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal
Faraó teve dois sonhos em uma mesma noite e ficou extremamente incomodado
com isso. Desejando que eles fossem traduzidos, mandou chamar todos os sábios,
adivinhadores e magos do reino para que esclarecessem tais sonhos, revelando a
mensagem que os mesmos transmitiam. Ninguém foi capaz de fazê-lo.
Tendo o copeiro-mor lembrado-se de José, que no cárcere traduziu na íntegra seu
sonho e o do padeiro, disse-o a Faraó, o qual ordenou que o trouxessem à sua presença.
José, capacitado pelo Senhor, forneceu a interpretação que o soberano tanto almejava.
Esse servo de Deus foi trazido repentinamente da masmorra até a presença de
Faraó. Ele não foi comunicado de que seria levado ao rei para ser questionado, por isso
não teve tempo para preparar-se para tal momento. No entanto, ele nutria um
relacionamento tão profundo com Deus que a capacitação foi imediata. É importante
lembrar que o crédito foi atribuído a Deus pelo jovem hebreu. Em momento nenhum ele
tomou a glória para si, como vemos no versículo 16.
Nossas oportunidades mais importantes podem ocorrer quando menos esperamos
e precisamos estar prontos para elas, conhecendo melhor a Deus. Não foi o
conhecimento de José a respeito de sonhos que o ajudou a dar a interpretação a Faraó e
sim o seu conhecimento de Deus. O Senhor pode nos capacitar tanto quanto o fez a
José, basta buscarmos a Sua face, mais e mais a cada dia.
José percebeu que a única forma de se prevenir contra a fome seria através de um
cuidadoso planejamento, um plano de sobrevivência sem o qual o Egito teria passado da
prosperidade à ruína.
“Muitos acham enfadonho e desnecessário um planejamento cuidadoso. Porém
isso se trata de responsabilidade e não de opção. José pôde salvar a nação traduzindo o
plano de Deus para o Egito em ações práticas (implementação). Da mesma forma,
precisamos separar tempo para traduzir o plano de Deus para a nossa vida em ações
práticas”. (1)
Lemos que a terra produziu a mãos cheias nos sete anos de fartura e que José
cessou de contar a produção de trigo porquanto era como a areia do mar, não havia
numeração. Uma prosperidade assim só poderia ter origem nas mãos do Todo Poderoso
Senhor. A estratégia de José foi guardar a quinta parte da produção do país nos sete
anos de fartura para que nos sete anos subseqüentes, que seriam de fome, houvesse
reserva de alimentos para o suprimento das necessidades. E foi assim que aconteceu.
Quando o servo do Senhor roga por sabedoria, Ele a dá. Em Gênesis 41.52 lemos
que José chamou seu segundo filho de Efraim porque disse: “Deus me fez próspero na
terra da minha aflição”. Deuteronômio 29.9 diz: “Guardai, pois, as palavras desse concerto
e cumpri-as para que prospereis em tudo quanto fizerdes”. Os israelitas tinham de amar a
Deus com todas as forças (Dt. 6.4-5) e conosco não é diferente. Buscando primeiro o
Reino de Deus, a prosperidade surgirá como bênção do Senhor.
A fome não veio apenas sobre a terra do Egito, mas prevaleceu sobre todas as
terras naquela época. Esse quadro de fome era catastrófico na antigüidade, pois, naquela
época, não se podia contar, na produção agrícola, com recursos como pesticidas,
fertilizantes químicos, câmaras refrigeradoras e condições eficazes de transporte e de
armazenamento do que se produzia. Quaisquer intempéries da natureza traziam
condições de calamidade para os povos antigos, os quais dependiam sempre de boas
condições climáticas para terem alimentos. Pestes, excesso ou escassez de chuva eram
sempre problemas gigantescos.
José teve de lidar com tudo isso. Ele tinha 30 anos quando assumiu a posição de
líder do Egito. Aos 17 anos foi vendido por seus irmãos como escravo, portanto passou
por um treinamento de 13 anos para se tornar um instrumento de bênção para toda a
população do Egito e das terras das redondezas. Não devemos nos esquecer de que
desses 13 anos, 11 ele passou como escravo e 2 na prisão.
Deus quer fazer de nós instrumentos de bênçãos em Suas mãos, mas precisamos
entender que o preparo, o treinamento é necessário e muitas vezes é doloroso e
demorado. Necessitamos ter nossas arestas aparadas, precisamos ser lapidados para
nos encaixarmos nos moldes do Senhor. Porém, depois desse processo, o resultado é
surpreendente.
Faraó disse ao povo quando clamou por pão (v.55): “Ide a José; o que ele vos
disser fazei”. Deus quer poder falar o mesmo de nós, Ele quer nos instrumentalizar, mas
temos que nos dispor e esperar o tempo Dele para que Seus propósitos se realizem em
nós e através de nós.
