Está en la página 1de 65

Igreja Casa de Oração – Cehab.

Rua Avelino Honório de Miranda, 65. Bairro Cehab. Itaperuna/RJ


Blog: www.casadeoracaocehab.blogspot.com
Email: casadeoracaocehab@hotmail.com

Pastor Presidente: Waldyr Silva do Carmo.


Autores:

Rônia de Almeia Malafaia Souza,

Membro da Igreja Cristã Evangélica da Cehab. Casa de Oração.


Professora da Classe de Batismos da Igreja.
Membro do Ministério de Música da Igreja.
Formação Acadêmica: Línguas e Literatura

Kênia Costa Gregório,

Membro da Igreja Cristã Evangélica da Cehab. Casa de Oração.


Professora EBD, Classe de Jovens da Igreja
Coordenadora do Ministério de Música da Igreja
Pós-graduada em matemática

Leandro Ferreira de Souza,

Membro da Igreja Cristã Evangélica da Cehab. Casa de Oração


Ministério de Missões e Ministério de Louvor
Formação acadêmica: Engenharia de exploração e produção de petróleo
ÍNDICE

05 ................Lições da Arca de Noé – Parte I. Não perca o barco


06.................Lições da Arca de Noé – Parte II. Planeje para o futuro
07.................Lições da Arca de Noé – Parte III. Mantenha-se em forma
08.................Lições da Arca de Noé – Parte IV. Não dê ouvidos às críticas
09.................Lições da Arca de Noé – Parte V. Mantenha-se fiel ao projeto de Deus
10.................Lições da Arca de Noé – Parte VI. A tempestade um dia vai passar
11.................Lições da Arca de Noé – Parte VII. Estamos todos no mesmo barco
12.................Lições da Arca de Noé – Parte VIII. Por segurança, viaje em pares
13.................Inconformismo
14.................Conduta na Casa de Deus
15.................Mudando de atitude
16.................A Fé genuína é demonstrada pelo amor
17.................É preciso crescer – Parte I
18.................É preciso crescer – Parte II
19.................É preciso crescer – Parte III
20.................Sinal de alerta
21.................A unidade frustra as estratégias de Satanás
22................Os sete ais – Parte I
23................Os sete ais – Parte II
24................Os sete ais – Parte III
25................Os sete ais – Parte IV
26................Os sete ais – Parte V
27................Os sete ais – Parte VI
28................Os sete ais – Parte VII
29................Deus não se esquece de nós
30................Deus nos capacita
31................Deus nos honra
32................Deus faz nosso trabalho prosperar
33................Deus faz de nós instrumentos de bênçãos
34................Renovando a mente
35................Experiência com Deus
36................Quanto há de Deus?
37................Remindo o tempo
38................Superando o sofrimento
39................A vontade soberana de Deus
40................O poder do louvor
41................O tempo é agora
42................A parábola do bom servo e do mau
43................A grande comissão
44................Fiel
45................Entronizar
46................Fidelidade na pontualidade e na assiduidade
47................Fidelidade ao Senhor
48................Encorajando a outros
49................A vitória vem do Senhor
50................Como o arminho
51...............A colheita de Deus está próxima
52............. Como um só homem
53............Quem sou?
54............Chamados para adorar!
55............Sei realmente quem sou parte I
56............Sei realmente quem sou parte II
57............Sei realmente quem sou parte III
58 ...........Arando o Solo
59............Quero o seu amor
60 ............O que procuras?
61 ............Misericórdia quero e não holocaustos
62.............Transformando areia em pérola
63.............Vivendo sob pressão
64 ............ Não meças para não seres medido
05

Lições da Arca de Noé – Parte I

Leitura bíblica: Gênesis 7.1 a 16


Versículo-chave: Gênesis 7.7 – “Por causa das águas do dilúvio, entrou Noé na arca, ele
com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.”

NÃO PERCA O BARCO

Além de Noé, sua família e os animais ninguém mais entrou na arca. Por mais
que Noé falasse, insistisse, tentasse mostrar às demais pessoas de sua época o que
havia de vir, elas não se importaram. Todas perderam o barco.
Vendo o Senhor Deus que a corrupção do gênero humano chegara a tal ponto
que não havia mais o que fazer, Ele decidiu “dar cabo” de toda carne. A terra estava cheia
da violência dos homens e Deus decidiu fazê-los perecer junto com ela.
Noé, porém, era um homem justo e bom, ele andava com Deus. Seguindo as
orientações do Senhor, construiu um grande barco para salvar a todos quantos se
arrependessem de seus maus caminhos. Ninguém, entretanto, se importou. Todos
perderam o barco.
A humanidade, no presente século, não está muito diferente da que existia na
época de Noé. Há violência, marginalidade, cobiça, inveja, desrespeito à vida, ao próximo,
ambição desenfreada, criminalidade, prostituição e inúmeras outras coisas negativas que
ainda poderiam ser citadas.
O Senhor mandará outro dilúvio para dizimar novamente o homem? Não, mas o
castigo virá. E que grande barco poderá salvar àqueles que se arrependerem de seus
maus caminhos? JESUS.
Ah! Não perca o barco, querido! Está desanimado de viver em meio às
tribulações, dificuldades, desencantos? Não desanime. Se Noé desistisse da construção
da arca mediante a zombaria de seus contemporâneos, ele e sua família também teriam
perecido.
Não se esqueça das promessas para aqueles que perseverarem. Deixe que a
voz do Espírito Santo de Deus ecoe em sua mente, arda em seu coração e permaneça
firme.
Agarre todas as oportunidades de honrar o nome do Senhor Jesus com suas
palavras e atitudes. Seus queridos, familiares e amigos, estão observando o que você faz
e talvez eles “entrem no barco” por causa de seu exemplo.
Mais uma vez eu digo: NÃO PERCA O BARCO, pois cada oportunidade pode
ser única em sua vida.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


06

Lições da Arca de Noé – Parte II

Leitura bíblica: Gênesis 6.11 a 22


Versículo-chave: Hebreus 11.7 – “Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca dos
acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou a arca para a
salvação de sua casa...”

PLANEJE PARA O FUTURO

Não estava chovendo quando Noé construiu a arca. Não podemos adivinhar o
futuro, mas devemos aprender a ouvir e a confiar em Deus. Foi o que ele fez.
A arca não foi construída da noite para o dia. Não foram necessários apenas
alguns meses para que aquele projeto grandioso ficasse pronto. Noé investiu 120 anos de
sua vida nesse empreendimento divino. Será que no decorrer dos anos, sem um indício
sequer de chuva e mediante o escárnio das pessoas que o cercavam, rotulando-o de
louco, Noé não foi tentado a desistir? Não sabemos. Provavelmente sim. O fato é que ele
não desistiu e fez tudo conforme Deus ordenara.
A arca deveria ser feita de tábuas de cipreste, calafetada com betume por dentro
e por fora. Seu comprimento deveria ser de trezentos côvados, a largura de cinqüenta e a
altura de trinta. Em seu interior deveria haver vários compartimentos, três pavimentos,
uma abertura de um côvado de altura ao seu redor para ventilação e uma porta que seria
colocada lateralmente.
Um projeto majestoso desses não poderia ser feito sem planejamento. E foi o
que Noé fez. A chave-mestra do planejamento e do sucesso de Noé em tão grande
empreendimento foi a sabedoria divina. Deus não só deu a ele a tarefa, mas capacitou-o
a executá-la.
Provérbios 24.14 diz: “... assim é a sabedoria para a tua alma; se a achares,
haverá bom futuro, e não será frustrada a tua esperança.” Noé buscou sabedoria em
Deus para planejar para o futuro e não teve sua esperança frustrada. Ele ouviu
diretamente de Deus as instruções as quais deveria seguir. Hoje também podemos
encontrar as diretrizes vindas da parte do Senhor para orientar nossos projetos; elas
estão na Bíblia, a Palavra Divina. Através dos preceitos divinos podemos planejar nosso
futuro, sem medo de errar. A Palavra de Deus é viva e eficaz, é a fonte de toda sabedoria
e aquele que a encontrar, achará o conhecimento de Deus.
Lemos nos versículos 13 e 14 do capítulo 3 de Provérbios que é “feliz o homem
que acha sabedoria... porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a
sua renda do que o ouro mais fino.” Busque a sabedoria que vem do alto, planeje bem o
seu futuro e não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje, principalmente no que diz
respeito à sua vida com Deus. Não sabemos quando nos encontraremos com Ele. Temos
que estar preparados.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


07

Lições da Arca de Noé – Parte III

Leitura bíblica: Gênesis 7. 6 a 24


Versículo-chave: Gênesis7.6 – “Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do
dilúvio inundaram a terra.”

MANTENHA-SE EM FORMA

Vamos meditar um pouco nos dados numéricos que temos a respeito de Noé.
Acabamos de ler que ele estava com 600 anos quando o dilúvio começou. Sabemos que
trabalhou 120 anos na construção da arca. Ele não era um jovenzinho quando o Senhor o
convocou para realizar a tarefa de construir o grande barco que seria o meio de salvação
apresentado por Deus.
Como alguém com toda essa idade teria condição de enfrentar uma jornada
árdua como a que Noé enfrentou? Já imaginou por quantas horas de trabalho pesado
Noé e seus filhos passaram? O material de que precisavam não estava à sua disposição
numa loja de material de construção. A madeira deveria ser apanhada nos bosques. As
árvores deveriam ser cortadas e preparadas para transformarem-se nas peças que
seriam usadas para construir cada compartimento do grande barco. Quantas árvores
foram cortadas e preparadas? Quanto peso aqueles ombros e braços, já vividos e não
mais jovens, tiveram que carregar? Quantas marteladas! Quanto esforço muscular para
efetuar todo aquele trabalho braçal!
A fé de Noé e o desejo que ele possuía de obedecer às ordens do Senhor o
mantiveram em forma. Quando um servo de Deus se dispõe, o Senhor faz o resto. É
como cantamos: “Quando Deus escolhe alguém Ele mesmo faz tudo o que determinou
em Seu coração. Capacita os chamados, fortalece os seus braços, pois a obra é Dele e
não falhará. Quando Deus escolhe alguém, bom é obedecer. Custe o que custar é
sempre o melhor.”
É esse o grande segredo para se manter em forma: OBEDECER ao Senhor,
confiar e esperar Nele e as forças serão renovadas. Está escrito: “Não sabes, não ouviste
que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?
Não se pode esquadrinhar seu entendimento. Faz forte ao cansado e multiplica as forças
ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de
exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com
asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” - Isaías 40.31.
Assim como uma boa caminhada matinal, alongamento, natação mantêm uma
boa forma física, a leitura da Palavra, a meditação na mesma e a oração são
indispensáveis para a manutenção da boa forma espiritual. Não perca tempo, exercite-se
e mantenha a forma. Você precisa ser saudável para a execução da obra o Senhor.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


08

Lições da Arca de Noé - Parte IV

Leitura bíblica: Salmo 119.1 a 8


Versículo-chave: I Coríntios 15.58 - “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes,
inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso
trabalho não é vão”.

NÃO DÊ OUVIDOS ÀS CRÍTICAS

Todos zombaram de Noé por estar construindo um barco no meio do deserto.


Não dê ouvidos aos críticos; apenas continue a fazer o trabalho que precisa ser feito.
Se Noé tivesse dado ouvidos às críticas que sofreu durante todo o período em
que trabalhou na construção da arca, ele certamente teria parado. Imaginemos o que os
contemporâneos de Noé diziam ao vê-lo empenhado naquele projeto: “Você está louco,
homem? De onde tirou essa idéia de que vai chover tanto a ponto de haver uma
inundação que acabará com tudo? Ele está esclerosado! Poderiam dizer alguns. Esse
homem perdeu o juízo, não diz coisa com coisa. Talvez falassem outros.”
Há muitas formas do inimigo nos desanimar e até mesmo nos deter, nos impedir
de fazer a obra do Senhor e uma dessas maneiras é colocar pessoas críticas ao nosso
redor. Existem as críticas construtivas que são dicas de grande valor para aperfeiçoarmos
o nosso trabalho. Porém há as críticas destrutivas, aquelas cujo objetivo é desestruturar
àquele que está envolvido no serviço de Deus. A essas críticas não devemos dar ouvidos,
pois tais procedem do adversário.
Não se deixe abater por comentários pejorativos que lhe fizerem. Busque
orientação na Palavra, ore, peça discernimento a Deus e aja, siga em frente. Não olhe
para os lados e sim para cima, de onde vem toda a sabedoria. Fixe seus olhos no alvo e
não abandone a função para a qual o Senhor o escalou.
Lembre-se sempre do que diz o versículo-chave dessa reflexão de hoje: seja
firme, constante, inabalável e sempre abundante na obra do Senhor, porque o seu
trabalho Nele não é vão.
Que Deus fortaleça sua vida, lhe dê disposição e capacitação para ir até o final,
pois nada vai frustrar os planos do Senhor.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


09

Lições da Arca de Noé – Parte V

Leitura bíblica: Salmo 31.14 a 24


Versículos-chave: Salmo 31.23 – “Amai o Senhor, vós todos os seus santos. O Senhor
preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo.”
Gênesis 6.22 – “Assim fez Noé, consoante a tudo o que Deus
ordenara.”

MANTENHA-SE FIEL AO PROJETO DE DEUS

Deus mesmo desenhou a arca e deu o projeto a Noé; e ela resistiu a um dos
maiores fenômenos meteorológicos da Terra. Cada pequeno ou grande compartimento
daquele barco foi idealizado, elaborado, projetado por Deus e Noé, cuidadosamente, com
extrema precisão, medida por medida seguiu o que o Senhor projetara.
Quantas vezes oramos, dizendo ao Pai que queremos que Seus projetos sejam
os nossos, mas no final resolvemos colocar nossas mãos para fazer os ajustes que
desejamos? Muitas, não é mesmo? O que Deus determina é sempre o melhor. Não há
como fracassarmos se nos mantivermos fiéis ao que Ele determinou.
Diz a Palavra: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu
próprio entendimento (...) Não sejas sábio aos teus próprios olhos...” - Provérbios 3. 5 e 7.
Quem somos nós para alterar uma vírgula sequer naquilo que Deus traçou? Os planos de
Deus são perfeitos e imutáveis. Caso ousemos modificar qualquer das “retas” traçadas
por Ele, fatalmente sucumbiremos.
Em momento algum Noé ousou modificar qualquer coisa, por menor que fosse,
no projeto dado por Deus, mas confiou de todo o coração e fez TUDO conforme o Senhor
ordenara. É isso que diz Gênesis 6.22 texto que lemos no início desse artigo. Porque
tantas vezes dizemos ao Senhor para fazer a Sua vontade em nossas vidas, em nossa
igreja e quando Ele faz, não aceitamos, nos rebelamos, nos revoltamos e até mesmo
abandonamos o barco? Temos dito com nossos lábios uma coisa, mas nosso coração
está cheio de outras intenções?
A arca foi construída por amadores; o Titanic por profissionais e sabemos bem
qual foi o fim das duas viagens. O que faz a diferença é o projeto do arquiteto e a
fidelidade dos trabalhadores. Manter-se fiel aos planos de Deus é a única garantia de
vitória e isso só depende de mim e de você.
“Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida.” - Apocalipse 2.10.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


10

Lições da Arca de Noé – Parte VI

Leitura bíblica: Gênesis 8.1 a 19


Versículo-chave – Gênesis 8.13b – “Então, Noé removeu a cobertura da arca e olhou, e
eis que o solo estava enxuto.”

A TEMPESTADE UM DIA VAI PASSAR

Quanta chuva! Se voltarmos um pouquinho no capítulo 7 de Gênesis leremos


que no ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, romperam-
se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram e houve
copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites.
Em outra versão lemos que as grossas chuvas do dilúvio começaram a cair, as
fontes subterrâneas “rebentaram” e os céus despejaram grande volume de água sobre a
terra. Lemos ainda que as águas cresceram e levantaram a arca de sobre a terra e que o
nível das águas foi subindo mais e mais, cobrindo tudo. As águas aumentaram tanto que
encobriram até os mais altos montes existentes debaixo do céu, chegando a sete ou oito
metros acima dos picos dos montes mais altos!
Que tempestade! Que situação difícil! Quantas adversidades a vencer! Todos
aqueles animais para alimentar; toda a “sujeira” que faziam, seus excrementos para
limpar; pouca luz; talvez uma queda brusca na temperatura mediante a chuva contínua e
a ausência de sol. Quanta luta!
Nossas vidas também passam por períodos de tempestades. Às vezes, tais
tempestades vêm com tanta força que achamos que vamos sucumbir. São problemas
familiares, financeiros, de saúde e até mesmo espirituais que surgem em nossa trajetória
de vida que se assemelham a verdadeiros dilúvios em nossa existência. O segredo para
vencer é confiarmos em Deus, exercitarmos a fé, fazermos valer o que pregamos e não
nos desesperarmos, pois a tempestade um dia vai passar. “O choro pode durar uma noite,
mas a alegria vem pela manhã” - Salmo 30.5. Quando menos esperarmos, um belo arco-
celeste irá aparecer à nossa frente rompendo a escuridão. É o sinal de Deus de que tudo
vai melhorar. Em algum momento as águas da tribulação irão baixar e o solo do nosso
coração ficará novamente enxuto.
Então, depois da tempestade, poderemos erguer um altar ao Senhor, como fez
Noé, e louvá-lo pelo fato de Suas misericórdias se renovarem sobre nossas vidas a cada
manhã. Tomemos posse de nossa vitória e não nos desesperemos nunca!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


11

Lições da Arca de Noé – Parte VII

Leitura bíblica: Romanos 15.1 a 13


Versículos-chave: Romanos 15.2 – “Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que
é bom para a edificação”.
Hebreus 13.16 – “Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a
mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz.”

ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO

Todos os sobreviventes do dilúvio estavam no mesmo barco. Não havia mais


ninguém em outro lugar. O que fariam a não ser viver em harmonia, de maneira que tudo
fluísse da melhor forma possível? Imaginem se Noé e seus filhos começassem a se
desentender por causa do serviço a ser realizado dentro da arca! Certamente, em algum
momento, um ou outro deveria abrir mão de seu ponto de vista sobre o que deveria ser
feito e como deveria ser feito, em função da opinião do outro. Com certeza, o trabalho era
dividido igualmente para que ninguém se cansasse além da conta, enquanto alguém
estivesse à toa. Obviamente, cada um desempenhava uma tarefa: um tratava dos
animais, outro limpava a sujeira que eles faziam, outro preparava o alimento da família,
enfim, havia trabalho para todos. Se não houvesse parceria, o caos se instalaria.
Podemos deduzir que todos trabalhavam unidos para manter a ordem no interior da arca,
já que do lado de fora só havia destruição.
Viver em espírito de cooperação na comunidade cristã na qual estamos
inseridos é a melhor opção. Se cada um fizer a sua parte, se esmerando em fazer o
melhor, e considerando o outro sempre superior a si mesmo, a obra do Senhor crescerá.
Estamos todos num grande barco, o barco dos que foram remidos pelo sangue do Senhor
Jesus Cristo, e precisamos atuar em parceria, em unidade, de forma que mais e mais
pessoas embarquem nessa arca conosco.
Como criar um ambiente amistoso entre nós? Agradando ao próximo no que é
bom para a edificação, para o crescimento e não negligenciando a prática do bem e a
cooperação, visto que isso agrada a Deus. Quando Ele se compraz no andar do Seu
povo, derrama bênçãos sobre a congregação, o que gera crescimento.
Temos que viver o mais harmonicamente possível, pois temos dito e cantado
que a nossa unidade irá trazer a glória do Senhor. Um planta, outro rega, outro colhe. Não
é isso que se lê em I Coríntios capítulo 3? Lemos ainda, no mesmo capítulo, que o que
planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio
trabalho. Isso, porque de Deus somos cooperadores; lavoura Dele; edifício levantado por
Ele somos nós. Não só é excelente, como é indispensável para o crescimento da obra do
Senhor que os cristãos vivam em comunhão, absolutamente entrosados. Nossa
sobrevivência depende muitas vezes da sobrevivência daquele que está ao nosso lado,
por isso zelemos pelo bem-estar de todos.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


12

Lições da Arca de Noé – Parte VIII

Leitura bíblica: Eclesiastes 4.7 a 12


Versículo-chave: Eclesiastes 4. 9 – “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor
paga do seu trabalho.”

POR SEGURANÇA, VIAJE EM PARES.

Noé e sua família entraram na arca, quatro casais, portanto entraram em pares.
Porém os pares formados não eram somente humanos, como sabemos. De todo animal
limpo o Senhor ordenou a Noé que levasse com ele sete pares: o macho e a fêmea; mas
dos animais imundos, um par: o macho e a fêmea. Também das aves dos céus, sete
pares: macho e fêmea; para conservar a semente sobre a face da terra. Foi assim que
Deus ordenou e assim fez Noé.
Que reflexão isso traz para nós? Se fizermos atentamente a leitura bíblica de
hoje mais uma vez, chegaremos a várias conclusões. Primeira: Duas pessoas juntas
podem lucrar muito mais do que uma sozinha, porque o seu trabalho vai render mais. Não
é exatamente isso de que precisamos no serviço do nosso Rei? Segunda: Se uma das
pessoas cair, a outra a ajuda a levantar-se; mas o homem sozinho, quando cai, está em
má situação. Como é bom ter uma mão amiga para nos erguer quando estamos sem
forças para nos levantar! Terceira: Quando a noite está fria, duas pessoas usando o
mesmo cobertor esquentam uma à outra. Mas, uma pessoa solitária, como vai se
esquentar? Quarta: Uma pessoa sozinha corre o risco de ser atacada, mas duas pessoas
juntas podem se defender melhor. E se forem três, melhor ainda; a corda trançada com
três fios não arrebenta facilmente.
Todas as reflexões acima nos remetem a uma palavra muito importante:
PARCERIA. Precisamos uns dos outros. Juntos podemos muito mais do que separados.
Um soldado sozinho fica vulnerável, à mercê do inimigo, mas com parceiros pode resistir
com muito mais eficiência e guerreando, vencerá.
A expressão VIAJAR EM PARES nos leva a uma outra lembrança: o Senhor
Jesus não enviava ninguém sozinho para uma missão. Por todas as razões apresentadas
acima, os discípulos não trabalhavam isoladamente. Se lermos Marcos 6.7 teremos a
confirmação dessa verdade: “Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois,
dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos.”
A Palavra de Deus ainda nos diz em Mateus 18.20 que “...onde houveram dois
ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” Conclusão: não fomos criados
para viver sozinhos, muito menos para sair para a batalha desacompanhados. Eu preciso
de você, você precisa de mim e nós precisamos de Cristo até o fim! Sigamos em frente
sempre juntos, juntos sempre!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


13

INCONFORMISMO

Leitura bíblica: I Tessalonicenses 4.1 a 8


Versículo-chave: Romanos 12.1 e 2 – “E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.”

Estamos no mundo, mas o mundo não deve estar em nós. É bom para o navio
estar no mar, mas é ruim quando o mar entra no navio. Na verdade o lugar do navio é o
mar, pois de que maneira ele serviria ao propósito de quem o construiu caso estivesse em
outro lugar? Como o navio seria utilizado para o que foi projetado se estivesse encalhado
em terra? Todavia é uma péssima coisa estar o mar dentro do navio. Como assim?
Quando o mar começa a inundar um navio é sinal de que alguma coisa saiu errada e tal
navio irá naufragar, não é mesmo?
Assim também é na vida do cristão. Como seríamos úteis na divulgação do
evangelho de Cristo se não estivéssemos no mundo? É no mundo que os perdidos estão
e é nesse lugar que o cristão deve ser usado como instrumento de transformação das
vidas que estão se perdendo. No entanto quando o mundo começa a entrar no coração
do cristão é um mau sinal. É indício de que algo muito errado está acontecendo e de que
a vida espiritual de tal cristão irá naufragar.
Portanto devemos viver em total inconformismo com as práticas do mundo.
Conformar-se quer dizer tornar-se conforme, concordar, ser conforme, ajustar-se.
Devemos, por isso, ser totalmente inconformados com o mundanismo, com seu estado
pecaminoso, maldade e “sujeira”. Para isso devemos ser transformados a cada dia pelo
poder da Palavra de Deus que renova a nossa mente, o nosso entendimento. Dessa
forma experimentaremos a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor.
Não nos conformemos com os padrões do mundo, ditados por Satanás, mas
busquemos a santificação sem a qual não veremos o Senhor. I Tessalonicenses 4.7 diz
que Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. Se os do mundo
não virem em nós algo diferente do que têm visto em si mesmos, não haverá como
mostrarmos a diferença que Cristo faz na vida daquele que decide segui-lo.
Para terminarmos a meditação de hoje, leiamos o que o Senhor disse a Moisés
para que ele falasse ao povo de Israel: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou
o Senhor, vosso Deus. Guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o Senhor que vos
santifico.” – Levítico 20.7 e 8. Tomemos para nós essa ordenança de Deus, pois hoje
somos também Seu povo.
Devemos buscar a santificação, sim, pois uma vida “santa” fala mais que mil
palavras.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


14

CONDUTA NA CASA DE DEUS

Leitura bíblica: Salmo 93. 1 a 5


Versículos-chave: Salmo 93.5 – “Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa
convém a santidade, Senhor, para todo o sempre.”
Habacuque 2.20 – “O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-
se diante dele toda a terra.”

“A.W.Tozer preocupava-se com a falta de santidade na igreja. Ele percebeu que


os cristãos, em geral, estavam perdendo a noção do que é Santo em seus cultos e na
adoração. Para ele, tal irreverência mostrava que o povo não tinha consciência da
presença de Deus no meio deles, era como se Ele não estivesse ali. Tozer observou que
o anseio por uma vida espiritual estava perdendo espaço para o mundanismo. E em
ambiente mundano não se produz o avivamento. Ele sentia que se a igreja não se
voltasse para Deus e buscasse um relacionamento com Ele, o Senhor procuraria outro
lugar.” (1)
Amados, ao ler o trecho acima no livro mencionado, fiquei a pensar se nossa
postura na Casa de Deus tem sido a ideal. Leia novamente os textos bíblicos citados,
medite neles, tire lições e retome a leitura do artigo.
Como temos chegado à Casa do Senhor? Quais são nossas intenções ao nos
dirigirmos “ao templo”? O que tem permeado nossos pensamentos durante o culto?
Estamos só de corpo assentados nos bancos da igreja, dia após dia, ou temos tido de fato
o propósito de juntos, como povo de Deus, em um só espírito, louvar e adorar ao Senhor
e cultuá-lo em meio à congregação?
A Bíblia diz que o Senhor habita no meio dos louvores do Seu povo. Que tipo de
louvor temos oferecido ao Rei dos reis e Senhor dos senhores? Precisamos juntos
clamar: Renova-nos, Senhor, já não queremos ser iguais. Ajuda-nos a vencer nossas
fraquezas, transforma-nos onde necessitamos ser transformados.
Temos estado inquietos demais para ouvir a voz de Deus na “Casa Dele”?
Aquietemos nossos corações, façamos com que fiquem em silêncio para que a voz do
Senhor seja audível em nossas vidas. Vigiar, orar, ler a Palavra de Deus e meditar nela
são ingredientes de uma fórmula infalível para atrair os olhos do Senhor. Ele se apraz em
ver seus filhos prestando-lhe culto com sinceridade de coração.
Assim como a santidade atrai os olhos de Deus, a falta dela O afasta. Que
nossa conduta como cristãos seja um ímã que atraia o Senhor para nós.
__________________________________________
(1) Extraído do Livro Caçadores de Deus – autor: Tommy Tenney

Rônia de Almeida Malafaia Souza


15

MUDANDO DE ATITUDE

Leitura bíblica: Mateus 5.43 a 48


Versículo-chave: Provérbios 3.29 - “Não maquines o mal contra teu próximo, pois habita
junto a ti confiadamente.”

“Era uma vez uma jovem chamada Lin, que se casou e foi viver com o marido na
casa da sogra à qual não se adaptava. Os temperamentos eram muito diferentes e Lin se
irritava com os hábitos e costumes da sogra. A vida se tornou insuportável. No entanto,
segundo as tradições da China, a nora tem que estar sempre a serviço da sogra e
obedecer-lhe em tudo.
A jovem, não suportando, por mais tempo, a idéia de viver com a sogra, foi
consultar um Mestre, velho amigo de seu pai. Depois de ouvi-la, o Mestre Huang pegou
um ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe:
- Para te livrares de tua sogra, vais misturar estas ervas com a comida dela,
pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai-se envenenando lentamente. Mas para
ninguém suspeitar de ti deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade.
Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas.
Durante várias semanas Lin serviu, dia sim, dia não, uma refeição preparada
especialmente para a sogra. E tinha sempre presente a recomendação do Mestre Huang
para evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a
como se fosse sua própria mãe. Passados seis meses, toda a família estava mudada.
Nesse tempo, Lin não teve uma única discussão com a sogra, que também passou a
mostrar-se muito amável; estavam vivendo, na verdade, como mãe e filha.
Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang para lhe pedir ajuda e disse-lhe:
- Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha
sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e agora gosto dela como se
fosse minha mãe. Não quero mais que ela morra.
Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça:
-Lin, não te preocupes. As ervas que te dei são vitaminas para melhorar a
saúde. O veneno estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho
que começaste a cultivar. A tua sogra não mudou, tu mudaste.” (1)
Colhemos dos outros o que semeamos: se rancor, rancor, se amor, amor. Se
amarmos os outros como queremos ser amados, tudo fluirá bem e o Senhor abençoará
nossos relacionamentos.
______________________________________________________________________
(1) Retirado da Internet – autor desconhecido

Rônia de Almeida Malafaia Souza


16

A FÉ GENUÍNA É DEMONSTRADA PELO AMOR

Leitura bíblica: Romanos 13. 8 a 14


Versículo-chave: Gálatas 5.14 - “Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

“A “lei real” é a lei do nosso grande Rei Jesus Cristo, que disse: “O meu
mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15.12).
Esta lei, originalmente resumida em Levítico 19.18, é a base para todas as leis em relação
a como as pessoas deveriam se relacionar umas com as outras. Cristo reforçou essa
verdade em Mateus 22.37 a 40 e Paulo a ensinou em Romanos 13.8 e em Gálatas 5.14”
(1)
A lei de Deus é uma e indivisível, e pode ser resumida numa palavra: amor,
primeiro a Deus e depois ao próximo. Ofender a lei do amor é transgredir tudo. Tal lei não
pode ser cumprida por quem tem um coração mau. Nossos corações devem ser tratados
e transformados pelo Senhor Jesus para que possamos agir conforme Ele manda. Falar
do amor de Deus, pregar e cantar sobre ele não é difícil, mas praticá-lo é o que interessa,
é o que faz a diferença entre o remido e o ímpio e isso não é fácil.
Devemos tratar todas as pessoas como gostaríamos de ser tratados. No artigo
de ontem a jovem chinesa Lin percebeu essa verdade quando mudou sua atitude com
relação à sogra. Podemos fazer das pessoas que nos cercam monstros ou heróis,
dependendo de como as tratamos.
Na China há uma provérbio que diz: “A pessoa que ama os outros também será
amada”. E os árabes têm outro provérbio: “O nosso inimigo não é aquele que nos odeia,
mas aquele a quem odiamos”. As pessoas que mais nos dão dor de cabeça hoje poderão
vir a ser as que mais nos darão alegrias no futuro. Invista nelas... cative-as, ouça-as,
plante boas sementes. Não espere o resultado imediato... colha com paciência.
___________________________________________________________________
(1) Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal

Rônia de Almeida Malafaia Souza


17

É PRECISO CRESCER – Parte I

Leitura bíblica: II Coríntios 3.12 a 18


Versículo-chave: II Coríntios 3.18 - “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando,
como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua
própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”

A Bíblia é o instrumento de transformação de nossa vida cristã. Transformar quer


dizer dar nova forma a; tornar diferente do que era; transfigurar; alterar; modificar;
converter-se; adquirir nova forma ou caráter. É exatamente isso o que acontece conosco
ao aceitarmos o Senhor Jesus como Salvador de nossas vidas. Nascemos de novo e
temos nossa natureza modificada. Porém, para que a transformação seja abrangente e
eficaz, é preciso passarmos a nos alimentar diariamente da Palavra de Deus.
É claro que a confissão de nossos pecados e a declaração de Cristo como nosso
remidor é a mola mestra desse processo. Sem isso, por mais que fizéssemos, por mais
que lêssemos a Bíblia ou qualquer outra literatura não alcançaríamos êxito. Todavia não
podemos nos esquecer de que as orientações para a aquisição do novo caráter , o caráter
cristão, estão nas Escrituras Sagradas.
Quando um bebê nasce, ele se alimenta de leite. Todos sabemos, porém, que o
leite não será o único alimento que o bebê irá ingerir. Assim também ocorre conosco.
Quando “nascemos de novo”, ou seja, nos convertemos a Cristo Jesus, somos como
bebês espirituais que precisam ser alimentados com leite. Entretanto, à medida que
vamos crescendo, é necessário solidificarmos essa alimentação. É o que lemos em
Hebreus 5.13. Não podemos ficar na condição de bebês indefinidamente. Temos que
“comer” cada dia mais e mais as lições contidas nesse livro bendito. Não devemos
desejar apenas o “leite” da Palavra, mas também a “carne”, algo mais substancial.
Deus tem todas as bênçãos de que precisamos, mas para liberá-las temos que
crescer Nele. O Senhor não dará a um bebê espiritual o que ele não tem maturidade para
receber. Todo esse processo de crescimento, de transformação, não acontece da “noite
para o dia”, às vezes leva tempo, é preciso ser paciente e perseverante. Precisamos
mudar de dentro para fora. Deus quer entrar em nós e mudar o que for preciso em nosso
coração, mas para isso é preciso nos alimentarmos da comida especial que o Pai
preparou para nós com tanto carinho e que é servida “quentinha”, diariamente, pelo
Espírito Santo, se a buscarmos. Nutra-se! Permita-se transformar! É preciso crescer!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


18

É PRECISO CRESCER – Parte II

Leitura bíblica: II Pedro 3.14 a 18


Versículo-chave: II Pedro 3.18 – “...antes crescei na graça e no conhecimento de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo...”

