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Maria Aridenise Macena Fontenelle

denise@unifor.br
Projeto e Planejamento de Canteiro de Obra - PPCO

1. ABORDAGEM CONCEITUAL.................................................................................................................. 4

2. ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DE LAYOUT DO CANTEIRO DE OBRAS .................................... 7

3. METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO LAYOUT DE CANTEIRO DE OBRAS..................... 8


3.1. SISTEMATIZAÇÃO DO ARRANJO FÍSICO ..................................................................................................... 8
3.2. ESTUDO DE FLUXO DE MATERIAIS ............................................................................................................ 8
3.3. INTER-RELAÇÕES NÃO BASEADAS NO FLUXO DE MATERIAIS .................................................................... 9
3.4. DIAGRAMA DE FLUXO E/OU INTER-RELAÇÕES ........................................................................................12
3.5. QUESTIONAMENTO .................................................................................................................................12
3.6. DIRETRIZES PARA DIMENSIONAMENTO DO ESPAÇO NECESSÁRIO.............................................................13
3.7. DIMENSIONAMENTO DOS ESPAÇOS NECESSÁRIOS....................................................................................18
3.8. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O ESPAÇO NECESSÁRIO E O DISPONÍVEL ..................................................23
3.9. DIAGRAMA DE INTER-RELAÇÕES DE ESPAÇO...........................................................................................23
3.10. CONSIDERAÇÕES DE MUDANÇAS .........................................................................................................23
3.11. AVALIAÇÃO DO PLANO .......................................................................................................................24
4. IMPLEMENTAÇÃO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM CANTEIRO DE OBRA....................27

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.....................................................................................................................29

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O mundo passa por transformações despertando para uma nova era. Neste
contexto surgem novos modos de produção, como o sistema de manufatura em células
interligadas, substituindo o layout funcional. Fabricam-se produtos com qualidade
superior, com custo menor, com entregas no prazo previsto e de modo flexível.

A execução de uma obra é feita segundo um "sistema de produção", que


condiciona a alocação dos diferentes componentes no respectivo canteiro de obras. No
caso da construção civil, o canteiro de obras pode, se comparado à produção industrial
fabril, ser classificado como uma "fábrica móvel", diferindo da fábrica tradicional no
sentido de que o produto resultante do processo de produção é único e estacionário,
enquanto que os insumos - mão de obra, materiais, equipamentos - é que se deslocam
em torno do produto.

É função dos engenheiros civis utilizar seus conhecimentos na busca de


soluções, princípios, sistemas, métodos e técnicas voltados à melhoria dos processos,
para dar resposta às necessidades competitivas das empresas nacionais.

Distribuir os ambientes e posicionar as instalações temporárias necessárias


à execução de uma obra têm, até o presente, sido feitos de maneira bastante empírica,
prevalecendo a experiência passada de quem projeta instalações. Prioriza-se a
confecção de projetos de arquitetura, de instalações elétricas, de instalações hidráulicas,
de incêndio, e gradativamente, começa a formar-se a cultura da compatibilização de
projetos. No entanto, só recentemente os profissionais da construção têm se
conscientizado em relação ao ganhos gerados por um bom projeto e planejamento de
canteiro de obra.

Não há, pois, um método predefinido para projetar-se um canteiro. Se


considerarmos n elementos de produção, o número de configurações possíveis para seu
arranjo é n!/(n- p)!, onde p é o numero de elementos a serem agrupados. Assim, para
um canteiro de médio porte de 10 elementos (almoxarifado, deposito de brita, areia, aço,
cimento, materiais pequenos, central de concreto, carpintaria, corte e dobramento de
ferro), o número de arranjos possíveis é de 10!/(10-10)! = 3.628.800. Trata-se, portanto
de determinar o melhor arranjo em termos das necessidades da obra.

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Dicas para Restritos


Nestes canteiros, o proprietário necessita maximizar a rentabilidade de um pedaço
dispendioso de terreno, encontrando dificuldades com acesso e com a existência de
pavimentos subsolos, os quais geralmente ocuparão a maior parte do terreno, ou mesmo a sua
totalidade. Este tipo de canteiro é o que exige maior cuidado na concepção do lay-out sendo
necessário considerar os seguintes aspectos:
Realizar um estudo detalhado para avaliar a influência das divisas, edificações adjacentes, pré
existência de redes de água, esgoto, eletricidade e de telefonia, etc.
Avaliar as restrições acarretadas pelas condições internas do próprio canteiro (topografia,
vegetação, etc).
Verificar a existência de características que possam ser utilizadas no lay-out do canteiro. Por
exemplo, caso exista alguma área não escavada que não receberá construção, verificar a
possibilidade de utilizar a mesma para armazenamento e descarregamento de materiais.
Verificar os fatores que afetam os acesso e descarregamentos, tais como desníveis,
características do solo, intensidade de tráfego nas ruas de acesso ao canteiro, etc.
Além destes aspectos, neste tipo de canteiro duas regras são fundamentais:
a
1 Regra - Iniciar pela fronteira mais difícil

A existência de muro de arrimo, vegetação de grande porte ou desnível acentuado,


são exemplos de fatores que tornam a divisa crítica. Esta regra visa evitar que se
tenha que executar serviços em tal divisa nas fases posteriores, quando a construção
de outras partes da edificação dificulta o acesso a este local.

2a Regra - Criar espaços utilizáveis no nível do terreno ou próximo a ele,


tão cedo quanto possível
Quando a obra possuir subsolo que ocupa quase a totalidade do terreno, fica inviável
a definição de um lay-out permanente. Neste caso, é necessário concluir tão cedo
quanto possível espaços utilizáveis no nível do térreo, os quais possam ser
aproveitados para locação de instalações provisórias e de armazenamento, com a
finalidade de facilitar o acesso de veículos e pessoas, além de propiciar um caráter
de longo prazo de existência para as referidas instalações.

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O Projeto e Planejamento do Canteiro de Obra - PPCO - visa orientar o engenheiro


encarregado ou mestre, como melhor utilizar o espaço físico, alocando os insumos e equipamentos,
bem como reduzindo custos de locomoção e perdas inerentes ao tráfego indevido de materiais e
trânsito de operários. Este curso resgata e demonstra a aplicação do Systematic Layout Planning -
SLP - MUTHER (1978), no canteiro de obra.
Leitura do texto:
ELIAS, S. J. B. et al. Planejamento do Layout de canteiro de obras: aplicação do SLP (Systematic
Layout Planning). In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção - ENEGEP 98 - Anais em
CD-ROM. Niterói/RJ. 1998.
MAIA, M.A.M. Instalações provisórias: material de apoio. In: Curso WEB de Planejamento e controle
de Obra - WEBPCO. Online. http://www.eps.ufsc.br/~gecon/pco99/ Acessado em 15 de maio de
1999.

3.1. Sistematização do arranjo físico


Para que o layout de canteiro seja sistematizado convém utilizar os conceitos
apresentados no quadro 1.
Quadro 1 – Conceitos para sistematizar o arranjo físico

Dados de entrada são as informações necessárias ao estudo de layout para canteiros de obras
verticais.
Fluxo de materiais consiste no deslocamento dos materiais dentro e fora das células produtivas.
Inter-relações de são inter-relações que não se baseiam no grau de necessidade de proximidade
atividades entre as atividades, obtida através do uso da carta de interligações preferenciais
Diagrama de inter- é um diagrama que pode-se chamar de anteprojeto, onde as ligações entre as
relações atividades serão feitas obedecendo as cores predeterminadas para ligações.
Espaço necessário considera-se a área necessário à implantação do projeto de canteiro de obras com
suas diversas atividades.
Espaço disponível considera-se a área existente para a implantação do projeto de canteiro de obra
com suas diversas atividades.
Diagrama de inter- este diagrama será um anteprojeto, onde será aprimorado o primeiro, que foi o
relações de espaços diagrama de inter-relações. Este será mais detalhado, pois será executado em
escala e as áreas serão indicadas nos locais de atividades.
Considerações de nesta fase será avaliado o último anteprojeto e em função de fatores não inclusos
mudanças ainda neste estudo, tais como interferência de vizinhos, obstáculos ao deslocamento
de equipamentos, e futuras modificações no layout poderão ser feitas as mudanças.
Limitações práticas envolve limitações de espaço físico, financeiras e de equipamentos.
Avaliação nesta fase o então projeto deverá ser criticado. Caso apareçam críticas que
inviabilizem o projeto, deve-se corrigir ou até optar por um novo projeto.
Plano selecionado no caso de se chegar ao fim do trabalho, com mais de um projeto de layout, depois
da avaliação, escolhe-se um dos projetos para a execução. Caso só haja um, este,
depois de passar pela avaliação será automaticamente aprovado.
3.2. Estudo de fluxo de materiais

Este estudo será diferenciado em relação ao SLP, pelas características da construção


civil.
Serão feitas ligações entre as diversas células de produção, assim como ligações
internas nas células, e nestas ligações serão dados pesos que equivalerão ao número de contatos
entre os locais dentro das células ou entre células.
Estes contatos serão as viagens dadas pelos operários para produzir e transportar os
insumos.
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Exemplo de um estudo de fluxo de materiais.


