EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA CERTA
antigos instrumentos. Dentre estes novos
A Execução para a entrega de coisa
corresponde às obrigações de dar em geral, sendo indiferente
a natureza do direito a efetivar, que tanto pode ser real como
pessoal.
Na redação anterior do art. 621 a
entrega de coisa certa só cabia para quem fosse condenado
“a entregar a coisa certa”, somente sendo admitida a
execução forçada nos casos de títulos executivos judiciais.
Em 1994 com a Lei nº 8.953 passou a ser cabível a execução
de obrigação de dar coisa certa ou incerta tanto para títulos
judiciais, como, também, para os extrajudiciais. Contudo em
2002 passou a vigorar a Lei nº 10.444, dando nova redação
para o art. 621, o sistema de execução passou a ser lato
sensu. Onde ao final do julgamento já está garantida a
expedição do mandado de entrega da coisa perseguida pelo
autor.
Tanto para os títulos judiciais quanto
para os extrajudiciais o objeto é a coisa certa, ou seja, coisa
especificada ou individualizada, que pode ser: imóvel ou
imóvel.
Não há mais, no ordenamento jurídico
brasileiro, ação autônoma para entrega de coisa certa
fundada em título judicial, em face do disposto no Art. 461-
A do CPC. É um caso de cumprimento de sentença.
Art. 461-A. Na ação que tenha por
objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela
específica, fixará o prazo para cumprimento da obrigação.
Com a sentença, o juiz expede ordem
para que o réu entregue a coisa, determinando medidas
necessárias para compeli-lo caso não o faça.
Quando é fundada em Título Judicial, a
execução de coisa certa é regida pelos Art. 621 a 628 do
CPC. O devedor de título executivo judicial será citado no
prazo de 10 dias para satisfazer a obrigação ou propor
embargos. Tem ele, portanto, três opções: satisfazer a
obrigação, caso de extinção da mesma através de sentença,
opor embargos através do depósito ou não da coisa, ou ficar
inerte, caso em que o juiz irá expedir mandado de busca e
apreensão ou imissão de posse à favor do exeqüente.
Tendo o credor um título executivo
judicial, a efetivação da pretensão deste se dará
imediatamente após o seu direito se tornar incontroverso
para o juiz.
A tônica do legislador nesta reforma foi
perseguir a tutela específica, ou seja, procurou-se fazer com
que as decisões sejam efetivamente cumpridas, que o credor
vitorioso na demanda não seja apenas vitorioso
formalmente, mas sim materialmente, que tenha o bem da
vida desejado em suas mãos.
Para se alcançar esta execução específica foi
necessário que o juiz recebesse novos
instrumentos de coerção, somando-se assim aos
instrumentos, podemos citar a parte final do § 5o
do Artigo 461 : “imposição de multa por tempo
de atraso, busca e apreensão, remoção de
pessoas e coisas, desfazimento de obras e
impedimento de atividade nociva, se necessário
com requisição de força policial” e também,
como dispõe o § 6o do Artigo 461, “O juiz
poderá, de ofício, modificar o valor ou a
periodicidade da multa, caso verifique que se
tornou insuficiente ou excessiva”. Vale lembrar
que a Lei nº 8.952 de 13.12.1994, que
introduziu a multa pecuniária, permitiu que a
mesma fosse diária e também fosse imposta ex
officio, § 4o Artigo 461.
Outro ponto crucial na análise da multa
coercitiva, também conhecida como Astreintes é
que não há um limite máximo para o quantum
desta multa. É licito que o valor da multa
ultrapasse o valor da coisa a ser entregue. Vale
retornar a afirmar que esta multa tem a
finalidade coercitiva de obter a tutela específica;
logo, se o quantum tivesse um limite máximo, a
obtenção desta tutela específica estaria
inviabilizada em alguns casos, como, por
exemplo, onde o valor econômico da coisa a ser
entregue fosse baixo, não obstante o alto valor
sentimental que tivesse para o credor.
ALIENAÇÃO DA COISA DEVIDA: Mesmo
quando houver alienação da coisa devida a
terceiros, se o ato de disposição ocorreu após a
propositura da execução, continuará ela
alcançável pela constrição judicial (art. 626
CPC). O credor, é bom notar, não está obrigado
a buscar a coisa devida em poder de terceiros.
Pode preferir executar o devedor pelo valor da
coisa,mais perdas e danos decorrentes da
alienação(art. 626 CPC).
EMBARGOS DE RETENÇÃO: A lei nº
10.444/07/05/2002, restringiu o campo de
aplicação dos embargos de retenção por
benfeitorias que cabem, desde então, apenas nas
execuções para entrega de coisa fundada em
títulos extrajudicial (art. 745,IV,acrescentado
pela lei nº11.382/2006).Pra realizar a
condenação contida nas sentenças que impõem
o cumprimento das obrigações de dar coisa
certa,a argüição do ius retentionis somente será
viável na contestação.Depois da sentença não
haverá mais oportunidades para questionar
embargos.O mandado de busca e apreensão
(móveis) ou de imissão de posse(imóveis) é
 conseqüência imediata da sentença, sem ensejar
novas oportunidades,para qualquer incidente
cognitivo ou de acertamento.
EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO SUBSTITUTIVA
O Credor não está jungido à obrigação de perseguir a coisa
sonegada, desta maneira, tanto na destruição como na
alienação da coisa, fica-lhe aberta a oportunidade de optar
pela execução da obrigação substitutiva ou subsidiária,
através da qual poderá reclamar uma quantia em dinheiro
equivalente ao valor da coisa, além das perdas e danos.
Títulos especiais de entrega de coisa: ações executivas
lato sensu

Lei nº 10.444 de 07 de maio de 2002.

Anteriormente a Lei:
• Regra era submeter a dois processos:
• Ação condenatória
• Ação executória.
Exceção:
• Ação de despejo
• Ação de reintegração de posse.
Direito de retenção: Deverá ser postulado na
contestação.

É possível a execução para entrega de pessoa?

A exceção virou regra com o advento do art 461-A instiuído

pela Lei nº 10.444, de 07.05.02, de modo que nenhuma
sentença de condenação ao cumprimento de obrigação de
entrega de coisa se submeterá ao sistema da duplicidade de
ações. Uma única relação processual proporcionará o
acertamento e a realização do direito do credor de coisa.
Generalizou-se, no campo dessas obrigações, a ação
executiva lato sensu. Apenas se empre gará a ação
executiva para os títulos executivos extrajudiciais.
Várias providências reforçam a efetividade da tutela às
obrigações de entrega de coisa. Dentre elas, a de maior
destaque é, sem dúvida, a permissão para empregar-se,
também nas ações relativas às obrigações de dar, a multa
periódica por retardamento no cumprimento da decisão
judicial (astreintes).