Nosso versículo-chave, em outras palavras, diz que devemos crescer em força


espiritual e conhecer melhor o nosso Senhor Jesus Cristo. Todo processo de crescimento
é doloroso, visto que a “estrutura do corpo”vai passar por uma transformação. Pense em
um garoto que está saindo da meninice e entrando na adolescência. Nesse período há o
que se chama de “estirão de crescimento”. Muitos , nessa fase, crescem vários
centímetros em pouco tempo e sentem dores nos ossos, principalmente nos das pernas,
ao que ouvimos chamar de“dor de crescimento”. Crescer dói!
Transportemos isso para o âmbito espiritual. O processo de crescimento e
fortalecimento do cristão é normalmente doloroso. Vai haver sacrifício, surgirão
provações, tentações, lutas, altos e baixos, mas é necessário que passemos por todas as
fases. Não podemos chegar ao fim sem passar pelo meio.
Certa vez ouvi uma fonoaudióloga dizer que não é bom que uma criança “queime
etapas” de desenvolvimento. Como assim? Por exemplo: não é ideal o bebê deixar de
engatinhar, passando da posição sentada direto para os primeiros passos, pois essa
etapa que não foi vivida poderá acarretar algum tipo de dano motor ou atraso na fala,
mesmo que seja algo pouco significativo.
Conosco não é diferente. Necessitamos passar por cada etapa do crescimento
espiritual para que sejamos cristãos saudáveis. É bom saber que TODOS passam pela
mesma jornada, pelo menos todos os que realmente desejam crescer como servo de
Deus, como cidadão dos céus, como filho do Altíssimo que intenciona viver para honrar o
Nome Dele.
Não é fácil para ninguém, não pense que só é difícil para você. Se não desistir de
lutar e se esforçar no aprendizado, estará desenvolvendo o caráter de Cristo e ninguém
poderá tomar isso de você. Se quer crescer em Deus, se quer ir além, tem que amar a
Palavra, gastar tempo com ela, tem que ler, meditar, pesquisar, investir, enfim, ser um
“estudante” a vida inteira. É necessário, para crescer, muito mais do que um sermão
dominical. É indispensável também dedicação e esforço diário na prática da oração.
No artigo de ontem mencionei que esse processo não acontece da noite para o dia.
Não é como colocar um prato congelado no microondas, apertar um botão e pronto, está
feito. Devemos mostrar com nosso estilo de vida, em nosso dia-a-dia que Cristo nos tem
transformado. Isso é crescer! Quase tudo na vida demora mais do que desejamos, mas
para que o melhor seja feito em nós, Deus gasta o tempo que necessitar. E vale a pena
lembrar que tudo o que Ele faz é o melhor.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


19

É PRECISO CRESCER - Parte III

Leitura bíblica: Colossenses 2.16 a 19


Versículo-chave: Colossenses 2.19 – “... e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo,
suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que
procede de Deus.”

Por que é tão importante estudar a Palavra de Deus e pedir discernimento a Ele
para que nos revele o que precisamos saber? Por que temos batido há três dias nessa
mesma tecla? Quer a resposta? Porque é muito comum nos deixarmos levar por aquilo
que os outros falam, sem examinarmos as Escrituras para verificar se cada ensinamento
que recebemos provém ou não de Deus.
“No texto para reflexão de hoje vemos que o apóstolo Paulo põe à parte o ritualismo
mosaico e avisa os colossenses contra alguns falsos mestres. O problema fundamental
com os falsos mestres era que eles não estavam ligados a Cristo, a cabeça da Igreja. Se
estivessem ligados a Ele, não teriam ensinado uma falsa doutrina. Não se deve confiar
em qualquer pessoa que ensine sobre Deus sem que ela esteja ligada a Ele pela fé.
Os falsos mestres estavam reivindicando que Deus estava longe e que só era
possível aproximar-se dEle através de vários níveis de anjos. Eles ensinavam que as
pessoas tinham de adorar os anjos em ordem hierárquica, para no final, chegarem a
Deus. Esse ensino não consta nas Escrituras. A Bíblia ensina que os anjos são servos de
Deus e nos proíbe de adorá-los (Êxodo 20.3 e 4; Apocalipse 22.8 e 9). À medida em que
você crescer em sua fé cristã, deixe que a Palavra de Deus seja seu guia, e não as
opiniões de outras pessoas”(1)
Esse alerta é importantíssimo ainda hoje. Os tempos mudam, mas a essência
pecaminosa do ser humano e a astúcia de Satanás continuam as mesmas. Quantas
linhas de pensamento heréticas surgem no meio do povo chamado evangélico! Quantos
ensinos errados, quantos desvios, quantas distorções! Só não cairemos no erro se
fizermos como os crentes de Beréia quando Paulo e Silas chegaram à cidade. Os
bereanos tinham a “mente mais aberta” que os tessalonicenses, de maneira que ouviram
com mais interesse a mensagem de Paulo e Silas. Entretanto eles investigavam dia-a-dia
as Escrituras para conferir as declarações deles, a fim de ver se realmente elas eram
como eles diziam. Como resultado, muitos deles creram, incluindo-se diversas mulheres
gregas importantes e também muitos homens.
É isso que devemos fazer: ler as Escrituras, investigar e CRESCER. Dessa forma
não seremos “presas fáceis para os falsos profetas” e o crescimento que teremos
procederá exclusivamente de Deus.
____________________________________________________________________
(1) Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal

Rônia de Almeida Malafaia Souza


20

SINAL DE ALERTA

Leitura bíblica: Marcos 7. 14 a 23


Versículo-chave: Marcos 7.15 – “Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa
contaminar; mas o que sai dele, isso é que contamina o homem.”

Os judeus acreditavam estar limpos diante de Deus por se recusarem a comer


determinados alimentos. Porém o que vemos em nosso versículo-chave de hoje é o
Senhor Jesus explicando que o pecado se origina em nosso interior, é concebido dentro
de nós, pois está relacionado às nossas intenções e pensamentos. Isso é o que nos suja.
Como agir, então, se tantas coisas indevidas, às vezes, chegam às nossas mentes?
Quem disser que nunca teve um pensamento impuro, mau, que nunca se pegou
imaginando algo inadequado, estará mentindo. Isso acontece com todo ser humano,
mesmo com os que já aceitaram a Cristo.
Que impasse!!! O que fazer, então? Novamente você perguntaria. Opte por afugentar
tais pensamentos de sua mente, expulse sentimentos pecaminosos de seu coração. O
semáforo, no trânsito, é o sinal que orienta os motoristas, os pedestres, os motociclistas a
se conduzirem adequadamente, evitando acidentes que podem gerar até mortes. Nós,
cristãos, temos o Espírito Santo de Deus que é o nosso SINAL DE ALERTA. Quando
nossa mente capta os tipos de pensamentos acima mencionados, Ele dá o sinal nos
alertando: ISSO NÃO CONVÉM!
Podemos escolher continuar pensando o que não devemos, o que poderá acarretar
uma série de coisas indesejáveis, as quais sairão do campo do pensamento e passarão,
fatalmente, ao da ação. Ou podemos escolher dar ouvidos à voz do Espírito, perceber o
sinal vermelho e interromper o mau pensamento orando, lendo a Palavra e louvando.
Pode experimentar que funciona!
Seja honesto com Deus. Diga: Ó Pai, estou pensando isso, isso e isso e sei que não
posso esconder tais coisas do Senhor. Sei também que elas não agradam ao Seu
coração, portanto ajuda-me a me ver livre delas, mesmo que minha carne queira cultivá-
las. Vale lembrar aquele velho ditado: “Não podemos impedir que os pássaros sobrevoem
as nossas cabeças, mas podemos e devemos impedi-los de construir nelas seus ninhos.”
Precisamos nos esforçar para fazer o que é correto diariamente. “As palavras da
nossa boca e a meditação do nosso coração devem ser apenas em louvor ao Senhor.”

Rônia de Almeida Malafaia Souza


21

A UNIDADE FRUSTRA AS ESTRATÉGIAS DE SATANÁS

Leitura bíblica: Efésios 4. 1 a 16b


Versículo-chave: Efésios 4. 3 – “... esforçando-vos diligentemente para preservar a
unidade do Espírito no vínculo da paz.”

Uma das definições de unidade é “qualidade do que é um ou único”. Para que haja
unidade é preciso haver unificação. E o que é unificar? É reunir em um todo ou um só
corpo. Tornar uno. Fazer convergir para um só fim. Tornar um. Reunir-se em um só todo.
Unir-se. Se buscar em um dicionário é o que achará.
O texto de Efésios 4 fala exatamente sobre isso, sobre a unidade no corpo de
Cristo. “Nós, cristãos, formamos todos um só corpo e a unidade não acontece por acaso,
temos que trabalhar para alcançá-la. Muitas vezes as diferenças entre as pessoas levam
à dissensão, mas isso não deve acontecer na igreja. Em vez de nos concentrarmos
naquilo que nos divide, devemos nos lembrar do que nos une: um corpo, um Espírito, um
Senhor, uma fé, um batismo, um Deus.
Construir a unidade é um dos papéis mais importantes do Espírito Santo. Ele nos
guia, mas devemos estar dispostos a ser guiados e a fazer a nossa parte para manter a
paz. Podemos fazê-lo ao enfocar nossa atenção em Deus, e não em nós mesmos.”(1)
Ninguém é perfeito. Se enxergarmos imperfeições em nossos irmãos, devemos nos
lembrar de que também as possuímos. Quando percebemos defeitos em nossos
companheiros de fé, devemos ser tolerantes, compreensivos e exercer o amor. Há
alguém cuja personalidade ou cujos atos estão lhe entristecendo, aborrecendo ou
incomodando? Ore por essa pessoa.
Você já observou que um animal selvagem nunca ataca sua presa se ela estiver em
bando? Ele só ataca quando a presa está sozinha ou se ficar para trás, enquanto o bando
continuar seguindo. Satanás age da mesma forma. Se algum cristão se afasta do convívio
da comunidade cristã, vira presa fácil para o inimigo.
Não pense que você pode viver sozinho, isolado de uma igreja, fora do arraial do
povo de Deus, pois isso irá enfraquecê-lo e sua vida ficará à mercê do diabo. Precisamos
nos esforçar para preservar a unidade e a paz, porque, dessa forma, as estratégias de
Satanás serão frustradas e os projetos de Deus para nós se concretizarão.
___________________________________________________________________
(1) Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


22

OS SETE AIS – Parte I

Leitura bíblica: Mateus 23. 13 a 36


Versículo-chave: Mateus 23.13 – “Mais ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pois que
fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que
estão entrando.”

Meditaremos, durante os próximos dias, a respeito dos sete“ais”contidos no capítulo


23 do evangelho segundo Mateus. Os “ais” da leitura bíblica são interjeições que
exprimem a idéia de condenação, censura, maldição, palavras essas, sinônimas de
anátema.
Ser cristãos “de fachada” é muito fácil, mas viver o evangelho genuíno baseado no
amor, no perdão e na misericórdia, isso, sim, é difícil. Os líderes religiosos, os escribas e
fariseus são taxados pelo Senhor Jesus de hipócritas justamente por terem um tipo de
discurso não condizente com a postura que assumiam.
Liderança espiritual, na época de Cristo, era sinônimo de poder político, dinheiro e
prestígio e isso levava tais líderes a perderam de vista o próprio Deus. Os fariseus eram
os membros da religião judaica que ostentavam, hipocritamente, uma grande santidade
não tendo, na verdade, nada de santos. Hipocrisia é fingimento de virtudes e sentimentos,
é falsidade e isso o Senhor condena veementemente, como veremos na análise dos sete
“ais”. O primeiro deles se encontra no versículo-chave de hoje.
A história de Israel, sua cultura e seu cotidiano, era centralizada no relacionamento
com Deus. Porém na ânsia de alcançar coisas que estavam muito distantes de uma vida
voltada para o Senhor, a saber, mais poder, mais dinheiro e mais prestígio, os líderes
religiosos do povo transferiam a toda a nação a cegueira espiritual que os acometia.
Assim sendo, além de desagradarem a Deus com sua conduta, davam mau exemplo
àqueles a quem lideravam, tornando-os seus seguidores em práticas negativas, as quais
contrariavam os princípios divinos que, reiteramos, são pautados no amor, no perdão e na
misericórdia.
É difícil vermos o que é bom se propagar com facilidade, mas o que não presta se
alastra como peste e contamina a todos em redor. Dessa forma os fariseus atuavam em
meio ao povo “fechando a porta do Reino dos céus” a eles mesmos e aos outros, pois
promoviam o afastamento de Deus com seu proceder indigno.
Não desejemos esse “ai” para nossas vidas, pois o preço a ser pago por esse tipo
de conduta é alto demais!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


23

OS SETE AIS – Parte II

Leitura bíblica: Mateus 23. 13 a 36


Versículo-chave: Mateus 23. 14 – “Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas, porque
devorais a casa das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis
juízo muito mais severo!”

Se há alguém que atrai os olhos e cuidados do Senhor são as viúvas e os órfãos.


Nosso versículo-chave aborda a insensatez dos fariseus no trato com as viúvas e os
repreende severamente. Desde o antigo testamento, Deus deixa clara a maneira como
essas mulheres devem ser tratadas: com zelo, socorro e justiça. Em Deuteronômio 10.18
lemos que Ele faz justiça a elas. No Salmo 68.5 essa idéia é reiterada e vemos que Deus
cuida delas desde o santo lugar onde vive. Lá de Sua morada o Senhor está atento às
suas necessidades.
Em Jó 22.9 Elifaz o acusa de estar sendo castigado por haver cometido certos
pecados – os quais, na verdade, não cometera, visto que era homem justo – e dentre eles
estava despedir as viúvas de mãos vazias, desampará-las. Isso poderia atrair o castigo de
Deus. Em Provérbios 15.25 lemos que o Senhor deita por terra a casa dos soberbos,
destrói as riquezas dos orgulhosos, mas garante o sustento das viúvas, mantém a sua
herança. Se lermos Zacarias 7.10 veremos Deus dizendo a ele para falar aos judeus que
não as oprimissem. Todas essas menções são feitas no Velho Testamento, mas
encontramos as mesmas também no Novo Testamento. Na primeira carta do apóstolo
Paulo a Timóteo vemos sendo apresentadas no capítulo 5 várias orientações sobre o
procedimento com as viúvas e lemos que elas devem ser honradas.
Tiago 1.27 diz exatamente o seguinte:“A religião pura e sem mácula, para com o
nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo
guardar-se incontaminado do mundo.”Era absolutamente o contrário disso que estava
acontecendo com os líderes religiosos do tempo de Cristo, citados em Mateus 23.
Os fariseus se contaminaram tanto com o mundo, visando lucro, que devoravam a
casa das viúvas. O devorador come rapidamente, com sofreguidão e era assim que
procediam tais homens. Além de não darem a assistência necessária a elas, se
beneficiavam do que possuíam, de seus bens e, às vezes, até as expulsavam de suas
casas. Viviam algo que estava longe de ser chamada a religião pura e sem mácula
mencionada por Tiago.
Diante desse quadro, Cristo proferiu esse segundo “ai” que também não devemos
desejar para nós, pois o justo juiz julgará a todos, dando a cada um a medida que
merecer.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


24

OS SETE AIS – Parte III

Leitura bíblica: Mateus 23. 13 a 36


Versículo-chave: Mateus 23.15 – “Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais
o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas
vezes mais do que vós!”

O proselitismo é o zelo, o afã, o trabalho excessivo em fazer prosélitos, termo esse


que quer dizer partidários.
Os líderes religiosos, escribas e fariseus, referidos no texto, faziam exatamente
isso, se esforçavam o mais que podiam para conseguir partidários. Percorriam o mar e a
terra, iam a qualquer distância para converterem alguém e depois “afastavam” as pessoas
de Deus, levando-as a seguirem seus maus exemplos, para se tornarem semelhantes a
eles.
Você já teve a oportunidade de conhecer aquele tipo de pessoa que quer dar uma
de muito moralista, certinha, íntegra e com palavras mostra uma coisa, mas quando se
vê“por baixo do tapete” há uma sujeira enorme?
Há o conhecido ditado: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Com os
fariseus era um pouquinho diferente: Não faça o que eu digo; faça o que eu faço para que
se torne igual a mim e não me condene. Os fariseus faziam prosélitos para se tornarem
“farinha do mesmo saco”. Ninguém, que aprendesse a agir inadequadamente como eles,
os condenaria.
Daí o fechamento do versículo dizendo que tais homens faziam das pessoas filhos
do inferno duas vezes mais que eles. Desde que tais líderes não fossem “incriminados”,
apontados por sua conduta inadequada, tudo bem. O importante é que tirassem
vantagem, proveito da situação.
Que tipo de exemplo temos dado àqueles a quem temos pregado? Que espécie de
evangelho estamos pregando? Que imagens os descrentes estão fazendo de nós? É
preciso viver como ensinamos, senão nosso discurso torna-se vazio, oco e as pessoas
continuarão indo para o inferno diante de nossos olhos.
Deus sonda nossas intenções, a Ele não podemos enganar. Que o Senhor aparte
de nós o farisaísmo e o proselitismo e que nosso agir, muito mais do que nosso falar,
redunde em vidas sendo retiradas das garras de Satanás e da perdição eterna.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


25

OS SETE AIS – Parte IV

Leitura bíblica: Mateus 23. 16 a 22


Versículo-chave: Mateus 23.16 – “Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo
santuário, isso é nada; mas se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que
jurou!”

Guias cegos! É esse o título que os líderes religiosos, os fariseus estão recebendo
nesse versículo. Guias que estavam trocando o todo pela parte.
Fica claro, após a leitura do texto, que eles não viam problema em se quebrar um
voto pelo templo de Deus ou pelo altar. Porém, caso o juramento fosse feito pelo ouro do
templo ou pelas ofertas que estavam sobre o altar, aí sim, de forma alguma deveria ser
quebrado ou descumprido. Que distorção de valores é essa? O que é mais importante o
templo e o altar ou o ouro e as ofertas? Mais uma vez percebemos que esses homens
supervalorizavam o que era material, o que poderia dar lucro e desvalorizavam o que
realmente importava, que é o espiritual.
Vejamos o que outros textos bíblicos dizem sobre juramento. Levítico 5.4, por
exemplo, nos mostra que o povo de Deus deve manter sua palavra, mesmo que seja
difícil cumpri-la. O Senhor faz um alerta em Mateus 5.37 no que diz respeito a fazer votos
e promessas, dizendo que o nosso falar deve ser sim, sim; não, não, porque o que passa
disso é de procedência maligna. O que isso quer dizer? Que nossa palavra deve ser
suficiente; se há necessidade de reforçá-la com juramentos, então, existe algo errado com
a nossa sinceridade. Tiago 5.12 também aborda essa questão. Há pessoas que, por
terem uma reputação de exagero ou mentira, não conseguem credibilidade.
Os cristãos jamais devem ser como essas pessoas. Devemos ser honestos para
que os outros acreditem em nós apenas diante de um sim ou não, sem necessidade de
jurarmos. Porém, se jurarmos, não quebremos o juramento, como os fariseus diziam que
pelo templo e pelo altar se poderia quebrar, mas cumpramos até o final, para não
recebermos a maldição de Deus.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


26

OS SETE AIS – Parte V

Leitura bíblica: Mateus 23. 23 a 36


Versículos-chave: Mateus 23. 23 e 24 – “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois
que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da
lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.
Condutores cegos! Coais um mosquito e engolis um camelo.”