Um prédio de 16 pavimentos com 7200 metros quadrados de área construída e 1300
metros cúbicos de volume de concreto estrutural, pode-se traçar o seguinte fluxograma, para a
produção e transporte vertical de concretos e argamassas.

Insumos Componentes Volume Veículo Quantidade Nº de Pontos de


total de transportada contatos contatos
transporte por vez
Concreto areia 1200 m3 padiola c/ 0,054 m3 22 222 betoneira/depósito/
rodas areia

brita 1600 m3 padiola c/ 0,070 m3 22 587 betoneira depósito/


rodas brita
cimento 9800 Sc homem 1 Sc 9 800 betoneira / depósito/
cimento
aditivo 130 L homem 20 L 7 almoxarifado/
betoneira
argamas areia 720 m3 padiola c/ 0,040 m3 18 800 betoneira/ depósito/
sa rodas areia
cimento 2500 Sc homem 1 Sc 2 500 betoneira/ depósito/
cimento
CONCRETO 1300 m3 gerica 0,130 m3 10 000 betoneira/guincho
ARGAMASSA 600m3 gerica 0,130 m3 4 616 betoneira/ guincho
TOTAL DE CONTATOS 90.000

3.3. Inter-relações não baseadas no fluxo de materiais

O uso do estudo do fluxo de materiais não deverá ser a base única do estudo do layout.
Deve-se levar em consideração que existem outras razões para o grau de proximidade
entre as atividades. Estas razões podem ter como exemplo: higiene e segurança no trabalho é o
possível afastamento da bancada de corte de aço do guincho de carga, afastando esta bancada das
bordas do prédio, que é uma área de risco, em prejuízo da proximidade que deveria existir entre a
célula de produção e o meio de transporte.
Com este fim, deve-se usar a carta de interligações preferenciais: Esta carta é uma
matriz triangular onde representa-se o grau de proximidade e o tipo de inter-relação entre uma certa
atividade e cada uma das outras. (MUTHER, 1978)
O objetivo desta carta é mostrar quais as atividades que devem ser localizadas próximas
ou afastadas.
O uso desta carta é de grande utilidade, pois insere uma considerável quantidade de
informações em uma única folha de papel.
Para facilitar a justificativa (razão) da escolha do nível de interligação, usaremos as
razões básicas para a determinação de graus de proximidade:

♦ Fluxo de material ♦ Supervisão ou controle


♦ Utilização de Equipamentos comuns ♦ Freqüência de contatos
♦ Utilização de registros semelhantes ♦ Urgência de serviço
♦ Pessoal em comum ♦ Custo de distribuição
♦ Grau de utilização de formulários de comunicação ♦ Utilização dos mesmos suprimentos
♦ Desejos específicos da administração ou conveniências pessoais.

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Cada losango será colorido segundo a convenção de cores do SLP como se segue:
A Vermelho
E Azul
I Amarelo
O Em branco
U Verde
X Marron

Como artificio para facilitar a visualização, as cores são colocadas apenas na metade
superior de cada losango, para não perder a visualização das letras.
Pelo sistema SLP, a sequência de procedimentos será a seguinte:
Cálculo da intensidade de fluxo de atividades produtivas;
Classificação das intensidades de fluxo entre cada par de atividades, segundo os grupos:

A absolutamente necessário
E pouco importante
I especialmente importante
O desprezível
U importante
X indesejável
PROCEDIMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO DA CARTA DE INTERLIGAÇÕES PREFERENCIAIS

1. Identificar todas as atividades


a. Fazer uma lista de departamentos, áreas, operações ou caracteristicas e fazer com os
chefes e supervisores de cada departamento verifiquem a abrangência e terminologia
da lista.
b. Agrupar as atividades semelhantes num diagrama de organização.
c. Não utilizar mais de 45 atividades numa carta. Reuna em grupos, segundo algum
critério.
2. Listar as atividades numa carta de interligações preferenciais.
a. Estabelecer as operações produtivas primeiro, depois os serviços de apoio.
b. Incluir características de prédios e terrenos (elevador, transformador, etc.)
3. Determinar as interligações entre cada par de atividades e as razões para isso.
Isso pode ser feito:
a. Pelo conhecimento do projetista das práticas de operação.
b. Levando em conta todas as considerações, ou razões, da mesma forma que no caso do
fluxo de materiais (não se esquecer das outras relações que não o fluxo e suas
relações com este).
c. Discutindo com os chefes e supervisores de departamento.
d. Por explicações em grupo e utilização de folhas de inter-relações.
e. Por discussões em grupo, reunindo os chefes principais.
4. Colocar todos os dados na carta, pois ela será a base principal para o
planejamento das instalações.
a. A carta funcionará como lista de verificação, assegurando que todas as atividades foram
listadas bem como suas inter-relações com as demais.
b. Consiga aprovação. (DIN2)

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3.4. Diagrama de Fluxo e/ou inter-relações

Neste diagrama faz-se um anteprojeto.


Deve-se iniciar o anteprojeto localizando os guinchos, pois é o local para onde a
produção converge. Este posicionamento, deve levar em conta o cronograma de revestimento de
fachadas, os acessos aos pavimentos e as proximidades definidas anteriormente.
Após localizem os guinchos, localiza-se os depósitos, equipamentos e acessos que
devem ficar mais próximos a eles. Depois disto pode-se partir para a localização dos barracões e em
seguida aos outros depósitos e postos de trabalho, sempre levando-se em consideração os princípios
do layout e o grau de proximidade entre eles.
Depois de feito o primeiro anteprojeto deve-se fazer as ligações com linhas coloridas,
nas cores da carta, entre os ambientes, depósitos, postos de trabalho, acesso e escritórios
obedecendo sempre a relação cor/proximidade. Feitas estas ligações, deve-se verificar os possíveis
erros de localização e corrigi-los, até obter um anteprojeto com as localizações que obedeçam ao
máximo os graus de proximidade definidos anteriormente.
Para facilitar o trabalho, não se faz as ligações “pouco importantes” e “desprezíveis”, de
cores azuis e brancas.
Após fazer as ligações deve-se questionar as localizações que estão ligadas com cores
que indiquem maior ou menos proximidade que a esboçada.
3.5. Questionamento

É importante que o depósito de entulho esteja próximo do guincho?

No exemplo prático em questão ele está bem distante, levando-se em consideração as


distâncias comparativas da mesma cor. Justificativa: ele está distante para atender a proximidades
“indesejáveis” a outros ambientes e a proximidade “importante” da entrada de veículos.
Por que o depósito de tijolos não está mais perto do guincho? Porque ficaria sob a
lâmina do prédio onde existem pilares que dificultam seu armazenamento, além de que dificultaria a
circulação na proximidade dos guinchos, já congestionada com a proximidade da célula de produção
de concretos e argamassas.

