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Cada qual decide que quantia vai arriscar no negócio. O capital necessário
para dar início às operações sociais é dividido em ações com valor nominal
arbitrado de comum acordo.
Desse modo, pela primeira vez eles decidem admitir na sociedade pessoas de
fora. Ações são oferecidas ao público, ficando assim prontas para negociação
nos pregões da Bolsa de Valores.
Qualquer pessoa, por pequeno que seja o seu capital, desde que suficiente
para comprar um só ação, pode tornar-se acionista de empresa com ações na
Bolsa. Como acionista, participará dos seus lucros.
Para a empresa é ruim perder acionistas, porque então ficará difícil chamar
novas subscrições e recolher o capital que lhe permitiria prosseguir com seus
planos de expansão. Por isso é de toda conveniência que a companhia agrade
aos sócios e lhes dê o mínimo que eles desejam para permanecerem na
sociedade.
Há diversas razões que levam um empresário a vender sua firma: ele quer
retirar-se do negócio, a empresa está perdendo mercado ou não consegue
mais competir, ou está estrangulada por dividas (Arapuã) por sua vez, o
comprador poderá querer comprar porque pretende diversificar ou expandir
suas atividades, aproveitar-se de um momento favorável, prevalecer-se das
aperturas do vendedor. O comprador nunca deseja pagar o preço justo e está
sempre ansioso para apoderar-se de uma “GALINHA MORTA”.
Antes da lei, cada empresa pagava o que queria, quando pagava. O dividendo
era calculado como percentagem do capital, com ou sem lucro.
Já que preço é número, não haverá modo prático de determina-lo no caso das
ações?
A remuneração das ações como já vimos é dividendos, que não poderão ser
menores do que 6% ao ano para serem remunerativos.
100 ¸ 6 = 16,67
Por essa lógica, o preço da ação deverá ser no máximo 16,67 vezes maior do
que os dividendos, que constituem a sua remuneração.
Todo aquele que compra ação para ser remunerado pelos dividendos não
deverá pagar mais do que 16,67 vezes o valor dos dividendos. Acima dessa
proporção, obterá resultado financeiro melhor se comprar títulos de renda fixa.
Há porém, outros objetivos para comprar ações que não seja pelos dividendos.
Esses objetivos são quatro:
Aquele que especula orienta-se pelo preço que estiver vigorando no pregão,
qualquer que seja. Para ele, o nome da companhia é o único referencial. Se a
empresa não existisse, mas se seu nome figurasse no boletim da Bolsa, não
faria diferença nenhuma; continuaria negociando enquanto houvesse
interessados em comprar e vender.
Quem compra ações para conservar o valor do seu capital também não pensa
em preço justo.
Aquele que , já sendo acionista, compra ações para reforçar sua posição na
empresa, orienta-se pelo valor patrimonial da ação, que pelo menos
contabilmente reflete o valor de cada ação da companhia.
Todo aquele que vida o controle da organização cuida para que o custo da
compra não seja muito maior do que a despesa em que incorreria se fosse
instalar uma companhia igual à que ele quer adquirir.
Ele também usa o valor patrimonial como referencia. Esse investidor não
pensa em remuneração presente, mas futura. Quando for dono da empresa,
poderá tirar dela o proveito que quiser. Mas no momento seria preferível até
que a companhia não pagasse dividendo nenhum e que o preço dos seus
papéis não subisse na Bolsa.