Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Capitulo I
ASSUNTO PRINCIPAL
Capitulo II
Visto como uma das principais características do Direito, o autor demonstra que
força, na verdade, não encontra qualquer sustentação na aplicação e execução deste.
Demonstra a idéia de que o emprego da força no intuito de se obter obediência gera,
se não, apenas um ceder pela prudência, certa cautela.
Tal atitude se torna frágil e inevitavelmente ineficaz, sabendo que o cessar da
força torna derradeira a real intenção: Mostrar que o Direito deve ser empregado e
respeitado como dever, não como necessidade ou conveniência. Ratificando: força
não produz o Direito.
Capitulo IV
DA ESCRAVIDÃO
Dos males vividos e sofridos pela humanidade a escravidão sem dúvida foi e
ainda é uma das mazelas geradas pelo poder de déspotas e, da frouxidão daqueles
1
que se deixaram escravizar. Grócio diz a respeito da cessão da liberdade feita por
um particular e ressalta que tal atitude pode ser uma questão apenas de subsistência.
Tomando este exemplo faz equiparação aos súditos de um rei, que apenas alienam
suas liberdades à promessa de segurança civil. Ignorância tal atitude demonstra, pois
a alienação também traz as conseqüências de se arcar com as ambições do déspota,
bem como os atos praticados por este, que podem trazer certa tranqüilidade, mas
também lhes trazer os infortúnios de guerras e o peso da ruína.
A liberdade é da natureza humana e não pode ser subjugada pelo seu
semelhante. Não se pode aceitar o poder absoluto nem a obediência ilimitada.
Igualmente se aplica o contexto nas guerras, cujo fundamento maior se encontra não
na relação entre seres humanos, mas na relação entre as coisas destes. Assim, pode
1
Hugo Grócio (1583-1645) jurista holandês
se dizer que as guerras são na verdade conflitos entre estados e seus representantes
– soldados – de modo algum entre homens ou cidadãos.
Capitulo V
DE COMO É MISTER
REMONTAR A UMA CONVENÇÃO ANTERIOR
Capitulo VI
DO PACTO SOCIAL
Capitulo VII
DO SOBERANO
Capitulo VIII
DO ESTADO CIVIL
Capitulo IX
DO DOMÍNIO REAL
LIVRO II
(DA SOBERANIA)
Capitulo I
A SOBERANIA E INALIENÁVEL
Capitulo II
A SOBERANIA É INDIVISÍVEL
2
Para que a vontade seja geral, nem sempre é necessário que seja unânime.
A forma como foi organizada a esfera política, onde temos o legislativo e
executivo e atualmente o judiciário, é considerado por alguns como poderes
soberanos, mas não o são. Podem no máximo, ser uma ramificação do poder, mas é
um erro chama-los de soberania. O que os políticos buscam na verdade é a divisão
dos conceitos de soberania, para que cada um possa ter ao menos a sensação de
participar deste, como se fosse algo para utilização ao bel prazer dos déspotas.
Capitulo III
Da vontade geral e da vontade de todos, que são coisas diferentes entre si, pois
a primeira busca a harmonia de opiniões e a segunda o atendimento aos anseios
individuais da maioria, pode-se matematicamente chegar a um resulto em comum,
subtraindo de cada uma delas o meio termo.
Das associações de indivíduos para tornarem unas as opiniões; das
associações deste em grupos coletivos maiores e, da unificação de suas opiniões em
algo previamente combinado, não se extrai bom fruto; não se tem a vontade geral
estabelecida. O contexto mostra assim que há poucas divergências e muitos
estratagemas para garantir a um pequeno grupo o domínios das massas.
Quanto mais se tem diferenças e divergências de opiniões, mas provável é
chegar-se a um consenso que estabeleça realmente a vontade de todos.
Capitulo IV
Capitulo V
Capitulo VI
DA LEI
Capitulo VII
DO LEGISLADOR
Primeiramente o autor, com certa religiosidade que lhe é latente, demonstra que
o cargo de legislador, bem como de seu papel no Estado, tem fundamentação
histórica no mundo antigo, quando reis, imperadores e príncipes se utilizavam desse
“sábio” para consultas. Estas consultas também se faziam através dos oráculos,
deuses e outras formas de sabedoria religiosa. Eles eram os elos de ligação entre o
soberano e a fonte da justiça.