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Por que a estocagem do aço dobrado e do aço cortado não foram citadas na carta de
interligações preferenciais? Porque a carta precisa ser pequena, de preferência uma folha só, onde
estejam todas as informações necessárias sobre as proximidades. Como antecipadamente, sabe-se
que a proximidade destes depósitos às suas respectivas bancadas é absolutamente necessária, e as
bancadas estão incluídas na carta, com respectivas ligações, pode-se omitir na carta este depósitos
para simplificar o trabalho.
3.6. Diretrizes para dimensionamento do espaço necessário

Para definição do arranjo físico e determinação do espaço necessário serão


estabelecidas diretrizes para as seguintes instalações:
Áreas para os equipamentos de transporte vertical de pessoas e cargas, respectivamente
elevador de passageiro e guincho;
Área do posto de produção de argamassa e concreto, o qual envolve a betoneira e os estoques
de materiais relacionados;
Centrais de formas e aço ( bancadas, máquinas e estoque de aço e madeira);
Áreas de armazenamento de outros materiais (tijolos, gesso, tubos de PVC, etc.);
Áreas de vivência (refeitório, vestiário, área de lazer, alojamentos e banheiros);
Áreas de apoio (almoxarifado, escritório, guarita/portaria, plantão de vendas);
Área para depósito de entulho; e
Acessos ao canteiro e vias de circulação internas, tanto para funcionários e visitantes, quanto
para veículos
a) Áreas de equipamentos de transporte vertical ( material e pessoal)
Elevador de carga
O lay-out do canteiro deve ser iniciado pela localização do equipamento de transporte
vertical, uma vez que isto influência na locação das demais instalações do canteiro. Por isso deve-se
considerar os seguintes recomendações:
Quando se estabelece a localização do guincho deve-se ter em mente o arranjo físico
geral ( layout macro) do posto de produção de argamassa e dos estoques de materiais que são
transportados através dele. Esta observação é importante, pois muitas vezes pode-se ter um local
perfeito sob a ótica de outras diretrizes, mas que, entretanto, não permite o estabelecimento de um
layout racional para aquelas instalações relacionadas ao guincho, as quais devem situar-se nas suas
proximidades;
A torre do guincho deve preferencialmente situar-se em frente a uma parede cega,
reduzindo-se, desta forma, os serviços que são afetados pela torre, os quais são em maior número
quando a mesma está no poço do elevador, em frente a parede com esquadria, varanda ou outro
elemento arquitetônico ou estrutural. Entretanto, mesmo que a parede seja cega, a colocação frente a
cozinhas, áreas de serviço e banheiros, não é recomendada, devido ao atraso que isto provoca na
execução dos serviços de impermeabilização, colocação das instalações hidro-sanitárias e azulejos.
No caso das varandas, soma-se a estes argumentos, a possibilidade de ocorrência de fissuras no
concreto devo a existência de cargas não previstas no cálculo estrutural do elemento;
O guincho deve ser localizado o mais próximo possível do centro do prédio para reduzir o
percursos dos carrinhos nos pavimentos e consequentemente minimizar o tempo com transporte
de materiais.
Nos pavimentos tipo, a peça de acesso deve ser ampla, facilitando as operações de carga e
descarga e o estoque temporário de materiais na mesma
Na base da torre, no patamar onde se fazem as cargas para elevação de materiais aos
pavimentos superiores, deve-se ter o cuidado para que o acesso de carrinhos-de-mão e giricas
seja em um sentido tal, que facilite e torne mais segura a retirada dos mesmos pelos operários
que os recebem. Os carrinhos devem chegar nos pavimentos com as respectivas alças
apontando para dentro da edificação, para que o operário não necessite subir na plataforma do
elevador para girar o carrinho e assim conseguir retirá-lo;

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Verificar a necessidade de afastar a torre da edificação, para que não haja coincidência com
pergolados, platibandas ou outro elemento arquitetônico ou estrutural. Caso este afastamento
seja inevitável, devem ser construídas passarelas unindo a torre à edificação em cada pavimento,
de acordo com as normas de segurança;
O local da torre deve permitir que o guincheiro seja instalado em área coberta por laje,
caso contrário, deve-se construir um abrigo coberto para o mesmo.
O espaço para eles deve ser dimensionado pela área de projeção da torre, somada às
áreas de circulação em suas proximidades.
Elevador de passageiro
O espaço para eles deve ser dimensionado pela área de projeção da torre, somada às
áreas de circulação em suas proximidades.
A torre deve estar em local isolado das áreas de produção e preferencialmente as áreas
de vivência, existindo um caminho definido e seguro entre estas últimas e o acesso ao elevador.
Considerar as recomendações estabelecidas para a localização do guincho.
b) Áreas de produção de argamassa e concreto
O layout desta área envolve a definição do local e das dimensões dos equipamentos e estoque
de materiais relacionados, os quais usualmente compreendem a areia, cimento, brita, cal ou
argamassa pré-misturada, além da betoneira.
É fundamental que o arranjo global do posto esteja próximo ao guincho, além de ser o mais
concentrado possível, tomando-se o cuidado de evitar os cruzamentos de fluxo.
O posicionamento da betoneira tem prioridade na proximidade com as baias em relação ao
guincho, uma vez que o número de viagem betoneira-baias é superior ao número de viagens
betoneira-guincho.
A circulação de carrinho-de-mão e gericas na área do posto e entre esta área e o guincho deve
ser explícita no projeto de layout. É importante que este percurso seja pavimentado e coberto.
Verificar a possibilidade de não construir uma baia específica para brita, em obras que fazem uso
do concreto usinado. Como a brita vai ser utilizada em poucos serviços (pisos de
estacionamentos), recomeda-se que a mesma seja descarregada no próprio local de uso, ou
tenha uma baia provisória para o caso do concreto de pilar que é executado na obra, mas
concluído este serviço, se transforme numa baia de areia.
Quando a obra possuir uma grande área de edificação ou um ritmo acelerado de trabalho são
utilizadas duas betoneiras e dois guinchos, ou então, uma única betoneira com capacidade
superior a usual, para evitar a criação de tempos de espera e a subutilização dos equipamentos.
Neste caso, deve-se posicionar os guinchos de tal forma que ambos aproveitem o mesmo posto
de argamassa e concreto, dispensando a construção duplicada de baias de agregados. Procurar
evitar o cruzamento das linhas de fluxo.
A betoneira deverá ter o comprimento maior da betoneira em operação, somado ao comprimento
do veículo de transporte dos concretos e argamassas mais 1,00 metro, e deve ter a largura das
betoneiras somadas mais a soma do espaço entre elas (1,0 metro entre betoneiras), mais 1,0
metro para cada uma das extremidades.
Os depósitos de areia e brita devem ser dimensionados pelo estoque máximo previsto, que
deverá ser definido pela necessidade máxima diária do consumo na obra e pela capacidade do(s)
fornecedores de repor o estoque na hora certa. A altura média da areia em estoque dever ser
considerada de 1,0m para fins de cálculo da área necessária. Estes depósitos devem ser
pavimentados e apresentar contenções laterais.
O depósito de cimento deve ser dimensionado pelo estoque máximo previsto, que deverá ser
definido pela necessidade diária de consumo na obra e pela capacidade do(s) fornecedor(es) de
repor o estoque na hora certa. (o dimensionamento da área necessária será feito com base no
índice de 15 sacos por metro quadrado). Sempre que possível este ambiente deverá possuir duas
portas uma para estocagem do material e outra para retirada durante o uso, a fim de que o
primeiro saco que entre no estoque seja também o primeiro a ser utilizado. Outra estratégia seria
marcar com pincel a data de entrada de cada saco para que fosse sempre utilizado do mais velho
para o mais novo. Importante prever áreas de circulação neste ambiente, para permitir o acesso
durante o manuseio.
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c) Centrais de forma e aço