RENOVANDO A MENTE
Esse versículo traz-nos um ensino precioso sobre o que devemos pensar. Nossa
mente é um campo de batalha, é o terreno no qual a luta entre o bem e o mal acontece.
Nela existem conflitos entre o que vem do Espírito e o que vem da carne, disputas entre o
que procede de Deus e o que parte do maligno. Não há como evitar tais conflitos, mas há
como nos armar para alcançarmos vitória através da transformação operada pela
renovação da mente, que se dá pela meditação na Palavra de Deus.
Tudo começa na mente. Nosso cérebro é o centro de comando e emite estímulos
que desencadeiam todos os nossos movimentos, ações e reações. Se alimentarmos
nossa mente com o que é positivo – pensamentos saudáveis, lembranças agradáveis,
considerações equilibradas, aquilo que renova nossas esperanças – seremos bem
sucedidos.
Se, porém, dermos espaço à amargura, à ansiedade, ao remorso, à falta de perdão,
que procedem do maligno, seremos derrotados. Aquilo que pensamos, que cultivamos em
nossa mente, certamente afeta nossas atitudes e nossa disposição. Não deixemos
espaços vazios para que a acomodação espiritual e a ociosidade mental se instalem em
nossas vidas.
Como diz o ditado: “Mente vazia é oficina de Satanás”. Preencha cada espaço
disponível que há em sua mente com a Palavra de Deus. Priorize a leitura da Bíblia e
lance mão de um tipo de literatura que edifique sua vida. Veja programas que tragam
crescimento espiritual e afaste seus olhos e ouvidos daquilo que pode quebrar a sua
comunhão com Deus. Enfim, renove a sua mente e alimente o seu espírito para levar uma
vida vitoriosa na presença do Senhor.
As igrejas evangélicas estão cheias de pessoas que ouviram falar de Deus, que
apontam Seus milagres, sinais e maravilhas, que dizem por onde Ele passou e anunciam
Seus grandes feitos na vida dos heróis da fé, entretanto não viveram experiências com o
Senhor. Contar experiências alheias é uma coisa, vivê-las é outra.
Na leitura bíblica de hoje acompanhamos a narrativa de um episódio a respeito de
um cego de nascença que foi curado por Jesus. Esse cego, provavelmente, ouvira falar
dos milagres que Cristo estava fazendo por onde passava, porém apenas ouvir falar
desses milagres não havia feito com que sua cegueira cessasse. Foi necessário que ele
sentisse o toque de Jesus em seus olhos. O Senhor cuspiu na terra, com a saliva fez lodo
e com esse untou os olhos daquele cego.
Em seguida Cristo disse àquele homem que fosse ao tanque de Siloé e se lavasse.
Ele foi, lavou-se e voltou vendo. A proximidade do Senhor, a experiência direta com Ele, a
obediência à Sua voz promoveram a transformação na vida daquela pessoa. Agora,
aquele que era cego de nascença, não só poderia contar sobre o que ouviu dizer que
Jesus fazia na vida dos outros, mas também poderia narrar sobre o que Cristo fizera em
sua vida.
É necessário que vivamos experiências com o Senhor para que nosso discurso,
nossa mensagem possa impactar outros. Precisamos buscar o “pão quente” da presença
do Altíssimo para que nos fortaleçamos na fé e possamos frutificar no Reino de Deus.
O nosso Deus é o mesmo ontem, hoje e será eternamente. O Seu poder é imutável.
Da mesma maneira que Ele operou maravilhas na vida dos Seus servos do passado, o
Senhor pode operar na nossa hoje. Não se contente com as migalhas que o comodismo
lhe oferece, mas busque incessantemente, de modo incansável a presença de Jesus e
viva experiências com Ele as quais promoverão mudanças visíveis em seu ministério, em
sua vida cristã.
QUANTO HÁ DE DEUS?
REMINDO O TEMPO
SUPERANDO O SOFRIMENTO
O PODER DO LOUVOR
O louvor carrega consigo muito mais que letras e melodias conjugadas, ele quebra
cadeias, rompe obstáculos, afasta o adversário e move o coração de Deus. O louvor
contribui para nossos triunfos e está ligado diretamente à concretização de nossas
vitórias, como aconteceu com Paulo e Silas.
Esses dois servos de Deus haviam sido acusados de perturbar a ordem da cidade,
foram açoitados com varas e lançados na prisão. Isso porque haviam expulsado de uma
jovem um espírito maligno de adivinhação, atrapalhando a atividade lucrativa de seus
senhores. A situação não estava nada boa para os dois. Mesmo assim, perto da meia-
noite, eles oravam e cantavam hinos a Deus e os outros presos escutavam.
Certamente o coração de Deus foi tocado por aquela atitude de seus servos. O
louvor deles abriu o caminho para a manifestação do poder do Senhor que enviou um
terremoto tão grande que fez mover os alicerces do cárcere e todas as portas se abriram,
inclusive a do coração do carcereiro que, naquela mesma noite, foi batizado juntamente
com todos os seus.