Tido como um operador da máquina que se transformara o Estado e a justiça.
Não se constitui de poder de magistratura, tampouco de soberania. É uma função
particular e desvencilhada do Estado.
Não pode o legislador ter poder de decisão ou de controle, caso isso ocorra há
a ruptura do pacto social, do qual o povo ou a vontade geral deste deve ser o princípio
fundamental do Estado. Assim, seria preciso que o efeito possa se converter em
causa, fazendo com que o princípio do pacto, que é a obra da instituição, presidisse a
própria instituição e que os homens fossem antes da lei, aquilo que deveriam se tornar
mediante ela.
Capitulo VIII
DO POVO
De tudo que foi tratado até aqui, o povo, ou os tipos de povos, são a
essência para as leis e para o sistema estatal criado a fim de organizar os indivíduos e
suas vontades. Platão3 já dizia que as diferenças de classes e prosperidade em
relação aos demais, criavam desigualdades além das materiais, mais de ordem social
– insubordinação.
Dizia também que os vícios e os preconceitos, enraizados na mentalidade do povo,
tornam-no um empreendimento perigoso a sua reabilitação. Semelhante situação
encontramos na atualidade, onde a corrupção enraizada na mentalidade dos políticos,
tornam qualquer medida ou esforços da população para corrigir estes problema, um
fardo insuportável, sendo necessário gerações e gerações de pessoas com força de
vontade para mudar a mentalidade do povo e abrir-lhes os olhos, porém, há mais
fatores que integram este conjunto que resulta neste flagelo que é a corrupção em um
país.
As guerras civis e revoluções nos mostram a capacidade de regeneração que
existe em um povo. Também nos mostra que tais assolas servem para um despertar
de consciência e renovação, porém, como já foi dito anteriormente: pode-se obter
liberdade, mas recuperá-la jamais.
Capitulo IX
CONTINUAÇÃO
Capitulo X
CONTINUAÇÃO
Capitulo XI
4
Livro I Capitulo VIII
Capitulo XII
LIVRO III
Capitulo I
DO GOVERNO EM GERAL
Governo => definição: “Um corpo intermediário estabelecido entre os súditos e
o Soberano para mútua correspondência, encarregado da execução das leis e da
manutenção da liberdade tanto civil quanto política.”
Esta definição se fez necessária para que se possa extrair dela alguns
conceitos: Quando se fala em intermediário, se fala no elo de ligação entre o poder do
Estado e do Soberano. Aqui o governo exercerá o papel de ministro deste, na
execução e aplicação das leis, no controle do cumprimento destas e na aplicação de
penalidades às regras violadas.
Ao mesmo tempo em que o Estado garante a liberdade civil aos indivíduos,
também exige deles a submissão, como súditos de um sistema pactuado desde a
criação. O indivíduo como principal fator de geração de leis, pois este é, ou deveria
ser, o motivo e encerramento de cada lei ou norma imposta, tem papel figurativo como
legislador, porém, agora estabelecida as diretrizes do governo, esse papel passa a ter
um número de legisladores escolhidos pelos demais indivíduos. Estes serão as vozes
do povo dentro do sistema governamental, com definições de poder e conduta
previamente definido no que conhecemos hoje como os três poderes: legislativo,
executivo e judiciário.
Estabelecidos os poderes, cabe ressaltar que cada um, na sua individualidade e
na esfera em que atua no corpo político, tem seu poder limitado ao poder do outro. Ou
seja, cada qual tem poder, mas nenhum deles, pelos menos em teoria, pode intervir no
outro, devendo ambos trabalhar em conjunto.
De forma aritmética o autor explica que cada indivíduo tem um percentual de
poder estabelecido entre os demais, sendo esta proporção cada vez menor conforme
o crescimento do Estado, gerando então menos liberdade.
Esta forma matemática de explicar a divisão do poder não encontra fundamento
prático, visto que não se pode mensurar nem extrair produto lógico e exato de
relações morais.
Capitulo II
Capitulo III
Capitulo IV
DA DEMOCRACIA
Capitulo V
DA ARISTOCRACIA
Capitulo VI
DA MONARQUIA
Capitulo VII
Capitulo VIII
5
Ver O Príncipe, de Maquiavel.