Estas centrais devem ser localizadas próximo ao ponto de descarga dos caminhões,
devido as grandes dimensões dos materiais utilizados (vergalhões de aço, chapa de compensado), e
em terreno plano e estável, para a instalação segura das máquinas ( serra circular, cortador de aço,
etc.) e bancadas.
A bancada de dobra de aço deverá ter comprimento mínimo de 12 metros e largura
suficiente para a maior dobra do aço observada no projeto, mais 1,2 metros, destinado a circulação
de 2 pessoas que irão trabalhar nesta bancada.
O depósito de aço deverá ter um comprimento mínimo de 15 metros e largura mínima
que permita armazenar o aço por bitola e permita a sua retirada e condução a bancada de corte.
A máquina policorte deverá ter comprimento mínino de 15 metros e largura suficiente
para a entrada dos vergalhões e a saída do aço cortado.
d) Áreas de armazenamento de materiais
Na medida do possível armazenar os materiais no subsolo, para evitar cargas demasiadas na laje
do pavimento térreo. Esta alternativa também é favorecida pelo fato da área ser protegida das
intempéries.
Sempre que possível deixar abertura na laje do subsolo para realizar a descarga dos agregados.
Outra alternativa e deixar para executar as últimas fiadas da alvenaria do da parede do subsolo
posteriormente, criando assim um espaço para descarga tanto dos agregados quanto do cimento,
neste caso prever uma calha ou rampa metálica, para que os sacos possam descer por gravidade
até o nível do subsolo.
Os tijolos e blocos costumam ocupar um espaço considerável para armazenagem. A paletização
é uma alternativa que pode ser utilizada para que o material seja armazenado no próprio local de
uso. Deve ser dimensionado pelo estoque máximo previsto. O maior estoque possível deve ser
considerado de uma carrada de caminhão padrão do fornecedor habitual.
O dimensionamento do almoxarifado em virtude de ser bastante complexo, por envolver grande
quantidade de variáveis (tais como estoque mínimo, velocidade de reposição dos estoques,
aumento ou diminuição do estoque por razões econômico-financeiras, grande número de
insumos utilizados, tipos diversos de máquinas, equipamentos, ferramentas, etc.), fica muito
demorado, impreciso e até inviável de qualificar o espaço necessário. Por estas razões, deve-se
usar o método que é preciso na medida em que a empresa tem dados anteriores de seus
almoxarifados. O método recomendado é o da “projeção das tendências”. Neste método deve-se
2
ter um índice que poderá ser m de almoxarifado / m2 de construção, levando-se em conta a
similaridade destas obras.
d) Áreas de vivência
Sempre que possível utilizar as áreas construídas do pavimento térreo para abrigar tanto
as áreas de vivência como as áreas de apoio. Neste caso deve-se inclusive aproveitar as instalações
sanitárias definitivas do pavimento, dispensando deste modo a construção adicional ou adiamento da
execução das alvenarias. Estas instalações devem levar em consideração as recomendações da NR-
18.
Refeitório
2
Área mínima por usuário é de 1,2 m por usuário. O refeitório dever abrigar
simultaneamente, no mínimo, um terço do total de empregados em cada turno de trabalho.
Além de servir para refeições este local pode ser aproveitado para realização de cursos
e palestras. Para cumprir com eficiência estas funções é necessário estabelecer uma infra-estrutura
adequada. Uma alternativa que vem sendo utilizada neste ambiente são mesas e cadeiras separadas
(tipo mesa metálica tipo bar), uma vez que permite que os trabalhadores se agrupem segundo suas
afinidades pessoais, além de reduzir eventuais constrangimentos advindos dos hábitos à mesa ou do
conteúdo das marmitas.
Independente do tipo de material a ser utilizado para fechamento do refeitório é
importante que este isole a instalação, de modo a evitar a penetração de animais e o
comprometimento da higiene tanto do refeitório quanto dos arredores.

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Vestiário
O vestiário deve ser localizado ao lado dos banheiros e o mais próximo possível do
portão de entrada dos trabalhadores do canteiro.
Recomenda-se que este ambiente fique próximo ao portão de entrada, uma vez que os
equipamentos básicos de segurança, tais como: botina e capacete devem ser guardados no vestiário,
desta maneira este seria o primeiro e último local a ser visitado pelo trabalhador, o que permitiria que
o mesmo ficasse o maior tempo possível na obra utilizando os EPI’s básicos.
O local mais adequado para guardar o EPI no vestiário é dentro de armários metálicos
individuais com cadeado, de modo que cada funcionário torna-se responsável pela guarda do
respectivo EPI. Quanto a configuração física do vestiário, convém considerar os seguintes aspectos:
Uso de telhas translúcidas na cobertura, para melhorar a iluminação interna do ambiente;
Preferir os cabides de plásticos ou de madeira aos de prego, para evitar danificar os uniformes;
Apesar do preço dos armários metálicos individuais, o reaproveitamento em relação aos
improvisados fabricados de compensado, justifica o uso daqueles, sobretudo se os EPI’s forem
guardados no vestiário;
Quando o número de empreiteiros na obra for considerável, convém construir um vestiário para
os seus trabalhadores.
Banheiros Coletivos
Estas instalações devem ser localizadas ao lado do vestiário com acesso entre os dois
ambientes que permitam ao trabalhador se deslocar sem a perda de privacidade. Entretanto os
banheiros devem ficar afastados do refeitório. Sempre que possível aproveitar rede de esgoto
existente. De acordo com a NR-18 deverá ser previsto no mínimo um vaso sanitário, um mictório e
um lavatório pra cada grupo de vinte usuários, assim como um chuveiro para cada grupo de 10
usuários.
Administração
Engenheiro
Deve ser dimensionado para acomodar um vaso sanitário e um lavatório. A dimensão
2
mínima é de 1,5 m .
Mestres
Deve ser dimensionado para acomodar um vaso sanitário e um chuveiro. A dimensão
mínima é de 2,0m2.
e) Áreas de apoio
Almoxarifado
Como este ambiente existe para armazenamento e controle de materiais e ferramentas,
o mesmo deverá ficar próximo ao ponto de descarga de caminhões, guincho e escritório do
engenheiro, respectivamente.
É recomendado a execução de almoxarifado específico para os empreiteiros , para que
os mesmos possam guardar suas próprias ferramentas e equipamentos.
Prever para o almoxarifado um estojo com materiais de primeiros socorros.
Escritório
Deve ficar localizado próximo ao almoxarifado e numa posição em relação ao portão de
entrada de pessoas que torne a passagem por este ambiente obrigatória por parte dos clientes e
visitantes que entrem no canteiro.
Como este ambiente será utilizado para o desempenho das atividades do engenheiro,
estagiário, técnico uma boa iluminação é recomendada. Por isso prever janelas em número e
dimensões suficientes para proporcionar uma boa iluminação natural ou iluminação artificial que
satisfaçam as exigências lumínicas da instalação.

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Guarita/ portaria
Localizada junto ao portão de acesso de pessoal. Deve abrigar um birô com uma cadeira
e deve permitir acesso de pessoas em fila. Contém os capacete para visitantes e o relógio de ponto.
Outra alternativa quem vem sendo utilizada, é a instalação de campainha, ou porteiro eletrônico que
passa a ser monitorado pelo almoxarife ou pelo escritório do engenheiro, eliminando assim a figura
do porteiro.
Plantão de vendas
Como esta é uma instalação que ocupa um espaço nobre do canteiro, é fundamental a
integração entre o plantão de vendas e o layout do canteiro.
f) Acessos ao canteiro e vias de circulação internas, tanto para funcionários e
visitantes, quanto para veículos
Verificar no local do portão de acesso a necessidade de se construir um acesso coberto
deste até o área edificada, para garantir a segurança dos operários, clientes e visitantes ao entrarem
e saírem da obra. Este acesso pode ter cobertura tanto em chapas de compensado, quanto em telhas
de zinco, sendo delimitado lateralmente por fitas de segurança, tornando-se assim passagem
obrigatória.
Quando a obra esta alocada em terreno de esquina o acesso de veículos deve ser
localizado na rua de tráfego menos intenso.
Devem ser dimensionadas para dar acesso aos veículos que transportarão os insumos
no canteiro de obras.
g) Área de depósito de entulho
No projeto de layout do canteiro deve ser definido um local específico para o depósito de
entulho. Esta definição depende do método de recolhimento do entulho, que pode ser através de
guincho, grua, ou tubo coletor. Independente do método o entulho pode ser recolhido tanto numa baia
como as de agregados quanto em uma caçamba metálica, tipo tele-entulho.
A descarga através do guincho exige que o entulho seja transportado em carrinhos-de-
mão até o depósito, neste caso o depósito deve ficar próximo ao guincho.
Caso a descarga seja realizada através da grua, o depósito necessita estar situado na
área de abrangência da lança.
Em se tratando de tubo coletor o depósito tem necessariamente que estar localizado no
ponto de descarga do entulho.
Independente do método utilizado o depósito de entulho deve ser instalado em local que
possibilite o acesso de caminhões de recolhimento de entulho.
Deve ser dimensionado pela média da empresa, que poderá ser definida como m3/m2 de
construção/dia. Deve-se levar em consideração uma retirada de entulho a cada dois ou três dias. A
altura média deve ser considerada de 0,7 metros. Este índice deve ser usado para construções com
características semelhantes.

