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basicamente, na nomeação de outrem, pelo réu (e não pelo autor), para figurar no pólo da
ação, no prazo da defesa, quando detiver a coisa em nome alheio e for demandado em nome
próprio.
De modo mais concreto, seu objetivo seria alterar a legitimidade ad causam, para que
o réu, parte ilegítima para figurar no pólo passivo da respectiva ação – já que não é
proprietário da coisa –, seja substituído “pelo nomeado à autoria, que assume a titularidade
passiva da demanda”.
Conforme o art. 62 do CPC, o réu que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe
demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor. Trata-
se do exemplo clássico e originário do instituto, destinado a facilitar os casos em que o autor
ajuizava erroneamente a demanda contra o mero detentor da coisa. Com a nomeação do
sujeito legitimado a responder a ação, superava-se a provável extinção do processo sem
julgamento de mérito em face da ilegitimidade passiva do demandado.
Aceita a nomeação pelo autor, conforme o Art. 66 do CPC, surge uma questão
controversa relativa ao nomeado, que devidamente citado, poderá ou não aceitá-la. Aceitando
a qualidade que Ihe é atribuída, contra ele correrá o processo, tendo assim, novo prazo para
contestar a ação.
Alguns doutrinadores acreditam quea recusa pelo nomeado colide com o princípio da
inevitabilidade da jurisdição, alegando não ser legitimado para a causa, ou não desejar
responder à demanda. Acredita-se que a saída para esta controvérsia é atribuir ao juiz a
faculdade de decidir sobre a legitimidade passiva do nomeado. Se o juiz relegar para a
sentença final a decisão sobre essa preliminar, a causa prosseguirá contra ambos" .
Conforme o Art. 69. Responderá por perdas e danos aquele a quem incumbia a
nomeação nos casos em que deixando de nomear à autoria, quando Ihe competia ou
nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome detém a coisa demandada. As perdas e
danos, a que se refere este artigo, tanto podem ser do autor quanto do proprietário ou
possuidor. Serão postulados em ação indenizatória autônoma.