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MECÂNICA APLICADA:
Ensaios mecânicos
Imperatriz
2007
JHAMYSON GALVAO CABRAL
MARCEL BARBOSA PEREIRA
THIERRY SILVA PEREIRA
JEFFERSON ROSA BEZERRA
MECÂNICA APLICADA:
Ensaios mecânicos
Imperatriz
2007
RESUMO
INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 6
ENSAIO DE TRAÇÃO............................................................................................................. 7
ENSAIO DE DUREZA........................................................................................................... 10
ENSAIO DE FADIGA............................................................................................................ 12
ENSAIO DE COMPRESSÃO................................................................................................ 14
1. INTRODUÇÃO
6
2. ENSAIOS MECÂNICOS
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No lugar da força, é usada a tensão de tração σ, que é a relação entre força e área da seção
transversal. No ensaio, considera-se apenas a área inicial do corpo:
σ = F / S0 .
E, no lugar da deformação absoluta, é usada a deformação relativa ao comprimento inicial
L0:
ε = ΔL / L0 .
O valor de ε pode também ser dado em percentual, bastando multiplicar a igualdade
anterior por 100. E gráficos aproximados da relação tensão x deformação podem ser vistos na
Figura 02.
Fig 03
Considera-se agora a curva que tem mais fases distintas, que é (b) da Figura 02 (aços de
baixa dureza). A Figura 04 mostra a curva típica e a Figura 03 dá uma ampliação da parte
inicial 0E.
Um material é dito ter comportamento elástico se, uma vez removida o esforço, as
dimensões retornam àquelas antes da aplicação do mesmo, isto é, não há deformações
permanentes.
O trecho 0L da Figura 03 é a região elástica do material, ou seja, o comprimento retorna
ao valor L0 se o ensaio for interrompido nessa região. A tensão máxima na mesma é o limite
de elasticidade σL do material.
Dentro da região elástica, no trecho 0P, a tensão é proporcional à deformação, isto é, o
material obedece à lei de Hooke.
σ = E ε.
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Onde E é o módulo de elasticidade do material (não tem relação com o ponto E da curva).
Para aços, um valor típico de E é 2,06 105 MPa. Portanto, a tensão σP é o limite de
proporcionalidade do material.
Fig 04
Pode-se definir dureza como a resistência que um material oferece à penetração de outro
em sua superfície. Ao contrário do anterior (tração), o ensaio de dureza pode ser feito em
peças acabadas, deixando apenas uma pequena marca, às vezes quase imperceptível. Essa
característica faz dele um importante meio de controle da qualidade do produto.
Fig 01
Dureza Brinell:
Seja um material, representado na parte inferior na figura ao lado, que é submetido à ação
de uma esfera de material duro de diâmetro D comprimida por uma força F. Isso produz uma
cavidade no material de diâmetro d.
Para alguns materiais, a resistência à tração pode ser estimada a partir da dureza Brinell
com relação
Bronze Bronze
Material Aço-carbono Aço-liga Cobre, latão
laminado fundido
k 0,36 0,34 0,40 0,22 0,23
Liga Al Cu Outras ligas Alumínio
Material Liga Al Mg -
Mg Mg fundido
k 0,35 0,44 0,43 0,26 -
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Dureza Rockwell:
Para materiais duros, o objeto penetrante é um cone de diamante com ângulo de vértice de
120º. Essa escala é denominada Rockwell C ou HRC.
Com materiais semi-duros ou macios é usada uma esfera de aço temperado de diâmetro
1/16". É a escala Rockwell B ou HRB.
Em ambos os casos, é aplicada uma carga padrão definida em normas e a dureza é dada
pela profundidade de penetração.
Dureza Vickers:
É usada uma pirâmide de diamante com ângulo de diedro de 136º que é comprimida, com
uma força arbitrária F, contra a superfície do material. Calcula-se a área S da superfície
impressa pela medição das suas diagonais. E a dureza Vickers HV é dada por F/S.
Existe uma proporcionalidade entre a força aplicada e a área e, portanto, o resultado não
depende da força, o que é muito conveniente para medições em chapas finas, camadas finas
(cementadas, por exemplo).
Dureza Janka:
É uma variação do método Brinell, usada em geral para madeiras. É definida pela força
necessária para penetrar, até a metade do diâmetro, uma esfera de aço de diâmetro 11,28 mm
(0,444 in).
O resultado é, portanto, uma força e não há um padrão de unidade. Nos Estados Unidos é
usada libra-força, em alguns países europeus, quilograma-força ou newton ou quilonewton.
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2.3 Ensaio de Fadiga:
Fadiga é uma falha que pode ocorrer sob solicitações bastante inferiores ao limite de
resistência do metal, isto é, na região elástica. É conseqüência de esforços alternados, que
produzem trincas, em geral na superfície, devido à concentração de tensões.