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Além das recomendações descritas, as informações do quadro 2 são úteis para o


dimensionamento de escritórios:
AMBIENTE ÁREA
Sala individual para um funcionário de chefia 8 a 10 m2
2
Sala para funcionários graduados 10m
2
Serviços de datilografia (área mínima por datilografo) 2m
2
Serviços administrativos em geral (funcionários em salão coletivo) área por funcionário 5m
2
Sala de reunião para seis pessoas 14m
Salas de espera (área requerida para uma pessoa sentada) 1,5m2
Caimento máximo em: Corredores e área de circulação com piso em rampa 10%
Cubagem de ar em áreas de escritórios:
2
Volume mínimo por funcionário 7m
Volume recomendado por funcionário 10m2
Circulações:
Largura recomendada para os eixos principais de tráfego 10,0m
Largura mínima para outras vias de acesso 6,0m
Largura mínima para vias secundárias 3,0m
Largura mínima para cruzamento de dois caminhões 5,5m
Largura mínima para passagem de um caminhão 2,5m
Passagem para uma só pessoa 0,65m
Cruzamento de duas pessoas 1,2m
Cruzamento de três pessoas 1,7m
Largura mínima de corredores que conduzem à saída do local de trabalho 1,2m
Altura mínima para vias secundárias 3,0m
Declividade máxima em vias principais 7,0%
Declividade máxima em vias secundárias 10,0%
Declividade máxima para locais com tráfego de empilhadeiras 8 a 10%
Quadro 2 – Áreas mínimas para dimensionamento dos ambientes (Valle, 1975).
3.7. Dimensionamento dos espaços necessários

O dimensionamento das áreas necessárias ao canteiro será demonstrado através de um


exemplo prático.
Para este dimensionamento necessita-se das seguintes informações:
Número de funcionários em cada sala;
Definição dos equipamentos que serão utilizados;
Material que será estocado. (estoque máximo); e
Lista de salas, depósitos, banheiros, células de produção e principais acessos.

EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTOS DAS ÁREAS NECESSÁRIAS


a) Áreas para os equipamentos de transporte vertical de pessoas e cargas, respectivamente
elevador de passageiro e guincho
Guinchos de carga
Este espaço deverá ser estudado em conjunto com a circulação de veículos de
transportes horizontais.
Ex.: Dimensão da projeção dos seguintes guinchos e mecanismos supondo:
2 unidades = 2 x largura x comprimento = área de projeção + área de circulação de gericas = área requerida.

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A quantidade de guinchos de carga deverá ser dimensionada levando-se em


consideração o período de maior utilização que, na maioria das vezes, é na época dos transportes de
concretos, argamassas e tijolos.
Podemos calcular o número de guinchos de carga pela seguinte formula:

A quantidade do material a transportar (unid /h)


B quantidade do material B a transportar (uinid /h)
N quantidade do material N a transportar (uinid /h)
CA capacidade de transportar o material A (uinid /h)
CB capacidade de transportar o material B (uinid /h)
CN capacidade de transportar o material N (uinid /h)
Po percentual de ociosidade (%)

Quantidade de guinchos = (A/CA) + (B/CB) + ........+ (N/CN) x (Po + 1)

Obs. Incluir na capacidade de transportar os tempos para carga e descarga


Exemplo numérico
Transporte de concreto no mês de pico 4,5m3/h
Transporte de argamassa no mesmo mês 0,30 m3/h
Transporte de tijolos no mesmo mês 430 tijolos/h
Percentual de ociosidade 20%
Capacidade de transportar argamassa 3,0 m3/h
Capacidade de transportar concreto 3,0 m3/h
Capacidade de transportar tijolos 2.000 tijolo/h
Nº de guinchos (4,5m3/h/3,0m3/h + 0,30m3/h/3,0/h + 430
tij/h/2000 tij /h) x 1,20.
Quantidade de guinchos 2,17 guinchos
Deve-se avaliar de horas extras com 2 guinchos. (DIN 4)
O expediente de 8 horas tem 480 min, 0,17 deste tempo correspondente a 81,60 min.
Como se tem 2,17 guinchos de necessidade de trabalho, deve-se buscar a equivalência dos 0,17
guinchos trabalhando 8 horas a 2 guinchos trabalhando horas extras, então:
0,17 guinchos trabalhando 8 horas = 1 guincho trabalhando 81,6 min. Ou

0,17 guinchos trabalhando 8 horas = 2 guinchos trabalhando 40,8 min.

O custo adicional de 2 guinchos trabalhando 40,8 min em horário extra é de (40,8 min de
2 guinchos e 4 serventes) x 1,60.
O custo de utilizar o terceiro guincho é de (480 min de 1 guincho + aluguel ou
depreciação de 1 guincho) por dia de trabalho.
Sabendo-se que o minuto de guincheiro é de R$ 0,021, o minuto de servente é de R$
0,012 e a diária de aluguel de um guincho é de R$ 27,00, compara-se: custo adicional para 2
guinchos trabalhando 40,8 min de horas extras = (40,8 min x 2 guincheiros x R$ 0,021 / min x
guincheiro) + (40,8 min x 4 serventes x R$ 0,012 / min x servente) = 2,129. O custo da utilização do 3º
guincho = ( 480 min x R$ 0,012 / min x guincheiro ) + aluguel de 1 dia de guincho = 480 x R$ 0,012 +
R$ 27,00 = R$ 32,76. Conclui-se então que é melhor utilizar apenas 2 guinchos.
b) Área do posto de produção de argamassa e concreto, o qual envolve a betoneira e os
estoques de materiais relacionados
Depósito de cimento
Estoque máximo 600 sacos
2
Área necessária 600/15 = 40,00m

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Depósito de areia
Estoque máximo 28,00m3
Área necessária 28,00m2 com altura de 1,00m
Depósito de brita
3
Estoque máximo 28,00m
Área necessária 28,00m2 com altura de 1,00m
Betoneira(s)
Este dimensionamento deverá ser efetuado diretamente no local escolhido em planta
onde será (serão) desenhada(s) a(s) betoneira(s) integradas aos depósitos dos insumos utilizados
por ela(s). Isto é necessário porque podem haver obstáculos que venham a modificar um possível
dimensionamento matemático, que serão identificados na planta e contornados com facilidade
usando-se a planta de situação da edificação.
A empresa dispõe de betoneira auto-carregáveis de 580 litros

Volume de concreto do mês de pico 4,5m3/h


3
Volume de argamassa do mesmo mês 0,30 m /h
3
Volume total 4,8 m /h
Uma betoneira auto-carregável de 5801 mistura 4,80 m3 de concreto e/ou argamassa por
hora, e a ociosidade considerada será 20%.

volumede concreto e/ou argamassas(m3/h)


Quantidadede betoneira =
capacidadede mistura de uma betoneira (m3 / h x (1 + % de ociosidade)

Usando os dados acima:


4,8 3
Número de betoneiras = ( m / h) × 1,2 = 1,20 betoneiras
4,80
Deve-se optar por duas betoneiras, pois esses insumos quando não produzidos,
envolvem todo o pessoal produtivo da obra, neste período, não justificando horas extras.
c) Centrais de formas e aço ( bancadas, máquinas e estoque de aço e madeira)
Máquina policorte
Comprimento 15m
Largura 0,30m da bancada + circulação com cruzamento de 3 pessoas (1,70m) = 2,00 m
Total 30m2
Depósito de aço (exemplo ilustrativo)
Informações:
Bitolas Quantidade
8mm 200 vergalhões
10mm 100 vergalhões
12,5mm 100 vergalhões
16mm 50 vergalhões
25mm 50 vergalhões
Serão construídos 5 leitos, um para cada bitola de aço.