O grande problema dos fariseus é que eles levavam à risca pequenas observâncias
da lei, mas falhavam no juízo, na misericórdia e na fé. Não é difícil incorrermos no mesmo
tipo de erro. Às vezes somos demasiadamente zelosos com alguns detalhes, com liturgia
dos cultos, com “rituais” dentro de nossas igrejas, no entanto não colocamos em prática o
que o Senhor deseja, que é exercitar o amor ao próximo e vivenciar o evangelho genuíno
de Cristo.
“É possível obedecermos a detalhes da Palavra, mas negligenciarmos a Sua
essência com nosso comportamento. Por exemplo, podemos fielmente contribuir com dez
por cento de nossa renda a Deus e, por outro lado, não termos disposição de doarmos um
minuto do nosso tempo para ajudar os outros.”(1) Entregarmos o dízimo é muito
importante, pois é o Senhor que nos ordena fazer isso. Em Malaquias 3.10 lemos: “Trazei
todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois
fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e
não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.”
Acabamos de ver uma ordenança: TRAZEI. O verbo está no imperativo. E tal ordenança
vem acompanhada de promessa. Mas devemos nos lembrar de que há mais coisas a
observar, igualmente importantes.
“Os fariseus coavam a água para evitar engolirem, acidentalmente, um mosquito,
um inseto impuro, de acordo com as leis. Embora fossem muito meticulosos com detalhes
sobre o asseio nas cerimônias, haviam perdido a perspectiva de sua pureza interior.
Estavam limpos externamente, mas abrigavam corações corruptos.”(2)
Deus vê nossos corações, nossas intenções e não o cerimonial de nossos
ajuntamentos. Que o Pai nos auxilie a observar e exercitar o que é fundamental,
indispensável para agradar o coração Dele, que é o exercício do amor.
______________________________________________________________________
(1 e 2) – Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal

Rônia de Almeida Malafaia Souza


27

OS SETE AIS – Parte VI

Leitura bíblica: Mateus 23. 25 a 28


Versículos-chave: Mateus 23. 25 e 27 – “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois
que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de
iniqüidade... Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados que por fora realmente
parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda
imundície.”

Manter as aparências. Essa é a tônica da modernidade, a lei que rege os


relacionamentos onde PARECER tem prioridade sobre o SER. Os fariseus apresentavam-
se como santos e justos, entretanto haviam perdido a perspectiva de sua pureza interior.
Pareciam limpos externamente, mas abrigavam corações corruptos e gananciosos.
Levar uma vida cristã cujo objetivo é exibir-se aos demais assemelha-se a lavar
apenas o lado de fora do copo deixando o interior sujo, contaminado. Devemos buscar a
pureza interior para que essa se reflita no exterior. Proferir belos discursos e abrigar
pensamentos e desejos impuros faz de nós fraudes ambulantes. Nossas crianças cantam
um louvor que diz: “Não importa tanto o meu exterior; minha altura, peso, nada tem valor.
Jesus Cristo está olhando o meu interior, o importante é o que está dentro de mim.”
Será que temos abrigado morte dentro de nós? Será que temos nos apresentado
como sepulcros caiados? Será que por fora somos “túmulos” limpinhos, pintados, até
decorados com flores belas e perfumadas, mas por dentro o mau cheiro dos ossos do
pecado, a mancha de toda espécie de fingimento tem ocupado todo o espaço?
Palavra dura essa, não é mesmo? Sinceramente não é agradável de se ouvir, mas
a Palavra de Deus é como espada de dois gumes que vai até a divisão da alma e do
espírito. Precisamos estar atentos para que não sejamos pegos nessa condenação. Não
é difícil nos encontrarmos enredados nesse tipo de situação. O que nos fará estar distante
dessa lamentável realidade é a busca diária, incessante, incansável da presença do
Senhor.
Vestir a armadura de Cristo e permanecer vigilantes em oração e súplica a Deus
faz toda a diferença. Aquele que está de pé, cuide-se para que não caia.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


28

OS SETE AIS – Parte VII

Leitura bíblica: Mateus 23. 29 a 36


Versículos-chave: Mateus 23. 29 e 30 – “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois
que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos e dizeis: Se
existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar
o sangue dos profetas.”

Esse último “ai” fala de quê? Fala do fingimento dos fariseus de dizerem ter
aprendido com a experiência passada, enquanto seu comportamento presente mostrava o
contrário.“Eles construíam monumentos aos profetas mortos pelos seus pais,
depositavam flores nos túmulos dos homens bondosos que eles destruíam e diziam que
nunca agiriam da mesma forma. Na verdade, estavam agindo de igual modo, seguindo os
passos de seus pais, enchendo até em cima a medida completa da maldade deles.”(1)
“Provavelmente o Senhor Jesus estava se referindo aos líderes da Igreja Primitiva
que foram perseguidos, flagelados e mortos, como Cristo havia predito. A geração de
Jesus dizia que não agiria como seus antepassados, que derramaram o sangue dos
profetas que Deus lhes havia enviado, mas estavam prestes a matar o próprio Messias e
seus fiéis seguidores.”(2)
Esse tipo de reverência fingida que zela os túmulos dos profetas falecidos enquanto
quer matar os profetas vivos pode ser vivenciada no meio do povo de Deus hoje em dia?
Sim. Como podemos “matar os profetas vivos”? Através de nossas críticas, de acusações
sem fundamento, da depreciação do trabalho dos outros dentro da Obra de Deus.
Medimos os que estão ao nosso redor com uma medida que não suportaríamos.
Pesamos o desempenho dos servos do Senhor espalhados nos mais diversos ministérios
com pesos e medidas aos quais jamais nos submeteríamos. Matamos com a língua, com
a maledicência e com a murmuração.
Sejamos colaboradores, edificadores, construtores da Grande Obra e não
derribadores de seus muros.

___________________________________________________________________
(1) - Bíblia Viva
(2) - Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal

Rônia de Almeida Malafaia Souza


29

DEUS NÃO SE ESQUECE DE NÓS

Leitura bíblica: Gênesis 41.1-14


Versículo-chave: Salmos 9.11 e 12 – “Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião;
anunciai entre os povos os seus feitos, pois inquire do derramamento de sangue e
lembra-se dele; não se esquece do clamor dos aflitos”.

Estaremos fazendo, nos próximos cinco dias, algumas considerações a respeito da


vida de José, filho de Jacó. Esse servo de Deus tinha todos os motivos para pensar que o
Senhor o esquecera, tamanhas foram as dificuldades pelas quais passou durante a sua
trajetória de vida.
Ainda bem jovem, sofreu as conseqüências da inveja dos irmãos que o lançaram
em uma cova no deserto, forjaram a sua morte, a notificaram a seu pai e depois o
venderam como escravo a uma caravana de ismaelitas que se dirigia ao Egito. Em um
episódio posterior, a esposa de Potifar, seu senhor egípcio, tramou contra a sua vida,
porque ele não lhe correspondera à sedução e acabou sendo lançado no cárcere.
Estando preso, interpretou os sonhos de dois prisioneiros, o copeiro e o padeiro do
rei. O primeiro, quando foi liberto, disse que não se esqueceria dele ao sair da prisão,
mas se esqueceu, voltando a lembrar-se de José somente depois de dois anos inteiros.
Quanta luta! Quantas provações! Quantas dificuldades! O que pensaríamos caso
estivéssemos no lugar de José? Deus se esqueceu de mim! E normalmente é o que
fazemos quando os momentos difíceis chegam a nós. Uma enfermidade, um
desemprego, uma humilhação, uma traição, a perda de uma pessoa querida, todas essas
situações levam muitos cristãos a imaginar que foram esquecidos por Deus. Lembre-se,
porém, de que, como o Senhor fez com que aquele carcereiro se lembrasse de José e
provasse que Ele estava atento às necessidades de seu servo, Deus também quer fazê-
lo(a) lembrar-se de que os Seus olhos percorrem toda a terra e Ele jamais se esquecerá
de você.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


30

DEUS NOS CAPACITA

Leitura bíblica: Gênesis 41.15-32


Versículo-chave: Gênesis 41. 25 – “Então, disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um
só; o que Deus há de fazer, notificou-o a Faraó”.

Faraó teve dois sonhos em uma mesma noite e ficou extremamente incomodado
com isso. Desejando que eles fossem traduzidos, mandou chamar todos os sábios,
adivinhadores e magos do reino para que esclarecessem tais sonhos, revelando a
mensagem que os mesmos transmitiam. Ninguém foi capaz de fazê-lo.
Tendo o copeiro-mor lembrado-se de José, que no cárcere traduziu na íntegra seu
sonho e o do padeiro, disse-o a Faraó, o qual ordenou que o trouxessem à sua presença.
José, capacitado pelo Senhor, forneceu a interpretação que o soberano tanto almejava.
Esse servo de Deus foi trazido repentinamente da masmorra até a presença de
Faraó. Ele não foi comunicado de que seria levado ao rei para ser questionado, por isso
não teve tempo para preparar-se para tal momento. No entanto, ele nutria um
relacionamento tão profundo com Deus que a capacitação foi imediata. É importante
lembrar que o crédito foi atribuído a Deus pelo jovem hebreu. Em momento nenhum ele
tomou a glória para si, como vemos no versículo 16.
Nossas oportunidades mais importantes podem ocorrer quando menos esperamos
e precisamos estar prontos para elas, conhecendo melhor a Deus. Não foi o
conhecimento de José a respeito de sonhos que o ajudou a dar a interpretação a Faraó e
sim o seu conhecimento de Deus. O Senhor pode nos capacitar tanto quanto o fez a
José, basta buscarmos a Sua face, mais e mais a cada dia.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


31

DEUS NOS HONRA

Leitura bíblica: Gênesis 41.16-46


Versículo-chave: Provérbios 29.23 – “A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de
espírito obterá honra”.

Após ter interpretado os sonhos de Faraó, com o direcionamento divino, José


sugeriu a ele que providenciasse um varão inteligente e sábio para colocar sobre a terra
do Egito a fim de que coordenasse um projeto administrativo que faria o país “sobreviver”
ao período de fome. Faraó, então, reconheceu que em José havia o Espírito de Deus e o
pôs como o segundo homem no reino, declarando que por sua boca se governaria o povo
egípcio e somente o rei estaria acima dele em poderio.
“José rapidamente chegou ao topo, dos muros da prisão para o palácio de Faraó.
Seu treinamento para essa importante posição envolveu ser primeiro escravo, e então
prisioneiro. Em cada situação ele aprendeu a importância de servir a Deus e aos outros.
Qualquer que seja o momento, sem importar quão indesejável possa ser, considere-o
como parte de seu programa de treinamento para servir a Deus”. (1)
Depois de toda a humilhação sofrida por José, a começar pela própria família, ele
foi honrado pelo Senhor. Em Provérbios 15.33 lemos: “O temor do Senhor é a instrução
da sabedoria e diante da honra vai a humildade”. José temia a Deus, buscava sabedoria
Nele e era humilde. Tudo isso foi coroado com honra. O Senhor o exaltou sobremaneira
diante dos homens, porque ele primeiramente se submeteu aos planos do Altíssimo para
a sua vida.
Talvez, em algum momento, o jovem hebreu não tenha entendido o porquê de
tantas provações, mas não questionou a Deus, perseverou e finalmente foi honrado.
Submetamo-nos ao Senhor e a Seu tempo Ele nos exaltará.

(1) Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal

Rônia de Almeida Malafaia Souza


32

DEUS FAZ NOSSO TRABALHO PROSPERAR

Leitura bíblica: Gênesis 41. 47-49


Versículo-chave: Gênesis 41.52 – “Deus me fez próspero na terra da minha aflição”.

José percebeu que a única forma de se prevenir contra a fome seria através de um
cuidadoso planejamento, um plano de sobrevivência sem o qual o Egito teria passado da
prosperidade à ruína.
“Muitos acham enfadonho e desnecessário um planejamento cuidadoso. Porém
isso se trata de responsabilidade e não de opção. José pôde salvar a nação traduzindo o
plano de Deus para o Egito em ações práticas (implementação). Da mesma forma,
precisamos separar tempo para traduzir o plano de Deus para a nossa vida em ações
práticas”. (1)
Lemos que a terra produziu a mãos cheias nos sete anos de fartura e que José
cessou de contar a produção de trigo porquanto era como a areia do mar, não havia
numeração. Uma prosperidade assim só poderia ter origem nas mãos do Todo Poderoso
Senhor. A estratégia de José foi guardar a quinta parte da produção do país nos sete
anos de fartura para que nos sete anos subseqüentes, que seriam de fome, houvesse
reserva de alimentos para o suprimento das necessidades. E foi assim que aconteceu.
Quando o servo do Senhor roga por sabedoria, Ele a dá. Em Gênesis 41.52 lemos
que José chamou seu segundo filho de Efraim porque disse: “Deus me fez próspero na
terra da minha aflição”. Deuteronômio 29.9 diz: “Guardai, pois, as palavras desse concerto
e cumpri-as para que prospereis em tudo quanto fizerdes”. Os israelitas tinham de amar a
Deus com todas as forças (Dt. 6.4-5) e conosco não é diferente. Buscando primeiro o
Reino de Deus, a prosperidade surgirá como bênção do Senhor.

(1) Comentário da Bíblia de Aplicação Pessoal

Rônia de Almeida Malafaia Souza


33

DEUS FAZ DE NÓS INSTRUMENTOS DE BÊNÇÃOS

Leitura bíblica: Gênesis 41.53-57


Versículo-chave: Gênesis 41.55 – “Ide a José; o que ele vos disser fazei”.

A fome não veio apenas sobre a terra do Egito, mas prevaleceu sobre todas as
terras naquela época. Esse quadro de fome era catastrófico na antigüidade, pois, naquela
época, não se podia contar, na produção agrícola, com recursos como pesticidas,
fertilizantes químicos, câmaras refrigeradoras e condições eficazes de transporte e de
armazenamento do que se produzia. Quaisquer intempéries da natureza traziam
condições de calamidade para os povos antigos, os quais dependiam sempre de boas
condições climáticas para terem alimentos. Pestes, excesso ou escassez de chuva eram
sempre problemas gigantescos.
José teve de lidar com tudo isso. Ele tinha 30 anos quando assumiu a posição de
líder do Egito. Aos 17 anos foi vendido por seus irmãos como escravo, portanto passou
por um treinamento de 13 anos para se tornar um instrumento de bênção para toda a
população do Egito e das terras das redondezas. Não devemos nos esquecer de que
desses 13 anos, 11 ele passou como escravo e 2 na prisão.
Deus quer fazer de nós instrumentos de bênçãos em Suas mãos, mas precisamos
entender que o preparo, o treinamento é necessário e muitas vezes é doloroso e
demorado. Necessitamos ter nossas arestas aparadas, precisamos ser lapidados para
nos encaixarmos nos moldes do Senhor. Porém, depois desse processo, o resultado é
surpreendente.
Faraó disse ao povo quando clamou por pão (v.55): “Ide a José; o que ele vos
disser fazei”. Deus quer poder falar o mesmo de nós, Ele quer nos instrumentalizar, mas
temos que nos dispor e esperar o tempo Dele para que Seus propósitos se realizem em
nós e através de nós.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


34

RENOVANDO A MENTE

Leitura bíblica: Filipenses 4.8


Versículo-chave: Romanos 12. 2 – “E não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja
a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Esse versículo traz-nos um ensino precioso sobre o que devemos pensar. Nossa
mente é um campo de batalha, é o terreno no qual a luta entre o bem e o mal acontece.
Nela existem conflitos entre o que vem do Espírito e o que vem da carne, disputas entre o
que procede de Deus e o que parte do maligno. Não há como evitar tais conflitos, mas há
como nos armar para alcançarmos vitória através da transformação operada pela
renovação da mente, que se dá pela meditação na Palavra de Deus.
Tudo começa na mente. Nosso cérebro é o centro de comando e emite estímulos
que desencadeiam todos os nossos movimentos, ações e reações. Se alimentarmos
nossa mente com o que é positivo – pensamentos saudáveis, lembranças agradáveis,
considerações equilibradas, aquilo que renova nossas esperanças – seremos bem
sucedidos.
Se, porém, dermos espaço à amargura, à ansiedade, ao remorso, à falta de perdão,
que procedem do maligno, seremos derrotados. Aquilo que pensamos, que cultivamos em
nossa mente, certamente afeta nossas atitudes e nossa disposição. Não deixemos
espaços vazios para que a acomodação espiritual e a ociosidade mental se instalem em
nossas vidas.
Como diz o ditado: “Mente vazia é oficina de Satanás”. Preencha cada espaço
disponível que há em sua mente com a Palavra de Deus. Priorize a leitura da Bíblia e
lance mão de um tipo de literatura que edifique sua vida. Veja programas que tragam
crescimento espiritual e afaste seus olhos e ouvidos daquilo que pode quebrar a sua
comunhão com Deus. Enfim, renove a sua mente e alimente o seu espírito para levar uma
vida vitoriosa na presença do Senhor.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


35

EXPERIÊNCIA COM DEUS

Leitura bíblica: João 9.1 a 25


Versículo-chave: João 9.25 – “Respondeu ele, pois, e disse: Se é pecador, não sei; uma
coisa sei, e é que, havendo eu sido cego, agora vejo.”

