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ILMO. SR.

DIRETOR SUPERINTENDENTE DO DEPARTAMENTO DE


OPERAÇÕES DO SISTEMA VIÁRIO – PREFEITURA MUNICIPAL DA PORTO
ALEGRE - RS

PAULO RICARDO PEDROSO MAYATO, Brasileiro, SOLTEIRO, portador da cédula


de identidade RG XXXXXXX, inscrito no CPF sob o 828.042.810-00 e portador da
CNH N. 1932218936, Residente e domiciliado à RUA DONA OTILHA, Nº 4065
CASA 2, vem, mui respeitosamente, à presença de V.Sa., interpor o presente
RECURSO em face da multa aplicada através do NOTIFICAÇÃO DE IMPOSIÇÃO
DE PENALIDADE, requerendo o que segue:

Registra-se em primeiro que, este RECURSO não contempla em sua essência o


desprestígio a este Egrégio Órgão, bem como todos os demais que o compõem,
representa tão somente o intento de revisão às penalidades impostas e a posterior
anulação deste Auto de Infração supra mencionado.

DO VEÍCULO

Veículo marca FORD ESCORT, cor BRANCA, PLACA IIR 7764, de propriedade do
recorrente descrito acima e conduzido por ele no ato da aludida autuação.

DA AUTUAÇÃO

Auto de infração nº201011358280, “Condutor s/ cinto de segurança.” Infração média;


penalidade – multa. Código da Infração 51851; Base Legal – CTB 267; em Porto Alegre
às 10:43h, na Rua Juca batista Nº 1251.

Código do Agente 8648, Órgão Autuador Nº288010

DOS FATOS E DO DIREITO

I - Cumpre observar, preliminarmente, que a EMISSÃO DA NOTIFICAÇÃO DE


IMPOSIÇÃO DEPENALIDADE somente ocorreu em 25/06/2010 e a infração
“supostamente” ocorrida foi registrada em 08/03/2010, ultrapassando o prazo máximo
de trinta dias para emissão da notificação.
II – Conforme o Artigo 281, § único, inciso II do CTB – Este Auto de Infração deverá
ser arquivado e julgado insubsistente, pois não foi expedida notificação da autuação no
prazo máximo de trinta dias.

III - Cumpre examinarmos, neste passo, o que o CÓDIGO DE TRÂNSITO


BRASILEIRO e os demais amparos legais regulamentam:

“Código de Trânsito Brasileiro – Do Processo Administrativo - Seção II


Do Julgamento das Autuações e Penalidades
Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste Código e
dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a
penalidade cabível.
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente:

I - se considerado inconsistente ou irregular;


II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da autuação.
(acrescido pela Lei 9.602 de 21 de janeiro de 1998).”

“Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário do veículo


ou ao infrator, por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que
assegure a ciência da imposição da penalidade.”

“RESOLUÇÃO Nº 149, DE 19 DE SETEMBRO DE 2003”


“Dispõe sobre uniformização do procedimento administrativo da lavratura do auto de
infração, da expedição da Notificação da Autuação e da Notificação da Penalidade de
multa e de advertência por infrações de responsabilidade do proprietário e do condutor
do veiculo e da identificação do condutor infrator.”

“O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso das atribuições


que lhe são conferidas pelo art. 12, da Lei n.° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto n.° 4.711, de 29
de maio de 2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Transito – SNT,”

“II – DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO”

“Art. 3º. À exceção do disposto no § 5º do artigo anterior, após a verificação da


regularidade do Auto de Infração, a autoridade de trânsito expedirá, no prazo máximo
de 30 (trinta) dias contados da data do cometimento da infração, a Notificação da
Autuação dirigida ao proprietário do veículo, na qual deverão constar, no mínimo, os
dados definidos no art. 280 do CTB e em regulamentação específica.”