Que coisa tremenda! Deus se alegra quando vê os homens rendendo-lhe louvor e
adoração liberalmente, de coração sincero, sem segundas intenções. Seus anjos nos
céus o adoram e louvam continuamente. Ele não precisaria do homem para adorá-lo.
Mas, como concedeu aos seres humanos o livre arbítrio, o Senhor se satisfaz em ver que
aqueles que escolheram obedecer-lhe o louvam espontaneamente.
Paulo e Silas não louvaram após a libertação, mas quando ainda estavam presos.
Isso assegurou a eles a vitória. Louvar em toda e qualquer situação; é essa a atitude que
devemos assumir. O salmista diz que Deus habita entre os louvores do Seu povo, Ele
está “entronizado” entre os louvores (Sl. 22.3). Isso significa que, onde o povo de Deus
estiver a louvá-lo, aí está o Seu trono. E onde o trono do Senhor está estabelecido, há
poder e há vitória.
Louvemos sempre ao Senhor!
O TEMPO É AGORA
Encontramos essa parábola não só em Lucas 12. 42-46, mas também em Mateus
24. 45-50. A pergunta que a inicia é: “Quem é, pois, o servo fiel e prudente? Se
buscarmos o significado desse adjetivo, FIEL, veremos que é aquele que cumpre aquilo a
que se obriga, a que se propõe. Deus é fiel àquilo a que se propõe e não haveria como
ser diferente, pois a fidelidade é própria do caráter, da natureza divina (I Cor. 1.9; Heb.
10.23).
E quanto a nós? Temos sido fiéis ao que nos propusemos quando nos decidimos
ao lado de Cristo? Cantamos: “Para cada crente o Mestre preparou um trabalho certo
quando o resgatou. E o trabalho a que Jesus te chama aqui, como vai ser feito se não for
por ti?” E aí? Temos lançado palavras ao vento?
A cada um de nós o Senhor atribuiu uma função e a parábola diz que bem-
aventurado é o servo, o mordomo fiel e prudente, pois a esse o senhor confiará todos os
bens. Aquele, porém, que relaxadamente se conduziu e indigno se mostrou da confiança
do seu senhor, esse será castigado.
“Quando um servo de Deus, em vez de prosseguir com seu trabalho, começa a
“espancar os seus conservos”, depreciando-os, ele está em franca decadência”. Esse é o
comentário de S.E. McNair em sua Bíblia Explicada. Voltando à pergunta inicial: “Quem é
o servo fiel e prudente?” É aquele que é cumpridor da Palavra e não somente ouvinte
(Tiago 1.22). É aquele que procura seguir as orientações de seu senhor com um andar
digno e um proceder honrado. É aquele que coloca a mão no arado e não olha mais para
trás.
Que, nós, amados, plantados na Casa de Oração da Cehab, sejamos contados
entre os servos fiéis e que possamos, diligentemente, exercer a função que nos foi
confiada por Deus, Senhor dos senhores.
A GRANDE COMISSÃO
FIEL
Você sabe que se dá o nome de FIEL ao fio ou ponteiro que indica o perfeito
equilíbrio de balanças? Pensando a respeito dessa definição, o que podemos concluir?
Que a esse fio ou ponteiro foi dado tal nome, não por pender imprecisamente para um
lado ou outro da balança, mas sim por corresponder na íntegra ao peso do produto em
questão. Sempre existiram comerciantes “infiéis” que ajustaram suas balanças para
roubar a seu favor, prejudicando o comprador e se beneficiando com “balanças viciadas”.
No reino de Deus, porém, isso não pode acontecer. Temos o privilégio de possuir
um ponteiro fiel que nos dá a exata medida de comportamento que devemos assumir em
toda e qualquer situação. Esse ponteiro é a Bíblia. Mateus 5.37, o versículo-chave de
hoje, diz que a palavra do cristão deve ser SIM, SIM e NÃO, NÃO, afirmando que o que
passa disso é de precedência maligna.
Como cristãos autênticos, não podemos pender para um lado ou outro, ajustando a
Palavra de Deus às nossas conveniências, nem devemos ser parciais, amenizando
situações ou acrescentando a elas peso dobrado, de acordo com os envolvidos, nas mais
variadas circunstâncias que surgirem em nossa jornada terrena. A Bíblia oferece o peso e
a medida exata para cada situação, por isso não podemos pender para a direita, nem
para a esquerda, mas devemos, sim, ser exemplo dos fiéis.
O cristão fiel torna-se disciplinado na leitura da Palavra e procura exercitá-la em
todo tempo. Deve, da mesma forma, buscar disciplina na oração, o que é vital para seu
crescimento espiritual. Que em nossa jornada possamos buscar ser constantes e sempre
abundantes na obra do Senhor.