As igrejas evangélicas estão cheias de pessoas que ouviram falar de Deus, que
apontam Seus milagres, sinais e maravilhas, que dizem por onde Ele passou e anunciam
Seus grandes feitos na vida dos heróis da fé, entretanto não viveram experiências com o
Senhor. Contar experiências alheias é uma coisa, vivê-las é outra.
Na leitura bíblica de hoje acompanhamos a narrativa de um episódio a respeito de
um cego de nascença que foi curado por Jesus. Esse cego, provavelmente, ouvira falar
dos milagres que Cristo estava fazendo por onde passava, porém apenas ouvir falar
desses milagres não havia feito com que sua cegueira cessasse. Foi necessário que ele
sentisse o toque de Jesus em seus olhos. O Senhor cuspiu na terra, com a saliva fez lodo
e com esse untou os olhos daquele cego.
Em seguida Cristo disse àquele homem que fosse ao tanque de Siloé e se lavasse.
Ele foi, lavou-se e voltou vendo. A proximidade do Senhor, a experiência direta com Ele, a
obediência à Sua voz promoveram a transformação na vida daquela pessoa. Agora,
aquele que era cego de nascença, não só poderia contar sobre o que ouviu dizer que
Jesus fazia na vida dos outros, mas também poderia narrar sobre o que Cristo fizera em
sua vida.
É necessário que vivamos experiências com o Senhor para que nosso discurso,
nossa mensagem possa impactar outros. Precisamos buscar o “pão quente” da presença
do Altíssimo para que nos fortaleçamos na fé e possamos frutificar no Reino de Deus.
O nosso Deus é o mesmo ontem, hoje e será eternamente. O Seu poder é imutável.
Da mesma maneira que Ele operou maravilhas na vida dos Seus servos do passado, o
Senhor pode operar na nossa hoje. Não se contente com as migalhas que o comodismo
lhe oferece, mas busque incessantemente, de modo incansável a presença de Jesus e
viva experiências com Ele as quais promoverão mudanças visíveis em seu ministério, em
sua vida cristã.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


36

QUANTO HÁ DE DEUS?

Leitura bíblica: I Reis 8.10-11


Versículo-chave: I Reis 8.11- “E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar,
por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor.”

Às vezes me pergunto o que tem movido as engrenagens dos nossos ajuntamentos


na Casa de Deus. Na verdade somos casa de Deus, já que fomos feitos templo do
Espírito Santo, a partir do momento em que aceitamos a Cristo. Quando, porém, nos
reunimos em um lugar específico para cultuarmos ao Senhor, temos de ser reconhecidos
como povo de Deus. Isso tem acontecido? Que imagem passamos aos que nos visitam,
aos vizinhos, àqueles que entram pelas portas da Casa de Deus em busca de algo
diferente do que encontram lá fora no mundo? Temos realmente estado juntos para
cultuarmos ao Deus vivo e verdadeiro, criador de todas as coisas e autor do plano da
salvação ou nossos ajuntamentos são apenas encontros e nada mais?
Quanto há de Deus em nós e entre nós? Quanto da presença de Deus os
“famintos” têm percebido quando nos reunidos no templo? Que proporção há de nós
mesmos nas apresentações musicais, nas encenações, nas ministrações de uma forma
geral na igreja e em que medida permitimos que Deus atue?
Cada um de nós é um dente da engrenagem do culto, entretanto a força motriz é o
Senhor. As engrenagens não funcionam se algo não gerar força que as movimente. Para
que a presença do Altíssimo seja sentida onde estamos reunidos, é necessário que cada
“dente da engrenagem” esteja lubrificado com o óleo do Espírito Santo de Deus. A
estratégia de Satanás é nos manter enferrujados, sujos do lixo, dos detritos que o mundo
nos oferece. Se estivermos inativos, sujos e enferrujados, a engrenagem não funcionará
adequadamente. O “barulho” que ela fizer trará incômodo e, ao invés de atrair os
perdidos, os repelirá, os afastará cada vez mais.
Efésios 5.18 diz-nos: “... mas enchei-vos do Espírito”. Nos enchemos do Espírito à
medida que nos submetemos diariamente à Sua orientação e nos despojamos de nós
mesmos, permitindo que Ele nos preencha e nos guie. Precisamos nos afastar de práticas
que entristeçam o Espírito de Deus que habita em nós, assim como de pensamentos e
sentimentos negativos que se infiltrem em pequenas brechas que deixamos. Dessa forma
haverá muito mais de Deus em nossas vidas e muito menos de nós, do nosso eu, das
nossas falhas. Conseqüentemente nossos cultos também refletirão mais a presença Dele.
Na leitura bíblica vimos que os sacerdotes não podiam ter-se em pé para ministrar,
por causa da nuvem que representava a presença de Deus. O Senhor se manifestará
cada vez mais entre nós quando deixarmos de nos firmar em nós mesmos e passarmos a
desejar mais e mais a Sua presença. Mais de Deus e menos de nós. Essa é a fórmula do
sucesso que atrairá os perdidos, os famintos.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


37

REMINDO O TEMPO

Leitura bíblica: Efésios 5.14-17


Versículo-chave: Efésios 5.16 – “... remindo o tempo, porquanto os dias são maus.”

Remir quer dizer resgatar. No contexto do versículo 16 de nossa leitura de hoje,


significa aproveitar da melhor maneira possível o tempo do qual dispomos, usá-lo com
sabedoria. O apóstolo Paulo refere-se àqueles dias como maus por causa do poder de
influência do pecado. Não apenas naqueles dias, mas também nos nossos, precisamos
ter esse senso de urgência de remirmos, aproveitarmos todas as oportunidades para
fazer o bem e atuar na obra de Deus, visto que, no presente século, os dias também são
difíceis. Devemos manter nossos padrões morais elevados, agir com prudência e fazer o
bem sempre que possível, pois a influência do pecado nunca diminui.
Satanás é ardiloso e uma das formas que ele usa de minar nossas forças é
“roubando” o tempo que poderíamos empregar no serviço do Senhor, na comunhão com
Ele e com os irmãos em Cristo. São tantas as tarefas que temos no dia-a-dia, sejam elas
domésticas, profissionais, familiares, estudantis, que, no final das contas, o débito das
horas que vivemos recaem sempre sobre as atividades espirituais.
Em Gálatas 6. 9 e 10 lemos que não devemos nos cansar de fazer o bem, porque,
se não desfalecermos, se não desistirmos, veremos o fruto desse trabalho. Então,
enquanto tivermos tempo, devemos fazê-lo.
É necessário que façamos um planejamento do tempo que gastamos em nossas
atividades rotineiras para que não soframos perda no reino espiritual. O cristão precisa ter
seu momento a sós com Deus diariamente no qual deve ler a Palavra, meditar nela e orar
ao Senhor. Além disso, necessita também estar se reunindo com os domésticos da fé no
templo para cultuar a Deus.
Busquemos rever nossos hábitos e horários, não nos esquecendo de que a busca
pelo material não deve sobrepujar o espiritual.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


38

SUPERANDO O SOFRIMENTO

Leitura bíblica: Romanos 5. 1 - 5


Versículos-chave: Romanos 5. 3 e 4 – “E não somente isto, mas também nos gloriamos
nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência , a
experiência; e a experiência, a esperança.”

Às vezes lamentamos, reclamamos, murmuramos e cultivamos um profundo


sentimento de auto-piedade diante de algum período de sofrimento pelo qual estamos
passando. Isso é comum, já que somos de “carne e osso”, fracos e sensíveis, porque
ainda habitamos num corpo corruptível, que, devido ao pecado, tende a agir dessa forma.
É importante, porém, como cristãos, nos lembrarmos de que nos foi dado um novo
Espírito, o Espírito Santo de Deus que é o nosso Consolador, o qual nos dá uma visão
panorâmica do sofrimento totalmente distinta da que tínhamos antes de conhecermos a
Cristo. Parece loucura aos olhos dos ímpios, mas o versículo 3 da nossa leitura bíblica
nos orienta a nos gloriarmos nas tribulações. Sabe por quê? Porque elas moldam o nosso
caráter cristão, nos fazem crescer e nos aperfeiçoam.
Ninguém gosta de dor e sofrimento, mas devemos “nos alegrar” em meio aos
problemas porque eles desenvolvem nossa perseverança, que por sua vez aprofunda
nossa confiança em Deus e estreita nosso relacionamento com Ele. Nos alegrar nas
tribulações é conseguir ver o lado positivo daquilo que, a olhos humanos, é totalmente
negativo.
Para nós o sofrimento é exceção, o que não acontecia com os primeiros cristãos,
para os quais sofrer era a regra. Precisamos aprender a lidar com as circunstâncias
negativas usando o poder de Deus que está à nossa disposição. No Salmo 46, nos três
primeiros versículos, lemos o seguinte, na Bíblia Viva: “ Deus é a nossa força. Ele é
aquela ajuda na qual se pode confiar no dia da angústia. Por isso, não ficaremos
perturbados, mesmo que o mundo seja destruído, mesmo que as montanhas desabem
dentro do mar. Ficaremos tranqüilos, mesmo se houver grandes enchentes e terremotos
tão fortes que façam tremer os montes mais altos.”
Que coisa maravilhosa! Se nossos corações estiverem firmados nessa verdade
superaremos o sofrimento, ou seja, o venceremos, o dominaremos, levaremos vantagem
sobre ele. Deus é tremendo e com Ele sempre superaremos o que sem Ele parece
impossível.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


39

A VONTADE SOBERANA DE DEUS

Leitura bíblica: Isaías 46. 9 – 11


Versículo-chave: Isaías 46. 11b – “... porque assim o disse, e assim acontecerá; eu o
determinei e também o farei”.

Deus é soberano, o Todo Poderoso, inigualável. Não há outro como o Senhor, em


Suas mãos está o querer e o realizar. A vontade de Deus está sobre toda e qualquer
outra e o que Ele determinar, quando e onde estabelecer se cumprirá.
Além do texto de Isaías, acima referido, outras passagens bíblicas nos revelam e
confirmam essa verdade incontestável. Daniel 4.17 diz que o Altíssimo tem domínio sobre
os reinos dos homens, e os dá a quem quer. O governo divino, o estabelecimento de Sua
vontade sempre existiu, inclui todas as coisas e jamais falha. Além de tudo isso, pode-se
afirmar, sem sombra de dúvida, que render-se à vontade de Deus é sempre a melhor
escolha.
No versículo 35 do mesmo capítulo de Daniel lemos que não há quem possa deter
a mão de Deus, nem lhe dizer: “Que fazes ?” Quem somos nós para questionarmos os
planos e as ações do Senhor? Devemos, sim, nos moldar à Sua vontade e deixar que Ele
nos guie pelas veredas que estabeleceu.
Não há nada melhor do que estarmos no centro da vontade de Deus. Tudo que
fizermos nesse mundo deve ser feito com o intuito de cumprirmos os desígnios Dele.
Nossas ações, vontades, decisões precisam ser canalizadas para esse fim, porque, no
final de tudo, depois que partirmos do mundo, lugar onde somos peregrinos, gozaremos a
recompensa por termos buscado a face do Altíssimo e Seu querer.
Façamos da letra da canção a seguir nossa oração no dia de hoje:

“Não a minha vontade, mas a Tua


Não a minha vontade, mas o Teu querer
Faze a minha vontade ser a Tua
E me ensine Aba! Pai! obedecer
Não a minha vontade, mas Teu plano
Não a minha estratégia, mas a Tua mão
Eu sou tão pecador, sou tão humano
Põe a Tua vontade no meu coração”

Rônia de Almeida Malafaia Souza


40

O PODER DO LOUVOR

Leitura bíblica: Atos 16. 23-33


Versículos-chave: Atos 16. 25 e 26 – “Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e
cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam. E, de repente, sobreveio um
tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas
as portas, e foram soltas as prisões de todos”.

O louvor carrega consigo muito mais que letras e melodias conjugadas, ele quebra
cadeias, rompe obstáculos, afasta o adversário e move o coração de Deus. O louvor
contribui para nossos triunfos e está ligado diretamente à concretização de nossas
vitórias, como aconteceu com Paulo e Silas.
Esses dois servos de Deus haviam sido acusados de perturbar a ordem da cidade,
foram açoitados com varas e lançados na prisão. Isso porque haviam expulsado de uma
jovem um espírito maligno de adivinhação, atrapalhando a atividade lucrativa de seus
senhores. A situação não estava nada boa para os dois. Mesmo assim, perto da meia-
noite, eles oravam e cantavam hinos a Deus e os outros presos escutavam.
Certamente o coração de Deus foi tocado por aquela atitude de seus servos. O
louvor deles abriu o caminho para a manifestação do poder do Senhor que enviou um
terremoto tão grande que fez mover os alicerces do cárcere e todas as portas se abriram,
inclusive a do coração do carcereiro que, naquela mesma noite, foi batizado juntamente
com todos os seus.
Que coisa tremenda! Deus se alegra quando vê os homens rendendo-lhe louvor e
adoração liberalmente, de coração sincero, sem segundas intenções. Seus anjos nos
céus o adoram e louvam continuamente. Ele não precisaria do homem para adorá-lo.
Mas, como concedeu aos seres humanos o livre arbítrio, o Senhor se satisfaz em ver que
aqueles que escolheram obedecer-lhe o louvam espontaneamente.
Paulo e Silas não louvaram após a libertação, mas quando ainda estavam presos.
Isso assegurou a eles a vitória. Louvar em toda e qualquer situação; é essa a atitude que
devemos assumir. O salmista diz que Deus habita entre os louvores do Seu povo, Ele
está “entronizado” entre os louvores (Sl. 22.3). Isso significa que, onde o povo de Deus
estiver a louvá-lo, aí está o Seu trono. E onde o trono do Senhor está estabelecido, há
poder e há vitória.
Louvemos sempre ao Senhor!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


41

O TEMPO É AGORA

Leitura bíblica: Romanos 13. 11-12


Versículo-chave: João 9.4 – “A noite vem, quando ninguém pode trabalhar”.

É sempre tempo de efetuarmos um balanço de nossas vidas. Deus também o faz.


Se mediante a análise que fazemos a respeito de nós mesmos concluímos que ficamos,
na maioria das vezes, devedores em vários setores, imaginem na balança do Senhor,
cujos pesos e medidas jamais mentem, trapaceiam ou erram. Pesados somos o tempo
todo na balança de Deus. Será que temos sido achados em falta? No fundo, no fundo,
cada um de nós sabe a resposta, principalmente se a procurarmos na Palavra de Deus.
“Eis agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, lá passaremos um ano,
negociaremos e ganharemos. No entanto, não sabeis o que sucederá amanhã”. É o que
está escrito em Tiago 4. 13-14.
Billy Graham disse que certa vez leu numa revista sobre um relógio de sol no qual
uma mensagem secreta estava escrita: “É mais tarde do que você pensa”. Viajantes
muitas vezes paravam para meditar no significado dessa frase. Nós também temos um
relógio de sol – a Palavra de Deus. Escrevendo para os cristãos de seus dias, Paulo
disse: “É já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais
perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado.
Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz” (Rm. 13.11-12).
Ah! Queridos irmãos, quantos de nós olharemos para trás para uma vida de
oportunidades perdidas e de um testemunho ineficiente e choraremos porque não
permitimos que Deus nos usasse como Ele queria. “A noite vem, quando ninguém mais
pode trabalhar” (João 9.4).
Se existe um tempo em que devemos estudar as Escrituras, passar em oração,
ganhar vidas para Jesus e investir nossas finanças no Seu Reino, esse tempo tem de ser
AGORA. Se existe um tempo, amados, de assumirmos um COMPROMISSO com Deus e
com Sua obra e procurarmos ser fiéis, esse tempo é AGORA.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


42

A PARÁBOLA DO BOM SERVO E DO MAU

Leitura bíblica: Lucas 12. 42-46


Versículo-chave: Apocalipse 2.10c – “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”

Encontramos essa parábola não só em Lucas 12. 42-46, mas também em Mateus
24. 45-50. A pergunta que a inicia é: “Quem é, pois, o servo fiel e prudente? Se
buscarmos o significado desse adjetivo, FIEL, veremos que é aquele que cumpre aquilo a
que se obriga, a que se propõe. Deus é fiel àquilo a que se propõe e não haveria como
ser diferente, pois a fidelidade é própria do caráter, da natureza divina (I Cor. 1.9; Heb.
10.23).
E quanto a nós? Temos sido fiéis ao que nos propusemos quando nos decidimos
ao lado de Cristo? Cantamos: “Para cada crente o Mestre preparou um trabalho certo
quando o resgatou. E o trabalho a que Jesus te chama aqui, como vai ser feito se não for
por ti?” E aí? Temos lançado palavras ao vento?
A cada um de nós o Senhor atribuiu uma função e a parábola diz que bem-
aventurado é o servo, o mordomo fiel e prudente, pois a esse o senhor confiará todos os
bens. Aquele, porém, que relaxadamente se conduziu e indigno se mostrou da confiança
do seu senhor, esse será castigado.
“Quando um servo de Deus, em vez de prosseguir com seu trabalho, começa a
“espancar os seus conservos”, depreciando-os, ele está em franca decadência”. Esse é o
comentário de S.E. McNair em sua Bíblia Explicada. Voltando à pergunta inicial: “Quem é
o servo fiel e prudente?” É aquele que é cumpridor da Palavra e não somente ouvinte
(Tiago 1.22). É aquele que procura seguir as orientações de seu senhor com um andar
digno e um proceder honrado. É aquele que coloca a mão no arado e não olha mais para
trás.
Que, nós, amados, plantados na Casa de Oração da Cehab, sejamos contados
entre os servos fiéis e que possamos, diligentemente, exercer a função que nos foi
confiada por Deus, Senhor dos senhores.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


43

A GRANDE COMISSÃO

Leitura bíblica: Mateus 28. 16-20


Versículos-chave: Mateus 28.18-20 – “Deus me deu todo o poder no céu e na terra.
Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores,
batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a
tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias,
até o fim dos tempos”.

