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A matéria está prevista nos artigos 62 a 69, do Código de Processo Civil, consistindo,

basicamente, na nomeação de outrem, pelo réu (e não pelo autor), para figurar no pólo da
ação, no prazo da defesa, quando detiver a coisa em nome alheio e for demandado em nome
próprio.

Então, denomina-se nomeação à autoria o incidente pelo qual o réu indica o


verdadeiro legitimado passivo da ação, a fim de sanar possível carência de ação por falta de
legitimidade do réu.

Segundo Cândido Dinamarco, “a utilidade da nomeação à autoria consiste em


antecipar soluções para a questão da legitimidade passiva, mediante incidente razoavelmente
simples, em que o autor, alertado, tem oportunidade de retificar a mira da demanda
proposta.” (Dinamarco, 2001).

De modo mais concreto, seu objetivo seria alterar a legitimidade ad causam, para que
o réu, parte ilegítima para figurar no pólo passivo da respectiva ação – já que não é
proprietário da coisa –, seja substituído “pelo nomeado à autoria, que assume a titularidade
passiva da demanda”.

A nomeação à autoria constitui-se em dever do réu, sendo três as hipóteses de seu


cabimento.

Conforme o art. 62 do CPC, o réu que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe
demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor. Trata-
se do exemplo clássico e originário do instituto, destinado a facilitar os casos em que o autor
ajuizava erroneamente a demanda contra o mero detentor da coisa. Com a nomeação do
sujeito legitimado a responder a ação, superava-se a provável extinção do processo sem
julgamento de mérito em face da ilegitimidade passiva do demandado.

A segunda hipótese é por identidade de razão, ao possuidor direto, demandado em


nome próprio, ao proprietário ou possuidor indireto.

E a terceira hipótese é ao proprietário ou titular de direito sobre a coisa, por quem


alegue haver praticado o ato danoso por ordem ou em cumprimento de instruções suas (art.
63). Se, no terceiro caso, o nomeante participou com parcela de sua vontade, não será parte
ilegítima e, por isso, não poderá nomear à autoria. Cabe a nomeação, por exemplo, se o
nomeado cortou árvores ou abriu valo em terreno alheio, como simples preposto ou
empregado.

A nomeação à autoria deve ser feita no prazo da contestação. O requerimento de


nomeação encontra-se sujeito ao controle prévio do juiz, que pode ou não rejeitá-lo,
independentemente de audiência do autor. Ao deferir o pedido de nomeação, o juiz suspende
o processo. O autor será ouvido no prazo de 5 dias e poderá: Aceitar a nomeação (neste caso,
caberá ao autor promover a citação do nomeado) ou recusar a nomeação (caso em que será
reaberto o prazo do réu nomeante para a apresentação de sua defesa).

Aceita a nomeação pelo autor, conforme o Art. 66 do CPC, surge uma questão
controversa relativa ao nomeado, que devidamente citado, poderá ou não aceitá-la. Aceitando
a qualidade que Ihe é atribuída, contra ele correrá o processo, tendo assim, novo prazo para
contestar a ação.

Já na segunda parte do artigo verifica-se que o processo correrá contra o réu


nomeante no caso de recusa do nomeado. 

Alguns doutrinadores acreditam quea recusa pelo nomeado colide com o princípio da
inevitabilidade da jurisdição, alegando não ser legitimado para a causa, ou não desejar
responder à demanda. Acredita-se que a saída para esta controvérsia é atribuir ao juiz a
faculdade de decidir sobre a legitimidade passiva do nomeado. Se o juiz relegar para a
sentença final a decisão sobre essa preliminar, a causa prosseguirá contra ambos" .

Conforme o Art. 69. Responderá por perdas e danos aquele a quem incumbia a
nomeação nos casos em que deixando de nomear à autoria, quando Ihe competia ou
nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome detém a coisa demandada. As perdas e
danos, a que se refere este artigo, tanto podem ser do autor quanto do proprietário ou
possuidor.  Serão postulados em ação indenizatória autônoma.

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