ENTRONIZAR
Se você fosse dono de uma grande empresa, que tipo de funcionário contrataria
para trabalhar nela? Aquele que precisa ser vigiado o tempo todo e está sempre fazendo
“corpo mole”? Aquele que chega atrasado todos os dias e sempre tem uma desculpa
preparada na ponta da língua? Aquele que trabalha um dia e falta dois? Definitivamente
não seria esse o perfil de um funcionário ideal.
Esse tipo de funcionário, que de trabalho quer saber muito pouco, impede o
crescimento da empresa, uma vez que faz negligentemente suas tarefas e serve de
exemplo negativo aos demais. Aqueles que antes costumavam honrar seus horários e
executar diligentemente suas atribuições, sentem-se desestimulados diante do
procedimento do relapso e, muitas vezes, julgam-se no direito de agir da mesma forma,
tal é a contrariedade que sentem.
Não é diferente no reino de Deus. A quem o Senhor tem procurado para trabalhar
em sua seara? Nós, cristãos, fazemos parte de uma grande “agência geradora de vidas”.
A cada minuto, vidas e mais vidas estão sendo tragadas pela morte sem que tenham tido
acesso ao atendimento dessa “agência”, uma vez que os funcionários são poucos e,
dentre os poucos, há os negligentes. Pontualidade, assiduidade e responsabilidade para
com o trabalho do Senhor são um tripé importantíssimo na sustentação desse “organismo
gerador de novas criaturas”.
Mateus 25.23 diz: “Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel no pouco, sobre o muito te
colocarei”. Busquemos nos auto-avaliar e nos lembrar do que diz Jeremias 48:10: “Maldito
é aquele que faz a obra do Senhor relaxadamente”. Fidelidade na pontualidade e na
assiduidade na Casa de Deus é fundamental. Que o Senhor promova mudanças entre
nós e em nós para o louvor da Sua glória.
FIDELIDADE AO SENHOR
No texto proposto para nossa leitura bíblica de hoje, podemos ver o sucesso, o
progresso do evangelho em Tessalônica e a fidelidade daquela igreja implantada por
Paulo e seus companheiros.
Tendo necessidade de sair apressadamente daquela localidade por estar correndo
risco de vida, Paulo, assim que pôde, enviou Timóteo a fim de saber como estavam os
crentes de Tessalônica. Que maravilha! As notícias trazidas foram animadoras! O trabalho
estava prosperando, a igreja crescendo e o evangelho sendo espalhado através daqueles
preciosos irmãos.
Tessalônica era uma cidade estrategicamente posicionada. A principal estrada
romana passava pela cidade, além do porto que favorecia a prática do comércio. Com
todo esse desenvolvimento, entretanto, problemas surgiram para os cristãos, visto que
vieram para a cidade muitas influências culturais e várias religiões pagãs. Diante de tal
quadro, a fé dos novos cristãos que ali viviam foi desafiada. No entanto os
tessalonicenses permaneceram firmes em meio à perseguição. A postura assumida pelos
cristãos de Tessalônica, fazendo jus ao que pregavam, serviu de exemplo a fiéis de
outras localidades, segundo menciona o versículo 7.
Como tem sido o nosso testemunho, o nosso proceder onde estamos plantados?
Estamos firmes em toda e qualquer situação? O Espírito Santo muda as pessoas quando
estas crêem no evangelho (v.5) e produz fruto. A fidelidade é gerada em nós pelo poder
de Deus, que se manifesta na vida de todos os que ouvem a Palavra do Senhor e a
obedecem, transformando nossas vidas.
Mesmo em meio à tribulação, os tessalonicenses se mantiveram fiéis. O que tem
sido dito de nós? Nossa conduta tem confirmado ou negado aquilo em que dizemos crer?
Que o Espírito Santo promova as mudanças necessárias para que o que seja visto em
nós edifique outras vidas.
ENCORAJANDO A OUTROS
Encorajar quer dizer “dar coragem a”, “animar”, “estimular”. Paulo, no texto lido
acima, aponta maneiras específicas de como podemos fazer isso. O amor de Deus não
se manifesta apenas verticalmente, na relação homem/Deus, mas também
horizontalmente, na relação homem/próximo. Encorajar àqueles que estão ao nosso redor
é uma forma de demonstrar amor.
Imagine um atleta, no final de uma maratona: suas forças estão chegando ao fim,
seus músculos parecem não responder mais aos estímulos, o esgotamento é total.
Pense, porém, no grito da torcida, no brado de incentivo dos amigos, no encorajamento
da equipe. Talvez seja isso que faça o atleta cruzar a linha de chegada.
Mostre a seu amigo, a seu irmão uma qualidade que você aprecie nele, busque
maneiras de colaborar com o projeto do outro, seja parceiro, estime seu líder, retenha
comentários crítico-destrutivos, use palavras de cortesia, console os desanimados, ajude
os fracos, seja paciente e não planeje vingança contra os que lhe são contrários.