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A largura de cada leito será calculada pela área somada das seções transversais dos
vergalhões que se terá em estoque. Para facilitar o cálculo deve-se calcular as seções como se
fossem quadradas.
Cálculo:
200 x 8,00mm x 8,0mm 12.800mm2 = 0,013m2
100 x 10,0mm x 10,0mm 10.000mm2 = 0,01m2
100 x 12,5mm x 12,5mm 15.625mm2 = 0,016m2
50 x 16,0mm x 16,0mm 12.800mm2 = 0,013m2
50 x 25,0mm x 25,0mm 31.250mm2 = 0,03m2
Pode-se então ter 5 leitos com áreas de seção transversal de armazenamento de
0,03m2, podendo ser de 0,40 x 0,075 m cada. Então neste caso teremos uma largura de depósito de
2,00 m (5 x 0,40m). Esta largura deve ser somada a circulação de 3 pessoas que transportarão este
material. Então acrescenta-se 1,70m e aí terá a largura final de 3,70m.
Como tem-se uma largura de 3,70m, e um comprimento de 15,00m, a área necessária
será de 3,70 x 15,00 = 55,50m2.
Bancada de dobra de aço
Bancada 0,40m x 12,00m
Maior dobra de aço 2,80m
Ex.:
3,00m

1,20m 1,20m
(Desenho retirado das plantas de armadura)

Largura do espaço destinado a dobra de aço = 0,40m + 1,20m + 1,20m = 2,80m.


A última parcela desta soma que é o espaço destinado à circulação dos operários.
Área destinada à dobra de aço = 2,80m x 12,00m = 33,60m2.

d) Áreas de armazenamento de outros materiais (tijolos, gesso, tubos de PVC, etc.)


Depósito de tijolo
Este depósito deverá apenas ser definido como um local predeterminado para o
armazenamento deste insumo. A área reservada deverá ser suficiente para armazenar múltiplos de
uma carrada de caminhão, que será determinada pelo tipo de caminhão do fornecedor.
Admitindo-se o estoque máximo de 2 carradas de 6.000 tijolos cerâmicos de 10cm x
20cm x 20cm, necessita-se de um volume de 48,00m3 e uma área de aproximadamente 24,00m2.
e) Áreas de vivência (refeitório, vestiário, área de lazer, alojamentos e banheiros)
Refeitório
Em uma obra de 80 funcionários, supondo-se todos eles utilizando simultaneamente o
2 2
refeitório, obtém-se a área de 1,20m /usuário totalizando uma área de 96,00m .
Banheiros
Coletivos
Como não existe índice de área conhecido deve-se projetar sobre a planta de situação
obedecendo-se as exigências da CLT/NR-18.
Engenharia
2
Área já definida de 1,5m .

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Mestre
2
Área já definida de 2,00m . ( com área para banho)
f) Áreas de apoio (almoxarifado, escritório, guarita/portaria, plantão de vendas)
Almoxarifado
Características da construção:
Edificação de uso multifamiliar:
Área de construção de 7.200m2.
Instalações hidráulicas, elétricas, telefônicas e de combate à incêndio.
3
Volume de concreto de 1.300m .
Procura-se no banco de dados da empresa uma obra semelhante e encontra-se por
2 2
exemplo 0,01m de almoxarifado/m de construção.
2
Então a área que será destinada ao almoxarifado será de (7.200 x 0,01) 72,00m .
Guarita de entrada
Considera-se a área destinada ao porteiro com um birô e uma cadeira, igual a área
destinada a um datilógrafo (2m2), e a circulação para operários com largura igual a 0,65 metros.
Então teremos uma área mínima de 2,65 m2.
R.H. (sala para duas pessoas)
2
Com base na tabela de Valle, obtém-se uma área de 10,00m .
Sala de engenharia
Sabendo-se que a sala de engenharia é normalmente utilizada para pequenas reuniões
de trabalho, usa-se a tabela de Valle e obtém-se 14,00m2, para reuniões de até 6 pessoas.
Sala do mestre
A sala do mestre é normalmente utilizada também pelo encarregados (contra-mestres).
Supondo-se uma obra com um mestre e dois contra-mestres, encontra-se na tabela de Valle uma
área de 5,00m2 x 3 = 15,00m2.
g) Área para depósito de entulho
Depósito de entulho
Dados obtidos no banco de dados da empresa:
3 2
Índice da empresa 0,0003m /m /dia
Retirada de entulho 3 em 3 dias
Cálculo da área necessária:
Quantidade de entulho por dia 7200m2 x 0,0003 2,16m3/dia
Quantidade acumulada em 3 dias 3 x 2,16 = 6,48m3
2
Supondo-se uma altura média de 0,70m no depósito, obtém-se uma área necessária de 9,25m .
h) Acessos ao canteiro e vias de circulação internas, tanto para funcionários e visitantes,
quanto para veículos
Entrada de areia e brita
Utilizando abertura para fora do canteiro não ocupará espaço útil.
Quando a baia for carregada por um lado e consumida por outro, convém dimensionar a
largura da mesma na dimensão de duas larguras do caminhão, a fim de que a reposição do estoque
ocorra antes que o mesmo tenha sido completamente consumido.

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3.8. Estudo comparativo entre o espaço necessário e o disponível


Consiste em verificar se a área dimensionada está em acordo com área mínima
necessária. Para o exemplo prático em questão tem-se os dados do quadro 3.
Discriminação do Área necessária Área disponível, retirada do
ambiente ou depósito anteprojeto de Layout
Guarita de entrada 2,62 m2 > 2,65m2
2 2
Máquina policorte 30,00 m > 30,00 m
Depósito de aço 55,50 m2 > 55,50 m2
2 2
Dobra de aço 33,60 m > 33,60 m
2 2
Almoxarifado 72,00 m > 72,00 m
2 2
Depósito de cimento 40,00 m > 40,00 m
2 2
Depósito de areia 28,00 m > 28,00 m
Depósito de brita 28,00 m2 > 28,00 m2
Betoneira
R.H. 10,00 m2 = 15,00 m2
2 2
Sala Engenharia 14,00 m > 14,00 m
2 2
Sala mestre 15,00 m > 15,00 m
2 2
Refeitório 96,00 m > 96,00 m
Banheiros coletivos/ Vestuários
WC Engenharia 1,50 m2 = 1,50 m2
2 2
WC Mestres 2,00 m = 2,00 m
Depósito de entulho 9,25 m2 > 9,25 m2
2 2
Depósito de tijolos 24,00 m > 24,00 m
Guinchos de carga
2 2
Entrada de areia 0,00 m = 0,00 m
2 2
Entrada de brita 0,00 m = 0,00 m

Quadro 3 – Estudo comparativo entre a área disponível e a necessária do estudo de caso.


3.9. Diagrama de inter-relações de espaço
Nesta fase ajusta-se o diagrama de inter-relações, levando-se em consideração, agora,
os espaços. Ajusta-se espaços e verifica-se uma possível configuração melhorada.
Cada atividade deverá ser identificada pelo nome e deverá ser acrescentada sua
respectiva área (em metros quadrados).
O desenho será feito em escala para melhor visualização dos espaços e a intensidade
de fluxo será indicada. A indicação de intensidade de fluxo será feita, para facilitar o trabalho,
somente entre as atividades de maior fluxo de materiais.
Esta intensidade será medida pela intensidade de contatos.
Como no estudo do fluxo de materiais já foi calculada a intensidade de fluxo, por contato,
entre almoxarifado, depósito de cimento, depósito de areia, depósito de brita, betoneira e guincho,
calcula-se agora apenas a intensidade de fluxo entre depósito de tijolos e o guincho.
Cálculo: Serão transportados 300.000 tijolos 10cm x 20cm x 20cm em gericas que
comportem 50 tijolos, então teremos 6.000 contatos.
3.10. Considerações de mudanças
Quando for necessário o desmonte do canteiro de obras para a pavimentação do
estacionamento do edifício, deve-se fazer considerações de mudanças. As mudanças poderão ser as
seguintes neste momento da construção: não serão mais necessários os ambientes e locais
reservados do depósito de areia, depósito de brita, depósito de entulho, bancada de dobra de aço,
estocagem do aço dobrado, depósito de tijolos, depósito de cimento e guinchos. Outros ambientes
deve-se transferir de local como: sala de engenharia, banheiros da administração (engenharia e
mestre), sala dos mestres, sala do apontador, sala do R.H. e almoxarifado.