A liberdade, igualdade e fraternidade, relatadas por Montesquieu 6, tendem a ser
uma utopia pregada a muitos dos povos espalhados pelo mundo, porém, o próprio
autor citado relata em sua obra a maneira pela quais os povos do norte se mantiveram
livres, como se o frio e as dificuldades geográficas os fizessem fortes e intolerantes.
Quanto aos povos da América do Sul, banhados pelo sol e pela suposta fartura e
condições favoráveis, justificam a escravidão o autoritarismo e desigualdades pela
simples lógica de que não tivemos de enfrentar situações inóspitas e com isso não
desenvolvemos nossa capacidade de lutar pela sobrevivência e por justiça. Logo se vê
tratar-se absurdo, não passando apenas de certo preconceito enrustido.
Sabemos que fatores como clima, fertilidade do solo, geografia e claro, pela
necessidade dos indivíduos, contribuem para a prosperidade e crescimento de um
país. Os fatores que os levam a ruir tem muito mais haver com aqueles que os
governam, do que com a covardia de muitos.
Outro fator que também desequilibra um povo é a voracidade de certos
governos, que não medem esforços para arrecadar cada vez mais, pilhando a
economia dos estados e empobrecendo os cidadãos. O ciclo da moeda - economia,
que deveria ocorrer entre governo, Estado e cidadão não ocorre, ou melhor, ocorre de
forma totalmente ineficiente; seja por questões de corrupção, interesse privado, jogo
político e etc. A quantidade paga em tributos já não é tão relevante quanto a aplicação
destes recursos; para que o povo usufrua daquilo que ele próprio cedeu em favor da
coletividade. Assim o autor explica que das formas de governos citadas anteriormente,
podemos classificar a democracia como governo dirigido a pequenos e pobres
Estados. A aristocracia aos Estados de riqueza e a monarquia as nações opulentas.
Finalizando a idéia de que as condições climáticas e geográficas de certas
regiões influenciam no tipo de governo que esta criará, o autor equipara algumas
dessas áreas e estabelece um vínculo político entre trabalho na geração de riquezas
(alimentos, sustento) como, por exemplo, a larga extensão dos países tropicais, que
por essa característica, torna mais difícil as revoltas sem que o governo tenha ciência
prévia. Bem como a países menos extensos, porém, mais populosos, sendo essa
característica a principal arma contra as espionagens do governo, que não consegue
6
Ver O Espírito das Leis.
penetrar no seio de tais grupos devido sua organização, proximidade geográfica e
possibilidade rápida de avanço.
Capitulo IX
Capitulo X
DO ABUSO DO GOVERNO
E DE SEU PENDOR A DEGENERAÇÃO
Capitulo XI
Capitulo XII
CONTINUAÇÃO
Além de cobrar pelos direito e pela correta execução das leis, o povo deve
participar da criação, aplicação e avaliar a eficácia da lei imposta, pois não é o povo o
objetivo das leis ?
Sendo a lei e o poder soberano uno, não se pode dividir a participação do povo
pelas cidades que formam o Estado, pois o poder soberano é indivisível. Tal divisão
seria interpretada de formas diferentes pelas cidades, pois cada lugar tem seus
costumes e suas peculiaridades.
O autor, e tom de sentimentalismo e inconformismo, fala sobre a necessidade
de se povoar os territórios de maneira uniforme, bem como utilizar-se de direitos
idênticos. Profundo admirador da vida campestre, demonstra repulsa pela vida
urbana, principalmente nas metrópoles, que segundo ele é o resumo de todas as
paixões do ser humano, pois nela residiam os déspotas a nobreza, e onde se via a
ostentação e luxúrias de um mundo regado a dinheiro e poder.
Capitulo XV
Capítulo XVI
Capitulo VXII
INSTITUIÇÃO DO GOVERNO
Capitulo XVIII
Livro IV
Capitulo I
Capitulo II
DOS SUFRÁGIOS
DAS ELEIÇÕES
Capitulo IV
Capitulo V
7
Comícios ou assembléias eram onde se realizavam em Roma as eleições dos altos magistrados.