IV – De outra forma também completarei esta defesa, pois entende o recorrente o total
descabimento da referida multa, vez que a AUTUAÇÃO não veio acompanhada do
devido documento probante (foto) ou outro equivalente, que lhe dê sustentação fática,
ou seja, não há nenhum elemento apto que venha a caracterizar a conduta transgressora,
fato este que contraria frontalmente o disposto no artigo 280, § 2º do CTB.

V - Com respeito à alegada infração, tratou-se, com certeza, de um equívoco por parte
da autoridade que lavrou o referido AIIP, vez que neste dia não carregava consigo seu
celular. Portanto, afigura-se materialmente impossível a ocorrência do fato descrito no
auto em questão, o qual só pode ser devido, a nosso ver, ou por falha visual do agente
ou equívoco do mesmo ao anotar a placa do veículo infrator. Como Vossa. Senhoria
bem o sabe, para a configuração de uma infração são requisitos básicos a materialidade
e autoria, conforme preceitua a mais balizada doutrina vigente. Ausentes tais condições
o ato é nulo de pleno direito não surtindo quaisquer efeitos jurídicos. Caso não se leve
em consideração a verdade dos fatos que ora se expõe, estar-se-á perpetrando uma
enorme injustiça, vez que se estará punindo a um inocente (O recorrente) e deixando
impune ao condutor que efetivamente cometeu a infração.
VI - De mais a mais, a prevalecer a versão dos fatos descritos no referido Auto de
Infração, verificar-se-á outra ilegalidade ainda mais grave, na medida em que neste caso
concreto, houve total inversão do ônus da prova, demonstrada pela ofensa ao princípio
constitucional da presunção de inocência (artigo 5º, inciso LVII da CF/88), ou seja, ao
invés desse Departamento provar a existência da infração, (o que de fato não ocorreu), o
recorrente tem que lançar mão do presente recurso para provar sua inocência.
VII - Portanto, verificada existência de vícios de forma insanáveis, posto que ferem
disposições constitucionais e infraconstitucionais elementares, não há outra solução,
senão a declaração de nulidade de pleno direito do referido AIIP com seu conseqüente
arquivamento, tendo seu registro julgado insubsistente nos termos do art. 281, parágrafo
único, inciso I da Lei 9503/97 (CTB).
DO PEDIDO

I – Em virtude dessas considerações, com o devido amparo legal nos artigos 281, 282 e
demais do Código de Trânsito Brasileiro, bem como na citada Resolução nº149 de
19/09/2003 do CONTRAN e verificada existência de vícios de forma insanáveis, posto
que ferem disposições constitucionais e infraconstitucionais elementares, o Recorrente
requer digne-se Vossa Excelência a conhecer o presente Recurso, assim propiciando o
seu DEFERIMENTO, pois não há outra solução, senão a declaração de nulidade de
pleno direito do referido AIIP com seu conseqüente arquivamento, tendo seu registro
julgado insubsistente nos termos do art. 281, parágrafo único, inciso I da Lei 9503/97
(CTB) e a pontuação gerada na Carteira Nacional de Habilitação do condutor extinta.

II – Requer também o benefício do efeito suspensivo no caso do presente Recurso não


ter sido julgado em até 30 dias da data de seu protocolo, conforme o artigo 285, § 3º do
Código de Trânsito Brasileiro.

Pelo exposto, requer o encaminhamento do presente Recurso ao Órgão Julgador


competente, para que aprecie os argumentos invocados como for de direito.

Nestes termos,

pede e espera deferimento.

Porto Alegre, 23 de Agosto de 2010.

________________________________________________
Paulo Ricardo Pedroso Mayato

DOCUMENTOS ANEXOS

1 – CÓPIA DO RG DO CONDUTOR;
2 – CÓPIA DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO DO CONDUTOR;
3 – CÓPIA DO CERTIFICADO DE REGISTRO E LICENCIAMENTO DO
VEÍCULO;
4 – CÓPIA DA NOTIFICAÇÃO DE IMPOSIÇÃO DE PENALIDADE À
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO;

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