Além disso, seja alegre e animado, ore sempre, dê graças em tudo, ouça a voz do
Espírito Santo quando Ele lhe falar, receba bem as palavras de Deus por intermédio
daqueles que falam da parte Dele, fuja de situações que o façam ser tentado e confie na
constante ajuda do Senhor. Aja assim e não só se tornará um encorajador eficaz como
será continuamente encorajado pelos que o cercam e pelo Senhor.
Precisamos do calor de Deus e dos irmãos para prosseguirmos a passos largos em
nossa jornada, marchando vigorosamente nas fileiras do exército do Senhor, guerreando
contra o inimigo e alcançando a vitória. Você é tão importante para seu irmão quanto ele é
para você e é muito importante que ambos saibam disso.
Digamos não a qualquer insinuação do inimigo que nos tente separar, pois quando
Jesus entregou Sua vida na cruz, Ele não nos via separados, mas pensava em mim, em ti
e em nós lutando juntos, lado a lado, o bom combate do Senhor. Que Ele nos abençoe!
A maior parte dos Salmos são orações e podemos observar que essas apresentam
o louvor a Deus, manifestam a admiração, o apreço e a gratidão do salmista. Diante de
tudo o que Deus fez e faz por nós, é natural que expressemos, também, através do louvor
sincero, que parte do coração, o reconhecimento de que o Senhor é sempre a fonte do
nosso sucesso.
Nesse Salmo, Davi nos lembra de que a vida é curta e de que os dias do homem
são como a sombra que passa. Como poderíamos atribuir a vitória alcançada, em
qualquer área de nossas vidas, a nós mesmos se somos tão frágeis? É o Senhor que
adestra nossas mãos para a peleja e nossos dedos para a guerra (v.2). Poderíamos
almejar um “adestrador” melhor, mais capacitado?
Além de nos capacitar, Ele é nosso escudo, nossa proteção. O inimigo não pode
nos alcançar se estivermos “escondidos” debaixo de Suas asas. Se Deus é por nós, quem
será contra nós? O versículo 10 faz uma declaração tremenda e inquestionável: “É Ele
que dá a vitória...”
O homem pode ser um destemido soldado, treinado nas artes da guerra,
capacitado para a batalha, caso não esteja firmado em Deus, será derrotado.
O homem pode ter uma inteligência privilegiada, ser estrategista, mestre no
conhecimento secular, reconhecido pela sociedade, se Deus não o orientar, seus projetos
não prosperarão.
Pode, o homem, estar equipado com toda sorte de ferramentas, instrumentos
projetados com alta tecnologia, um maquinário descomunal, se as engrenagens não
forem movidas pelo Senhor, nada terá utilidade. O ser humano é nada sem o Deus que o
criou e o salvou.
Se somos tão pequenos e o Senhor é tão grande, porque não entregarmos nossos
sonhos, planos, projetos e decisões a Ele que é a fonte de toda vitória? A vida é tão curta!
Vivamos para Deus enquanto temos tempo! Não desperdicemos nossos dias e
oportunidades com propósitos que não tenham valor duradouro e que nos podem levar a
derrotas. Somente o Senhor pode fazer nossa vida valer a pena e ser vitorioso.
COMO O ARMINHO
Não se conhece o autor desse Salmo, entende-se, porém, que ele foi escrito,
possivelmente, para celebrar o retorno dos exilados do cativeiro babilônico, período em
que o povo de Deus sofreu sobremaneira. Num contexto de muita tristeza, Deus, com sua
habilidade de restaurar a vida e a alegria, renova a esperança de seus filhos. É isso o que
vemos nesse Salmo.
A queimada pode ter dizimado as florestas, porém Deus as faz crescer novamente.
Os ossos podem ter sido quebrados, todavia Deus os cura, os refaz. O inverno pode ter
queimado as folhas das árvores, mas na primavera elas ressurgirão. A tristeza não é uma
condição permanente na vida daquele que crê na intervenção e no poder divino. Cada
lágrima que cai dos nossos olhos está regando as sementes que se transformarão numa
colheita de alegria, porque Deus faz surgir o bem até de uma calamidade.
Quando a dor estiver sufocando nossas vidas e a esperança estiver se esvaindo,
saibamos que as circunstâncias de pesar cessarão e o tempo de cantar e de colher
chegará; novamente encontraremos alegria. Atentemos para os versículos 5 e 6 desse
Salmo: “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa
semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os
molhos."
Devemos exercitar a paciência à proporção que esperamos. A grande e alegre
colheita de Deus está próxima! Celebraremos, cantaremos e saltaremos de alegria diante
da fartura que Deus nos dará: de bênçãos e de almas que serão colhidas para o Senhor!