Fig 01
No exemplo da Figura 01, uma barra submetida a um esforço de flexão alternado pode
apresentar pequenas trincas em lados opostos A e B. Com a continuidade do esforço
alternado, as trincas aumentam, reduzindo a área resistente da seção.
A ruptura de dá quando essa área se torna suficientemente pequena para não mais resistir à
solicitação aplicada (C).
A fratura por fadiga é facilmente identificável. A área de ruptura C tem um aspecto
distinto da restante, que se forma gradualmente.
A fadiga é um processo progressivo, mas a ruptura é brusca e, assim, não é difícil
imaginar o perigo que pode representar, uma vez que cargas variáveis ocorrem em inúmeros
casos.
Fig 02
Um ensaio de fadiga por flexão pode ser feito com um arranjo conforme Figura 02.Um
motor gira um corpo de prova C. Os rolamentos externos são fixos em apoios e os internos
recebem uma carga P, produzindo um esforço de flexão alternado devido à rotação do corpo
de prova.
Portanto, um ciclo completo de flexão alternada é aplicado a cada volta do eixo e o
número de voltas é registrado pelo contador A.
Quando o corpo se parte por fadiga, o contador deixa de ser acionado e sua indicação é o
número de ciclos que o corpo suportou com a carga P.
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Fig 03
Nos materiais dúcteis a compressão vai provocando uma deformação lateral apreciável.
Essa deformação lateral prossegue com o ensaio até o corpo de prova se transformar num
disco, sem que ocorra a ruptura. É por isso que o ensaio de compressão de materiais dúcteis
fornece apenas as propriedades mecânicas referentes à zona elástica.
As propriedades mecânicas mais avaliadas por meio do ensaio são: limite de
proporcionalidade, limite de escoamento e módulo de elasticidade.
O ensaio de compressão é mais utilizado para materiais frágeis. Uma vez que nesses
materiais a fase elástica é muito pequena, não é possível determinar com precisão as
propriedades relativas a esta fase.
A única propriedade mecânica que é avaliada nos ensaios de compressão de materiais
frágeis é o seu limite de resistência à compressão. Do mesmo modo que nos ensaios de tração,
o limite de resistência à compressão é calculado pela carga máxima dividida pela seção
original do corpo de prova.
Fig 01
Vários métodos de laboratório têm sido utilizados na simulação física dos processos de
conformação mecânica a quente, podendo destacar os ensaios de compressão, torção e
laminação. O ensaio de torção é um dos testes de laboratório que mais tem sido utilizado para
a simulação física do processamento a quente. O estado de tensão atuante na superfície de
uma amostra cilíndrica submetida a um esforço de torção está ilustrado na Figura 01. A tensão
cisalhante máxima atua em dois planos mutuamente perpendiculares, ou seja, perpendicular e
paralelamente ao eixo da amostra. As tensões principais s1 e s3 formam ângulos de 45° com o
eixo do corpo de prova e são iguais em magnitude às tensões cisalhantes máximas. s1 é a
tensão trativa, s3 é a tensão compressiva de igual valor e s2 , que é igual a zero, é a tensão
intermediária.
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Com esse ensaio é possível impor grandes deformações com altas taxas de deformação. O
momento torçor é aplicado ao corpo de prova por meio de um motor, que pode ter a sua
velocidade controlada e variada, permitindo realizar ensaios com taxas similares às impostas
nas seqüências de passes dos processos industriais. Além do controle do ensaio, a
instrumentação de um equipamento desse tipo permite medidas do torque (tensão de
escoamento plástico), do deslocamento angular (deformação e taxa de deformação) e da
temperatura.
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2.6 Ensaio de Cisalhamento
A forma do produto final afeta sua resistência ao cisalhamento. São por essa razão que o
ensaio de cisalhamento é mais freqüentemente feito em produtos acabados, tais como pinos,
rebites, parafusos, cordões de solda, barras e chapas.
É também por isso que não existem normas para especificação dos corpos de prova.
Quando é o caso, cada empresa desenvolve seus próprios modelos, em função das
necessidades.
Do mesmo modo que nos ensaios de tração e de compressão, a velocidade de aplicação da
carga deve ser lenta, para não afetar os resultados do ensaio. Normalmente o ensaio é
realizado na máquina universal de ensaios, à qual se adaptam alguns dispositivos, dependendo
do tipo de produto a ser ensaiado.
O dispositivo é fixado na máquina de ensaio e os rebites, parafusos ou pinos são inseridos
entre as duas partes móveis. Ao se aplicar uma tensão de tração ou compressão no dispositivo,
transmite se uma força cortante à seção transversal do produto ensaiado. No decorrer do
ensaio, esta força será elevada até que ocorra a ruptura do corpo.