Maria Aridenise Macena Fontenelle 23


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Estes espaços devem ser transferidos para ambientes semi-prontos dentro da edificação
em construção. Estes ambientes posteriormente serão desocupados e concluídos. Os banheiros dos
operários, o vestiário e o refeitório deverão ser os últimos a serem desativados. Só devem ser
destruídos quando a obra tiver com o pessoal bastante reduzido ao ponto de usar pequenos
banheiros no térreo da edificação, tais como: banheiro do zelador, wc´s do salão de festa, etc..
3.11. Avaliação do plano
Usaremos para avaliar este projeto o método da análise de fatores que é bastante
preciso, mesmo sabendo-se que é baseado em julgamentos ou estimativa de probabilidades.
A partir dos critérios para avaliar o layout propostos por (MUTHER, 1978) conforme
mostra o quadro 4, selecionou-se aqueles que mais se adequam a realidade do canteiro de obras,
que estão expostos na folha de avaliação das alternativas.
− Facilidades para futuras expansões;
Adaptabilidade e versatilidade;
Flexibilidade do arranjo físico;
Eficiência do fluxo de materiais;
Eficiência do manuseio de materiais;
Eficiência da estocagem;
Utilização de espaços;
Eficiência na integração dos serviços de suporte;
Higiene e segurança;
Condições de trabalho e satisfação dos empregados;
Facilidade de supervisão e controle;
Relações com a comunidade e público, valor proporcional e imagem da organização;
Qualidade do produto ou material;
Problemas de manutenção;
Integração com a estrutura organizacional da empresa;
Utilização do equipamento;
Segurança da obra;
Utilização das condições naturais, construções e arredores;
Possibilidade de satisfazer a capacidade produtiva;
Compatiblidade com os planos a longo prazo da empresa.

Quadro 4 – Critérios propostos por (MUTER, 1978) para avaliar o layout.


O estabelecimento da ponderação do valor para cada fator poderá ser uma decisão da
alta administração. Uma maneira mais eficaz de se estabelecer ponderação é dar o valor 10 para
mais e relacioná-lo aos outros.
Os fatores devem ser avaliados a princípio através de conceitos que serão definidos
como:
LETRA CONCEITO NOTA
A excelente 4
E muito bom 3
I bom 2
O razoável 1
U fraco 0
X insatisfatório ?

Para contagem da avaliação, usa-se a folha de avaliação de alternativas, (MUTHER, 1978).

Maria Aridenise Macena Fontenelle 24


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Fábrica/Área ( Obra ): Projeto: Data:

Descrição das alternativas:


a: Plano d: Plano
b: Plano e: Plano
c: Plano F: Plano

LETRA CONCEITO NOTA


A excelente 4
E muito bom 3
I bom 2
O razoável 1
U fraco 0
X insatisfatório ?

Ponderado por: Avaliado por: calculado por:


FATOR/CONSOLIDAÇÃO PESO AVALIAÇÃO PONDERADA
A B C D E F
1. Flexibilidade do arranjo físico

2. Eficiência do fluxo de materiais

3. Eficiência do manuseio de
materiais
4. Eficiência estocagem

5. Utilização de espaço

6. Eficiência na integração dos


serviços de suporte
7. Higiene e segurança

8. Utilização do equipamento

9. Possibilidade de satisfazer
capacidade produtiva
10. Compatibilidade com os planos

TOTAIS

Sugestões de Melhorias:

Maria Aridenise Macena Fontenelle 25


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a) Instruções para uso


Na coluna “Fator/Considerações” elege-se ou escolhe-se os fatores que deseja-se julgar. Na coluna
“peso”, considera-se com maior peso os fatores que sejam mais significativos para a empresa e o de
mais peso receberá fator 10.
Na área destinada à avaliação indica-se o projeto A; B; C; etc e abaixo da letra indicativa de cada
projeto encontram-se duas linhas para cada fator, na linha superior indica-se o conceito atribuído ao
projeto em avaliação, e na inferior o valor da multiplicação do peso pelo valor numérico do conceito.
Na últimas, linha escreve-se o resultado da soma de cada coluna de avaliação.
Compara-se os valores encontrados e com o valor máximo que poderia se atingir em projetos. Daí
cria-se uma relação percentual entre estes valores; então cada projeto deverá atingir X % da
pontuação máxima. (Z pontos correspondem a soma dos produtos dos conceitos máximos pelos
pesos respectivos).
Chega-se a conclusão que é um bom projeto se este percentual for predeterminado e for assim
considerado. Quando não tiver mais de um projeto final, deve-se estipular qual a percentagem do
valor máximo de pontos que considera-se um bom projeto.
b) Critérios para avaliar a eficiência do canteiro

1. Flexibilidade do arranjo físico


Consiste em investigar a possibilidade de modificações no decorrer da obra inclusive a possibilidade
de reaproveitamento para outra obra.
• Utilização da baia de brita para areia vermelha no decorrer da obra;
• Utilização do stand de vendas como sala do engenheiro, até que a mesma seja construída;
• Uso da mesma betoneira para produção de concreto e argamassa;
• Guincho de passageiro sendo utilizado para carga ( nunca simultaneamente), somente contendo
botoeira que permita o acionamento do mesmo externamente.
2. Eficiência do fluxo de materiais
É definido através da relação entre o número de contatos entre células produtivas a proximidade
das mesmas.
Verificar a facilidade e distância do fluxo dos principais materiais estocados, tais como: areia,
cimento, tijolo, aço, etc)
3. Eficiência do manuseio de materiais
Neste caso deve-se verificar a eficiência do recebimento e uso do material.
Recebimento e armazenamento de materiais usando a gravidade (aço, agregados, etc.);
4. Eficiência de estocagem
Verificar a compatibilidade entre área necessária e disponível para estocagem dos materiais,
existência de separação entre as baias, separação de aço por bitola.
5. Utilização de espaço
Analisar a relação entre o espaço necessário e disponível.
Verificar a entrada do caminhão.
6. Eficiência na integração dos serviço de suporte
Avaliar a integração entre as células produtivas tais como:
• Guincho X argamassa;
• Guincho X aço
• Guincho X depósito de carrinho
• Guincho X almoxarifado
• Fluxo do carrinho.
7. Higiene e segurança
Verificar se as recomendações da NR-18 estão sendo seguindas.
8. Possibilidade de satisfazer a capacidade produtiva
É o principal objetivo do canteiro.

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Um ambiente marcado pelo ritmo frenético das mudanças e pela rápida evolução
tecnológica tem desafiado os profissionais a se manterem atualizados e, as organizações a
se manterem estratégica e tecnologicamente estruturadas, com talentos humanos bem
treinados.
Vivemos a globalização dos negócios com a sobrevivência das organizações
centrada no empreendedor que, a partir de uma visão sistêmica, deve descobrir
oportunidades em um mercado globalizado.
Neste sentido, a valorização do conhecimento deve ser considerada como
fundamental, bem como o compromisso com a evolução tecnológica. Decididas a prosperar,
as organizações do futuro dependem da criatividade dos seus recursos humanos e de
informações cada vez mais precisas e atualizadas.
Este panorama sugere o despertar do profissional "engenheiro civil" para ocupar
seu espaço no cenário mundial globalizado, apontando a necessidade de perfil mais amplo,
polivalente e arrojado no conhecimento e domínio da técnica científica (Figura 1).

Figura 1 - Fases do processo de gerenciamento. Fonte :LIMMER (1996).