Esta passagem é conhecida como a Grande Comissão e é destinada a todos os


crentes. William Fay e Ralph Hodge em seu curso “Como Evangelizar Sem Medo”
afirmam que o crente que quer ser fiel e obediente a Deus não tem outra opção a não ser
evangelizar. A Grande Comissão não é uma opção a ser considerada e sim um
mandamento a ser cumprido.
A tradução correta do verbo do texto acima, segundo os autores mencionados, é
“enquanto vocês estiverem indo”. Enquanto vocês estiverem indo, façam discípulos.
Enquanto vocês estiverem indo, batizem os seguidores em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo. Enquanto vocês estiverem indo, ensinem os seguidores a serem
obedientes a todos os mandamentos de Jesus. O próprio Senhor Jesus prometeu que
estaria conosco enquanto evangelizássemos.
A nossa resposta natural deve ser, então, evangelizarmos sempre que a
oportunidade aparecer. Um relacionamento íntimo com o Senhor Jesus traz o desejo,
cada vez maior, de evangelizarmos as almas perdidas. Quando buscamos ter um
relacionamento mais íntimo com o Senhor, desenvolvemos uma consciência maior das
oportunidades de evangelismo.
Para evangelizar, não é necessário termos mais tempo no horário já cheio, e sim
uma maior consciência das oportunidades e de que, em nossa geração, fazemos parte da
Grande Comissão. O Senhor tem nos ordenado: “Ide, fazei discípulos de todas as
nações”. Temos sido fiéis ao Seu chamado?
Que Deus esteja adiante de nós! Marchemos em nome do Senhor Jesus!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


44

FIEL

Leitura bíblica: Deuteronômio 11. 18-21


Versículo-Chave: Mateus 5.37 – “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o
que passa disso é de procedência maligna”.

Você sabe que se dá o nome de FIEL ao fio ou ponteiro que indica o perfeito
equilíbrio de balanças? Pensando a respeito dessa definição, o que podemos concluir?
Que a esse fio ou ponteiro foi dado tal nome, não por pender imprecisamente para um
lado ou outro da balança, mas sim por corresponder na íntegra ao peso do produto em
questão. Sempre existiram comerciantes “infiéis” que ajustaram suas balanças para
roubar a seu favor, prejudicando o comprador e se beneficiando com “balanças viciadas”.
No reino de Deus, porém, isso não pode acontecer. Temos o privilégio de possuir
um ponteiro fiel que nos dá a exata medida de comportamento que devemos assumir em
toda e qualquer situação. Esse ponteiro é a Bíblia. Mateus 5.37, o versículo-chave de
hoje, diz que a palavra do cristão deve ser SIM, SIM e NÃO, NÃO, afirmando que o que
passa disso é de precedência maligna.
Como cristãos autênticos, não podemos pender para um lado ou outro, ajustando a
Palavra de Deus às nossas conveniências, nem devemos ser parciais, amenizando
situações ou acrescentando a elas peso dobrado, de acordo com os envolvidos, nas mais
variadas circunstâncias que surgirem em nossa jornada terrena. A Bíblia oferece o peso e
a medida exata para cada situação, por isso não podemos pender para a direita, nem
para a esquerda, mas devemos, sim, ser exemplo dos fiéis.
O cristão fiel torna-se disciplinado na leitura da Palavra e procura exercitá-la em
todo tempo. Deve, da mesma forma, buscar disciplina na oração, o que é vital para seu
crescimento espiritual. Que em nossa jornada possamos buscar ser constantes e sempre
abundantes na obra do Senhor.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


45

ENTRONIZAR

Leitura bíblica: Salmo 44.1-8


Versículo-chave: Salmo 44.4a - “Tu és o meu Rei, ó Deus...”

Quem se assenta em um trono? Um rei, é claro. O verbo entronizar é derivado por


parassíntese da palavra primitiva trono, que é o lugar de honra destinado a um soberano.
O que significa, então, entronizar? Significa elevar ao trono, à suprema dignidade, ao
lugar de mais elevada honra e posição. Cantamos, lemos, declamamos, salmodiamos
esse sentença: Tu és o meu Rei! Temos de fato reconhecido a suprema soberania e
majestade do Senhor Jesus em nossas vidas?
No passado, as pessoas, para entrarem na presença dos reis, precisavam ser
chamadas, solicitadas, senão poderiam ser condenadas à morte. Confirmamos isso com
a história da rainha Ester que, mesmo sendo esposa do rei, sabia que era arriscado
chegar à sua presença sem ser convidada ou convocada (Ester 4.11). Todo esse respeito
era conferido a reis humanos, mortais e nós, às vezes, chegamos à presença do Rei da
glória de qualquer jeito e queremos ser aprovados.
É necessário e urgente que façamos um auto-exame. De que forma temos chegado
diante do trono de Deus? O que temos oferecido ao Senhor e de que maneira temos feito
nossas ofertas? Ele deu Sua vida por nós e o que temos dado a Ele, além de palavras?
Adorar é muito mais que proferir expressões de exaltação ao Senhor. Aquilo que falamos
pode impressionar as pessoas que vêem apenas o exterior, mas o que de fato
impressiona a Deus é o nosso coração, nossa vida separada para Ele.
Deus sonda nossas mentes, esquadrinha nossos caminhos e a adoração que Ele
aceita e aprecia é aquela que parte de corações obedientes. Que nossa oração hoje seja:
“Dá-nos, Senhor, um coração quebrantado e contrito pra Te agradar. Queremos que Tu
reines sobre nosso pensar, falar sentir e agir e muito mais que palavras desejamos
entregar nossas vidas totalmente a Ti para que Tu assumas o controle pleno de todos os
nossos caminhos. Em nome do Senhor Jesus. Amém!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


46

FIDELIDADE NA PONTUALIDADE E NA ASSIDUIDADE

Leitura bíblica: Mateus: 25. 14-30


Versículo-chave: Mateus 25. 23 – “Disse-lhe o seu senhor: “Bem está, servo bom e fiel.
Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

Se você fosse dono de uma grande empresa, que tipo de funcionário contrataria
para trabalhar nela? Aquele que precisa ser vigiado o tempo todo e está sempre fazendo
“corpo mole”? Aquele que chega atrasado todos os dias e sempre tem uma desculpa
preparada na ponta da língua? Aquele que trabalha um dia e falta dois? Definitivamente
não seria esse o perfil de um funcionário ideal.
Esse tipo de funcionário, que de trabalho quer saber muito pouco, impede o
crescimento da empresa, uma vez que faz negligentemente suas tarefas e serve de
exemplo negativo aos demais. Aqueles que antes costumavam honrar seus horários e
executar diligentemente suas atribuições, sentem-se desestimulados diante do
procedimento do relapso e, muitas vezes, julgam-se no direito de agir da mesma forma,
tal é a contrariedade que sentem.
Não é diferente no reino de Deus. A quem o Senhor tem procurado para trabalhar
em sua seara? Nós, cristãos, fazemos parte de uma grande “agência geradora de vidas”.
A cada minuto, vidas e mais vidas estão sendo tragadas pela morte sem que tenham tido
acesso ao atendimento dessa “agência”, uma vez que os funcionários são poucos e,
dentre os poucos, há os negligentes. Pontualidade, assiduidade e responsabilidade para
com o trabalho do Senhor são um tripé importantíssimo na sustentação desse “organismo
gerador de novas criaturas”.
Mateus 25.23 diz: “Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel no pouco, sobre o muito te
colocarei”. Busquemos nos auto-avaliar e nos lembrar do que diz Jeremias 48:10: “Maldito
é aquele que faz a obra do Senhor relaxadamente”. Fidelidade na pontualidade e na
assiduidade na Casa de Deus é fundamental. Que o Senhor promova mudanças entre
nós e em nós para o louvor da Sua glória.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


47

FIDELIDADE AO SENHOR

Leitura bíblica: I Tessalonicenses 1.2-10


Versículo-chave: I Tessalonicenses 1.6-7 – “E vós fostes feitos meus imitadores e do
Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo, de
maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia.”

No texto proposto para nossa leitura bíblica de hoje, podemos ver o sucesso, o
progresso do evangelho em Tessalônica e a fidelidade daquela igreja implantada por
Paulo e seus companheiros.
Tendo necessidade de sair apressadamente daquela localidade por estar correndo
risco de vida, Paulo, assim que pôde, enviou Timóteo a fim de saber como estavam os
crentes de Tessalônica. Que maravilha! As notícias trazidas foram animadoras! O trabalho
estava prosperando, a igreja crescendo e o evangelho sendo espalhado através daqueles
preciosos irmãos.
Tessalônica era uma cidade estrategicamente posicionada. A principal estrada
romana passava pela cidade, além do porto que favorecia a prática do comércio. Com
todo esse desenvolvimento, entretanto, problemas surgiram para os cristãos, visto que
vieram para a cidade muitas influências culturais e várias religiões pagãs. Diante de tal
quadro, a fé dos novos cristãos que ali viviam foi desafiada. No entanto os
tessalonicenses permaneceram firmes em meio à perseguição. A postura assumida pelos
cristãos de Tessalônica, fazendo jus ao que pregavam, serviu de exemplo a fiéis de
outras localidades, segundo menciona o versículo 7.
Como tem sido o nosso testemunho, o nosso proceder onde estamos plantados?
Estamos firmes em toda e qualquer situação? O Espírito Santo muda as pessoas quando
estas crêem no evangelho (v.5) e produz fruto. A fidelidade é gerada em nós pelo poder
de Deus, que se manifesta na vida de todos os que ouvem a Palavra do Senhor e a
obedecem, transformando nossas vidas.
Mesmo em meio à tribulação, os tessalonicenses se mantiveram fiéis. O que tem
sido dito de nós? Nossa conduta tem confirmado ou negado aquilo em que dizemos crer?
Que o Espírito Santo promova as mudanças necessárias para que o que seja visto em
nós edifique outras vidas.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


48

ENCORAJANDO A OUTROS

Leitura bíblica: I Tessalonicenses 5.11-23


Versículo-chave: I Tessalonicenses 5.12 – “E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os
que trabalham entre vós...”

Encorajar quer dizer “dar coragem a”, “animar”, “estimular”. Paulo, no texto lido
acima, aponta maneiras específicas de como podemos fazer isso. O amor de Deus não
se manifesta apenas verticalmente, na relação homem/Deus, mas também
horizontalmente, na relação homem/próximo. Encorajar àqueles que estão ao nosso redor
é uma forma de demonstrar amor.
Imagine um atleta, no final de uma maratona: suas forças estão chegando ao fim,
seus músculos parecem não responder mais aos estímulos, o esgotamento é total.
Pense, porém, no grito da torcida, no brado de incentivo dos amigos, no encorajamento
da equipe. Talvez seja isso que faça o atleta cruzar a linha de chegada.
Mostre a seu amigo, a seu irmão uma qualidade que você aprecie nele, busque
maneiras de colaborar com o projeto do outro, seja parceiro, estime seu líder, retenha
comentários crítico-destrutivos, use palavras de cortesia, console os desanimados, ajude
os fracos, seja paciente e não planeje vingança contra os que lhe são contrários.
Além disso, seja alegre e animado, ore sempre, dê graças em tudo, ouça a voz do
Espírito Santo quando Ele lhe falar, receba bem as palavras de Deus por intermédio
daqueles que falam da parte Dele, fuja de situações que o façam ser tentado e confie na
constante ajuda do Senhor. Aja assim e não só se tornará um encorajador eficaz como
será continuamente encorajado pelos que o cercam e pelo Senhor.
Precisamos do calor de Deus e dos irmãos para prosseguirmos a passos largos em
nossa jornada, marchando vigorosamente nas fileiras do exército do Senhor, guerreando
contra o inimigo e alcançando a vitória. Você é tão importante para seu irmão quanto ele é
para você e é muito importante que ambos saibam disso.
Digamos não a qualquer insinuação do inimigo que nos tente separar, pois quando
Jesus entregou Sua vida na cruz, Ele não nos via separados, mas pensava em mim, em ti
e em nós lutando juntos, lado a lado, o bom combate do Senhor. Que Ele nos abençoe!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


49

A VITÓRIA VEM DO SENHOR

Leitura bíblica: Salmo 144


Versículo-chave: Salmo 144:10a – “É Ele que dá vitória...”

A maior parte dos Salmos são orações e podemos observar que essas apresentam
o louvor a Deus, manifestam a admiração, o apreço e a gratidão do salmista. Diante de
tudo o que Deus fez e faz por nós, é natural que expressemos, também, através do louvor
sincero, que parte do coração, o reconhecimento de que o Senhor é sempre a fonte do
nosso sucesso.
Nesse Salmo, Davi nos lembra de que a vida é curta e de que os dias do homem
são como a sombra que passa. Como poderíamos atribuir a vitória alcançada, em
qualquer área de nossas vidas, a nós mesmos se somos tão frágeis? É o Senhor que
adestra nossas mãos para a peleja e nossos dedos para a guerra (v.2). Poderíamos
almejar um “adestrador” melhor, mais capacitado?
Além de nos capacitar, Ele é nosso escudo, nossa proteção. O inimigo não pode
nos alcançar se estivermos “escondidos” debaixo de Suas asas. Se Deus é por nós, quem
será contra nós? O versículo 10 faz uma declaração tremenda e inquestionável: “É Ele
que dá a vitória...”
O homem pode ser um destemido soldado, treinado nas artes da guerra,
capacitado para a batalha, caso não esteja firmado em Deus, será derrotado.
O homem pode ter uma inteligência privilegiada, ser estrategista, mestre no
conhecimento secular, reconhecido pela sociedade, se Deus não o orientar, seus projetos
não prosperarão.
Pode, o homem, estar equipado com toda sorte de ferramentas, instrumentos
projetados com alta tecnologia, um maquinário descomunal, se as engrenagens não
forem movidas pelo Senhor, nada terá utilidade. O ser humano é nada sem o Deus que o
criou e o salvou.
Se somos tão pequenos e o Senhor é tão grande, porque não entregarmos nossos
sonhos, planos, projetos e decisões a Ele que é a fonte de toda vitória? A vida é tão curta!
Vivamos para Deus enquanto temos tempo! Não desperdicemos nossos dias e
oportunidades com propósitos que não tenham valor duradouro e que nos podem levar a
derrotas. Somente o Senhor pode fazer nossa vida valer a pena e ser vitorioso.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


50

COMO O ARMINHO

Leitura bíblica: Salmo 24


Versículo-chave: Salmo 24.4 – “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não
entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente”.

O arminho é um animal de pequeno porte pertencente ao grupo das doninhas. Um


fato curioso sobre esse animal é que sua pelagem varia de acordo com a estação: na
Primavera e no Verão o pêlo é castanho chocolate no dorso, com a barriga branca meio
amarelada; no Outono e no Inverno a pelagem torna-se mais espessa e completamente
branca.
Observou-se que o arminho passa horas limpando sua pelagem branca e alva e que
o animalzinho não gosta de sujar-se. Diante de tal fato, os caçadores passam lama,
betume ou estrume na entrada das tocas e buracos nas árvores, lugares para onde
correm quando estão sendo perseguidos pelos cães de caça. O mais interessante nisso
tudo é que, ao perceber a sujeira, o arminho prefere enfrentar os cães até a morte a sujar-
se.
Que lição para nós, cristãos! O arminho pode perder a vida, mas não aceita sujar-
se. Para manter a pelagem limpa, ele chega a pagar o preço de morte. E quanto a nós?
Até que ponto temos nos preocupado em manter a pureza? Em que medida temos lutado
para não nos contaminar com o que o mundo oferece?
O versículo 4 do Salmo 24 diz que “aquele que é limpo de mãos e puro de coração”
é que subirá ao monte do Senhor, que estará no Seu santo lugar. Em II Coríntios 7.1
lemos também a respeito de mantermos a pureza, de nos santificarmos: “Ora, amados,
pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito,
aperfeiçoando a santificação no temor de Deus."
A purificação é uma ação dupla: afastar-se do pecado e voltar-se a Deus. É isso que
precisamos fazer, é por isso que devemos lutar. O preço a pagar é o negarmos a nós
mesmos, mortificarmos a carne. Conseqüentemente, se assim procedermos, estaremos
dando lugar ao Espírito Santo para que Ele produza em nós o Fruto do Espírito.
Aprendamos com o arminho essa lição preciosa de pureza e apliquemo-la ao nosso
viver.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


51

A COLHEITA DE DEUS ESTÁ PRÓXIMA

Leitura bíblica: Salmo 126


Versículo-chave: Salmo 126.5 – “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria”.