No caso de ensaio de solda, utilizam-se corpos de prova semelhantes aos empregados em
ensaios de pinos. Só que, em vez dos pinos, utilizam-se junções soldadas.
Cisalhamento direto:
Consiste em determinar sob uma tensão normal (A) qual a tensão de cisalhamento T=Tr
capaz de provocar ruptura de uma amostra de corpo de prova colocado dentro de uma caixa
composta de duas partes deslocáveis entre si. Duas pedras porosas, uma superior e outra
inferior, permitirão a drenagem da amostra, quando esta for a técnica de ensaio usada. O
ensaio pode ser executado sob tensão controlada ou sob deformação controlada. Repetindo-se
o ensaio para outras amostras obtêm-se um conjunto de pares de valores (A,T) para
determinação do gráfico onde definimos U e C.
Cisalhamento triaxial:
Os testes triaxiais são realizados para estudar a resistência do solo. São mais perfeitos que
os ensaios de cisalhamento direto e os mais usados. São realizados em aparelhos especiais,
constituídos por uma câmara cilíndrica de parede transparente, no interior da qual se coloca a
amostra, envolvida por uma membrana de borracha muito delgada . A câmara cilíndrica é
cheia de um líquido, geralmente água. A amostra é submetida à pressão deste fluido e cargas
axiais adicionais são aplicadas à seus extremos através de um pistão. Esta carga é aumentada
até que a amostra se rompa. Em cada teste 3 ou mais corpos são ensaiados cada um sob
diferentes pressões do fluido.
A tensão total é medida através de ensaios rápidos ou sem drenagem, em que a pressão da
água não é medida ou um pouco mais lentos para que a pressão possa ser medida. A medição
da Tensão efetiva (= Tensão total menos a pressão da água ) exige um ensaio mais complexo
em que diversos parâmetros podem ser avaliados (pressão posterior, pressão da água,
mudança de volume). São os ensaios lentos, com drenagem (CD) - aplicáveis à areias e
argilas. Em alguns testes o corpo de prova é previamente consolidado (ensaios com pré
-adensamento (CU) aplicáveis a argilas).
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Equipamentos utilizados:
Existem dentro destes grupos principais de teste diversas variações. O dispõe de células
triaxiais e acessórios que, usados em conjunto com outros equipamentos como prensas, fontes
de pressão e instrumentos de medição são projetados para atender uma extensa variedade de
exigências dos laboratórios de mecânica de solos.
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Conteúdo prático:
Nos ensaios de tração foram usados três vergalhões de ferro da marca Gerdau, onde todos
tinham 50 cm de comprimento e com secções transversais de 12,5 mm, 10 mm e 16 mm. No
teste de tração os tópicos principais que devem ser observados são o: alongamento e a tensão
de ruptura dos corpos de prova.
A área da parte útil do corpo de prova interno, usado para o ensaio de tração foi dividida
em pequenas proporções de 10\5 mm de comprimento. Nos vergalhões temos corpos de
provas com áreas diferentes, diferenciando assim as forças a serem aplicadas.
Primeiramente, foi feito o ensaio de tração na máquina universal, chamada assim por ser
capaz de realizar vários ensaios de materiais como o de tração. Tração, compressão e outros.
Feito em uma prensa universal com capacidade para 100 toneladas, sendo da marca
PAVITEST.
Na máquina existem dois blocos um na parte superior e outro na parte inferior, onde serão
fixados os materiais que por sua vez receberão uma força axial sobre o corpo que deverá ser
alongado em conseqüência dessa força.
No ensaio de tração com o vergalhão de d = 12,5 mm e comprimento de 50 cm, foi
aplicada uma força de 11 toneladas, onde sofre deformação ficando com d = 9,4mm no local
de ruptura e com 52 cm de comprimento. No vergalhão de d =16 mm e 50 cm de
comprimento, foi aplicada uma força de 17 toneladas, no ferro que possuía características
plásticas e dúcteis, logo depois do teste de tração o corpo de prova passou a ter d =12 mm na
área de ruptura e 54,5 cm de comprimento.
No ensaio de compressão feito também na máquina universal, é aplicada forças com o
mesmo sentido, ou seja, para o centro do corpo de prova. Para esse teste foram utilizados dois
cilindros de concreto com d = 151 mm e d = 151,5 mm tendo também 498 mm e 499 mm de
comprimento respectivamente. Estas medidas são feitas com um instrumento chamado
paquímetro (régua de aço graduada).
Sendo que o corpo de prova que tinha d = 151 mm rompeu-se com 20 toneladas, e o outro
corpo de prova de d = 151,1 mm rompeu-se com 52 toneladas.