Está en la página 1de 1

A doutrina costuma enumerar pelo menos quatro teorias que procuram caracterizar o momento da consumao do furto: a) teoria da contrectatio,

para a qual a consumao se d pelo simples contato entre o agente e a coisa alheia; b) teoria da amotio, segundo a qual se consuma esse crime quando a coisa passa para o poder do agente; c) teoria da ablatio, que tem a consumao ocorrida quando a coisa, alm de apreendida, transportada de um lugar para outro; e d) teoria da illatio, que exige, para ocorrer a consumao, que a coisa seja levada ao local desejado pelo ladro para t-la a salvo. A teoria a adotada no Brasil e reconhecida pelo STF como teoria da inverso da posse, sendo certo que toda a divergncia a respeito do momento consumativo do furto est no significado e extenso que se d ao termo apreenso/posse. O fato, porm, saber quando se inicia a posse do agente e, conseqentemente, termina a posse da vtima. Este , para todos os doutrinadores brasileiros, o momento da consumao do furto. No entanto, a divergncia doutrinria acerca do instante consumativo do furto divide-se em duas correntes. Ambas consideram tal momento o da aquisio da posse, contudo para a doutrina clssica so necessrias a efetiva retirada da coisa do campo de vigilncia e a posse tranqila do bem pelo ladro, mesmo que breve. Para esta corrente, furto tentado a conduta de quem imediatamente depois de apoderar-se de coisa mvel alheia perseguido e capturado, em momento algum tendo a livre disposio do bem (posse mansa e tranqila); para a segunda, basta a efetiva retirada da coisa da esfera de disponibilidade da vtima, sendo irrelevante a posse tranqila pelo furtante, assim como a retirada da coisa da esfera de vigilncia da vtima. Com a subtrao ocorre o crime de furto consumado, mesmo que o agente fora perseguido e capturado imediatamente aps apoderar-se da coisa, em momento algum tendo a posse mansa. A vacilao doutrinria reflete nos Tribunais. At o ano de 1987, o STF adotava a doutrina clssica. Assim, o Pretrio Excelso entendia consumado o furto apenas quando retirada do bem da esfera de vigilncia e disponibilidade da vtima, fosse somada a posse tranqila do ladro. O entendimento da Suprema Corte alterou-se no final de 1987. O Plenrio decidiu que a posse momento consumativo do crime de furto contrada com a retirada da coisa da esfera de proteo da vtima.

NUCCI, Guilherme de Souza, op.cit., p. 690 JESUS, Damsio E., op.cit., p. 309.

También podría gustarte