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Tainá Muller em vários episódios, investigam um único assunto em cada edição sob
olhares diferentes e revelam as contradições de um mesmo fato. A missão de cada
membro da equipe é individual: mergulhar no fato intensamente, sofrendo, sorrindo, se
emocionando e superando a si mesmo para sentir na pele a realidade vivida pelos
verdadeiros protagonistas de cada história. O resultado é um relato sincero dos
acontecimentos, sem abrir mão da ironia, da acidez, do bom humor e até do drama
Para contar uma história sob a perspectiva de quem a vive só há um jeito, ir ao encontro
dela. Comum seria não interferir e normal, nada sentir, não vivenciar. Mas não é isso
que querem os apresentadores do programa. Eles tocam na realidade, olham de perto.
Ao participarem de um mundo do qual nunca fizeram parte, a indiferença vai embora. A
cada passo, o envolvimento do repórter - assim como o do telespectador - aumenta.
Entram em cena a surpresa, a indignação, a reflexão e a opinião.
Motivos não faltam para que homens, mulheres e travestis a vendam o seu próprio
corpo, como a miséria vivida em família, pobreza, abandono do companheiro ou
marido, ou até quando são expulsas de casa por gravidez indesejada. Ao escolherem
trabalhar como profissionais do sexo, muitas delas acabam abrindo mão do contato com
a família e dos amigos. Não costumam ter uma vida social ativa, pois sentem vergonha
do que fazem, e temem sofrer preconceito.
Difícil mesmo é entender os raciocínios da sociedade, que tem preconceito com quem
vende seu corpo, mas não por quem paga pelo serviço.