Não se conhece o autor desse Salmo, entende-se, porém, que ele foi escrito,
possivelmente, para celebrar o retorno dos exilados do cativeiro babilônico, período em
que o povo de Deus sofreu sobremaneira. Num contexto de muita tristeza, Deus, com sua
habilidade de restaurar a vida e a alegria, renova a esperança de seus filhos. É isso o que
vemos nesse Salmo.
A queimada pode ter dizimado as florestas, porém Deus as faz crescer novamente.
Os ossos podem ter sido quebrados, todavia Deus os cura, os refaz. O inverno pode ter
queimado as folhas das árvores, mas na primavera elas ressurgirão. A tristeza não é uma
condição permanente na vida daquele que crê na intervenção e no poder divino. Cada
lágrima que cai dos nossos olhos está regando as sementes que se transformarão numa
colheita de alegria, porque Deus faz surgir o bem até de uma calamidade.
Quando a dor estiver sufocando nossas vidas e a esperança estiver se esvaindo,
saibamos que as circunstâncias de pesar cessarão e o tempo de cantar e de colher
chegará; novamente encontraremos alegria. Atentemos para os versículos 5 e 6 desse
Salmo: “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa
semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os
molhos."
Devemos exercitar a paciência à proporção que esperamos. A grande e alegre
colheita de Deus está próxima! Celebraremos, cantaremos e saltaremos de alegria diante
da fartura que Deus nos dará: de bênçãos e de almas que serão colhidas para o Senhor!
Aleluia! Louvado, engrandecido e celebrado seja o Nome do Todo-poderoso, o
Senhor da Ceara que transforma o nosso pranto em festa!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


52
COMO UM SÓ HOMEM

Leitura Bíblica: ESDRAS 6.20

Encontramos, na Palavra de Deus, algumas vezes, e em momentos estratégicos, a


seguinte expressão – como um só homem.
No momento de se erguer o altar a Deus, antes de começarem a reconstrução do
templo – o povo se reuniu como sendo um só homem. (Esdras 6:20).
No momento de purificação – a purificação foi feita, nos sacerdotes e levitas como
se fossem um só homem (Esdras 3:1-2).
No momento de se ler a Lei – a disposição e o interesse fez com que o povo se
ajuntasse como sendo um só homem (Neemias 8:1).
Nas horas de guerra, eles saíam como sendo um só homem (I Samuel. 11:7).

O que mais resta a dizer?


Quando a Igreja se conscientizar de que precisa:
- adorar unida ( como sendo um só homem )
- orar unida ( como sendo um só homem )
- se purificar unida ( como sendo um só homem )
- ter o mesmo entusiasmo em aprender a Palavra ( como sendo um só homem ), aí
sim, ela conseguirá viver a plenitude da vida cristã, conseguirá ofuscar o mundo com a
magnífica luz de Cristo que, então, sairá do seu interior.

Jesus só conseguiu fazer o que fez e revolucionar o mundo, porque Ele e o Pai
eram um (João 10:30). A oração do nosso Senhor foi para que fôssemos um com Ele
(João 17:21), pois sem Ele nada poderemos fazer (João 15: 5),e também que fôssemos
um com os irmãos (João 17:11).

Kênia Costa Gregório


53
QUEM SOU?

Leitura Bíblica: JOÃO 1.22-23

Quando perguntaram a João, quem ele era, ele respondeu exatamente como havia
sido escrito a seu respeito há centenas de anos atrás: eu sou a voz do que clama no
deserto ( Isaías 40:3). Duas coisas podem ter acontecido com João Batista, analisaremos
as duas:

* Ele, por ser temente a Deus, começou a obedecer a voz do Espírito, mas sem
fazer uma ligação de que ele era a pessoa citada em Isaías 40. 3.
Talvez, naquela época, ele não tivesse o real entendimento do tamanho da profecia
que estava se cumprindo na sua vida. João sabia que uma voz clamaria no deserto, e
como ele estava no lugar citado, então, começou a obedecer a Palavra e a clamar por
arrependimento, e, assim sendo, cumpriu o propósito de Deus sobre sua própria vida.
Isso nos mostra que vale a pena obedecer!

Agora, vamos analisar um outro fato, oposto ao citado acima:

* Ele pode ter tido, o tempo todo, a real convicção de quem era. João conseguiu
“se enxergar” dentro dos planos de Deus. Ele havia se encontrado nas promessas
bíblicas e, assim sendo, respondeu: eu sou a pessoa que foi citada no livro do profeta
Isaías, que iria clamar no deserto, preparando o caminho do meu Senhor!
Quero pensar que isso foi o que realmente aconteceu. João havia se encontrado
dentro das passagens bíblicas. Ele se enxergou dentro da história de Deus. Aleluia!
Muitos cristãos hoje não conseguem se encontrar dentro das promessas de Deus.
Precisamos ler a Palavra e nos achar inseridos nela, em cada promessa. Precisamos
encontrar o nosso nome nas entrelinhas de cada verso. Se alguém lhe perguntar: Quem
és? Você pode responder:

* Eu sou aquela ovelha que o Senhor queria no seu aprisco citada em João 10:16.
* Eu sou aquele bem-aventurado de João 20:29 que não O veria, mas creria Nele.
* Eu sou aquele homem cansado de Isaías 40:29-31 que tem as suas forças
renovadas.
* Eu sou aquele de quem fala o Salmo 1:1-6, que foi plantado junto ao ribeiro de
águas, que dá frutos, aquele cujas folhas não caem, e que tudo quanto fizer prosperará!
* Eu sou um daqueles citados em João 14:21, extremamente amado pelo Pai.
Aleluia!

Kênia Costa Gregório


54
CHAMADOS PARA ADORAR

Leitura Bíblica: GÊNESIS 2.1-10

De acordo com o versículo 7, Deus formou o homem do pó da terra. Tente imaginar


o Senhor criando a forma, modelando uma massa que se tornaria o objeto de seu amor.
Depois disso, Ele soprou nas narinas de sua mais nova criação o fôlego da vida e o
homem foi feito alma vivente.

Muitas vezes o povo de Deus tem se afastado do alvo para o qual foi chamado.
Freqüentam os cultos, cantam, dão seus dízimos e aparentemente apresentam a forma
de filhos de Deus, mas em seus corações não há mais vida. É como se tudo estivesse
seco. A única coisa que restou foi a fôrma, que está vazia.
É preciso clamar pela ação do Espírito Santo em nossas vidas. É Ele quem pode
soprar um novo fôlego de vida e transformar a fôrma vazia num recipiente cheio, que
poderá transbordar.

ESPÍRITO DE VIDA

Espírito de Vida, Espírito Santo


Eu quero ser movido pela Tua mão
Teu Espírito me guia com suave voz
Ter meu coração pulsando no ritmo do teu querer
Conduz os meus passos cada momento
Meus olhos estão em ti, Senhor,

Lado a lado, Senhor, contigo eu quero caminhar


E ser um só com Teu Espírito
Em doce comunhão, profunda e santa intimidade
Descansar na Tua direção

(Ana Paula Valadão Bessa)

Leandro Ferreira de Souza


55
SEI REALMENTE QUEM SOU? - PARTE I

Leitura Bíblica: JOÃO 14.1-15

Sou um intercessor que acredita que a minha oração pode mover o céu e o poder
de Deus se manifestando nesta terra.
Desde o início do Seu ministério, Jesus incentivou seus discípulos à prática da
oração. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que
pede recebe; o que busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á”. Essas três
expressões, em conjunto, ensinam claramente qual é a disposição amorosa de Deus no
que diz respeito a atender às orações.
Sabemos que não é fácil ter uma vida de oração. Ela deve ser conquistada com
muita dedicação e, principalmente, muita disciplina.
Momentos antes de tomar o cálice da cruz, o Mestre ensinou algo muito precioso
aos seus discípulos: “E tudo quanto pedires em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai
seja glorificado no Filho”. O crente unido com Cristo tem autorização de orar com a
mesma autoridade de Cristo e obter a manifestação da glória do Senhor. Note que toda
petição egoísta que não seja da vontade de Cristo é eliminada diante do Pai (Mateus
6.9,10).

Jesus continua a nos incentivar à oração, pois é de seu próprio desejo nos
abençoar quando levantamos o nosso clamor.
Quando você entende que é um intercessor, sua vida se transforma com a
compreensão de que o Pai espera que você se torne um reparador de brechas, alguém
que se importa com a ação poderosa dele em nossos dias. As pessoas que lhe cercam
deixarão de ser simples pessoas. Os olhos da fé as verão como potencias para a
operação do poder de Deus.
O Senhor deseja restaurar sua presença entre as nações da Terra, sobre a nossa
nação. Sobre a nossa cidade e sobre a Sua Igreja. Para isso, Ele mesmo levanta
guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão.
“Vós os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a Ele descanso
até que restabeleça sua nação e a ponha por objeto de louvor na terra”.

Leandro Ferreira de Souza


56
SEI REALMENTE QUEM SOU? - PARTE II

Leitura Bíblica: ISAÍAS 6.1-8

Sou um adorador que contempla a beleza da santidade do Senhor, que contempla


os anjos ao redor do seu trono cantando “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos”.
A vida de um adorador é autêntica, não muda com o ambiente. O adorador sempre
procura refletir a glória do Senhor onde quer que ele se encontre.
Certa vez, o Senhor disse a Arão: “Mostrarei a minha santidade naqueles que se
cheguem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo”. (Levítico 10.3)
O verdadeiro adorador deseja ardentemente se achegar ao Senhor e com isso,
acaba trazendo para si qualidades do Todo-poderoso. À medida que essa aproximação
aumenta, o próprio Deus nos revela a sua santidade e as nossas vidas se tornam
instrumentos do Senhor, e Ele é glorificado diante das pessoas que nos cercam.
Foi exatamente isto que aconteceu na vida do profeta Isaías. Depois de uma
maravilhosa experiência na qual viu o próprio Deus assentado num alto e sublime trono
em meio à adoração dos anjos, algo mudou em sua vida.

O Senhor revelou Sua santidade e ele mudou. No mesmo instante, o profeta


clamou: “Ai de mim! Estou perdido, porque sou um homem de lábios impuros, habito no
meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!”.
Foi nesse momento que ele viu sua miséria espiritual, e ao mesmo tempo, a grandeza de
Deus. Quando adoramos o Senhor, temos a real percepção de quem nós somos e de
quem Ele é. Conseguimos contemplar sua grandeza e a nossa pequenez, e isto nos faz
ser totalmente dependentes dele.
Mas a adoração não termina por aqui. Ela gera em nós uma necessidade de
responder ao chamado do Senhor.
Depois de tudo o que aconteceu com o profeta Isaías, o Senhor lhe perguntou: “A
quem enviarei? E quem há de ir por nós?”. Isaías, imediatamente, respondeu ao chamado
de Deus, dizendo: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.
A prontidão do profeta em se oferecer à obra do Senhor, sem mais hesitação, deve
ser um exemplo para nós. Ele também desejava ser um verdadeiro adorador, tocado e
movido pelo Senhor.

Leandro Ferreira de Souza


57
SEI REALMENTE QUEM SOU? - PARTE III

Leitura Bíblica: ROMANOS 8.31-39

Eu poderia estar em outro lugar,


Mas escolhi estar aqui
Pra te adorar e me entregar a Ti, Senhor.

Desde quando te conheci algo em mim mudou.


Descobri quem sou em Ti:
Um vencedor lavado por Teu sangue.

Sei realmente quem sou.


Sei realmente quem sou.
Um filho amado, cuidado por tuas mãos.

Quem me condenará?
Quem me separará do amor de Cristo?
Não será tribulação, angústia ou perseguição,
Nem fome, nudez, perigo ou espada.

Sei realmente quem sou.


Sei realmente quem sou.
Um filho amado, cuidado por tuas mãos.

Porque estou bem certo:


Nem a morte, nem a vida,
Anjos ou principados
Nem coisas do presente, nem do porvir,
Nem poderes, nem altura
Ou profundidade, ou qualquer criatura
Poderá me separar do amor de Deus
Que está em Cristo Jesus, meu Rei e Senhor!

Leandro Ferreira de Souza


58
ARANDO O SOLO

Leitura bíblica: Salmo 107. 32-43

Versículo-chave: Oséias 10.12


“Plantem as boas sementes da justiça e colherão o meu amor. Passem arado no chão
duro de seus corações. Porque chegou o dia de procurar o Senhor, para que Ele venha a
derrame a salvação sobre vocês.” (Bíblia Viva)
Uma das leis da semeadura diz que colhemos aquilo que plantamos. Nunca
colheremos batatas se semearmos jiló; nunca colheremos trigo, se semearmos joio;
nunca colheremos rosas se semearmos espinhos; assim como nunca colhermos amor,
amizade, simpatia, solidariedade, se semearmos ódio, rivalidade, antagonismo e
egoísmo.
Sementes ruins são fáceis de achar e cultivar. Muitas sequer precisam ser
plantadas, simplesmente surgem, brotam “do nada” e crescem, se alastrando
rapidamente. É o caso das pragas, das ervas daninhas que sugam todo o alimento da
planta e vai secando-a até aniquilá-la.
O povo de Israel havia plantado maldade e acabou colhendo pecado. Sobrevieram
os horrores do medo e da guerra, todas as fortalezas do país foram derrubadas pelo
inimigo e esse quadro culminou no exílio. O solo dos corações israelitas estavam duros,
pedregosos, rochosos, secos, esturricados. Que boa semente germinaria em uma terra
assim? Deus dizia, através do profeta Oséias, que era preciso plantar as boas sementes
da justiça a fim de colher amor e que era necessário passar o arado no chão duro dos
corações israelitas, lavrar a terra improdutiva do íntimo de cada um para que a semente
germinasse e o Senhor revertesse a situação.
Em que medida nossos corações se diferenciam dos corações desses israelitas?
Somos dados a apontar os erros do povo de Israel, mesmo mediante à manifestação
contínua do poder de Deus a eles, mas será que somos radicalmente diferentes? Quantas
vezes temos acesso a boas sementes, no entanto os solos dos nossos corações estão
tão infrutíferos que tais sementes não conseguem penetrar e morrem, antes mesmo de
serem plantadas. Quantas vezes Deus se manifesta a nós de maneira miraculosa em
certas situações e daí a pouco nos esquecemos e passamos a reclamar. Como os
israelitas, somos eternos insatisfeitos e isso precisa ser mudado em nós. Tal atitude não
condiz com o que professamos.
É preciso permitir que o arado de Deus revolva a terra seca e dura do nosso íntimo.
È necessário que a chuva de Deus regue, umedeça nosso interior. È indispensável que a
mão de lavrador celestial arranque as ervas daninhas que se encontram arraigadas em
nossas vidas, a fim de que a boa semente encontre abrigo seguro no solo dos nossos
corações, germine, cresça, floresça e frutifique.
À medida que o Senhor da ceara vai ARANDO O SOLO do nosso ser e fertilizando-
o através do Seu agir, do mover do Espírito Santo, da Sua Palavra, o panorama do campo
da nossa existência vai sendo transformado de sertão quente e deserto em lagos, de terra
seca em nascentes, como diz o Salmo 107.35. Muitas vezes a dor nesse processo é
inevitável, mas o resultado é, sem dúvida alguma, notável.
Que o Senhor nos abençoe e trabalhe em nós, em nome de Cristo Jesus. Amém!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


59
QUERO O SEU AMOR

Leitura bíblica: Oséias 6

Versículo-chave: Oséias 6.6

“Não quero sacrifícios, quero o seu amor. Não me interesso por suas ofertas; o que Eu
quero é que vocês me conheçam.” (Bíblia Viva)

O livro de Oséias mostra a relação conjugal do profeta com Gômer, uma esposa
que o trairia, que sairia em busca de outros homens. Esse quadro figura o relacionamento
de Israel com Deus. O povo de Israel havia deixado o amor do Deus único e verdadeiro e
partido em busca de outros deuses, prostituindo-se, traindo a aliança estabelecida com o
Soberano Criador, assim como fez Gômer com Oséias.
A deslealdade do povo de Israel, figurada em Gômer, suscitou a ira de Deus que
mandou Oséias dizer ao povo que o castigo viria, caso não houvesse arrependimento
sincero e mudança de atitude. Havia um ritualismo vazio, uma religiosidade mecanizada,
totalmente desprovida de compromisso e lealdade por parte do povo e dos próprios
sacerdotes. Qualquer ritual religioso desassociado de obediência e amor perdem o
sentido, a validade. Deus deixa isso bem claro em Oséias 6.6.
O que nos moveu a passar pelo batismo? O que nos motiva a participar da Santa
Ceia? Esses são rituais estabelecidos pelo Senhor e podem tornar-se absolutamente
“ocos” de significação se não forem praticados com profunda e sincera devoção. No
Salmo 40.6 o salmista afirma que o que o Senhor deseja do Seu povo não são sacrifícios
e ofertas, mas ouvidos prontos a obedecer à Sua voz. No Salmo 51.16-17, Davi declara
que o que Deus desejava dele não eram belos atos religiosos, mas um espírito
humilhado, um coração arrependido e triste por causa do pecado. Em Amós 5.21-24
entendemos o Senhor dizer que odeia o exibicionismo, a falsidade e a hipocrisia e que o
“barulho” das canções vazias do povo incomodava seus ouvidos e as festas que eles
faziam não LHE agradavam.
Não adianta ir à igreja, cantar louvores, levantar as mãos, salmodiar, distribuir
folhetos, “envolver-se só aparentemente”, exteriormente. Tudo isso é excelente e precisa
ser feito, mas o “recheio” deve ser o AMOR AO SENHOR. As aparências podem ludibriar
os homens, porém a Deus, jamais! Que tipo de culto temos prestado ao Altíssimo? Por
que adoramos? Como adoramos? Qual a intenção da nossa celebração? Qual é o motivo
que nos leva a ofertar?
Tudo o que fazemos na igreja, na obra, perde o sentido se não estivermos
ofertando o nosso amor, a nossa obediência e a nossa lealdade ao Senhor. Esse deve
ser o “recheio” dos nossos cultos, das nossas festas, do nosso louvor, da nossa
adoração. Que a cada dia, através da busca constante da vontade soberana do Pai,
cresçamos na graça e no conhecimento Dele, prestando-LHE um culto genuíno e que a
autenticidade do viver cristão seja uma realidade em nossas vidas.
QUERO O SEU AMOR! É isso o que Deus está nos falando hoje.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


60
O QUE PROCURAS?

Leitura bíblica: Jeremias 45.1-5


Versículo-chave: Jeremias 45. 5a – “E procuras tu grandezas? Não as busques...”