8
Rômulo.
DO TRIBUNATO
O tribunato por assim dizer, assemelha-se ao poder judiciário, mas o autor não
o descreve dessa forma.
Como regulador dos sistemas do poder executivo, protetor das leis e
conseqüentemente do pode legislativo, cuida para que ambos sejam justos e intervém
se necessário nos domínios de cada um. Esse ponto é fundamental na análise desse
contexto, pois o poder exercido por este tribunato pode facilmente corromper-se em
tirania.
Tem sua fragilidade e também pode ruir, quando, assim como o governo,
encontra dissensões dentro de seu corpo político.
As diferenças entre o sistema judiciário atual são apontadas pelo autor quando
comenta sobre a ausência de ligação deste sistema com o governo. Na verdade, por
ser um instituto à parte do governo, este não depende dele e pode facilmente o excluir
ou limitar sua ação ou ainda, estabelecer mudanças periódicas, para que não se
possa usurpar do poder, cabendo ao novo magistrado agir do poder que lhe foi
conferido, não do predecessor.
Capitulo VI
DA DITADURA
Neste capitulo o autor faz comparações entre tipos de ditaduras, como por
exemplo, as de cunho emergencial, cuja finalidade é reestruturar ou salvar o governo.
Esta ação na verdade é a derradeira tentativa em casos de inevitável ruína. Tente a
ser algo provisório, até que tudo esteja harmonizado ou pelo menos, que se possa
instituir novamente o governo geral. A problemática desta situação é possibilidade
desta ação perpetuar-se e o ditador, após ter saboreado o gosto do poder, queira
exercê-lo de forma plena.
No passado a ditadura foi usada como instrumento para assegurar e alicerçar o
Estado instituído, que ainda não se sustentava sobre a sua constituição. O que
ninguém esperava era que os ditadores tomassem o poder e dele não abrissem mão,
julgando ser um fardo grande a investidura que lhe outorgaram, imaginavam que o
peso desta nomeação lhe fosse grande para ser suportado por apenas um indivíduo.
Mas a história nos mostra que os ditadores suportaram e abusaram dessa investidura.
Capitulo VII
DA CENSURA
(A RELIGIÃO E O ESTADO)
Capitulo VIII
DA RELIGIÃO CIVIL
Intimamente ligada aos povos da antiguidade e ainda hoje com certa relevância
dentro dos regimes políticos, a religião e os deuses que dela faziam parte estava posta
intrinsecamente às leis do Estado e suas jurisdições.
As guerras entre os primeiros povos eram decididas pela força bélica de cada
exército bem como pelo poder de cada Deus, que de seu exército cuidava e intercedia
na possibilidade de vitória. Claro que isso soa fabuloso nos dias atuais, mas muito
desta crença perpetuou até os dias atuais. Talvez não como uma Epopéia, mas no seu
âmago, quando permite que a religião possa caminhar lado a lado com os governos e
tomar parte das decisões que deste emana.
O poder da religião foi levado ao extremo durante a Idade Média, quando o
poder da igreja era tanto quanto o do próprio Estado instituído. Aliás, cuidava a igreja
de sempre opinar e ter a última palavra sobre todos os assuntos que dependiam de
solução. Sua argumentação sempre rezava que as leis vinham de Deus e por isso
eram habilitadas para decidir também.
O cenário atual nos mostra claramente o poder e a discórdia que se instaura
entre conflitos no Oriente Médio, regados a ataques suicidas em nome de Deus ou
assassínios massivos em razão da descrença ou intolerância religiosa. Certo que há
conflitos por posses de terras e delimitações territoriais, porém, o que se percebe é
uma imensa intolerância.
A religião ainda tem forte influência na economia, na política e no mundo social.
Basta pensarmos que o que foi o império mais poderoso da antiguidade hoje está
estabelecido na forma de uma das religiões mais atuantes no cenário político e
econômico-social, cujo líder religioso também é um astuto político.
Há diversas formas de religião, cada uma com suas crenças, seus dogmas e
práticas. Reporto-me ao que disse o autor para exemplificar a utilidade ou inutilidade
de cada religião, quando diz:
“Todas as instituições que levam o homem à contradição consigo mesmo de nada
valem”.
CONCLUSÃO