Está en la página 1de 13

1

EMPUXO DE TERRA

1. DEFINIÇÃO

2. OBRAS

3. COEFICIENTES DE EMPUXO

4. CÁLCULO DOS EMPUXOS ATIVO E PASSIVO

a. TEORIA DE RANKINE

b. TEORIA DE COULOMB

5. EXERCÍCIOS

1. Definição:

Empuxo de terra é a ação produzida pelo maciço terroso sobre as obras com ele em
contato.

2. Obras:

a. Muros de arrimo – empuxo ativo sobre o muro.


b. Cortinas de estacas-pranchas – empuxo ativo e passivo (ficha) na cortina.
c. Construções de subsolos – empuxo no repouso sobre as paredes de um
edifício.
d. Encontros de pontes – empuxo passivo.

3. Coeficientes de Empuxo

3.1 – Em repouso

Pressões em uma massa de solo semi-infinita:


2

Pressão vertical: σ v = γz

Eliminando-se parte do maciço e substituindo-se por um plano imóvel,


indeformável e sem atrito, o estado de tensões da outra parte do maciço não
variará.

Pressão horizontal: σ h = K oσ v = K o γz

Estas pressões são as pressões no repouso e K o é o coeficiente de empuxo no


repouso.

Valores de K o :

Solos Ko
Argila 0.70 a 0,75
Areia solta 0,45 a 0,50
Areia compacta 0,40 a 0,45
3
Outras relações: Para areia e argilas normalmente adensadas:

K o ≈ 1 − sen φ ''
K o ≈ 0,95 − sen φ ''
K o ≈ 0,19 + 0,233 log( IP)

φ '' = ângulo de atrito interno efetivo

3.2 – Ativo: K a

Empuxo ativo corresponde a uma distensão do solo

3.3 – Passivo: K p

Empuxo passivo corresponde a uma compressão do solo.

O gráfico acima mostra a variação dos empuxos em função dos


deslocamentos. A pressão horizontal diminui ou aumenta, conforme o muro se
afasta do maciço ou se desloca contra o maciço. Na primeira situação, o maciço se
apóia sobre o muro, empuxo ativo e, na segunda, o maciço é que resiste ä ação
transmitida pelo muro, empuxo passivo.
4
4. CÁLCULO DO EMPUXO

a. TEORIA DE RANKINE

• Não admite atrito entre o terrapleno e o muro, logo não corresponde


a realidade, embora fique a favor da segurança (mas é contra a
economia) em se tratando de empuxo ativo.
• Mais fácil e de rápida aplicação.
• É aplicada porque, nesse gênero de cálculos não se pode pretender
grande rigor.

Equação de ruptura de Mohr:

σ 1 = σ 3 N φ + 2c N φ
Onde:

σ1 , σ 3 = tensões principais, maior e menor


N φ = tg 2 (45 + φ / 2)
φ = ângulo de atrito interno do solo
c = coesão do solo

Solos não coesivos ( c = 0):

Empuxo Ativo:

Admitindo-se que a parede AB se afaste do terrapleno, a pressão


horizontal, σ h , diminuirá até alcançar um valor mínimo:

σ h = σ 3 = K a γh

A pressão vertical σ v será a pressão principal maior:

σ v = σ 1 = γh
5

Continuando o deslocamento de AB, deixará de haver continuidade


das deformações e se produzirá o deslizamento ao longo da linha BC, que
forma uma ângulo de (45 − φ / 2) com a direção da pressão principal maior ou
(45 + φ / 2) com a pressão principal menor.

A relação:

σh
K=
σv
para solos não coesivos é:

σ3 1
K= = Ka = = tg 2 (45 − φ / 2)
σ1 Nφ

que é o coeficiente de empuxo ativo.

O empuxo ativo total é igual à área do triangulo ABD:


h
1
E a = ∫ K a γ .z.dz = γ .h 2 K a
0
2
6

esta força é aplicada no terço inferior da altura h .

Empuxo Passivo

Para que se produza o deslizamento, o empuxo deverá ser maior do


que o peso do terrapleno, assim, a pressão principal maior é a horizontal e a
menor a vertical.

O valor de K fica:
σ1
K= = K p = N φ = tg 2 (45 + φ / 2)
σ3

que é o coeficiente de empuxo passivo.