Aleluia! Louvado, engrandecido e celebrado seja o Nome do Todo-poderoso, o
Senhor da Ceara que transforma o nosso pranto em festa!
Jesus só conseguiu fazer o que fez e revolucionar o mundo, porque Ele e o Pai
eram um (João 10:30). A oração do nosso Senhor foi para que fôssemos um com Ele
(João 17:21), pois sem Ele nada poderemos fazer (João 15: 5),e também que fôssemos
um com os irmãos (João 17:11).
Quando perguntaram a João, quem ele era, ele respondeu exatamente como havia
sido escrito a seu respeito há centenas de anos atrás: eu sou a voz do que clama no
deserto ( Isaías 40:3). Duas coisas podem ter acontecido com João Batista, analisaremos
as duas:
* Ele, por ser temente a Deus, começou a obedecer a voz do Espírito, mas sem
fazer uma ligação de que ele era a pessoa citada em Isaías 40. 3.
Talvez, naquela época, ele não tivesse o real entendimento do tamanho da profecia
que estava se cumprindo na sua vida. João sabia que uma voz clamaria no deserto, e
como ele estava no lugar citado, então, começou a obedecer a Palavra e a clamar por
arrependimento, e, assim sendo, cumpriu o propósito de Deus sobre sua própria vida.
Isso nos mostra que vale a pena obedecer!
* Ele pode ter tido, o tempo todo, a real convicção de quem era. João conseguiu
“se enxergar” dentro dos planos de Deus. Ele havia se encontrado nas promessas
bíblicas e, assim sendo, respondeu: eu sou a pessoa que foi citada no livro do profeta
Isaías, que iria clamar no deserto, preparando o caminho do meu Senhor!
Quero pensar que isso foi o que realmente aconteceu. João havia se encontrado
dentro das passagens bíblicas. Ele se enxergou dentro da história de Deus. Aleluia!
Muitos cristãos hoje não conseguem se encontrar dentro das promessas de Deus.
Precisamos ler a Palavra e nos achar inseridos nela, em cada promessa. Precisamos
encontrar o nosso nome nas entrelinhas de cada verso. Se alguém lhe perguntar: Quem
és? Você pode responder:
* Eu sou aquela ovelha que o Senhor queria no seu aprisco citada em João 10:16.
* Eu sou aquele bem-aventurado de João 20:29 que não O veria, mas creria Nele.
* Eu sou aquele homem cansado de Isaías 40:29-31 que tem as suas forças
renovadas.
* Eu sou aquele de quem fala o Salmo 1:1-6, que foi plantado junto ao ribeiro de
águas, que dá frutos, aquele cujas folhas não caem, e que tudo quanto fizer prosperará!
* Eu sou um daqueles citados em João 14:21, extremamente amado pelo Pai.
Aleluia!
Muitas vezes o povo de Deus tem se afastado do alvo para o qual foi chamado.
Freqüentam os cultos, cantam, dão seus dízimos e aparentemente apresentam a forma
de filhos de Deus, mas em seus corações não há mais vida. É como se tudo estivesse
seco. A única coisa que restou foi a fôrma, que está vazia.
É preciso clamar pela ação do Espírito Santo em nossas vidas. É Ele quem pode
soprar um novo fôlego de vida e transformar a fôrma vazia num recipiente cheio, que
poderá transbordar.
ESPÍRITO DE VIDA
Sou um intercessor que acredita que a minha oração pode mover o céu e o poder
de Deus se manifestando nesta terra.
Desde o início do Seu ministério, Jesus incentivou seus discípulos à prática da
oração. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que
pede recebe; o que busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á”. Essas três
expressões, em conjunto, ensinam claramente qual é a disposição amorosa de Deus no
que diz respeito a atender às orações.
Sabemos que não é fácil ter uma vida de oração. Ela deve ser conquistada com
muita dedicação e, principalmente, muita disciplina.
Momentos antes de tomar o cálice da cruz, o Mestre ensinou algo muito precioso
aos seus discípulos: “E tudo quanto pedires em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai
seja glorificado no Filho”. O crente unido com Cristo tem autorização de orar com a
mesma autoridade de Cristo e obter a manifestação da glória do Senhor. Note que toda
petição egoísta que não seja da vontade de Cristo é eliminada diante do Pai (Mateus
6.9,10).
Jesus continua a nos incentivar à oração, pois é de seu próprio desejo nos
abençoar quando levantamos o nosso clamor.
Quando você entende que é um intercessor, sua vida se transforma com a
compreensão de que o Pai espera que você se torne um reparador de brechas, alguém
que se importa com a ação poderosa dele em nossos dias. As pessoas que lhe cercam
deixarão de ser simples pessoas. Os olhos da fé as verão como potencias para a
operação do poder de Deus.
O Senhor deseja restaurar sua presença entre as nações da Terra, sobre a nossa
nação. Sobre a nossa cidade e sobre a Sua Igreja. Para isso, Ele mesmo levanta
guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão.