Desde que o ser humano adquire consciência de quem é e do que é o mundo onde
está, ingressa numa busca incessante. Essa busca dá sentido à existência humana, pois
gera expectativas, sonhos, planos, esperança e isso faz com que se queira prosseguir,
lutar, viver. Porém o que se busca e em que proporção se busca faz toda a diferença.
A busca incessante e até mesmo descontrolada pelo que é material, em detrimento
do que é espiritual, traz desgaste, decepção e danos “eternos”, irreparáveis. Digo eternos,
uma vez que as escolhas que fazemos aqui se perpetuam na eternidade.
O que temos procurado, em muitos momentos, a duras penas? Riquezas?
Saibamos que “aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas
riquezas, nenhum deles, de modo algum, pode remir a seu irmão ou dar a Deus o resgate
dele”. (Salmo 49.6-7) É preciso dizer mais alguma coisa?
Nossa procura é por honra? Em Provérbios 25.27 lemos que “a investigação da
própria honra não é honra”. O que isso significa? Na versão da Bíblia Viva este versículo
é bem transparente: “Esforçar-se para mostrar aos outros como somos importantes faz
mal ao nosso espírito”.
Procuramos glória? Podemos dizer que glória é a honra posta em evidência,
conferida a uma pessoa; é um atributo que distingue alguém, que confere crédito a esse
alguém por algo. A Bíblia diz-nos que o único que é digno de receber toda honra e toda
glória é o Senhor. Vemos em Isaías 42.8 Ele mesmo afirmando que a Sua glória não dará
a outro. Lemos, ainda, em Isaías 40.6b que “... o homem é como a erva, que a glória do
homem murcha como a flor da erva”. (Bíblia Viva)
Por que, sabendo de tudo isso, devemos buscar tais coisas? Não devemos.
Riquezas, honra, glória e reconhecimento serão conferidos às pessoas pelo Senhor
quando Lhe aprouver para que o que Ele der seja usado na Sua obra, segundo Seus
planos. Devemos fazer o melhor, nos empenhar, nos dedicar ao nosso trabalho e às
nossas atividades de um modo geral, sim. Estudar, trabalhar, ganhar o pão de cada dia,
desejar uma promoção são coisas excelentes. Não estou me referindo a isso, mas refiro-
me à busca desenfreada por mais e mais e mais a ponto de supervalorizar o TER em
detrimento do SER.
O que devemos procurar, então? Devemos “buscar primeiro o reino de Deus e a
Sua justiça e todas as demais coisas nos serão acrescentadas” (Mateus 6.33). Se não
conseguimos crer nessas palavras, peçamos ao Senhor que aumente a nossa fé. A fé é
um exercício constante. Dê o primeiro passo e Deus o(a) impulsionará e o(a) ajudará a
seguir pelo caminho que leva até Ele.
Em nossa leitura diária observamos que Baruque, escriba que serviu por muito
tempo a Jeremias, registrando suas palavras, estava aborrecido, triste, lamentando-se.
Deus lhe disse, então, que deixasse de olhar para si mesmo e de desejar recompensa
pelo que pensava merecer. Caso ele agisse assim, Deus o protegeria. Devemos fazer
exatamente isto: “tirar os olhos do próprio umbigo” e voltá-los para o “alto”. Que o Senhor
nos ajude!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


61
MISERICÓRDIA QUERO E NÃO HOLOCAUSTOS

Leitura bíblica: Isaías 1.11-17


Versículo-chave: Oséias 6.6 – “Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o
conhecimento de Deus, mais do que holocaustos".

Rituais religiosos desprovidos da fé genuína e do que ela promove não valem nada
aos olhos de Deus. O Senhor, através do profeta Isaías, faz acusações e exortações ao
povo de Israel. Eles estavam vivendo um “sistema religioso” pautado num meticuloso
cuidado em realizar os sacrifícios que passaram a ser apenas um sinal exterior,
desprovido de qualquer valor, pois a fé genuína havia se esvaído. Rituais religiosos são
absolutamente inúteis se não estiverem vinculados à obediência e ao amor a Deus, que
gera amor ao próximo.
Observamos em nosso versículo-chave que, através do profeta Oséias, Deus
adverte o povo apontando as consequências que viriam sobre a nação pela violação do
pacto de fidelidade e obediência que redundaria em castigo, em punição, ao invés de
culminar nas promessas de bênçãos, se houvesse sinceridade.
Deus, através dos profetas, revelava Seus planos ao povo de Israel, assim como
hoje faz-nos as mesmas revelações através de Sua Palavra. Muito mais do que cumprir
práticas religiosas, Deus quer de nós uma vida pautada na prática da justiça, na
aprendizagem do bem, do que é reto, ajudando o oprimido, o desfavorecido, socorrendo
os órfãos, tratando da causa das viúvas, ou seja, sendo MISERICORDIOSOS. Ele queria
tais coisas dos líderes religiosos e do seu povo na antiguidade, como quer, hoje, de nós.
Somos misericordiosos quando damos lugar à ira? Somos misericordiosos quando
caluniamos alguém? Somos misericordiosos quando emitimos juízo sobre a vida dos
outros, sem conhecimento de causa, julgando precipitadamente o nosso semelhante?
Somos misericordiosos quando abrimos as portas à murmuração e fomentamos fofoca e
disse-me disse? Somos misericordiosos quando traímos a confiança de quem depositou
em nós todo o crédito?
Será que é suficiente frequentarmos os cultos, sentarmos nos bancos das igrejas,
querendo, na maioria das vezes, “entretenimento” em vez de estarmos voltados à genuína
adoração a Deus? Será suficiente depositarmos mensalmente nossos dízimos e ofertas,
cantarmos louvores (por vezes tão displicente e irreverentemente), acompanharmos as
leituras bíblicas e toda a liturgia (quase sempre só de corpo e não com o espírito),
tomarmos o vinho e comermos o pão na celebração da Santa Ceia do Senhor (ignorando,
em muitos momentos, a profundidade desse memorial)?
A essência da vida cristã está em cumprirmos, sim, as ordenanças do Senhor, e
participarmos, com certeza, da vida ativa da igreja na qual congregamos, tendo, porém,
um coração sincero, voltado para o que de fato importa que é cumprir a santa, perfeita e
agradável vontade de Deus. Essa se resume em dois grandes mandamentos: amar a
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Isso gerará a misericórdia
que é infinitamente mais importante para o Senhor que a “prática de sacrifícios” e o
cumprimento de “regras” ditas cristãs as quais só são válidas se seladas por Cristo em
nossos corações.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


62
TRANSFORMANDO AREIA EM PÉROLA

Leitura bíblica: Salmo 66.10-20


Versículo-chave: Salmo 66.10a - “Pois tu, ó Deus, nos provaste...”

A pérola é um material orgânico duro e esférico produzido por alguns moluscos, as


ostras, em reação a corpos estranhos que invadem o seu organismo, como, por exemplo,
um grão de areia. Esse grão de areia, que se deposita no interior da ostra, causa-lhe uma
irritação que desencadeia uma reação para tentar “isolar” o invasor, que inclui a produção
de uma secreção que recobre o corpo estranho. Caso não houvesse o incômodo, a dor, o
desconforto causado pelo grão de areia, não haveria também o produto final desse
processo que é a pérola, uma jóia valiosa.
Assim são, em nossas vidas, as provações. Há circunstâncias que surgem em
nossa jornada terrena que muitas vezes nos fazem sofrer, penar, padecer. Há, pelo
caminho, dores sofrimento, lutas, muitas batalhas, grandes e pequenas, provas nas quais
precisamos ser aprovados. Que postura assumir? Lamentar, murmurar, desistir, “sentar à
beira do caminho”? Não. Perseverar, persistir, resistir e vencer, estes são os verbos que
devem ser usados ao contarmos a história de nossas lutas.
As provações refinam nosso caráter, trazem uma nova e mais profunda sabedoria,
auxiliam-nos a discernir a verdade da falsidade, a diferenciar o certo do errado e levam-
nos a agir com correção. Se não desfalecermos, mas nos agarrarmos à nossa fonte de
força, que é o Senhor, ao final do processo, as areias das provações serão transformadas
em finas pérolas, em gemas de valor incalculável. Acima de tudo, as provações nos levam
a perceber que a vida é uma dádiva de Deus a qual precisa ser estimada, valorizada e
passamos a ser totalmente dependentes do Senhor e gratos a Ele.
Assim como as pérolas são “duras”, “resistentes”, além de extremamente bonitas e
valiosas, as provações também geram em nós força e resistência, além de abrir nossos
olhos para as belezas de Deus e para o valor do sacrifício de Cristo por nós, através do
qual somos mais que vencedores em todo o tempo.
Em II Timóteo 4.5 Paulo dá a orientação no tocante à postura que um ministro de
Deus deve assumir diante da aflição, da provação: “Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as
aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”. Esse conselho dado a
Timóteo serve para nós, cristãos do século XXI. A fim de mantermos o equilíbrio, quando
formos alcançados, sacolejados por pessoas ou circunstâncias, o que devemos fazer é
NÃO agir com precipitação e, sim, vigiar e resistir à pressão, mantendo-nos firmes em
qualquer trabalho ministerial que estivermos desempenhando.
O que você escolheria: andar na mais profunda miséria espiritual, mas vivendo fora
das provações ou passar por elas e ser enriquecido a cada dia com a graça e o
conhecimento do Rei dos reis?
Aprendamos a transformar areia em pérola e vivamos como autênticos filhos do
Rei!

Rônia de Almeida Malafaia Souza


63
VIVENDO SOB PRESSÃO

Leitura bíblica: Salmo 119. 65 a 72


Versículos-chave: Isaías 48.10 – “Eis que te purifiquei, mas não como a prata;
provei-te na fornalha da aflição”. Salmo 119. 67 – “Antes de ser afligido, andava
errado; mas agora guardo a Tua Palavra”.
Você sabia que os diamantes tiveram a sua origem no interior da Terra? Sim, é
verdade. “A uma profundidade de 100 a 200Km, podendo, por vezes, chegar a 600Km,
eles surgiram. A estas profundidades (100 - 200Km), a temperatura calculada ronda os
900 a 1300º C e a pressão os 45 a 60 Kbar, valores enormes quando comparados com a
pressão atmosférica de 1 bar. Os diamantes foram trazidos à superfície a partir de
fenômenos de vulcanismo violentos, que se deram há várias dezenas de milhões de anos
em que o magna em ascensão passou por rochas com diamantes trazendo-os com
ele”.(1)
Quanta pressão as grandes profundidades exerceram sobre os diamantes e quanto
calor foi aplicado a eles pelo magma que os trouxe à tona! Novamente voltamos a bater
na tecla da aflição e no que beneficamente ela pode gerar em nós. Por que outra vez
mencionar o assunto? Porque em todo tempo as aflições da vida batem à nossa porta e
exercem pressão sobre nós. Sejam aflições causadas por provações (vindas da parte do
Senhor para nos aperfeiçoar) ou por tentações (originadas em Satanás no intuito de nos
afastar do Mestre e nos derrotar).
Seja como for é sempre bom ventilarmos esse assunto e aprendermos com servos
de Deus que, mesmo mediante a duras penas, foram vitoriosos. É o caso, por exemplo,
de Abraão que recebeu o título de Pai da Fé por ter se rendido a Deus e atravessado a
prova com êxito ao acreditar que o sacrifício de seu filho, solicitado pelo Altíssimo, estava
sob o controle do Senhor do universo. Ele apenas obedeceu e resistiu à pressão.
Podemos nos lembrar de Jó que passou pela fornalha da aflição perdendo filhos,
bens e saúde, mas apesar de toda pressão infligida por Satanás, resistiu e, ao final, teve
tudo em dobro. E José? Quanta pressão sofreu, desde cedo! Primeiro por parte dos
irmãos, depois por parte da mulher de Potifar, posteriormente pela injustiça do abandono
e esquecimento na prisão até tornar-se o governador do Egito. Como podemos ver, tal
qual Abraão e Jó, ele resistiu à pressão e, finalmente, foi honrado.
As vidas de tantos outros servos de Deus foram “trazidas à superfície” pelo calor
das aflições, da mesma maneira que os diamantes o foram pelo magma em ascensão a
partir dos fenômenos vulcânicos violentos. Somos nós feitos de alguma matéria diferente
da qual eram feitos Abraão, Jó, José e tantos outros? Não. Somos de carne e osso, tanto
quanto eles e dizemos servir ao mesmo grande e majestoso Deus a quem eles serviam.
Portanto, se estivermos atentos, achegados e confiados no Todo Poderoso, poderemos
dizer, ao final de cada etapa difícil de nossas vidas: “Foi bom ter sido afligido, para que
aprendesse os teus estatutos” (Salmo 119.71) ou “Antes de ser afligido andava errado,
mas agora guardo a Tua Palavra” (Salmo 119.67).
Que nos lembremos de que um quarto “Homem” estava na fornalha de fogo ardente
com Ananias, Misael e Azarias e os livrou, assim como pode estar conosco também,
enquanto estivermos no processo de purificação, basta o buscarmos continuamente. E,
quando Ele terminar o que precisa fazer em nós, nos tornaremos diamantes valiosos em
suas mãos.
Viver sob pressão pode ser uma aventura para o cristão genuíno. Talvez esteja na
hora de vivermos como um Indiana Jones da Fé, não é mesmo? E, ao final de cada
aventura, nos depararemos com os tesouros preciosos que elas nos trarão.

Rônia de Almeida Malafaia Souza


64

NÃO MEÇAS PARA NÃO SERES MEDIDO

Leitura bíblica: Mateus 7.1-5


Versículos-chave: Mateus 7.1-2 – “Não julgueis, para que não sejais julgados,
porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que
tiverdes medido vos hão de medir a vós.

Conhecemos o velho hábito de pegar emprestado com a vizinha uma xícara de


açúcar. A mesma medida que foi emprestada será devolvida, não é assim? Pois é, o
mesmo acontece com as críticas e julgamentos que saem dos nossos lábios. Se
“despejamos” uma xícara de críticas, receberemos de volta uma xícara, se uma balde, é
essa medida que retornará, se um “caminhão” de julgamentos, é essa quantidade que
teremos em retorno.
Creio que todos conhecemos a fábula da festa dos bichos no céu, onde o sapo não
poderia entrar por causa de sua boca grande. Se a fábula correspondesse à nossa
realidade “cristã”, cada um deveria se perguntar: “eu e minha boca grande” teríamos lugar
na festa no céu? Como é fácil falar da vida alheia e quão difícil é ouvir alguém nos criticar.
Mais difícil ainda é pararmos para nos auto-analisar.
Ao longo da vida, observando os motivos que levam o ser humano a tecer críticas,
cheguei a três principais: ciúme, inveja, auto-exaltação. Encarando o ciúme sob o
conceito de receio de perda do objeto amado ou sentimento de posse absoluta, concluí
que criticamos, muitas vezes, por ciúme. Quando imaginamos estar “perdendo” nosso(a)
amigo(a) para outra pessoa ou se alguém que é um parceiro de todas as horas ingressa
num projeto que não é de iniciativa nossa, se aquele irmão(ã) que temos em alta estima
não nos deu a atenção que esperávamos, começamos a desferir golpes de críticas. Essa
atitude pertence ao velho homem, não cabe à nova criatura em Cristo Jesus. Paulo disse
aos coríntios que não podia falar-lhes como a espirituais, visto que ainda eram carnais,
pois havia entre eles ciúmes, inveja, contendas e dissensões. (I Coríntios 3.1-3). Isso é
mau!
Inveja é o desejo de ter um bem alheio ou de ser como alguém, acompanhado de
sofrimento pela incapacidade de realizá-lo. Que sentimento maléfico é esse o da inveja!
E, por incrível que pareça, o mal advém sobre aquele que o alimenta. Em Provérbios
14.30 lemos que a inveja é a podridão dos ossos. E é mesmo! Muitas vezes ela leva
àquele que a cultiva a enfermar. Se temos inveja de alguém, se gostaríamos de ser como
uma pessoa é e não somos, se queremos ter algo que o outro tem e não temos,
atacamos com críticas, achando que realçar os erros nos outros, minimizará nosso
sentimento de inferioridade. Isso é péssimo!
Auto-exaltação. Talvez você não tenha entendido quando mencionei esse motivo
que nos leva a criticar. Vou esclarecer. Quando depreciamos alguém com nossos
comentários negativos, apontamos os defeitos dos outros, normalmente, no outro prato da
balança, evidenciamos nossos méritos, nossas qualidades e tentamos mostrar quão bons
somos por não possuirmos os mesmos defeitos que criticamos. Isso é auto-exaltação. A
ordem do Senhor para não julgar em Mateus 7 tem por objetivo, justamente, combater tal
tipo de hipocrisia e, não, encobrir o mau comportamento de quem quer que seja.
Esse é um alerta de Cristo para que abramos os olhos para discernir nossas faltas,
nossas motivações distorcidas. Procuremos nos disciplinar a fim de que não nos
peguemos fazendo o que condenamos. E não nos esqueçamos de que com a mesma
medida com que medirmos sermos medidos.

Rônia de Almeida Malafaia


O presente material pode ser reproduzido e distribuído para abençoar vidas!

Proibido a reprodução para vendas!

CASA DE ORAÇÃO DA CEHAB

Adoradores que proclamam vida!

También podría gustarte