Dentro do tema proposto, busca-se a inovação, a visão contemporânea, valores


e responsabilidade social. O engenheiro deve, portanto, possuir um perfil adequado para
agir nesse novo contexto, desenvolvendo seu potencial criativo e inovador, buscando
repensar, discutir e refletir sobre as novas tecnologias, captar informações, modelos de
gestão e as tendências do mercado.
O tema discutido nesta seção aborda as questões relativas a implantação de
inovações tecnológicas no âmbito do setor da construção civil. De forma geral;

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"Um estudo de 500 inovações ocorridas entre 1953 e 1973 demonstrou que o
tempo médio decorrido entre as invenções e as respectivas inovações era de 7,7 anos
na Inglaterra, 7,4 nos EUA, 5,2 anos na Alemanha e de 3,4 anos no Japão. A
capacidade de transformar invenções (suas ou não) em inovações a curtíssimo prazo,
pode explicar o sucesso de algumas empresas e de países como o Japão.
(...)
Evidentemente, existem muitos fatores envolvidos na explicação desse fato,
principalmente psicossociais, econômicos e políticos, que não serão analisados.
Tecnicamente, porém, parte importante da explicação está na “engenharia”, quem é
quem, conforme citado anteriormente, transforma a esmagadora maioria de inventos e
novas idéias de como produzir, oriundos de qualquer área do conhecimento, em novos
bens, processos ou serviços, ou seja, em inovações. A engenharia concebe, constrói e
opera os meios de produção. A capacidade de “engenheirar” criações suas ou de
outros, primeiro, melhor e mais barato que os concorrentes é fundamental. Assim,
conhecimentos científicos podem dar origem a revolucionárias tecnologias num tempo
1
menor do que aquele que levamos para “formar” um engenheiro ou um sociólogo."
A seguir lista-se os textos que iniciarão e orientarão este debate.
1. FREITAS, M.C.D., POZZOBON, C. E, HEINECK, L. F. M. Gestão da informação no
canteiro de obra e sua influência no planejamento estratégico. In: 18º ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - ENEGEP, 1998, Niteroi/rj. 1998.
2. FREITAS, M.C.D., SILVA, C. R. O., A ergonomia e a qualidade profissional no contexto
do gerenciamento na construção civil. In: XXVII CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENSINO DE ENGENHARIA, 1999, Natal/RN. 1999.
3. SILVA, C. R. O., FREITAS, M.C.D., GONTIJO, L. A. A análise do trabalho como
ferramenta para uma engenharia didática em reconversão profissional. In: V
CONGRESSO LATINO AMERICANO DE ERGONOMIA - ABERGO 99, 1999,
Salvador/BA. 1999.
4. FREITAS, M.C.D., POZZOBON, C. E., HEINECK, L. F. M. Diagnóstico de mudanças
voltadas à qualidade e produtividade dos canteiros de obra brasileiros. In: I SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE GESTÃO DA QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL, 1999,
Recife/PE. 1999.
5. FREITAS, M.C.D., POZZOBON, C. E, HEINECK, L. F. M. Listagem de mudanças
relacionadas ao gerenciamento dos canteiros de obra. In: I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
GESTÃO DA QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL, 1999, Recife/PE. 1999.
6. BARROS, M. M. B. Implantação de novas tecnologias em canteiros de obras: um desafio
a ser vencido: In: Congresso latino-americano Tecnologia e gestão na produção de
edifícios: soluções para o terceiro Milênio. 1998, São Paulo/SP. 1998.
7. FERREIRA, E. A. M., FRANCO, L.S. Proposta de uma metodologia para o projeto do
canteiro de obras. In: Congresso latino-americano Tecnologia e gestão na produção de
edifícios: soluções para o terceiro Milênio. 1998, São Paulo/SP. 1998.
8. SILVA, F. B. CARDOSO, F. F. Diagnóstico da logística na construção de edifícios.
Congresso latino-americano Tecnologia e gestão na produção de edifícios: soluções
para o terceiro Milênio. 1998, São Paulo/SP. 1998.

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LONGO, W. P. Educação Tecnológica no mundo globalizado. In: Anais do 54º Congresso Anual da
Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais - Belo Horizonte, 1998
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BARROS, M. M. B. Implantação de novas tecnologias em canteiros de obras: um desafio a ser


vencido: In: Congresso latino-americano Tecnologia e gestão na produção de edifícios: soluções
para o terceiro Milênio. 1998, São Paulo/SP. 1998.
BLACK, J.T. O projeto da fábrica com futuro. Trad. Gustavo Kannenberg. - Porto alegre: Artes
Médicas, 1998.
ELIAS, S. J. B. et al. Planejamento do Layout de canteiro de obras: aplicação do SLP (Systematic
Layout Planning). In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção - ENEGEP 98 - Anais em
CD-ROM. Niterói/RJ. 1998.
FERREIRA, E. A. M., FRANCO, L.S. Proposta de uma metodologia para o projeto do canteiro de
obras. In: Congresso latino-americano Tecnologia e gestão na produção de edifícios: soluções
para o terceiro Milênio. 1998, São Paulo/SP. 1998.
FREITAS, M.C.D., POZZOBON, C. E, HEINECK, L. F. M. Gestão da informação no canteiro de obra
e sua influência no planejamento estratégico. In: 18º ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA
DE PRODUÇÃO - ENEGEP, 1998, Niteroi/rj. 1998.
FREITAS, M.C.D., POZZOBON, C. E, HEINECK, L. F. M. Listagem de mudanças relacionadas ao
gerenciamento dos canteiros de obra. In: I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GESTÃO DA
QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL, 1999, Recife/PE. 1999.
FREITAS, M.C.D., POZZOBON, C. E., HEINECK, L. F. M. Diagnóstico de mudanças voltadas à
qualidade e produtividade dos canteiros de obra brasileiros. In: I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
GESTÃO DA QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL, 1999, Recife/PE. 1999.
FREITAS, M.C.D., SILVA, C. R. O., A ergonomia e a qualidade profissional no contexto do
gerenciamento na construção civil. In: XXVII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE
ENGENHARIA, 1999, Natal/RN. 1999.
LIMMER, C.V. Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora.. ISBN 85-216-1084-X. 1997.
LONGO, W. P. Educação Tecnológica no mundo globalizado. In: Anais do 54º Congresso Anual da
Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais - Belo Horizonte, 1998
MAIA, M.A.M. Manual de planejamento de controle de obra. In: Curso WEB de Planejamento e
controle de Obra - WEBPCO. Online. http://www.eps.ufsc.br/~gecon/pco99/ Acessado em 15 de
maio de 1999.
MAIA, M.A.M. Instalações provisórias: material de apoio. In: Curso WEB de Planejamento e controle
de Obra - WEBPCO. Online. http://www.eps.ufsc.br/~gecon/pco99/ Acessado em 15 de maio de
1999.
MUTHER, Richard. Planejamento do Layout Sistema SLP. 2ª edição, São Paulo: Ed Edgard Blucher
Ltda, 1978
NR-18. Condições e meio ambiente de trabalho na indústria de construção. DOU, 7 de julho, 1995.
ROCHA, Luiz Oswaldo Leal da. Organização e métodos: uma abordagem prática, 6ª edição, São
Paulo: Atlas 1987,
SAMPAIO, José Carlos de Arruda. PCMAT ( Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho
na Indústria da Construção. São Paulo: PINI 1998.
SAURIN, Tarcísio Abreu. Método para diagnóstico e diretrizes para planejamento de canteiros de
obra de edificações. Porto Alegre, UFRGS,1997. Dissertação de Mestrado.
SILVA, C. R. O., FREITAS, M.C.D., GONTIJO, L. A. A análise do trabalho como ferramenta para uma
engenharia didática em reconversão profissional. In: V CONGRESSO LATINO AMERICANO DE
ERGONOMIA - ABERGO 99, 1999, Salvador/BA. 1999.
SILVA, F. B. CARDOSO, F. F. Diagnóstico da logística na construção de edifícios. Congresso latino-
americano Tecnologia e gestão na produção de edifícios: soluções para o terceiro Milênio. 1998,
São Paulo/SP. 1998.

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