“Vós os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a Ele descanso
até que restabeleça sua nação e a ponha por objeto de louvor na terra”.
Quem me condenará?
Quem me separará do amor de Cristo?
Não será tribulação, angústia ou perseguição,
Nem fome, nudez, perigo ou espada.
“Não quero sacrifícios, quero o seu amor. Não me interesso por suas ofertas; o que Eu
quero é que vocês me conheçam.” (Bíblia Viva)
O livro de Oséias mostra a relação conjugal do profeta com Gômer, uma esposa
que o trairia, que sairia em busca de outros homens. Esse quadro figura o relacionamento
de Israel com Deus. O povo de Israel havia deixado o amor do Deus único e verdadeiro e
partido em busca de outros deuses, prostituindo-se, traindo a aliança estabelecida com o
Soberano Criador, assim como fez Gômer com Oséias.
A deslealdade do povo de Israel, figurada em Gômer, suscitou a ira de Deus que
mandou Oséias dizer ao povo que o castigo viria, caso não houvesse arrependimento
sincero e mudança de atitude. Havia um ritualismo vazio, uma religiosidade mecanizada,
totalmente desprovida de compromisso e lealdade por parte do povo e dos próprios
sacerdotes. Qualquer ritual religioso desassociado de obediência e amor perdem o
sentido, a validade. Deus deixa isso bem claro em Oséias 6.6.
O que nos moveu a passar pelo batismo? O que nos motiva a participar da Santa
Ceia? Esses são rituais estabelecidos pelo Senhor e podem tornar-se absolutamente
“ocos” de significação se não forem praticados com profunda e sincera devoção. No
Salmo 40.6 o salmista afirma que o que o Senhor deseja do Seu povo não são sacrifícios
e ofertas, mas ouvidos prontos a obedecer à Sua voz. No Salmo 51.16-17, Davi declara
que o que Deus desejava dele não eram belos atos religiosos, mas um espírito
humilhado, um coração arrependido e triste por causa do pecado. Em Amós 5.21-24
entendemos o Senhor dizer que odeia o exibicionismo, a falsidade e a hipocrisia e que o
“barulho” das canções vazias do povo incomodava seus ouvidos e as festas que eles
faziam não LHE agradavam.
Não adianta ir à igreja, cantar louvores, levantar as mãos, salmodiar, distribuir
folhetos, “envolver-se só aparentemente”, exteriormente. Tudo isso é excelente e precisa
ser feito, mas o “recheio” deve ser o AMOR AO SENHOR. As aparências podem ludibriar
os homens, porém a Deus, jamais! Que tipo de culto temos prestado ao Altíssimo? Por
que adoramos? Como adoramos? Qual a intenção da nossa celebração? Qual é o motivo
que nos leva a ofertar?
Tudo o que fazemos na igreja, na obra, perde o sentido se não estivermos
ofertando o nosso amor, a nossa obediência e a nossa lealdade ao Senhor. Esse deve
ser o “recheio” dos nossos cultos, das nossas festas, do nosso louvor, da nossa
adoração. Que a cada dia, através da busca constante da vontade soberana do Pai,
cresçamos na graça e no conhecimento Dele, prestando-LHE um culto genuíno e que a
autenticidade do viver cristão seja uma realidade em nossas vidas.
QUERO O SEU AMOR! É isso o que Deus está nos falando hoje.
Desde que o ser humano adquire consciência de quem é e do que é o mundo onde
está, ingressa numa busca incessante. Essa busca dá sentido à existência humana, pois
gera expectativas, sonhos, planos, esperança e isso faz com que se queira prosseguir,
lutar, viver. Porém o que se busca e em que proporção se busca faz toda a diferença.
A busca incessante e até mesmo descontrolada pelo que é material, em detrimento
do que é espiritual, traz desgaste, decepção e danos “eternos”, irreparáveis. Digo eternos,
uma vez que as escolhas que fazemos aqui se perpetuam na eternidade.
O que temos procurado, em muitos momentos, a duras penas? Riquezas?
Saibamos que “aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas
riquezas, nenhum deles, de modo algum, pode remir a seu irmão ou dar a Deus o resgate
dele”. (Salmo 49.6-7) É preciso dizer mais alguma coisa?
Nossa procura é por honra? Em Provérbios 25.27 lemos que “a investigação da
própria honra não é honra”. O que isso significa? Na versão da Bíblia Viva este versículo
é bem transparente: “Esforçar-se para mostrar aos outros como somos importantes faz
mal ao nosso espírito”.