O empuxo passivo total é dado pela expressão:

1
E p = γ .h 2 K p
2
7
Notas:
- Ka < Ko < K p

- K p = 1/ K a

- Valores de K a e K p :

φ (°) Ka Kp
0 1,00 1,00
10 0,70 1,42
20 0,49 2,04
30 0,33 3,00
45 0,22 4,40
50 0,13 7,55
60 0,07 13,90

Partindo-se da tensão vertical, σ v = γh , observa-se que o maciço expandindo-se, a


tensão horizontal, σ h , decresce até que o círculo torne-se tangente à reta de Coulomb;
neste ponto, ocorre a ruptura e o valor de σ h é dado por K a γz . Quando ao contrário, o
solo é comprimido lateralmente, σ h cresce até que a ruptura atinja o valor K pγz . Assim,
os pontos de tangência representam estados de tensão sobre planos de ruptura.
8

Estado Ativo

Estado Passivo

Se o terrapleno tiver uma inclinação β os valores dos empuxos serão:

1 cos β − cos 2 β − cos 2 φ


Ativo: E a = γh 2 cos β
2 cos β + cos 2 β − cos 2 φ

1 2 cos β + cos 2 β − cos 2 φ


Passivo: E p = γh cos β
2 cos β − cos 2 β − cos 2 φ
9

Solos coesivos:

Para o estado de equilíbrio limite ativo:

σ 1 = σ v = γh e σ3 = σ h

σ v = σ h N φ + 2c N φ ou

σv 2c N φ
σh = −
Nφ Nφ

ou

σ h = γztg 2 (45 − φ / 2) − 2.c.tg (45 − φ / 2)

Quando a pressão horizontal se anula: σ h = 0

γztg 2 (45 − φ / 2) = 2.c.tg (45 − φ / 2)

z = zo será a altura até a qual ocorrem fendas de tração no solo:

2c 2c
z = zo = .tg (45 + φ / 2) =
γ γ Ka

a pressão horizontal acima de zo é negativa e abaixo desta profundidade é


positiva.

O empuxo ativo total para este caso é:


10
h
1
E a = ∫ σ h .dz = γ .h 2 tg 2 (45 − φ / 2) − 2chtg (45 − φ / 2)
0
2

quando o empuxo se anula: E a = 0

1
γ .h 2 tg 2 (45 − φ / 2) = 2chtg (45 − φ / 2)
2

que será a uma profundidade h = hcr:

4c
h = hcr = tg (45 + φ / 2) = 2 z o
γ

que é chamada de altura crítica, ponto onde o empuxo ativo sobre a


parede AB se anula. Para esta altura o maciço se mantém estável sem
necessidade de nenhuma contenção.

Para solos moles, onde o ângulo de atrito interno φ é zero, têm-se:

1 4c
E a = γ .h 2 − 2ch e hcr =
2 γ

Efeito da sobrecarga q:

A sobrecarga pode ser considerada como altura equivalente de terra ho:

q
ho =
γ
sendo γ o peso específico do terreno.

A pressão em uma profundidade z será Kγz + Kγho , sendo K = K a .ou.K p


11

A resultante estará aplicada acima do terço inferior da parede.

Para uma superfície livre inclinada:

q
hn =
γ
hn = ho cos β
q
ho =
γ cos β

Influência do lençol freático

Solos permeáveis - considera-se a pressão total igual a soma da pressão da


água mais a do solo com peso específico submerso (cerca de 1,0 t/m³).

Solos pouco permeáveis – aconselha-se calcular a pressão considerando-se


o solo com o peso específico saturado (cerca de 1,9 t/m³).
12
b. TEORIA DE COULOMB

Leva em conta, ao contrário da Teoria de Rankine, o atrito entre o


terrapleno e a superfície sobre o qual se apóia e não considera solos coesivos.

5. EXERCÍCIOS

5.1 - Para o terreno indicado na Figura, traçar o diagrama das pressões ativas sobre o
plano vertical AB e indicar a direção das linhas de ruptura.
13
5.2 – Para as condições indicadas na figura, calcular o empuxo ativo e o seu ponto de
aplicação.

5.3 – Com os dados da figura, calcular o empuxo passivo e a localização de seu ponto
de aplicação.

También podría gustarte