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JABOTICABAL
Faculdade de Tecnologia de Jaboticabal – FATEC-JB
MARÇO DE 2011
CENTRO PAULA SOUZA / FATEC - JABOTICABAL
TECNOLOGIA EM BIOCOMBUSTÍVEIS
PRODUÇÃO DE BIOETANOL
INTRODUÇÃO
Para o preparo dos mostos devem ser tomados alguns cuidados no tocante à
concentração de açúcares totais e sua relação com sólidos solúveis, acidez total e pH.
Em alguns casos pode ser necessária a suplementação de nutrientes, adição de anti-
sépticos e aumento da temperatura para se obter rendimentos satisfatórios.
O preparo do mosto é simples, já que se constitui em uma correção dos açúcares
totais por meio de diluição. O pH tem papel importante na fermentação, sendo que para
favorecer o desenvolvimento das leveduras deve na média estar na faixa entre 4,0 e 5,0.
Segundo Pinto (2010 apud AMORIM, 2005): “Antes de ser enviado para as dornas, o
mosto, passa por trocadores de calor onde é feito o resfriamento. A assepsia destes
trocadores de calor é de extrema importância, pois as impurezas ficam retidas em suas
placas gerando focos de contaminação. A remoção de incrustações e placas formadas
pelas bactérias é possível através da limpeza com flegmaça (cuja temperatura pode
chegar a 95º C). Normalmente trabalha-se com dois trocadores de calor para mosto,
sendo, portanto, possível fazer a assepsia sem a necessidade de interrupção.”
OBJETIVOS
• Preparar o mosto do caldo que será utilizado para o processo de
fermentação e produção de destilado nas demais aulas práticas;
• Realizar a Cruz de Cobenze para acertar o Brix do mosto para 14. Será
feita a correção do pH para 4,5 e adição de nutrientes no mosto (N e P);
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2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Materiais
• Béquer;
• Microbureta;
• pHmetro;
• Pipeta volumétrica;
• Pipetador Pi-pump;
• Proveta;
• Refratômetro com correção de temperatura.
2.2. Reagentes
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500 mL x
x = 400 mL de caldo, portanto 100 mL de água.
2.3.1.2. Melaço
78 14 – 0 = 14 g de melaço
14
0 78 - 14 = 64 g de água
Densidade do melaço = 1,40
d = m/v v = m/d v = 14/1,40 = 10 mL de melaço
Densidade da água = 1
d = m/v v =m/d v = 64/1 = 64 mL de água
Quantidade de mosto = Volume de melaço + Volume de água
Quantidade de mosto = 10 + 64
Quantidade de mosto = 74 mL
Se em 74 mL de mosto temos 10 mL de melaço, em 500 mL temos x:
74 mL 10 mL
500 mL x
x = 67,5 ≈ 70 mL de melaço, portanto 430 mL de água.
2.3.2. Leitura de brix, preparo da amostra e obtenção de pH
Pipetou-se 50 mL da amostra e transferiu-se a mesma para um béquer de 100 mL
e mediu-se o brix inicial;
Realizou-se a diluição do caldo e do melaço em béquer de 500 mL para o preparo
do mosto tomando como referência os valores obtidos na Cruz de Cobenze. Em seguida
foi realizada a leitura de brix do mosto que deveria ser de 14º brix.
Imergiu-se o eletrodo na amostra até cobrir o bulbo tomando o cuidado de manter
o nível da amostra abaixo do nível do eletrólito contido no eletrodo, e logo após
realizou-se a leitura do pH inicial;
2.3.3. Adição de ácido sulfúrico
Foi adicionado ácido sulfúrico 5N ao mosto para correção do pH para 4,5.
2.3.4. Acidez sulfúrica
A amostra foi titulada com solução de hidróxido de sódio 1N, gota a gota e sob
agitação até pH 8,7, ao término do processo anotou-se o volume gasto de NaOH para
realização do cálculo de acidez sulfúrica.
2.3.5. Cálculo de acidez sulfúrica
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 2. Resultados obtidos no procedimento experimental divididos por tipo de matéria-prima utilizada
no preparo do mosto e por grupos.
Observa-se que houve uma diferença nos valores de brix final e pH ajustado
(H2SO4 5N) dos grupos que utilizaram caldo para preparo do mosto, fato que não
ocorreu com os grupos que utilizaram melaço. Isso se deve provavelmente devido a
erros cometidos durante o processo de execução do experimento, sendo que o grupo 1
que utilizou caldo obteve valores mais próximos do ideal quando comparado com o
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grupo 2 que utilizou a mesma matéria-prima. No caso do brix este pode ser explicado
por uma maior diluição do caldo, e no caso do pH pode ter ocorrido uma hidrólise da
sacarose, que reagiu com a água e o ácido sulfúrico liberando mais íons H+ no mosto,
pois o volume de ácido sulfúrico utilizado pelo grupo 2 foi um pouco menor do que o
utilizado pelo grupo 1.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Disponível em:
<http://www.fcav.unesp.br/omir/aulastaa/aulasalcool/preparodomostoshow.pdf>.
Acesso em: 01 março 2011.