Procuramos glória? Podemos dizer que glória é a honra posta em evidência,
conferida a uma pessoa; é um atributo que distingue alguém, que confere crédito a esse
alguém por algo. A Bíblia diz-nos que o único que é digno de receber toda honra e toda
glória é o Senhor. Vemos em Isaías 42.8 Ele mesmo afirmando que a Sua glória não dará
a outro. Lemos, ainda, em Isaías 40.6b que “... o homem é como a erva, que a glória do
homem murcha como a flor da erva”. (Bíblia Viva)
Por que, sabendo de tudo isso, devemos buscar tais coisas? Não devemos.
Riquezas, honra, glória e reconhecimento serão conferidos às pessoas pelo Senhor
quando Lhe aprouver para que o que Ele der seja usado na Sua obra, segundo Seus
planos. Devemos fazer o melhor, nos empenhar, nos dedicar ao nosso trabalho e às
nossas atividades de um modo geral, sim. Estudar, trabalhar, ganhar o pão de cada dia,
desejar uma promoção são coisas excelentes. Não estou me referindo a isso, mas refiro-
me à busca desenfreada por mais e mais e mais a ponto de supervalorizar o TER em
detrimento do SER.
O que devemos procurar, então? Devemos “buscar primeiro o reino de Deus e a
Sua justiça e todas as demais coisas nos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). Se não
conseguimos crer nessas palavras, peçamos ao Senhor que aumente a nossa fé. A fé é
um exercício constante. Dê o primeiro passo e Deus o(a) impulsionará e o(a) ajudará a
seguir pelo caminho que leva até Ele.
Em nossa leitura diária observamos que Baruque, escriba que serviu por muito
tempo a Jeremias, registrando suas palavras, estava aborrecido, triste, lamentando-se.
Deus lhe disse, então, que deixasse de olhar para si mesmo e de desejar recompensa
pelo que pensava merecer. Caso ele agisse assim, Deus o protegeria. Devemos fazer
exatamente isto: “tirar os olhos do próprio umbigo” e voltá-los para o “alto”. Que o Senhor
nos ajude!
Rituais religiosos desprovidos da fé genuína e do que ela promove não valem nada
aos olhos de Deus. O Senhor, através do profeta Isaías, faz acusações e exortações ao
povo de Israel. Eles estavam vivendo um “sistema religioso” pautado num meticuloso
cuidado em realizar os sacrifícios que passaram a ser apenas um sinal exterior,
desprovido de qualquer valor, pois a fé genuína havia se esvaído. Rituais religiosos são
absolutamente inúteis se não estiverem vinculados à obediência e ao amor a Deus, que
gera amor ao próximo.
Observamos em nosso versículo-chave que, através do profeta Oséias, Deus
adverte o povo apontando as consequências que viriam sobre a nação pela violação do
pacto de fidelidade e obediência que redundaria em castigo, em punição, ao invés de
culminar nas promessas de bênçãos, se houvesse sinceridade.
Deus, através dos profetas, revelava Seus planos ao povo de Israel, assim como
hoje faz-nos as mesmas revelações através de Sua Palavra. Muito mais do que cumprir
práticas religiosas, Deus quer de nós uma vida pautada na prática da justiça, na
aprendizagem do bem, do que é reto, ajudando o oprimido, o desfavorecido, socorrendo
os órfãos, tratando da causa das viúvas, ou seja, sendo MISERICORDIOSOS. Ele queria
tais coisas dos líderes religiosos e do seu povo na antiguidade, como quer, hoje, de nós.
Somos misericordiosos quando damos lugar à ira? Somos misericordiosos quando
caluniamos alguém? Somos misericordiosos quando emitimos juízo sobre a vida dos
outros, sem conhecimento de causa, julgando precipitadamente o nosso semelhante?
Somos misericordiosos quando abrimos as portas à murmuração e fomentamos fofoca e
disse-me disse? Somos misericordiosos quando traímos a confiança de quem depositou
em nós todo o crédito?
Será que é suficiente frequentarmos os cultos, sentarmos nos bancos das igrejas,
querendo, na maioria das vezes, “entretenimento” em vez de estarmos voltados à genuína
adoração a Deus? Será suficiente depositarmos mensalmente nossos dízimos e ofertas,
cantarmos louvores (por vezes tão displicente e irreverentemente), acompanharmos as
leituras bíblicas e toda a liturgia (quase sempre só de corpo e não com o espírito),
tomarmos o vinho e comermos o pão na celebração da Santa Ceia do Senhor (ignorando,
em muitos momentos, a profundidade desse memorial)?
A essência da vida cristã está em cumprirmos, sim, as ordenanças do Senhor, e
participarmos, com certeza, da vida ativa da igreja na qual congregamos, tendo, porém,
um coração sincero, voltado para o que de fato importa que é cumprir a santa, perfeita e
agradável vontade de Deus. Essa se resume em dois grandes mandamentos: amar a
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Isso gerará a misericórdia
que é infinitamente mais importante para o Senhor que a “prática de sacrifícios” e o
cumprimento de “regras” ditas cristãs as quais só são válidas se seladas por Cristo em
nossos corações.